Missão Crew – 11 da Nasa tem lançamento adiado devido ao mau tempo

O lançamento da missão Crew -11 é adiado pela Nasa, por causa do mau tempo, nesta quinta-feira (31), no Centro Espacial Kennedy da Nasa, na Flórida, nos EUA O foguete da Spacex, que vai levar a tripulação para a Estação Espacial Internacional ISS, tem previsão de decolagem neste dia primeiro de agosto, no início da tarde.

Os astronautas

A missão Crew 11 da Nasa, em parceria com a Spacex, tem o objetivo de levar uma nova tripulação para a Estação Espacial Internacional (ISS). Sendo quatro cientistas para o Laboratório orbital.

O novo lançamento, agendado para este dia primeiro de agosto, está previsto para o início da tarde e as transmiso~es são estão nas redes sociais, no Streaming da Nasa, além da Netflix e Amazon Prime.
Os cientistas que se prepararam para a missão à Estação Espacial Internacional (ISS) são Zena Cardman e Mike Fincke, da NASA; Kimiya Yui, da JAXA (Agência Japonesa de Exploração Aeroespacial); e o cosmonauta Oleg Platonov, da Roscosmos.

Os astronautas iniciaram o período de preparação no dia 17 de julho, no Centro Espacial Johnson, da própria NASA, em Houston.

Nessa etapa, o contato com outras pessoas é limitado, e a maioria das interações é feita remotamente, como parte do protocolo de quarentena pré-lançamento conhecido como health stabilization program.


Astronautas da Crew -11,em preparação para chegar a Estação Espacial Internacional (Foto: reprodução/Instagram/@SpaceX

A missão

Esta é a 12ª missão tripulada da SpaceX, empresa fundada pelo bilionário Elon Musk, como parte do programa de rotatividade de tripulação da Estação Espacial Internacional (ISS).

A previsão é que os astronautas retornem à Terra em fevereiro de 2026, após cerca de 180 dias em órbita.
A nave Crew Dragon, fruto da parceria entre a NASA e a SpaceX, transporta não apenas os cientistas, mas também cargas de ida e volta entre a Terra e a ISS.

Aliás, a SpaceX tem se consolidado como uma das principais empresas de transporte espacial, com múltiplas missões bem-sucedidas e avanços tecnológicos significativos.


Bactéria desconhecida é encontrada na estação espacial chinesa

Durante uma inspeção de rotina na estação espacial Tiangong, uma equipe chinesa identificou uma bactéria até então desconhecida na Terra. Batizada de Niallia tiangongensis, a cepa foi encontrada em uma das cabines da estação, despertando preocupações e curiosidade sobre sua origem e comportamento em ambientes extremos.

A bactéria foi detectada inicialmente pelos astronautas da missão Shenzhou-15, que participaram da fase final da montagem da estação chinesa. Durante um dos monitoramentos do Programa de Microbioma da Área de Habitação da Estação Espacial, a presença do microrganismo foi registrada como potencial risco biológico.

Identificação e análise da nova espécie foram realizadas por cientistas do Shenzhou Space Biotechnology Group em parceria com o Instituto de Engenharia de Sistemas Espaciais de Pequim.

Microrganismo surpreende pela adaptação ao espaço

O estudo, revisado por especialistas, foi publicado em março de 2025 na revista International Journal of Systematic and Evolutionary Microbiology.

Segundo o artigo, a presença de microrganismos em ambientes orbitais é comum, mas encontrar uma espécie sem registro prévio na Terra é raro.

A Niallia tiangongensis apresenta propriedades biológicas e metabólicas incomuns, o que pode explicar a capacidade de resistir às duras condições espaciais, como microgravidade, radiação e escassez de nutrientes.


Niallia circulans pode causar infeccções em pacientes imunocomprometidos (Foto: reprodução/Freepik)

Possível origem terrestre e implicações para futuras missões

Embora a espécie seja nova, a estrutura genética mostra semelhanças com a Niallia circulans, uma bactéria terrestre resistente, encontrada no solo.

Conhecida por formar esporos, a N. circulans pode causar infecções em pacientes com baixa imunidade. A hipótese mais aceita é que a N. tiangongensis tenha sido transportada inadvertidamente da Terra, em suprimentos, dispositivos ou até mesmo na pele dos astronautas, sobrevivendo a rigorosos processos de esterilização.

