Lula escolhe Ministra da Gestão e Inovação para lugar de Silvio Almeida

Após demissão de Sílvio Almeida, o presidente Lula nomeou a Ministra de Gestão e Inovação, Esther Dweck, para ficar interinamente no comando da pasta dos direitos humanos e da cidadania.

Após reunião no palácio, o presidente Lula exonerou do cargo Silvio Almeida, que é acusado de assédio sexual contra a ministra Anielle Franco.

A demissão de Sílvio Almeida e a nomeação de Esther foi publicada no diário oficial da união. Também foi publicado nesta última sexta feira (6), a demissão da secretaria executiva do ministério dos direitos humanos, Rita Cristina de Oliveira, após a desistência da secretaria de assumir interinamente o ministério deixado por Sílvio.

O que ouve

Em uma reunião no palácio, na noite da última sexta feira (6), o presidente Lula exonerou Sílvio Almeida do cargo de ministro dos direitos humanos e da cidadania. Após denúncias recebidas pela ONG Me Too de que, supostamente, o então ministro Silvio Almeida teria assediando sexualmente mulheres e, entre elas, a ministra  da igualdade racial, Anielle Franco.

Quem é Esther Dweck

Esther Dweck é doutora em economia pela universidade federal do Rio de Janeiro (UFRJ), já foi ministra de planejamento, orçamento e gestão no governo Dilma Rousseff, onde também chefiou a assessoria econômica em 2011-2014.

Esther chefia o Ministério da Gestão e Inovação no governo atual.


Ministra Esther Dwek com Anielle Franco (Reprodução/Instagram/@esrherdweck_)


Esther foi uma das ministras escutadas por Lula em reunião que antecedeu a demissão de Sílvio Almeida.Esther Deweck não tem histórico  acadêmico na área da pasta em que será interina.

Governo lula se pronunciou diante de uma nota sobre a exoneração do então ministro.


Nota a imprensa (Reprodução/Instagram/@estherdwek_)


“O presidente considera insustentável a manutenção do ministro no cargo considerando a natureza das acusações de assédio sexual” diz parte da nota oficial da presidência

Sílvio, por sua vez, nega todas as acusações e abriu um pedido de  investigação severa mediante ao caso.

Ministra Esther Dweck anuncia 1 milhão de participantes na primeira edição do “Enem dos concursos”

No domingo (18), a ministra da Gestão e da Inovação, Esther Dweck, informou que aproximadamente 1 milhão de candidatos compareceram às provas da primeira edição do Concurso Público Nacional Unificado (CPNU). A divulgação completa dos dados está prevista para segunda-feira (19), mas a ministra adiantou que o número de participantes está próximo de 1 milhão, com uma apuração ainda em andamento.

Dweck destacou que a taxa de comparecimento está dentro das expectativas da organização do concurso. O Distrito Federal apresentou o menor índice de abstenção, enquanto o Ceará registrou o maior. A previsão é de que a taxa de abstenção fique entre 52% e 53%, um índice abaixo de outros concursos recentes, como o do Banco Central, que teve 62% de abstenção. A ministra expressou satisfação com o resultado, que superou as expectativas iniciais.

“Cerca de 1 milhão de pessoas realizaram a prova hoje. É um número que a gente tá fechando a apuração. A gente precisa ter a resposta de todas as salas. Já temos um percentual bastante alto, mas nossa estimativa é que chegue bem próximo de 1 milhão de pessoas que realizaram a prova efetivamente”, Esther Dweck em coletiva à imprensa.

O Concurso Público Nacional Unificado (CPNU)

Conhecido como o “Enem dos concursos”, é o maior em número de inscritos da história do Brasil. As provas, realizadas em mais de 200 cidades e divididas em duas etapas, visam preencher mais de 6 mil vagas em 21 órgãos federais. O gabarito oficial sairá na terça-feira (20), e as notas dos candidatos devem ser conhecidas no dia 8 de outubro, com os resultados finais previstos para um mês depois. A posse dos aprovados está agendada para janeiro do próximo ano.


candidatos a espera da prova (Foto: reprodução/Instagram/@opovocbn)

Esther Dweck informou que as provas foram aplicadas sem “nenhuma intercorrência” significativa e que o CPNU terminou tranquilamente. O Ministério da Gestão e Inovação relatou que menos de 0,2% dos locais tiveram problemas, como falta de energia, que não impactaram a realização das provas. Não houve problemas de segurança e o processo envolveu mais de 75 mil salas e 12 mil profissionais de segurança. A ministra destacou a satisfação com o desenvolvimento das provas.

“Estamos felizes com a realização da prova. Conseguimos o nosso grande objetivo que era levar esse concurso público a todo Brasil”, declarou.

Desclassificação e remarcação das provas

A ministra da Gestão e Inovação relatou que aproximadamente 500 candidatos foram desclassificados do CPNU por infringirem as regras do edital, como levar o caderno de provas ao sair do local, o que é proibido. Ela observou que essas infrações foram detectadas durante a primeira etapa do exame.

O CPNU, que estava marcado para maio, foi adiado devido a enchentes no Rio Grande do Sul, sendo impossível realizar as provas na região. O envio e recolhimento dos malotes de provas geraram custos operacionais ao governo. A reaplicação das provas custou cerca de R$ 33 milhões, menor que os R$ 50 milhões estimados inicialmente.