Emmanuel Macron viaja a Pequim e costura acordos comerciais 

Na quarta-feira (3), o presidente da França, Emmanuel Macron, chegou a Pequim, na China. Durante sua quarta visita oficial ao Estado Chinês, Macron encontrou-se com o líder chinês, Xi Jinping, ocasião em que abordou diversos assuntos comerciais e econômicos.

O presidente francês quer intensificar a cooperação em assuntos geopolíticos por parte da China; ele também busca manter empregos industriais no país para fortalecer o seu legado com o povo francês. Entretanto, busca não criar uma rivalidade direta com a segunda maior economia do mundo.

Ao mesmo tempo, a União Europeia busca a ajuda da China para pôr fim à guerra na Ucrânia. Por outro lado, Pequim busca amenizar as fricções comerciais com a União Europeia, que tem uma composição de 27 membros. A China busca se consolidar ainda mais no mercado europeu, após as tarifas dos Estados Unidos a esses países.

Conversa entre Emmanuel Macron e Xi Jinping

Nesta quinta-feira (4), Emmanuel Macron se reuniu com Xi Jinping no Grande Salão do Povo, em Pequim. No local, eles discutiram sobre, na visão do presidente francês, os desequilíbrios no mercado não serem sustentáveis, o que representaria um grande risco de desencadear uma crise financeira mundial e, assim, ameaçaria a boa relação entre os países. Além disso, o presidente da França cita que existem soluções para essa diferença — defendendo regras mais justas e rigorosas, em vez de regras baseadas na força dos EUA e da China.


Post do presidente da França, Emmanuel Macron, na chegada a China (Vídeo: reprodução/Instagram/@emmanuelmacron)


Já o líder da China, Xi Jinping, disse ao presidente francês que seus países deveriam seguir seus próprios caminhos geopolíticos. Ou seja, que a China manteria sua posição de grande força comercial, ao mesmo tempo em que buscaria a parceria com esses países da União Europeia.

Após as conversas, os dois líderes assinaram 12 acordos de cooperação que abrangem muitos temas, como, por exemplo, envelhecimento populacional, energia nuclear e conservação de pandas, mas sem especificar o valor monetário total.

Guerra na Ucrânia

O presidente da França, Emmanuel Macron, nesse encontro, reforçou o pedido da União Europeia para que a China pressionasse Moscou a pôr fim à guerra na Ucrânia; porém, aparentemente, mais um pedido em vão ao líder de Pequim. O país comandado por Xi Jinping ofereceu garantias à Rússia de que continuará apoiando-a. Essa conversa ocorreu em um encontro no mês de novembro, na Rússia.

Nesse encontro, Rússia e China conversaram sobre defesa antimísseis e estabilidade estratégica, e concordaram em fortalecer sua cooperação nessas áreas, isto é, por conta da retomada do programa nuclear dos Estados Unidos.


Encontro dos representates da França e China (Foto: reprodução/Getty Images Embed/Ludovic Marin)


Em contrapartida, o líder chinês diz permanecer comprometido com a busca pela paz na Ucrânia. Em conclusão, o chefe de Estado da França permanecerá na China até sexta-feira (5) e procura firmar novos tratados entre seu país, a União Europeia e a China. Como, por exemplo, o pacote de encomendas da Airbus (AIR.PA); espera-se que a China encomende 500 jatos da Airbus, porém nenhum acordo foi assinado ainda. 

 

Macron afirma acreditar que Trump está duvidando de Putin

Em meio às discussões e acordos sobre a guerra entre a Rússia e a Ucrânia, Emmanuel Macron, presidente da França, disse crer que Donald Trump está começando a perceber a falsidade de Vladimir Putin, presidente Russo. Macron diz que percebe isso após Trump postar em suas redes sociais que Putin tinha ficado louco.

A declaração de Macron

Nesta segunda-feira (26), o presidente da França, Emmanuel Macron, fez declarações à jornalistas, em Hanói, no Vietnã, sobre o novo posicionamento do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, sobre Vladimir Putin, presidente da Rússia. De acordo com Macron, Trump está começando a enxergar as mentiras proferidas por Putin, em relação à Guerra da Ucrânia, destacando como o americano fez posts, criticando o russo, em suas redes sociais.


