Presidente do Peru decreta estado de emergência em Lima

O presidente do Peru, José Jerí, declarou na última terça-feira (21) estado de emergência na região metropolitana de Lima e Callao. A decisão, que terá validade inicial de 30 dias, teve como justificativa o enfrentamento do aumento da criminalidade e a sensação de insegurança que se espalhou pelo país nas últimas semanas.

O anúncio foi feito em um pronunciamento televisionado em que Jerí afirmou que a medida, aprovada pelo Conselho de Ministros, marca uma nova fase da política de segurança pública:

“Estamos passando da defensiva para a ofensiva na luta contra a criminalidade, uma luta que nos permitirá recuperar a paz, a tranquilidade e a confiança de milhões de peruanos”, declarou o presidente.

Ele finalizou o discurso com uma frase de tom nacionalista: “Guerras se vencem com ações, não com palavras. Viva o Peru!”.

Crise, instabilidade política e uma promessa de segurança

José Jerí assumiu a presidência do Peru no início de outubro, após a destituição de Dina Boluarte por “incapacidade moral” durante seu mandato (2022–2025). Desde então, o novo governo busca controle e consolidação em meio à instabilidade política que o país vive e que já resultou em seis presidentes em sete anos. Ao apresentar seu gabinete na semana passada, Jerí prometeu que o combate à criminalidade seria sua principal prioridade.

Mesmo com a defesa do governo de que o estado de emergência é uma medida essencial para o combate à crise, analistas e especialistas em segurança afirmam que ações semelhantes já foram adotadas por ex-presidentes e tiveram pouca eficácia na redução da criminalidade. Dina Boluarte, por exemplo, havia decretado uma medida idêntica em março deste ano, com resultados insatisfatórios.

Protestos em Lima

O anúncio do estado de emergência ocorreu poucos dias após uma nova onda de protestos organizados por jovens da chamada Geração Z. Os manifestantes tomaram as ruas de Lima na última quarta-feira (15) e caminharam de diferentes regiões até o centro histórico da cidade com o objetivo de exigir medidas eficazes contra o aumento da criminalidade. A mobilização reuniu milhares de pessoas na Plaza San Martín, de onde seguiram em direção ao Congresso Nacional, que estava protegido por forças policiais.


Momento em que José Jerí decreta estado de emergência (Vídeo: reprodução/YouTube/SBT News)

Os protestos geraram confrontos entre policiais e manifestantes, bloqueios de estradas e suspensão temporária de rotas de transporte público, segundo informou a Autoridade de Transporte Urbano de Lima e Callao (ATU). A manifestação teve muitas consequências e, de acordo com a Defensoria do Povo, deixou uma pessoa morta, identificada apenas como Ruiz, e mais de 100 feridos, sendo 78 policiais e 24 civis, além de dez prisões.

Em nota, Jerí lamentou a morte ocorrida durante os protestos e afirmou esperar que “as investigações determinem objetivamente os fatos e as responsabilidades”

Surto de dengue em São Paulo, 21 cidades decretam estado de emergência

Na primeira semana de janeiro deste ano, o estado de São Paulo enfrenta uma grave crise na saúde pública. Com um aumento significativo nos casos de dengue. Em 21 municípios, o estado de emergência foi decretado, com 7.201 casos da doença registrados. O aumento de casos em relação ao período homólogo é de 9,45%. A ampliação de contaminação da doença é alarmante e exige ação urgente. Além de ser essencial a colaboração da população para conter o avanço de proliferação do Aedes aegypti, o mosquito transmissor da dengue.

Municípios em situação de emergência

Entre as cidades decretaram emergência estão Dirce Reis, Espírito Santo, Estrela D’Oeste, Glicério. Guarani D’Oeste, São José do Rio Preto, São José dos Campos, entre outras cidades paulistas. Com a declaração de estado de emergência é necessário agilidade nas medidas de combate à dengue. Os municípios podem receber recursos adicionais para ajudar nas ações de prevenção. Em São José do Rio Preto, por exemplo, o governo municipal iniciou uma força-tarefa para limpeza de áreas públicas e combate a focos do mosquito transmissor.