Curiosamente, os pesquisadores identificaram que a nova cepa consegue digerir gelatina como fonte de carbono e nitrogênio, mas perdeu a capacidade de metabolizar outras substâncias comuns entre os “parentes” terrestres. Essa rápida adaptação sugere uma evolução direcionada ao ambiente da estação espacial.

Diante da inevitável presença de microrganismos em missões espaciais — como mostram estudos da Nasa, que encontrou dezenas de espécies desconhecidas mesmo em ambientes ultraesterilizados —, especialistas ressaltam a importância de investigar profundamente o comportamento dessas formas de vida.

Nasa traz de volta astronautas americanos presos no espaço

A agência espacial Nasa resgatou, nesta terça-feira (18), Suni Williams, de 59 anos, e Butch Wilmore, de 62, que estavam presos na Estação Espacial Internacional (International Space Station – ISS) desde junho de 2024, após uma missão que deveria ter durado somente oito dias. Por problemas técnicos na cápsula Starline, da Boeing, os astronautas se viram obrigados a permanecer no espaço por 286 dias até o seu resgate. 

A missão Crew-9 foi a responsável pela operação, que durou aproximadamente 17 horas. A equipe utilizou a cápsula Dragom Freedom, da SpaceX, que foi tripulada pelo astronauta Nick Hague e pelo cosmonauta russo Aleksandr Gorbunov. A amerrisagem, que é o pouso controlado de um veículo espacial ao mar, aconteceu nas águas do Golfo do México, na região de Tallahassee, na costa do mar da Flórida. 


Transmissão da re-entrada, amerrissagem e resgate da cápsula SpaceX (Vídeo: Reprodução/YouTube/NASA)

Operação de salvamento

Apesar de algumas fases críticas, que incluíram o desacoplamento da estação, manobras orbitais para posicionamento correto da cápsula, a queima da reentrada – que provocou uma desaceleração da nave – e a própria descida controlada com o uso de um paraquedas, a missão foi um sucesso. 

A operação iniciou no momento em que Hague e Gorbunov chegaram à estação espacial. Normalmente, a cápsula da Space X comporta quatro tripulantes, mas, desta vez, a Nasa estrategicamente decidiu enviar apenas dois para que houvesse mais duas vagas para Williams e Wilmore. 

No momento em que a equipe de resgate chegou, a Crew-9 incorporou oficialmente Williams e Wilmore à tripulação. Esta foi  a primeira missão espacial do cosmonauta Gorbunov. Entretanto, o astronauta Hague já tem bastante experiência, por passar 203 dias na estação espacial em 2019. 

Quem são Williams e Wilmore

Ambos os astronautas que ficaram presos na estação espacial são norte-americanos. 


Butch Wilmore e Suni Williams no módulo Harmony da ISS ao lado da cápsula Starliner, em 13 de junho de 2024 (Foto: Reprodução/Nasa/G1)

Suni Williams é do estado de Massachusetts, engenheira e ex-oficial da Marinha dos EUA. Suni foi nadadora, corredora e serviu em esquadrões de helicópteros de combate antes de ingressar na Nasa em 1998. 

Butch Wilmore foi jogador de futebol americano no ensino médio e em uma universidade no Tennessee antes de se alistar na Marinha. É piloto e tem formação em engenharia elétrica. Durante o serviço naval, acumulou 663 pousos em porta-aviões americanos até que a Nasa o recrutou em 2000.

Tanto Williams quanto Wilmore já haviam cumprido duas missões espaciais quando se ofereceram como voluntários para fazer o primeiro voo tripulado da cápsula Starliner.  

Enquanto aguardavam o dia do retorno, deram continuidade ao trabalho na estação espacial. Além de tarefas de manutenção, Butch e Suni conduziram pesquisas científicas voltadas para o estudo do cultivo de plantas no espaço em busca de soluções para fornecer a água e os nutrientes necessários para astronautas no espaço. 

Período de permanência

As missões da Estação Espacial Internacional duram seis meses, em média, mas essa durou nove meses. Porém, esse não foi o período mais longo registrado pela Nasa no espaço. O recorde da agência espacial americana é do astronauta Frank Rubio, que ficou 371 dias seguidos em órbita. 

O cosmonauta Valeri Polyakov ficou 437 dias na estação russa Mir entre 1994 e 1995 e estabeleceu o recorde mundial considerando os registros das duas agências espaciais: Nasa (EUA) e Roscosmos (Rússia). 

Com esta última missão, Suni passa a acumular 322 dias no espaço e detém o recorde feminino de nove caminhadas espaciais. Butch contabiliza mais de 8 mil horas de voo e participação em duas missões espaciais.