Post de Donald Trump criticando Putin e Zelensky (Foto: reprodução/X/@bennyjohnson)

Trump descreveu como, apesar de sempre ter tido um bom relacionamento com Vladimir Putin, ele está completamente louco, ceifando as vidas de pessoas sem sentido. Ele também teceu críticas a Volodymyr Zelensky, o presidente da Ucrânia, dizendo como não gosta da maneira que se comunica, dizendo que tudo que sai de sua boca causa problemas.

Outras declarações

Emmanuel Macron também afirmou que Trump teve uma boa conversa com a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, sobre as tarifas que o americano impôs sobre outros países do mundo.

As discussões estão avançando. Houve uma boa conversa entre o presidente Trump e a presidente Von der Leyen e espero que possamos continuar nesse caminho e voltar às tarifas mais baixas possíveis que permitirão trocas frutíferas”, declarou Macron.


Macron discursando em evento no Vietnã (Foto: reprodução/ LUDOVIC MARIN/AFP/Getty Images Embed)


Ele ainda disse que as tarifas não são a forma correta de resolver os desequilíbrios comerciais, dizendo também que espera que os dois possam chegar a um acordo para reduzir as tarifas o máximo possível.

“Imperialista revisionista” diz Emmanuel Macron sobre Vladimir Putin 

Durante o encerramento da reunião extraordinária do Conselho Europeu, que aconteceu em Bruxelas na Bélgica, na última quinta-feira (06), o presidente da França, Emmanuel Macron, subiu o tom contra Vladimir Putin, após o presidente russo dizer que  “lamenta que ainda haja pessoas que querem voltar aos tempos de Napoleão”. 

“Napoleão liderou conquistas.  A única potência imperial que vejo hoje na Europa se chama Rússia. (…)  (Vladimir Putin) é um revisionista imperialista da história e da identidade dos povos”
Emmanuel Macron

O presidente francês também declarou que as negociações de Moscou com os Estados Unidos, para um cessar-fogo na Ucrânia, não eram para uma “paz duradoura”, mas sim “para retomar melhor a guerra” .

Tensões entre França e Rússia

Na quarta-feira (04), em um discurso nacional de pouco mais de 13 minutos, em horário nobre, o presidente francês pediu o rearmamento europeu e cogitou sobre a possibilidade de dissuasão nuclear.

Segundo Macron, o presidente russo “é uma ameaça existencial duradoura para todos os europeus” e classificou a guerra na Ucrânia como “um conflito global”.


Trecho do discurso do presidente Emmanuel Macron ao povo francês (Vídeo: Reprodução/ YouTube/ @euronewspt)

Em seu discurso, Emmanuel Macron, ainda, disse estar pronto para discutir sobre a possibilidade de colocar a Europa sob o “guarda-chuva nuclear” francês. Isso significa que, países que não possuem armamentos nucleares fiquem sob “proteção” daqueles países que possuem esse tipo de armamento e, caso, sejam atacados com armas nucleares, sejam defendidos e protegidos por estes países.

De acordo com o Tratado de Não-Proliferação de Armas Nucleares (TNP), os Estados-Nações que legalmente possuem o direito a armamento nuclear são: China, França, Rússia, Reino Unido e Estados Unidos. 

Resposta da Rússia 

Em contrapartida, o porta-voz oficial da Rússia, Dmitry Peskov, acusa o governo francês de não pensar em Paz e por estar inclinado a dar continuidade à guerra na Ucrânia.

“O discurso foi de fato extremamente confrontacional. Dificilmente poderia ser percebido como um discurso de um líder que estava pensando em paz (…) Em vez disso, pelo que foi dito, pode-se concluir que a França está pensando mais em guerra, em continuar a guerra”  (Dmitry Peskov em resposta às declarações de Emmanuel Macron)


Porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov e o presidente russo, Vladimir Putin (Foto: Reprodução/ Contributor / Getty Images Embed)

Ainda assim, segundo o Kremlin, termo usado para se referir ao governo russo, a França não representa ameaça, já que a Rússia tem saído vitoriosa das batalhas travadas em território ucraniano. 