A Prefeitura, junto da Secretária de Saúde, realizou nebulização com inseticida no Parque Cidade Nova, em Mogi Guaçu, São Paulo (Foto: reprodução/instagram/@prefeituramogiguacu)

Recomendações à população

As autoridades de saúde reforçam sobre a importância de eliminar criadouros de mosquitos, como recipientes com água parada, sendo necessária limpeza regular das residências e cuidados para evitar a proliferação do mosquito. Além de enfatizarem que medidas preventivas sejam adotadas, como uso de repelentes e roupas que cubram o corpo. Em caso de sintomas como febre, dor de cabeça, dores no corpo e manchas vermelhas na pele, a orientação é procurar atendimento médico em uma unidade de saúde. Portanto, a mobilização da população é fundamental para conter o aumento de casos e evitar complicações decorrentes da doença.

Estados Unidos declara emergência no Novo México por causa de incêndios

Michelle Lujan Grisham, a governadora do Novo México, estado ao sudeste dos Estados Unidos, declarou estado de emergência nesta terça-feira (18). O comunicado serve para o condado de Lincoln e a reserva indígena Mescalero Apache enquanto os dois incêndios florestais registrados ainda estiverem ativos. O Departamento de Segurança Interna e Gerenciamento de Emergências do Novo México e o Gabinete dos Bombeiros confirmaram a morte de uma pessoa até o momento.

O início dos incêndios

O fogo foi avistado primeiro na reserva Mescalero Apache, localizada ao sul da vila Ruidoso, e se espalhou rapidamente pelas terras indígenas, forçando milhares de residentes a abandonarem suas casas às pressas. Pessoas reportaram ver uma enorme parede de fumaça subir aos céus na noite de segunda-feira (17), deixando-o laranja. O fogo se alastrou madrugada adentro, devastando 5 mil hectares sem qualquer tipo de contenção, segundo autoridades locais.

Um segundo incêndio atinge as terras tribais ao sul da vila, queimando mil hectares na manhã desta terça (18). Ordens de retirada de moradores foram emitidas para partes da reserva Ruidoso, além de áreas em Snow Springs, Fence Canyon, Fantasy Lane, Whitetail, Chihuahua Well e Botella Road. De acordo com as autoridades, as Rodovias 48 e 70 em Apache Mountain foram fechadas após o incêndio em South Fork, então a única rota de retirada disponível é em Sudderth até a Rodovia 70 e sair pela cidade de Roswell, que fica a 100 km de Ruidoso.


A vegetação de milhares de hectares já foi consumida pelas chamas (Foto: reprodução/Andrew Merry/Getty Images Embed)


Com a ordem executiva da governadora, mais recursos e financiamento do departamento de segurança serão autorizados para ajudar a conter a crise. Uma ajuda muito bem-vinda, já que os socorristas do Novo México reportaram dificuldade em atender os chamados, pois o centro de comunicações está enfrentando interrupções telefônicas, prejudicando o atendimento dos chamados de socorro no 911.

Relatos de quem estava na região

A área atingida pelos incêndios passa por uma seca extrema há quase um ano e no sudeste do Novo México, ela foi considerada “excepcional”. A região, apesar de comportar apenas oito mil residentes, possui muitas áreas de trilha e parques com natureza selvagem, atraindo turistas. A vila de Ruidoso estima que 60% das casas são de férias.

Rebecca Dennis estava de férias com a família em Ruidoso quando foi forçada a arrumar as malas para escapar do fogo que se aproximava. “Não consigo imaginar o caos se não estivéssemos preparados. Eu realmente me sinto péssima por esses residentes. Mas foi horrível ver os incêndios ao nosso redor”, escreveu Rebecca no Facebook. A família conseguiu sair a tempo e voltou para sua casa em Oklahoma em segurança.


A vila de Ruidoso atrai turistas recreativos por conta de suas belezas naturais (Foto: reprodução/SWInsider/Getty Images Embed)


Já Eric Moro, residente de Ruidoso, teve que fugir de forma repentina com a família da casa para a qual haviam se mudado em março deste ano. “Neste momento, os incêndios estão provavelmente a cerca de 1.200 metros da nossa casa – a última vez que verifiquei. Portanto, corremos um risco muito alto de perder tudo”, disse Moro à Rede CNN. Eric disse não saber o que fazer agora, mas que iria se hospedar com parentes no México por enquanto.

A falta de chuvas, as altas temperaturas e o clima seco aumentam a incidência de incêndios. Enquanto a chuva não vem, os residentes se hospedam em abrigos temporários em locais como a universidade Eastern New Mexico e a Igreja de Mountain View. As autoridades postaram um comunicado no Facebook, garantindo que a segurança pública é prioridade máxima e que estão fazendo tudo o que podem para trabalhar em conjunto com os socorristas locais para ajudar as comunidades afetadas.

