Uma nova ação sobre o rompimento da barragem do Fundão, em Mariana, foi anunciada pelo governo federal, nesta terça-feira (27). Serão repassados R$ 12 bilhões para as unidades do SUS nas 49 cidades foram afetadas pelo acidente. Também foi anunciado pelo ministro Alexandre Padilha, o lançamento do Programa Especial de Saúde do Rio Doce, além da criação da Rede de Pesquisa em Saúde do Rio Doce.
O novo anúncio
O Ministério da Saúde fez um comunicado, nesta terça-feira (27), dizendo que iria repassar R$ 12 bilhões para todas as cidades que foram atingidas pelo rompimento da barragem de Fundão, em Mariana (MG), no ano de 2015. De acordo com o governo federal, os recursos, que são parte de um acordo de reparação de danos, serão enviados para as estações do Sistema Único de Saúde (SUS), nas 49 cidades dos estados de Minas Gerais e Espírito Santo, atingidas pela barragem.
Casas devastadas após rompimento da barragem de Fundão, em Mariana (Foto: reprodução/DOUGLAS MAGNO/Getty Images Embed)
O dinheiro será enviado para diferentes setores, dentre eles, as infraestruturas, equipamentos, profissionais de saúde, pesquisas e educação de graduandos e profissionais da área.
Além disso, também foi lançado, pelo ministro Alexandre Padilha (PT), um programa específico para auxiliar nos desdobramentos da barragem de Mariana, chamado Programa Especial de Saúde do Rio Doce e também anunciou a criação da instituição de pesquisa, Rede de Pesquisa em Saúde do Rio Doce, que será organizada pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).
As ações de reparação
O acidente da barragem de Fundão, da mineradora Samarco, ocorreu em novembro de 2015, e despejou mais de 44 milhões de metros cúbicos de rejeitos de minério de ferro, impactando cidades tanto de Minas Gerais, quanto também de Espírito Santo. A tragédia resultou na morte de 19 pessoas.
Moradias arruinadas com rompimento da barragem de Fundão, em Mariana (Foto: reprodução/DOUGLAS MAGNO/Getty Images Embed)
No final de 2024, o governo federal, os estados de Minas Gerais e Espírito Santo, o Ministério Público, a Defensoria Pública e as mineradoras envolvidas no acidente criaram um novo acordo para que haja a reparação dos danos causados pelo rompimento da barragem. Os investimentos irão para os governos dos respectivos estados e para as pessoas que serão indenizadas.