Lideranças do Ocidente reafirmam apoio à Ucrânia e a Zelensky

Uma reunião acalorada no Salão Oval da Casa Branca nexta sexta-feira (28) entre Volodymyr Zelensky, Donald Trump e J.D. Vance, provocou a reação imediata de autoridades do Ocidente em favor do presidente ucraniano e seu país. A Ucrânia sofre graves consequências de uma guerra contra a Rússia desde 24 de fevereiro de 2022. 

O presidente francês Emmanuel Macron afirmou que existe um agressor nesta guerra, que é a Rússia, e um povo sendo atacado, que é o ucraniano. Macron constatou terem tomado uma decisão acertada ao defender a Ucrânia desde o início do conflito, bem como ao sancionar o país russo. Por isso, devem continuar a fazê-lo. Agradeceu aos países que têm oferecido apoio ao país atacado e fez questão de citar os Estados Unidos, o Canadá e o Japão. Em seguida, reforçou que é preciso respeitar aqueles que estão lutando por sua dignidade, independência, filhos e pela segurança de toda a Europa. 

Autoridades internacionais apoiam ucranianos publicamente

A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, elogiou Zelensky por sua dignidade e o encorajou a continuar sendo forte, corajoso e destemido. A líder afirmou que a Europa continuará trabalhando para que a paz se estabeleça de forma justa e duradoura. 

“Você não está sozinho, querido presidente.”

Ursula von der Leyen, presidente da Comissão Europeia

Seguindo o exemplo da líder europeia, o primeiro-ministro do Canadá, Justin Trudeau, declarou que o governo canadense permanecerá ao lado da Ucrânia e seus cidadãos na conquista pela paz. Trudeau fez uma postagem na rede social X (ex-Twitter) e destacou a coragem e resiliência daquele povo em sua luta por democracia, liberdade e soberania, em uma luta que importa a todos.


Primeiro-ministro canadense define invasão da Rússia à Ucrânia como ilegal e injustificável (Foto: Reprodução/X/@JustinTrudeau)

Analistas geopolíticos ficam chocados

O encontro entre Zelensky e o governo americano causou consternação e surpresa, por fugir das práticas diplomáticas amigáveis adotadas pelos governos ao redor do mundo até hoje. O analista geopolítico da Globo News, Guga Chacha, confessou estar em choque e disse: “Isso nunca ocorreu. Eles, literalmente, brigaram. O Trump e o Zelensky brigaram. O Trump tratando o Zelensky como inimigo, um criminoso.” O professor da Fundação Getúlio Vargas e colunista do Estadão, Oliver Stuenkel, chamou a atenção para a necessidade da Europa dar suporte militar à Ucrânia de maneira imediata e rápida, transformando o apoio público em ajuda concreta para garantir a sobrevivência do país. 


Legendado: veja íntegra da discussão entre Donald Trump, Volodymyr Zelensky e J.D. Vance (Vídeo: Reprodução/YouTube/Metrópoles)

De acordo com a rede de notícias Reuters, o chanceler alemão Olaf Scholz viarajá para Londres no próximo domingo (2) para participar de um encontro de líderes da União Europeia para discutir a resposta que será dada à pressão de Donald Trump sobre a situação na Ucrânia. O primeiro-ministro britânico, Keir Starmer, receberá líderes da Itália, Polônia e outros aliados, e possivelmente Volodymyr Zelensky também, para conversar sobre os gastos de defesa e segurança da região. 

Macron decide manter primeiro-ministro após vitória da esquerda

O presidente da França, Emmanuel Macron, pediu nesta segunda-feira (8), para que o atual primeiro-ministro, Gabriel Attal, permanecesse em seu cargo, após o resultado das eleições do país. 

Attal foi até o Palácio do Eliseu, com o intuito de pedir renúncia ao seu cargo devido ao resultado das eleições legislativas realizadas neste domingo (7), com a surpreendente vitória do bloco de esquerda. Porém, Macron insistiu para que Attal permanecesse em seu cargo até que a situação se oficialize, podendo demorar semanas ou meses. 

