Governo Trump defende ações de expulsão de imigrantes e contesta decisão judicial

Autoridades dos Estados Unidos defenderam neste domingo (13), as ações do presidente Donald Trump para deportar imigrantes ilegais do país. Uma dessas operações aconteceu em uma fazenda na Califórnia e terminou com a morte de um trabalhador. Trump prometeu expulsar milhões de pessoas que vivem ilegalmente nos Estados Unidos e tem feito fiscalizações em locais de trabalho, como fazendas, que antes eram pouco afetadas durante seu primeiro mandato.

Contestação à decisão judicial

Kristi Noem, chefe do Departamento de Segurança Interna, e Tom Homan, responsável pela política de fronteiras de Trump, disseram que o governo vai contestar a decisão de um juiz federal tomada na sexta-feira (11). O juiz proibiu que o governo prenda imigrantes apenas por causa da aparência ou origem e que negue a eles o direito de falar com um advogado.

Em entrevistas à Fox News e à NBC, Noem criticou o juiz, que foi indicado pelo ex-presidente democrata Joe Biden, e negou que o governo tenha usado essas práticas.

No programa “State of the Union” da CNN, Homan explicou que a aparência da pessoa pode ajudar a formar uma suspeita, junto com outros fatores, de que ela está no país sem autorização. Com base nisso, os policiais federais podem parar essa pessoa para investigação.


Prisão de mais de 300 imigrantes ilegais em fazendas de maconha na Califórnia (Vídeo: reprodução/X/@DiretoDaAmerica)

Debate sobre perfil racial

Durante uma operação em uma fazenda de cannabis no sul da Califórnia na sexta-feira (11), 319 pessoas que estavam ilegalmente nos Estados Unidos foram detidas, e os agentes federais encontraram 14 menores imigrantes, segundo Kristi Noem. Um trabalhador morreu durante a ação. De acordo com a United Farm Workers, vários trabalhadores ficaram feridos na batida, e um deles morreu por causa dos ferimentos.

Homan disse à CNN que a morte do trabalhador rural foi uma tragédia, mas que os agentes do ICE estavam cumprindo seu dever ao executar mandados de busca criminal.

O senador americano Alex Padilla afirmou na CNN que os agentes federais estão usando perfil racial para prender pessoas. Padilla, democrata da Califórnia e filho de imigrantes mexicanos, foi retirado à força de uma coletiva de imprensa de Kristi Noem em Los Angeles, em junho, e algemado depois de tentar fazer uma pergunta.

O político disse que conversou com a United Farm Workers (UFW) sobre a morte do trabalhador rural durante a operação do ICE. Segundo ele, uma meta maior de detenções, estabelecida pelo governo Trump no fim de maio, levou a fiscalizações mais duras e arriscadas.

Petição satírica para Dinamarca comprar a Califórnia viraliza e diverte internet

Uma petição bem-humorada está roubando a cena na internet com uma ideia tão absurda quanto divertida: arrecadar um trilhão de dólares para a Dinamarca comprar a Califórnia. Parece loucura? Pois mais de 200 mil pessoas já entraram na brincadeira e assinaram o documento online.

A ideia nasceu como uma resposta satírica à tentativa do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de adquirir a Groenlândia, território semi-autônomo da Dinamarca.

Mais sol, mais tecnologia e Mickey Viking

Quem nunca sonhou em ver palmeiras e praias ensolaradas em terras dinamarquesas? A petição brinca justamente com isso. “Você já olhou para um mapa e pensou: ‘O que falta na Dinamarca? Mais sol, palmeiras e patins’. Bem, essa é nossa chance!”, diz o texto, que mistura humor e ironia na medida certa.

Entre as “razões” para a compra, os organizadores listam um clima mais quente, um suprimento infinito de abacates frescos e a possibilidade de dominar o setor de tecnologia. “Ganhar um exército de gênios da tecnologia? Isso é o que toda democracia moderna precisa”, brinca a campanha.

Nem mesmo a Disneylândia escapou da ideia: a petição sugere renomear o famoso parque para “Hans Christian Andersenland” e vestir o Mickey Mouse com um capacete viking. Imagina só o ratinho mais famoso do mundo em versão nórdica?