Novas medidas são tomadas para combater a dengue em São Paulo

O estado de emergência pela dengue em São Paulo implica em diversas mudanças na gestão da cidade. A prefeitura ganha á prerrogativa de realizar contratações de profissionais, serviços e materiais sem a necessidade de licitação.

Veja os números da dengue em São Paulo

O prefeito Ricardo Nunes (MDB) oficializou essa medida nesta segunda-feira (18), mediante um decreto que declara a situação crítica devido ao alto número de casos da doença na capital paulista. Com uma taxa de transmissão de 414 casos para cada 100 mil habitantes, a cidade ultrapassa o limiar da epidemia estipulado pela Organização Mundial da Saúde (OMS), que é de 300 por 100 mil pessoas. O município registrou 46.721 casos confirmados e 11 mortes em decorrência da dengue.

A prefeitura, com o decreto em vigor, está autorizada a tomar medidas especiais para enfrentar a situação, incluindo a contratação de recursos humanos, aquisição de materiais e serviços necessários.


Carro de combate a dengue. (Foto: reprodução/cnnbrasil.com)

Essa autorização é respaldada pela legislação federal 14.133/2021, que prevê a dispensa de licitações em casos de urgência que possam comprometer a continuidade dos serviços públicos ou a segurança das pessoas e bens. Além disso, a prefeitura poderá realizar doações e cessões de equipamentos e bens destinados ao combate da doença.

Outras medidas incluem a suspensão de férias e folgas dos agentes de saúde, bem como o aumento das ações de combate ao mosquito Aedes aegypti, envolvendo agentes comunitários de saúde e de combate a endemias. A administração municipal está em contato com o governo federal para solicitar doses adicionais da vacina contra a dengue, visto que os três pedidos anteriores não foram atendidos.

Novas medidas para o combate

Ampliação do horário de atendimento em todas as 80 AMAs, que agora funcionarão até as 22h.

Contratação de 3.200 mulheres pelo Programa Operação Trabalho, que receberão treinamento e serão distribuídas pelas subprefeituras.

Capacitação de 6.500 mães contratadas pelo POT Mães Guardiãs para orientação nas escolas municipais.

Aquisição de mais 30 veículos de nebulização, totalizando 96.

Reforço na campanha de conscientização, com a instalação de faixas em cruzamentos de vias, terminais de ônibus e dentro dos coletivos.

Estabelecimento de novas tendas para atendimento de pessoas com sintomas, localizadas em Itaquera e São Miguel Paulista.

Após 31 óbitos, São Paulo decreta estado de emergência contra a dengue

Na manhã desta terça-feira (05) o estado de São Paulo teve, por meio do decreto, estado de emergência para a dengue confirmado. As informações e também a decisão foram tomadas pelo Centro de Operações de Emergências (COE), órgão coordenado pela Secretaria Estadual da Saúde. O Diário Oficial deve oficializar o decreto ainda nesta terça-feira. 

Conforme informações do painel de monitoramento da Secretaria de saúde de São Paulo, são 300 casos confirmados da doença para cada 100 mil habitantes. Regiane de Paula, coordenadora de Controle de Doenças do Estado de São Paulo, afirmou que o estado enfrenta uma epidemia. “A gente trabalhou com os dados do painel de monitoramento: 311 casos por 100 mil habitantes. A gente está em epidemia, segundo o que a OMS (Organização Mundial da Saúde) determina dos casos confirmados.” 

Sobre o decreto

Com o decreto, a autonomia dos gestores públicos para o combate à dengue aumenta, conseguindo dispor de recursos e destiná-los para o combate à doença com maior agilidade e sem a necessidade de licitação, assim como subsídio do Ministério da Saúde. O decreto, conforme o COE, ainda prevê uma distribuição de recursos do governo federal para estados e municípios. 

“O que muda agora com decreto é que a gente pode ter um pouco mais de agilidade para adquirir insumos, contratar pessoas, aumentar a nossa rede de atenção. E os municípios podem usar o nosso decreto como justificativa para decretar estado de emergência também nos seus municípios”, disse a secretária da Saúde em exercício, Priscilla Perdicaris. Ela também explicou a cerca da liberação de recursos por parte do governo federal para o combate à dengue e afirmou não saber a estimativa do valor global e que o recurso será limitado. 

