Trump minimiza direita radical e acusa esquerda de causar violência nos EUA

Durante uma participação no programa “Fox and Friends”, exibido nesta sexta-feira (12), o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, voltou a direcionar críticas à esquerda americana. Segundo ele, a maior parte da violência política que acontece atualmente no país estaria ligada a esse grupo.

Trump foi questionado sobre a existência de radicais em ambos os lados do espectro político, mas não concordou. Para o presidente, o perigo maior vem dos grupos que classifica como radicais de esquerda, enquanto os que atuam na extrema direita seriam, em muitos casos, pessoas que não querem ver aumento da criminalidade.

Críticas à esquerda e defesa de seus apoiadores

O presidente se mostrou mais duro quando falava da esquerda. Ele descreveu esse grupo como cruel, horrível e bastante organizado do ponto de vista político. Na avaliação dele, são esses setores que precisam ser derrotados, deixando claro que se referia a uma disputa política e não a uma resposta violenta.

Trump também comentou o assassinato de Charlie Kirk, influenciador conservador morto com um tiro no pescoço. Ele pediu que seus apoiadores não revidassem com violência e confirmou que já havia um suspeito sob custódia.


Homenagens marcam morte de Charlie Kirk enquanto Trump anuncia prisão de suspeito (Foto: reprodução/AFP Charly Triballeau/Getty Images Embed)


Apesar disso, não revelou detalhes sobre a prisão nem mencionou se havia relação política por trás do crime.

Conflitos e acusações

O cenário político nos Estados Unidos tem sido marcado por episódios de violência de diferentes lados, atingindo tanto republicanos quanto democratas. Mesmo diante desse quadro, Trump concentrou sua fala em responsabilizar setores progressistas.

Em meio às declarações, o presidente citou o nome de George Soros, filantropo de 95 anos conhecido por financiar causas progressistas. Ele sugeriu que Soros e sua família deveriam ser investigados por suposta agitação política, sem apresentar provas ou detalhes adicionais.

Ataques a Joe Biden

Além de mirar a esquerda, Trump também direcionou críticas ao ex-presidente Joe Biden. De acordo com ele, Biden estaria distante do que acontece no país e deixaria que assessores ligados a ideias progressistas tomassem as principais decisões.

Trump ainda ironizou seu adversário político, afirmando que seu antecessor passaria a maior parte do tempo dormindo. Essa frase já foi repetida em outras ocasiões pelo republicano, que costuma usar esse tipo de ataque para reforçar sua narrativa contra o ex-presidente.

Discurso repetido

As falas de Trump nesta entrevista seguem a mesma linha de outras aparições recentes. Ele insiste em responsabilizar a esquerda pelos principais problemas políticos e sociais e procura minimizar as ações da direita radical.


Trump culpa a esquerda radical pela violência política e pede reação pacífica após morte de influencer (Vídeo: reprodução/YouTube/@MetrópolesTV)

Especialistas, no entanto, lembram que os episódios de violência registrados no país não têm partido definido, já que tanto democratas quanto republicanos foram alvos de ataques nos últimos anos. O debate sobre extremismo político nos Estados Unidos continua em aberto e segue mobilizando a opinião pública.

Esquerda sai vitoriosa em eleições legislativas na França

As eleições na França vem causando comoção desde o primeiro turno em que a população se manifestou após a ascensão da extrema direita no país. Porém, após uma virada surpreendente, a coalizão de esquerda Nova Frente Popular conseguiu vencer as eleições e obteve o maior número de assentos na Assembleia Nacional da França após as eleições legislativas no país. Infelizmente, a quantidade de assentos ocupados não é o suficiente para que se tenha força o suficiente para governar sozinha, logo, acordos devem ser feitos no futuro durante o governo.

Resultados do segundo turno

Os resultados surpreendentes do segundo turno, que foi realizado no último domingo (7), com a participação de quase 60% dos eleitores, mostraram que a Frente Popular conseguiu ocupar a maioria dos assentos. As três maiores bancadas eleitas foram: Nova Frente Popular (esquerda), com seus 182 assentos; Juntos (centro), com 168 assentos e a Reunião Nacional (extrema direita), ocupando 143 assentos.


Protestos em Paris após o primeiro turno (Foto: reprodução/Victoria Valdivia/Getty Images Embed)


Apesar da união ainda não ter sido confirmada, os líderes do bloco esquerdista indicam que eles podem se aliar ao bloco de centro para conseguir chegar aos 289 assentos necessários para ter maioria. Após a Reunião Nacional conquistar 33% dos votos no primeiro turno, a Nova Frente Popular e o Juntos já haviam formado uma aliança para impedir que a extrema direita chegasse ao poder. Porém, a viabilidade de um governo a partir da junção das duas forças ainda é incerta. Tendo em vista que ambos os blocos possuem discordâncias profundas sobre alguns tópicos, como por exemplo, a reforma da previdência na França.

Derrota da extrema direita

Para a extrema direita, apesar do alto número de assentos obtidos pelo bloco da Reunião Nacional (RN), que foram de 88 para surpreendentes 143, o resultado ainda foi considerado uma derrota e decepção. No primeiro turno o partido havia saído à frente das demais forças políticas, porém o resultado após protestos e união do povo e dos blocos de esquerda e centro foi diferente. O primeiro-ministro da França, Gabriel Attal, pertencente ao bloco de centro Juntos, também admitiu a derrota. 

Eleições na França: extrema direita é favorita pelas pesquisas

Nesta quinta-feira (20), foram divulgadas duas pesquisas eleitorais, as quais mostram o partido do atual presidente em terceiro lugar e o favoritismo da extrema direita.

Duas pesquisas mostram a mesma tendência

A pesquisa da Pollster IFOP, que foi encomendada pelo grupo de radiodifusão TF1 e o Le Figaro, mostrou que o União Nacional levaria 34% dos votos, 29% seria da Frente Popular, partido de esquerda; o bloco Juntos por Macron ficaria em terceiro lugar, com 22%.

A outra pesquisa foi da Harris Interactive, encomendada pela rádio RTL, M6 TV e Challenges Magazine. Essa traz 33% dos votos para o partido de extrema direita, a esquerda com 26% e 21% para a coalizão de Macron.


Emmanuel Macron, presidente da França (Foto: reprodução/Chesnot/Getty Images embed)


Semana agitada para os futuros parlamentares franceses

A campanha oficial para as eleições legislativas antecipadas na França alavancou após uma semana de reviravoltas. Já são conhecidos os candidatos que irão disputar os 577 lugares na Assembleia Nacional. Macron antecipou as eleições no intuito de que os demais partidos tivessem pouco tempo para se prepararem.

O formato da votação é feito através de um sistema maioritário que acontece em dois momentos de escrutínio. Os eleitores irão às urnas nos dias 30 de junho e 7 de julho para eleger os deputados.

Alianças e manifestações

Intensas negociações para formar alianças e manifestações contra a extrema-direita marcaram essa semana. Os partidos de esquerda se reuniram sob a bandeira da Frente Popular; os Republicanos e o Rassemblement National (RN) fizeram uma aliança e os tribunais suspenderam temporariamente a exclusão de Éric Ciotti do partido Les Républicains, logo após o acordo com o RN.

A incerteza política provocou uma onda de venda de títulos e ações francesas, logo que as eleições foram convocadas inesperadamente por Macron. Seus aliados manifestaram receio de que uma vitória da extrema direita ou da esquerda poderia criar uma crise financeira. De acordo com o primeiro-ministro, Gabriel Attal, a vitória de qualquer um deles seria catastrófica para a França.