Torre do Palácio de Christiansborg em Copenhague, Dinamarca (Foto: reprodução/NurPhoto/Getty Images Embed)


Negociadores de peso e uma nova identidade para a Califórnia

O plano, claro, exige um financiamento generoso: um trilhão de dólares, “mais alguns bilhões para despesas extras”. Para garantir um acordo vantajoso, os criadores da campanha sugerem enviar uma equipe de negociação de peso, composta por executivos da Lego e o elenco da série dinamarquesa Borgen.

Se a compra realmente acontecesse, a Califórnia ganharia um novo nome: “Nova Dinamarca”. “Los Angeles? Melhor dizer Løs Ångeles”, propõe a petição.

Entre outras mudanças sugeridas, está a construção de ciclovias em Beverly Hills, a disseminação do conceito dinamarquês de “hygge” (bem-estar e conforto) por Hollywood e a introdução de pratos tradicionais da Dinamarca em cada esquina.

Groenlândia e o pano de fundo político

A petição é uma resposta criativa à polêmica proposta de Donald Trump de comprar a Groenlândia. O desejo do presidente americano gerou forte reação negativa tanto no território autônomo quanto na Dinamarca.

Mesmo sem apoio político, a ideia de aquisição da ilha pelos EUA reacendeu debates sobre a soberania da região. Em um discurso recente, o primeiro-ministro da Groenlândia afirmou que a ilha deveria “se libertar das algemas do colonialismo”.

No fim das contas, a campanha não passa de uma grande piada da internet, mas levanta reflexões interessantes sobre como os países enxergam a soberania alheia e como relações diplomáticas podem ganhar contornos inesperados.

Estados Unidos apreendem avião presidencial da Venezuela

O Departamento de Justiça dos Estados Unidos confirmou nesta segunda-feira (2) a apreensão do avião presidencial da Venezuela. A medida foi tomada devido à violação de sanções impostas pelos EUA e pelo Departamento de Comércio contra o governo de Nicolás Maduro. As autoridades americanas também informaram que a aeronave foi adquirida de forma ilegal através de uma empresa de fachada e contrabandeada para fora dos Estados Unidos.

Depoimento de Métrico Garland

“Esta manhã, o Departamento de Justiça apreendeu uma aeronave que, alegamos, foi ilegalmente comprada por US$ 13 milhões por meio de uma empresa fantasma e contrabandeada para fora dos Estados Unidos para uso de Nicolás Maduro e seus comparsas”, disse o procurador-geral Merrick Garland em um comunicado

A aeronave de Nicolás Maduro, Dassault Falcon 900 EX destinado ao mercado corporativo, foi registrada em viagens para São Vicente e Granadinas, Cuba e Brasil, com algumas dessas rotas incluindo Maduro a bordo. A apreensão ocorre em meio a uma crescente pressão internacional sobre o presidente da Venezuela, em relação à eleição presidencial. Apesar da vitória proclamada por órgãos eleitorais e pelo Tribunal Supremo de Justiça venezuelano, as atas eleitorais que confirmariam o resultado não foram divulgadas.

Aeronave foi presa na República Dominicana

Dassault Falcon 900 EX, foi apreendida com a ajuda da República Dominicana e está registrada atualmente com o prefixo T7, usado por San Marino. Após a apreensão, o avião foi transferido para Fort Lauderdale, na Flórida, pelas autoridades americanas.


Nicolas maduro (Foto: reprodução/Instagram/@nicolasmaduro)

Esta ação está alinhada com a Ordem Executiva 13884, emitida por Donald Trump em 2019, que proíbe cidadãos americanos de realizar transações com pessoas vinculadas ao governo venezuelano, incluindo membros do regime de Maduro, e impõe controles de exportação sobre itens destinados a usuários finais militares ou de inteligência venezuelanos.

O Departamento de Justiça dos EUA ressaltou que a apreensão visa proteger os interesses de segurança nacional e políticas externas dos Estados Unidos. Até o momento, o governo venezuelano não se manifestou sobre o incidente.