A 31ª rodada do Campeonato Brasileiro reservou um confronto que prometia equilíbrio, mas acabou entregando um duelo sem grandes emoções. Mirassol e Botafogo ficaram no 0 a 0 neste sábado, no Estádio Maião, em São Paulo, em um jogo marcado pela falta de criatividade e escassez de chances claras. O resultado, embora mantenha a invencibilidade do Leão Caipira como mandante, deixa evidente a limitação ofensiva de ambas as equipes nesta reta final de competição.
Apesar do empate, o Mirassol continua em posição privilegiada na tabela. Com 56 pontos, o time paulista segue firme no G-4, sonhando com o acesso à elite do futebol nacional. Já o Botafogo, que chegou aos 48 pontos, desperdiçou a oportunidade de se aproximar da zona de classificação. O desempenho abaixo da média dos cariocas, somado à falta de intensidade do adversário, transformou o duelo em uma das partidas mais monótonas da rodada.
Primeiro tempo de poucas emoções
O início do jogo foi um reflexo do que se veria ao longo dos 90 minutos: muita posse de bola improdutiva e raras oportunidades reais de gol. O Mirassol tentou tomar a iniciativa, pressionando o adversário em busca de espaços, mas parou nas próprias falhas de execução. A principal chance dos donos da casa veio dos pés de Chico da Costa, que arriscou um chute forte de fora da área e carimbou a trave de Léo Linck. Fora esse lance, o goleiro botafoguense teve pouco trabalho.
O Botafogo, por sua vez, apresentou dificuldades em construir jogadas ofensivas. Faltou criatividade no meio-campo e sobrou imprecisão nas tentativas de contra-ataque. A equipe carioca chegou com perigo apenas uma vez, em cabeçada de Chris Ramos logo aos quatro minutos, defendida com tranquilidade por Walter. A partir daí, o que se viu foram passes errados, jogadas previsíveis e um ritmo que empolgou pouco o torcedor presente no Maião.
Mirassol segurou o Gloriso em casa (Vídeo: reprodução/YouTube/geTV)
Segunda etapa repete o mesmo roteiro
Se o primeiro tempo deixou a desejar, o segundo não trouxe grandes mudanças. O Mirassol manteve o controle da posse, mas seguiu pecando nas tomadas de decisão. A equipe até conseguiu acelerar o jogo em alguns momentos, mas esbarrou na boa atuação da defesa botafoguense e na própria falta de precisão nas conclusões. A melhor oportunidade veio nos minutos finais, quando Shaylon, em bela jogada de calcanhar, deixou Alesson na cara do gol. O atacante, contudo, parou na intervenção segura de Léo Linck.
O Botafogo respondeu pouco depois, em chute de fora da área de Artur, que passou próximo ao ângulo de Walter. Essa foi a última tentativa de um confronto que, até o apito final, manteve o placar zerado e a sensação de que nenhum dos lados mereceu a vitória. Ao todo, as duas equipes somaram apenas três finalizações certas durante toda a partida, um número que traduz o fraco desempenho coletivo e ofensivo do duelo.
Mirassol e Botafogo em duelo do G-6 (Foto/Getty Images Embed/Sports Press Photo)
Invencibilidade mantida e próximos desafios
Mesmo sem balançar as redes, o Mirassol celebra a manutenção de uma marca expressiva: continua invicto em casa no Campeonato Brasileiro. São 16 partidas no Estádio Maião, com 10 vitórias e seis empates, e apenas este duelo terminou sem gols. A consistência defensiva é um dos trunfos da equipe na campanha, que segue entre os candidatos ao acesso.
O técnico do Leão Caipira agora volta suas atenções para o próximo compromisso, diante do Fluminense, na quinta-feira (6), às 19h30, no Maracanã. Já o Botafogo terá um clássico regional pela frente. O time comandado por Artur Jorge enfrenta o Vasco, na quarta-feira (5), também às 19h30, no Estádio Nilton Santos. Ambas as equipes precisarão apresentar um futebol mais convincente se quiserem continuar sonhando alto nesta reta decisiva do Brasileirão.
