Em entrevista recente ao “De Frente com Blogueirinha“, a atriz Deborah Secco abriu o coração sobre sua relação com o próprio corpo e a pressão estética que enfrentou durante grande parte da vida. Ícone da televisão brasileira desde a juventude, Deborah confessou que, mesmo sendo vista como símbolo de beleza pelo público, lutava internamente com uma autoimagem negativa. “Eu tive vergonha do meu corpo, fui muito afetada por essa cultura estética que nos impõe uma perfeição inalcançável”, revelou.
Desde muito jovem, ela se via distante dos padrões impostos, o que a fez recorrer por anos a remédios para emagrecer mesmo quando seu corpo já estava dentro dos moldes considerados “ideais”. A atriz também contou que evitava ir à praia para não ser vista de forma vulnerável. “Sentia que, se alguém visse meu corpo real, sem retoques, eu perderia trabalhos”, disse.
Da cobrança à liberdade: uma nova relação de Deborah Secco com o espelho
Com o tempo, especialmente após a maternidade e o amadurecimento, Deborah passou a olhar para si com mais generosidade. Ela parou de usar remédios, interrompeu procedimentos estéticos e aprendeu a aceitar as marcas naturais do tempo. “Estou com uma bunda mole, já esteve mais dura… e tudo bem”, brincou, demonstrando leveza e autenticidade. A atriz ainda destacou que hoje não se incomoda com comentários sobre envelhecimento ou imperfeições. “Eu precisei me desconstruir. Durante muito tempo, me vi apenas como um corpo. Agora, sei que sou muito mais que isso”, afirmou.
O desabafo de Deborah ecoa como um grito de liberdade em um mundo onde a aparência ainda dita muitas regras e serve de inspiração para tantas mulheres que enfrentam a mesma pressão em silêncio.
Entrevista de Deborah Secco com a Bloguerinha (Vídeo: reprodução/YouTube/Bloguerinha)
A responsabilidade das figuras públicas na quebra de padrões
Deborah Secco também ressaltou a importância de usar sua visibilidade para questionar os padrões impostos pela indústria. Segundo ela, ao assumir suas inseguranças e mostrar um corpo real, sem filtros ou retoques, ela busca ser um contraponto necessário na cultura da perfeição. “Eu acho que a gente tem que ter coragem de mostrar que não somos perfeitas. Se eu puder ajudar outras mulheres a se sentirem menos sozinhas, já valeu a pena”, declarou. A atriz defende que figuras públicas têm um papel fundamental em normalizar a diversidade de corpos e incentivar uma relação mais saudável com a própria imagem.