O Governo ainda pretende aumentar o número de equipamentos fumacê – pulverizador de inseticida por meio de veículos, pulverizando ruas e áreas abertas públicas. Comum para contenção de epidemias arboviroses. Atualmente são cerca de 600 equipamentos de pulverização de inseticidas. Para seguir com o plano de ação supracitado é necessário aprovação do Ministério da Saúde, que já está em negociação. 

Em meio aos 645 municípios do estado de São Paulo, 22 já acataram o decreto e confirmaram estado de emergência: Bariri, Bertioga, Boracéia, Botucatu, Getulina, Guararema, Guaratinguetá, Jacareí, Jandira, Mairiporã, Marília, Mauá, Pederneiras, Pindamonhangaba, Registro, Santa Branca, São Manuel, Sorocaba, Suzano, Taubaté, Votorantim e Votuporanga.

Incidências de casos e mortes

A circulação dos sorotipos da dengue é monitorada pelo estado de São Paulo. Conforme a coordenadora de Controle de Doenças, a incidência é maior de dengue 1 e 2, a qual a taxa de positividade está em 40%. O aquecimento global e as chuvas constantes se tornaram a conjuntura perfeita para a proliferação do mosquito da dengue, assim como o aumento dos casos, isso de acordo com o diretor técnico do Instituto Butantã e também Membro do COE, Esper Georges Kallás. 

“Os casos continuam crescendo, a gente ainda não sabe quando será o pico. Não dá para dar a previsão exata (…). Como existem estados que estão em uma situação bem pior que São Paulo, a gente tem que se preparar”

Kallás

Entretanto, as mortes pela doença no estado continuam crescendo. 31 óbitos já eram confirmados nesta segunda-feira (4), conforme dados do painel de controle da doença da Secretaria Estadual de Saúde (SES). De acordo com os dados, outras 122 mortes estão sendo investigadas. Já o número de casos chegou a 138.259, 169 considerados em estado grave. 

21 municípios registraram óbitos entre 1° de janeiro e 4 de março (segunda-feira):

  1. Bebedouro: 1 morte
  2. Bariri: 2 mortes
  3. Bauru: 1 morte
  4. Pederneiras: 2 mortes
  5. Bragança Paulista: 1 morte
  6. Campinas: 1 morte
  7. São Paulo: 2 mortes
  8. Franca: 1 morte
  9. Restinga: 1 morte
  10. Marília: 3 mortes
  11. Guarulhos: 3 mortes
  12. Suzano: 1 morte
  13. Batatais: 1 morte
  14. Ribeirão Preto: 2 mortes
  15. Serrana: 1 morte
  16. Mauá: 1 morte
  17. Parisi: 1 morte
  18. Votuporanga: 1 morte
  19. Pindamonhangaba: 2 mortes
  20. Taubaté: 2 mortes
  21. Tremembé: 1 morte

Ministério da Saúde já disponibilizou doses de imunizantes contra a dengue para 500 municípios (reprodução/Freepik)

Imunização

Uma lista do Ministério da Saúde foi divulgada em 25 de janeiro com cerca dos 500 municípios que receberam a vacina contra a dengue. Primeiramente, o público alvo seriam jovens entre dez e 14 anos. 

Entre os municípios citados na lista, onze pertencem ao estado paulista Arujá, Biritiba-Mirim, Ferraz de Vasconcelos, Guararema,Guarulhos, Itaquaquecetuba, Mogi das Cruzes, Poá, Salesópolis, Santa Isabel e Suzano. A capital de São Paulo não foi incluída. A vacinação nos municípios da terra da garoa deu-se início a partir de 19 de fevereiro.

Da seca à enchente: entenda as alterações climáticas no Acre

O clima no Acre está passando por grandes alterações, indo de uma seca intensa à enchentes históricas em um curto período, especialmente em fevereiro. Essas transformações foram impulsionadas por três grandes fatores climáticos que, interligados, trouxeram mudanças problemáticas à região.

Essa mudança foi causada principalmente pelo El Niño, que trouxe uma seca intensa em outubro de 2023. O atraso no ‘Inverno Amazônico’ também contribuiu para a estação chuvosa, enquanto um aquecimento incomum no Oceano Atlântico impactou a Zona de Convergência Intertropical (ZCIT), resultando em fortes chuvas.

Entre os riscos iminentes, a agricultura, essencial para muitas comunidades, enfrenta a ameaça de perdas diante das mudanças abruptas. Ao mesmo tempo, as enchentes imprevisíveis também causam impactos severos em áreas habitadas.

