O retorno da estética “Ladylike” em 2024

A expressão da feminilidade vem arrebatando o mundo da moda neste ano, com diversas interpretações e estilizações diferentes. Dessa vez, o destaque é a trend “ladylike”, roupas e modelos que remetem à antiga estética formal de vestuário feminina dos anos 50/60, porém carregando uma releitura atual e cheia de atitude, perfeita para o mercado de trabalho, ou apenas um passeio durante o outono.

Mulher de respeito

Após a tendência de minis, as saias e vestidos longos voltaram a se consolidar no universo fashion, carregando consigo um ar de elegância e formalidade, além de serem extremamente versáteis, podendo trabalhar como bases ou complementos de looks diversos. Ultimamente, pela internet, popularizou-se a estética “Office Siren”, que traduzido fica “Sereia de escritório”. Essa estética consiste em roupas clássicas formais próprias para trabalho e escritório, porém com um toque a mais em sua estilização e maquiagem, deixando o look com mais destaque e com uma energia hipnotizante, como uma sereia.

A Miu Miu foi uma das pioneiras em trazer de volta essas poderosas peças para as passarelas, seguida por Bottega Veneta, Valentino e Chanel, que são marcas de designer que sempre flertaram com o estilo. Em suas novas coleções, nota-se o investimento em peças de gola, terninhos, longas e sofisticadas saias, tecidos leves e estampados e ajustados ao corpo, trazendo um sex appeal sutil que empodera quem os usa.


Desfile Miu Miu Outono 2024 (Foto: reprodução/Victot Boyko/Getty Images Embed)


Como não amar acessórios?

Tá enganado quem achou que os acessórios ficariam de fora! Se em 1950 as mulheres adoravam pérolas, luvas e lenços, as mulheres em 2024 também os amam. O complemento dos looks “ladylike” dão ainda mais charme para as peças, que muitas vezes, por si só, podem ser básicas. Uma das principais apostas são os óculos bayonetta, que deixam o olhar misterioso e destacado, para combinar com a vibe das roupas.


Jennifer Lawrence com um lenço Dior (Foto: reprodução/Vogue)

A aposta no look ladylike é uma grande união feminina em recuperar certas estéticas, atribuindo outros propósitos, que empoderam. E você, vai dar uma chance para essa releitura do vintage?

Tenista Bia Haddad ressalta luta por valorização no esporte feminino

Nos últimos tempos, Beatriz Haddad Maia se destacou como a principal tenista do país, ocupando atualmente a 13ª posição no ranking mundial. Além de suas conquistas nas quadras, ela também representa a equipe nacional, que recentemente enfrentou a Alemanha e não conseguiu avançar para a fase final da Copa do Mundo feminina de tênis. 

Em vez de se deter na derrota em casa, a tenista optou por usar sua visibilidade para reforçar a importância de manter o foco nas mulheres no esporte, como neste último fim de semana, e incentivou um maior apoio a elas.


Beatriz Haddad durante partida (Foto: Reprodução/DWG/surtoolimpico.com.br)

Em entrevista coletiva, durante o fim da competição, Bia Haddad afirmou: “Quando falo em apoiar o esporte feminino, não falo de carreira de tenista profissional. O esporte é uma forma de educar, transformar e dar oportunidade para crianças. A carreira de tenista profissional é para poucos, eu sei. Quando falo (sobre o apoio) é porque ainda sei que vivemos em uma sociedade machista, que é difícil a mulher ser valorizada. A gente acaba tendo que fazer mais para ter a mesma voz, a mesma oportunidade. E eu gosto de usar minha voz para valorizar as mulheres, porque elas merecem. As tenistas da nova geração merecem mais oportunidades. Que a gente continue apoiando e que não esqueça deste fim de semana.”

Antes de iniciar a entrevista coletiva, Haddad fez um discurso em apoio ao empoderamento feminino. Antes disso, durante o jogo, ela elogiou os torcedores que ficaram até o final do último jogo de sábado e incentivou-os a continuar apoiando as mulheres.

“A gente sempre fala em ganhar Grand Slam. Mas poucas vezes eu senti algo tão especial quanto entrar em quadra no meu país. Sou muito privilegiada. Então, que vocês sejam parceiros, não é fácil estar aqui. Continuem apoiando o esporte feminino no Brasil. Tem meninas chegando e a gente está cada vez mais forte como time, vamos criar novas oportunidades,” comentou Bia. 

Agora, o Grand Slam oferece prêmios iguais tanto para os homens quanto para as mulheres. No entanto, a maioria dos outros torneios não segue esse padrão. Estudos recentes indicam que os prêmios para os homens são, em média, 75% maiores do que os oferecidos para as mulheres.

“Foi emocionante entrar no estádio cheio, saber que os ingressos estavam vendidos há muito tempo. Puxadas pela Bia, claro, mas é muito legal poder viver tudo isso com elas. Temos a mesma idade, a gente joga junto desde pequenininha. A visibilidade que o tênis feminino está tendo é muito gratificante. Isso acontece porque a gente se entrega. Estava cheio de criança vendo e tenho certeza que elas vão se sentir inspiradas. A gente tá construindo isso,” disse Carol Meligeni, que participou do último jogo contra as alemãs.


Tenista Laura em partida pelo Brasil (Foto: Reprodução/DGW/surtoolimpico.com.br)

Na noite de sexta-feira, Laura Pigossi enfrentou Tatyana Maria em uma partida de tênis, perdendo por 2 sets a 1. Durante o jogo, ela experimentou desconforto no joelho e, ao término da partida, foi acometida por câimbras. Anteriormente, na mesma sexta-feira, Bia Haddad foi derrotada por Laura Siegemund. Apesar desses contratempos, o Brasil conseguiu manter-se na competição devido à vitória de Bia Haddad no início dos jogos de sábado. Pouco depois, Carol Meligeni entrou em quadra em um ginásio um pouco mais vazio, mas ainda assim vibrante.

A Alemanha encerrou o confronto contra o Brasil, conseguindo a sua terceira vitória em quatro duelos e garantiu sua passagem para a etapa final do Billie Jean King Cup, que acontecerá em novembro, em Servilha, Espanha, com a participação de 12 países. Desde 1982, o Brasil não figura entre as 12 principais equipes do tênis mundial. Agora, as jogadoras brasileiras terão outra oportunidade em novembro, mas em um playoff onde a vitória é crucial para manter o país na elite mundial. Em caso de derrota, o Brasil será rebaixado para os confrontos continentais.