A insistência de Macron para o primeiro-ministro permaneça, não é à toa. Apesar do resultado ter barrado a extrema direita no país, o lado político vencedor não obteve o número mínimo de assentos no Parlamento francês necessários para indicar um primeiro-ministro. 

Resultado das eleições

No domingo (7), a coalização de esquerda Nova Frente Popular conseguiu o maior número de assentos na Assembleia Nacional da França nas eleições legislativa, o que causou a grande surpresa, mas ainda está sem força suficiente para governar de forma independente.


Gráfico ilustrativo das eleições na França nos anos 2022 e 2024 (Foto: reprodução/Infogram/Bruna Araújo)


No segundo turno, quase 60% dos eleitores participaram das eleições. O resultado das três maiores bancadas da nova legislatura ficou da seguinte maneiro: 

  • Nova Frente Popular (esquerda): 182 assentos;
  • Juntos (coalização governista, de centro): 168 assentos;
  • Reunião Nacional (extrema direita): 143 assentos.

Apesar do aumento de número de assentos obtidos pela Reunião Nacional, onde houve um acréscimo de 88 para 143, a extrema direita ficou decepcionada com o resultado. Na semana passada, com os números obtidos no primeiro turno, o partido de Marine Le Pan havia saído à frente de todas as demais, chegando a cogitar ficar com a maioria absoluta da Casa.

“Nossa vitória foi apenas adiada”, disse Le Pen em entrevista, após uma pesquisa boca de urna indicar a derrota.

Esquerda precisará de apoiadores

Líderes do bloco da esquerda trouxeram a possibilidade de se aliarem ao centro, com o propósito de alcançar os 289 assentos necessários para terem a maioria ocupada. Com a notícia que a Reunião Nacional, de Le Pen, conquistou os 33% dos votos no primeiro turno, os partidos Nova Frente Popular e Juntos formaram uma aliança temporária para impedir que a extrema direita ganhasse as eleições e chegasse no poder.


Manifestantes da França a favor do partido Nova Frente Popular (Foto: reprodução/Reuters/Abdul Saboor)

Essa união não foi oficializada e a viabilidade de um governo em conjunto com as duas forças ainda é incerta. Com toda tensão dessas eleições, a França se depara com um cenário desconhecido e uma possível ameaça de um Parlamento paralisado. 

Estado de emergência: protestos deixam 4 mortos e TikTok é proibido em Nova Caledônia

Nesta quarta-feira (15), a França declarou estado de emergência no arquipélago de Nova Caledônia, território francês que abrange dezenas de ilhas no oceano pacífico. A população não quer que uma mudança na lei eleitoral permita que quem chegou depois do recenseamento de 1998 possa votar.

As autoridades locais atrelaram ao TikTok a divulgação e organização de uma onda de tumultos através de contas das pessoas envolvidas nos atos na França continental no ano passado, atraindo pessoas violentas. Decidiram, então, proibir o aplicativo preventivamente. A plataforma não se pronunciou sobre o assunto.

Estado de emergência


Protesto contra reforma da lei eleitoral na Nova Caledônia (Foto: reprodução/Embed from Getty Images)


Com 4 mortes e centenas de feridos, o estado de emergência entrou em vigor hoje às 15h no horário de Brasília (5h da quinta-feira, no horário do território francês). A medida dá maiores poderes pro Estado para manter a ordem, como: impôr proibições de trânsito, prisões domiciliares e buscas, segundo Prisca Thévenot, porta-voz do governo.

Violência é intolerável e será objeto de uma resposta incansável para garantir a restauração da ordem“, disse o Palácio do Eliseu (sede do governo francês).

O exército já está atuando nos Portos e Aeroportos da Nova Caledônia, com intenção de garantir a segurança.

Os protestos

Tudo começou logo quando a Assembleia Nacional, a Câmara dos deputados francesa, colocou em pauta a reforma do censo eleitoral, nesta segunda-feira.