A possibilidade de falta de energia e a suspensão das aulas são exemplos desses riscos imediatos, reforçando a urgência de enfrentar as consequências, mas também os potenciais riscos de vida às comunidades locais.


Bombeiros da EMURB auxiliam moradores do Parque das Exposições que tiveram seus móveis alagados (Reprodução/Whidy Melo/Ac24horas)

El Niño e a seca devastadora

Em outubro de 2023, o Rio Acre apresentava níveis alarmantemente baixos, revelando uma seca extrema que coincidiu com o El Niño.

Este fenômeno, caracterizado por um aquecimento significativo das águas do Oceano Pacífico, é conhecido por provocar secas no Norte e Nordeste do Brasil. A consequência direta foi a redução drástica na precipitação, desencadeando a seca intensa que assolou o estado.

Atraso do ‘Inverno Amazônico’

O ‘Inverno Amazônico’, ou estação chuvosa, experimentou um atraso significativo. A configuração normal desta estação, que ocorre entre janeiro e março, foi desconfigurada devido à persistência das secas.

A transição entre estações, caracterizada por chuvas rápidas e volumosas, ocorreu fora do esperado, resultando no aumento abrupto do nível dos rios, especialmente quando as chuvas foram concentradas nas nascentes.

Aquecimento do Oceano Atlântico

O aquecimento desigual do Oceano Atlântico ao norte do Equador contribuiu para a desconfiguração da Zona de Convergência Intertropical (ZCIT), um sistema meteorológico crucial para a ocorrência de chuvas nas regiões Norte e Nordeste do Brasil.

A ZCIT permaneceu mais ao norte do que o previsto, dificultando a formação de nuvens e favorecendo pancadas isoladas. Esse cenário resultou em chuvas intensas e contribuiu para as enchentes nos rios, incluindo o Rio Acre, afetando múltiplas cidades do estado.

Impacto

A atual situação no Acre é de emergência, com inundações impactando 19 das 22 cidades, deixando 86% do estado em estado crítico. A população enfrenta desafios significativos, incluindo falta de energia elétrica, suspensão das aulas, perdas nas plantações e registros de fatalidades.

Essa situação reforça a importância de intervenções por parte das autoridades, sendo crucial a adoção de medidas para auxiliar as comunidades a enfrentar essas mudanças repentinas a curto e longo prazo.

Peru quer decretar estado de emergência devido crise de dengue

O ministro da Saúde do Peru confirmou, nesta segunda-feira (26), que precisará decretar estado de emergência em algumas regiões do país por conta da alta de casos de dengue. A crise sanitária se estende também por regiões do Brasil e da Argentina.

Estado de emergência no Peru

O ministro da Saúde Cesar Vasquez compartilhou com a imprensa que há um risco iminente de um surto da doença viral. Segundo informações do ministro, o número de contaminados nas sete primeiras semanas de 2024 é 95% maior que na mesma época do ano passado. Os números oficiais indicam que, desde o começo do ano, 28 pessoas morreram de dengue.

Vasquez revelou que 20 dos 24 municípios do Peru entraram no estado de emergência sanitária por conta da alta proliferação do Aedes aegypti. O país está com um clima instável de fortes chuvas e ondas de calor, cenário que facilita a reprodução do mosquito. De acordo com dados do governo, cerca de 83% do território estão com taxas elevadas da doença.

Casos na Argentina

O Ministério da Saúde Argentina divulgou, no dia 18 de fevereiro, que 48 mil casos de dengue foram confirmados entre julho de 2023 e fevereiro de 2024, sendo que nesse mesmo período do ano passado os números de casos não ultrapassaram mil. O número oficial de mortes até o momento é 35.


Funcionário fumiga área residencial para diminuir a proliferação do mosquito da dengue em Buenos Aires (foto: reprodução/Agustin Macarian/ Reuters/ Folha de S.Paulo)

A Organização Pan-Americana de Saúde (Opas) emitiu um alerta, na sexta-feira (16), destacando o aumento dos casos da dengue na América do Sul. Na região da Argentina, Chile, Paraguai e Uruguai o relatório apontou um crescimento de 254%  dos casos nas primeiras cinco semanas do ano em relação à média dos últimos cinco anos.

Explosão de casos no Brasil

A alta de casos de dengue no Brasil já contabilizou, segundo o último boletim oficial divulgado em 22 de fevereiro, 740 mil possíveis casos da doença viral. Os números de casos aumentaram cerca de 350% em relação ao mesmo período do ano passado, de acordo com o site “O Antagonista”.