Candidatos com mandados de prisão em aberto são detidos pela PF

Entre os dias 17 e 19 de setembro de 2024, a Polícia Federal prendeu 19 candidatos às eleições municipais que tinham mandados de prisão em aberto, conforme informado pela instituição. As detenções ocorreram em diferentes estados do Brasil e atingiram postulantes de diversos partidos.

As acusações contra os candidatos variam, incluindo crimes como tráfico de drogas, corrupção ativa, porte ilegal de armas, promoção de imigração ilegal, estupro de menor, além de dívidas por pensão alimentícia. A operação da PF segue em meio à descoberta de que 61 candidatos em todo o país possuíam mandados pendentes, revelado em reportagem do g1.

Crimes e consequências

A legislação eleitoral brasileira permite que candidatos com mandados de prisão em aberto concorram nas eleições, desde que não tenham sido condenados de maneira definitiva ou por um colegiado de juízes. No caso de crimes mais leves, como dívidas de pensão alimentícia, nem mesmo uma sentença condenatória é capaz de barrar a candidatura.


Policia Federal prende 19 candidatos as eleições municipais de 2024 (Foto: reprodução/
Carl de Souza /Getty Images Embed)


Advogados especializados em direito eleitoral, como Alberto Rollo, explicam que esses tipos de crime não se enquadram nas restrições previstas pela Lei da Ficha Limpa, permitindo que essas pessoas sigam na disputa eleitoral sem impedimentos legais. Isso reflete um aspecto da legislação que visa evitar a exclusão de candidatos que ainda não foram considerados culpados em instâncias superiores, garantindo a participação democrática.

Controvérsias sobre candidatos com mandados

Especialistas apontam que, embora seja legal a participação de candidatos com mandados de prisão em aberto, isso pode causar estranheza na população. Fernando Neisser, professor de direito eleitoral da FGV, explicou que a lei visa garantir a presunção de inocência, evitando que pessoas sem condenação definitiva sejam afastadas das urnas.

Além dos 19 candidatos presos, o g1 revelou que três candidatos enfrentam mandados de prisão por envolvimento nos atos golpistas de 8 de janeiro de 2023 em Brasília. Dois deles já foram capturados, enquanto o terceiro permanece foragido.

Imagens inéditas mostram ação na tentativa de assassinar Trump

A polícia da cidade de Butler, no estado americano da Pensilvânia, divulgou nesta quinta-feira (8) imagens inéditas capturadas pelas câmeras corporais dos agentes que participaram da operação de segurança durante a tentativa de assassinato do candidato presidencial Donald Trump.

Ação rápida e precisa dos agentes

As gravações inéditas capturadas pelas câmeras corporais dos policiais oferecem uma visão detalhada dos momentos críticos antes da tentativa de assassinato. Nos vídeos, é possível perceber a intensidade e a urgência com que os agentes se movem em direção ao telhado do prédio onde Thomas Crooks, o atirador, estava posicionado.

À medida que os policiais se aproximam, a tensão é refletida nas suas ações coordenadas e na necessidade de agir rapidamente para evitar uma tragédia. Os vídeos também mostram o trabalho em equipe dos agentes, quando um policial auxilia outro a escalar a estrutura, destacando o esforço conjunto para neutralizar a ameaça iminente. Essa ação ocorre apenas instantes antes de Crooks começar a disparar, reforçando a precisão e a eficácia da resposta dos policiais em uma situação de extremo perigo.


Câmeras corporais mostram ação de agentes em tentativa de assassinato de Trump (Vídeo: Reprodução/X/@collinrugg)

Atirador neutralizado no telhado

Em uma das cenas mais impactantes, os agentes improvisam uma escada para chegar ao telhado, onde encontram o corpo de Crooks, abatido pelo Serviço Secreto dos Estados Unidos. Um dos policiais é ouvido gritando: “Ele está em cima do prédio, o da esquerda“, indicando a localização do atirador.

O incidente ocorreu em 13 de julho durante um comício de Trump em Butler. De acordo com informações divulgadas pelo FBI, Crooks foi visto nas proximidades do evento com uma mochila cerca de 20 minutos antes do atentado. Imagens de câmeras de segurança da polícia captaram o momento em que ele circulava pelo telhado, local de onde posteriormente realizou os disparos.

O Serviço Secreto respondeu rapidamente, neutralizando Crooks antes que ele pudesse ferir o ex-presidente ou qualquer outra pessoa presente no comício. As novas imagens reforçam a agilidade e a eficácia da resposta das forças de segurança, destacando os desafios enfrentados pelos agentes em situações de alto risco como essa.

Biden e Trump se enfrentam com ofensas em debate presidencial

Na noite desta quinta-feira (27), o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, e o ex-presidente Donald Trump protagonizaram um debate presidencial marcado por duras trocas de acusações e insultos. Este encontro, o primeiro em que um presidente em exercício e um ex-presidente se enfrentam em um debate eleitoral, deixou claro que a corrida presidencial de 2024 será intensamente polarizada.

Biden defende veteranos e ataca Trump

O ponto alto do confronto ocorreu quando Joe Biden chamou Donald Trump de “otário” e “perdedor” ao defender seu compromisso com os veteranos militares. Trump havia sugerido que Biden não se importava com os veteranos durante uma discussão sobre políticas de imigração. Visivelmente incomodado, Biden rebateu as críticas e destacou que seu próprio filho serviu nas Forças Armadas dos Estados Unidos.

Visitei o cemitério da Segunda Guerra Mundial, ao qual Trump se recusou a ir. Ele estava com um general de quatro estrelas e disse: ‘Não quero entrar lá porque eles são um bando de perdedores e otários‘”, afirmou Biden. “Meu filho não é um otário ou perdedor. Você que é otário. Você que é perdedor“, concluiu o presidente, direcionando suas palavras a Trump.

Polêmicas e conflitos de gestão

Além das ofensas pessoais, o debate abordou temas cruciais como as guerras no Oriente Médio e na Ucrânia, imigração e políticas econômicas. Trump criticou a administração Biden pelos altos índices de inflação, enquanto Biden apontou falhas na gestão de Trump, especialmente durante a pandemia de Covid-19.

Trump negou categoricamente as acusações feitas por Biden sobre suas declarações no cemitério da Segunda Guerra Mundial, alegando que a história foi “inventada” e exigindo que Biden se desculpasse.


Biden e Trump trocam farpas durante debate presidencial (Foto: reprodução/Getty Images News/Justin Sullivan/Getty Images Embed)


Clima eleitoral e expectativas

A intensa troca de farpas entre Biden e Trump reflete a divisão atual na política americana e destaca a polarização que marca o cenário eleitoral. Analistas políticos preveem que os próximos debates serão decisivos, com os candidatos precisando equilibrar ataques pessoais e a apresentação de suas propostas para atrair os eleitores.

Com a corrida presidencial de 2024 se aproximando, tanto Biden quanto Trump estão ajustando suas estratégias e buscando fortalecer suas bases de apoio. A disputa promete ser uma das mais acirradas da história recente dos Estados Unidos, com cada movimento e declaração dos candidatos sendo cuidadosamente analisados e com potencial para influenciar o resultado.

A campanha já começa a ganhar forma, e a expectativa é de que o clima de tensão e competitividade só aumente até o dia das eleições.