No arquipélago reside o povo Kanak, os habitantes originais, recenseados em 1998. Desde esse fato, para participar de votações no território, é necessário está nesse registro ou descender de alguém que esteja.

Os independentistas, ou seja, aqueles que defendem que a Nova Caledônia não seja mais um território francês, afirmam que a autorização para quem começou a residir no arquipélago depois de 1998 levará à redução da influência proporcional do povo originário que têm poderes nas instituições locais transferidos por Paris.

Incêndios, saques a empresas… Foram alguns dos crimes cometidos durante os protestos, um grave problema de ordem pública que mesmo assim, não intimidou as autoridades francesas.

Os deputados aprovaram o texto de reforma, que já havia passado pelo Senado em abril. O próximo passo será passar por uma votação conjunta das duas câmaras e obter mais de 60% de votos a favor para ser aprovada definitivamente, já que se trata de uma reforma constitucional. O presidente da França, Emmanuel Macron, disse que convocaria essa reunião antes do fim de junho, mas foi aberto a outras alternativas, desde que os apoiadores da separação e favoráveis à permanência da França concordem entre si sobre uma nova opção.

Presidente da França afirma que país tem “plano B” para abertura das Olimpíadas em caso de terrorismo

Nessa segunda-feira (15), o presidente da França, Emmanuel Macron, afirmou em entrevista ao canal francês BFMTV que existem planos alternativos para a abertura dos Jogos Olímpicos de Paris. Caso algum ataque terrorista seja descoberto, o evento, que ocorrerá no Rio Sena, poderia ser transferido para o Trocadéro ou para o Stade de France.

As Olimpíadas de Paris ocorrem entre os dias 26 de julho e 11 de agosto. Faltando pouco mais de três meses para o evento do dia 26, a população francesa teme que o país seja alvo de algum atentado semelhante ao ocorrido na Rússia em 25 de março. Na ocasião, quatro homens armados invadiram a Câmara Municipal de Crocus, próximo a Moscou, durante um show da banda Picnic. 137 pessoas foram mortas e mais 182 ficaram feridas. Os terroristas também atearam fogo no local. O atentado foi reivindicado pelo Estado Islâmico.


Rio Sena, sede da abertura dos Jogos Olímpicos de 2024 (Reprodução/Florian Hulleu/Paris 2024/AFP)

Desde então, o governo francês tem se preparado para um possível cenário hostil durante as Olimpíadas, principalmente para a abertura dos jogos. “Temos cenários de recurso. Temos plano B e plano C. Para dizer a verdade, temos a opção de realizar uma cerimônia que seria limitada ao Trocadéro, mas que também poderia ser transferida para o Stade de France”, disse Macron à BFMTV.

Em meio a conflitos entre Rússia e Ucrânia, Israel e Palestina, Guerra Civil da Síria, ataques iranianos e golpes de Estado na região do Sahel, no norte da África, a França tem buscado alternativas para garantir a segurança dos Jogos Olímpicos. “É uma estreia mundial. Podemos fazê-lo e vamos fazê-lo”, afirmou Macron. “O perímetro de segurança será muito amplo, o tráfego será restringido e tudo será isolado uma semana antes. Será criado um sistema de venda de bilhetes para as plataformas superior e inferior. As forças da ordem serão mobilizadas a um nível excecional”, completou o presidente francês.

Emmanuel Macron pediu um cessar-fogo à Rússia durante os jogos. Apesar de temer um ataque russo, o próprio presidente francês afirmou que tropas europeias poderiam ir à Ucrânia semanas antes. Macron também citou o recente ataque do Irã à Israel e pediu que o governo israelense evitasse uma escalada no conflito. Vale destacar que a Rússia e a Bielorrússia não participarão das Olimpíadas de 2024. Israel estará presente nos jogos.

Brasil e França lançam programa de 1 bilhão de euros para proteger a Amazônia

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o presidente da França, Emmanuel Macron, anunciaram nesta terça-feira (26) um plano para investir 1 bilhão de euros (R$ 5,4 bilhões) na Amazônia, incluindo partes da floresta tropical na vizinha Guiana Francesa.

Entenda

O anúncio foi feito por Emmanuel Macron em conjunto com o presidente Lula durante visita à Ilha do Combu, em Belém, no Pará. 

Os governos dos dois países afirmaram que o dinheiro será distribuído ao longo dos próximos quatro anos para proteger a floresta tropical. Será uma colaboração entre bancos estatais brasileiros e a agência de investimentos francesa. Recursos privados também serão bem-vindos, disseram Brasil e França.


Lula e Emmanuel Macron em Belém, no Pará (Foto: reprodução/Ricardo Stuckert/X/@LulaOficial)

Macron iniciou sua visita de três dias ao Brasil na cidade amazônica, onde encontrou com seu aliado de longa data. O presidente francês pegou então um barco até a ilha de Combu para se encontrar com líderes indígenas. 

Emmanuel Macron reforçou ainda que continuará apoiando os povos indígenas e as comunidades locais amazônicas. 

Além disso, os presidentes anunciaram o relançamento do projeto de um centro franco-brasileiro sobre biodiversidade amazônica. Prevista em um acordo de 2008, o Instituto tem como objetivo o desenvolvimento de pesquisas por meio de universidades e outros centros científicos, além de criar uma coalizão de empresas para levantar fundos que patrocinem as atividades. 

Esforço bilateral 

Macron destacou a importância de um diálogo contínuo entre Paris e Brasília nos próximos dois anos, visando ampliar as metas compartilhadas, incluindo a reforma da governança e o aumento do capital do Banco Mundial. Essas medidas visam fortalecer a capacidade do órgão para financiar um “Green Deal Global” em setores cruciais como energia, infraestrutura e indústria, ao mesmo tempo, em que se comprometem a combater a pobreza.

Foram abordados outros pontos relacionados aos esforços conjuntos do Brasil e da França, incluindo a urgência de implementar um imposto mínimo sobre altos rendimentos em escala global, exigindo um compromisso mais robusto na luta contra a evasão fiscal. E a importância de desenvolver um amplo plano de investimento na bioeconomia, visando à preservação das florestas e ao mesmo tempo proporcionando oportunidades econômicas para os locais.

Macron também prometeu que a França trabalhará com as autoridades brasileiras para tornar operacional a ponte sobre o rio Oiapoque. Além de discutirem questões envolvendo refugiados e a pesca ilegal.

Putin alerta que envio de tropas ocidentais à Ucrânia pode causar Terceira Guerra Mundial

Em seu discurso de vitória eleitoral à imprensa em Moscou na madrugada desta segunda (18), no horário local, o presidente reeleito Vladimir Putin declarou que a presença de tropas ocidentais na Ucrânia poderia causar uma Terceira Guerra Mundial. Mas o líder russo disse não acreditar que alguém estivesse interessado em tal cenário e que considera negociar um cessar-fogo durante os Jogos Olímpicos que acontecerão em julho, na França.

Declaração no discurso de vitória

Acho que tudo é possível no mundo moderno. Mas eu já disse isso e está claro para todos que isso (conflito entre a Rússia e a Otan) será apenas um passo de distância de uma Terceira Guerra Mundial em grande escala. Acho que ninguém está interessado nisto”, disse Putin. Após dois conflitos bélicos que mudaram o curso da história da humanidade no século XX, dificilmente alguém arriscaria um conflito desta magnitude, em especial agora, com armamentos nucleares disponíveis.
No mês passado, o presidente francês Emmanuel Macron, fez declaração polêmica ao dizer que não poderia descartar a preparação para uma possível invasão, insinuando que a Rússia não iria para se vencesse na Ucrânia, e pediu aos europeus para não serem “fracos” em sua resposta. “Hoje, decidir se abster ou votar contra o apoio à Ucrânia não é votar pela paz, é escolher a derrota. É diferente”, declarou Macron em entrevista à televisão. A declaração não foi bem recebida por alguns líderes europeus.


Presidente francês Emmanuel Macron em uma entrevista sobre a Guerra na Ucrânia (Foto: reprodução/Frances Televisions/AFP/Ludovic Marin/Getty Images)


Macron afirma ser importante que a Europa não sinalize fraqueza perante a Rússia, que a escolha de não responder caso a guerra se espalhe pelo continente, será escolher a derrota. Lembrando que a França foi refém do regime nazista por quatro anos durante a Segunda Guerra Mundial, de 1940-1944. O presidente francês afirmou que a França jamais iniciaria uma ofensiva contra Moscou e declarou seu desejo de que a Rússia pare a guerra e permita que a paz reine.

A resposta de Putin

Com a aproximação de um evento tão grandioso e tradicional como os Jogos Olímpicos, que serão sediados em Paris este ano, uma situação desconfortável entre as duas nações não é recomendável. O Comitê Olímpico condenou a invasão russa em 2022, mas permitiu que os atletas russos competissem de forma neutra nos Jogos de Paris 24.
Putin declarou que as tropas russas estão avançando todos os dias em território ucraniano, que sua campanha ofensiva a Zelensky está sendo bem-sucedida. Em resposta a Macron, Putin disse que espera que a França busque “caminhos para soluções pacíficas. O governo de Macron oferece desde o ano passado ajuda militar à Ucrânia, com o envio de armas e mísseis para a defesa do território.


Os jogos olímpicos de 2024 começarão em julho (Foto: reprodução/Chesnot/Getty Images)


Macron fez um pedido ao presidente russo, o de um cessar-fogo na Ucrânia durante os dezenove dias de competição na Olimpíada de Paris. O governo russo respondeu que está disposto a negociar sobre a pausa, contanto que a França considere os interesses russos e pare de fornecer armamentos à Ucrânia. 

Apesar de seus quatro anos como primeiro-ministro, Vladimir Putin está no poder há décadas e agora ficará no assento presidencial até 2030, graças a mudanças que permitiram que ele conquistasse seu quinto mandato. O conflito na Ucrânia não parece dar sinais de diminuir ou estar mais próximo de se resolver. Apenas o tempo dirá se tanto o medo de Macron quanto o de Putin realmente irão se concretizar.

França aprova medidas contra fast fashion

Projeto de lei francês, aprovado quinta-feira (14) por deputados aliados de Emmanuel Macron, visa tornar empresas com característica ultra fast fashion, como a Shein, menos atrativas para o público. A proposta foi agora encaminhada para o senado francês para uma última votação, na qual, se aprovada, entrará em vigor até 2030 visando diminuir impactos ambientais pela indústria têxtil.

Ultra fast fashion

De acordo com Anne Cécile Violland, deputada francesa, a indústria têxtil é a mais poluente do planeta, possuindo sozinha 10% das emissões de gases com efeito estufa emitidas no mundo. Dito isso, uma das maiores protagonistas dessa contribuição está sendo a Shein, empresa chinesa de vestuário com características fast fashion.


Trabalhadores chineses da indústria têxtil (reprodução/Getty Images Embed)


Para esse termo, temos a definição de produção super veloz de vestuário, fazendo com que muitas peças sejam consideradas descartáveis. Porém, dado a rapidez e crescimento dessa indústria, hoje já temos a evolução do mesmo termo para uma “ultra” fast fashion, ou seja, uma produção de moda ultramante rápida.

Impacto ambiental

Um perfil bastante importante da ultra fast fashion, é potencial descartável da mesma. O ministro francês da ecologia diz que, se o esse projeto de lei for aprovado pelo senado, a França se tornará o primeiro país a controlar o abuso ecológico da ultra fast fashion.

O projeto de lei citado nessa matéria, visa taxar as peças de vestuário em € 10 (R$ 54 BRL) de forma gradativa até 2030, além de proibir a publicidade dos produtos mais baratos, combatendo assim os danos ambientais.

Franceses contra chineses

Durante muito tempo, o mercado de moda foi dominado por marcas de luxo como Louis Vuitton e Chanel. Entretanto, com a vinda das gigantes chinesas entrando na competição como a Shein e a Temu, as tradicionais empresas francesas de vestuário vieram perdendo espaço na indústria têxtil.