“A Loja de Atrocidades”: conheça o processo criativo do figurino

Resultado da quinta edição residência artística da Fenda, A Loja de Atrocidades é um projeto multissensorial encabeçado pelo fotógrafo e diretor Hick Duarte e seu figurino foi pensado e concebido por Juan Duarte e Julia Emiko. Em entrevista, os produtores criativos contaram todo o processo por trás do trabalho.


Juan Duarte e Julia Emiko comentaram sobre o processo criativo dos figurinos DE “A Loja de Atrocidades” (Foto: reprodução/FFW)

Processo de construção

O musical “A Loja de Atrocidades” estreou em novembro de 2023, no Galpão Cru, em São Paulo, e reuniu música eletrônica, experiências sensoriais, performances artísticas, teatro e cinema ao vivo. O projeto foi resultado da mais recente residência da Fenda, criada por Hick Duarte em 2020.

O projeto em si foi criado pelo artista, produtor e DJ Eduardo Pininga (EPX) com co-produção musical de Caue Gas.” A Loja de Atrocidades” é uma reunião de artistas já consolidados e também presentes na nova geração de música, moda e performances alternativas.


EPX e Caue Gas criadores do A Loja de Atrocidades (Foto: reprodução/Fenda)

O figurino por trás do projeto tem como criadores Juan Duarte e Julia Emiko. Eles já haviam trabalhado com outras marcas e artistas recentes da moda e música, como Jalaconda, Duda Beat, Tash e Tracie, entre outros. Em entrevista, contaram como foi o processo criativo do figurino.

[…] Estudamos o estilo pessoal de cada artista a fim de construir essas extensões performativas ligadas diretamente à quem iria lhes portar, buscando criar assim um ambiente de supra-realidade ou universalidade paralela colada na realidade social dos atores.”

Juan Duarte e Julia Emiko

Eles também comentaram que o processo foi bastante diferentes de outros trabalhos que haviam feito, mas que conseguiram colocar a visão as referências de cada um no desenvolvimento dos figurinos. Acrescentaram também que, por serem uma dupla, Duarte e Emiko puderam colocar suas diferenças e semelhanças e colher resultados novos nos looks.

A dupla também afirmou que não houve divisão de tarefas e que trabalharam em conjunto o tempo todo, tanto em ideias quanto em designs. Como influências para seus trabalhos, Juan e Julia citaram os amigos paulistas e as movimentações culturais do Brasil.

“[…] sentimos que construímos vínculos fortes entre os grupos que permeamos e participamos na cidade, sempre nos mantendo em confluência com as movimentações culturais do Brasil e do mundo entendendo nossa perspectiva única de sul-global dentro do contexto de construção de imagem de moda contemporânea.

Juan Duarte e Julia Emiko

Após a conversa sobre o início do processo criativo, a dupla de criadores passou a dar mais detalhes sobre alguns dos figurinos usados no projeto A Loja de Atrocidades.

Figurinos

Detalhando alguns dos figurinos do projeto, eles começaram comentando sobre os dois looks de Eduardo Pininga. No primeiro, desenvolveram uma roupa repleta de diversos materiais, resultando na figura de um andarilho.

Já no segundo look, a dupla trouxe um figurino em que o personagem teria consciência de seu tamanho, como dono de seu próprio espetáculo. O paletó usado foi uma colaboração com Roro Rewind e a peça teve referências de movimento e transitoriedade.



A segunda artista citada é Alexza, que fez parte do processo de criação de seu figurino. Na primeira roupa, a dupla tentou uma criação que tivesse referência de looks de comerciais de perfume dos anos 2000 e à marca Dior. Para o segundo look, o corpo silhueta continua, mas com uma ideia mais contemporânea, já que ela entraria no musical montada em uma moto.



Por fim, Juan Duarte e Julia Emiko afirmaram que o figurino da artista Yaminah foi especial para eles, já que eles queriam que o look representasse um efeito sóbrio. A parte da frente da roupa era simples, sem cortes, em que ela apenas colocava os braços.

Na parte de trás, o vestido era aberto, remetendo uma ideia de asas e liberdade, compondo uma figura angelical. Em colaboração, Gustavo Ramirez desenvolveu a estampa e Bernardo Vieira produziu a modelagem 3D do look.



Neste sábado (20), ocorre a performance de encerramento do “A Loja de Atrocidades” na Hoa Galeria, em São Paulo.

Look de 11 mil reais: relembre vestido que Bruna Marquezine usou no Carnaval

O fotógrafo João K, exibiu fotos de Bruna Marquezine vestindo o polêmico vestido preto, transparente e cheio de recortes exibindo a pele de Marquezine, usado pela atriz no carnaval de Salvador. Bruna estava acompanhada de Sasha Meneghel e João Lucas Figueiredo.

Elogios


Bruna Marquezine utilizando vestido Mugler preto e com recortes (Foto/Reprodução/Instagram/@joaokopv)

Na época, Bruna recebeu inúmeros elogios nos comentários da rede social Instagram.
Entre eles, escreveram mensagens positivas a cantora Pocah, a também atriz Carolina Dieckmann e a influencer Thais Carla.

O vestido de grife Mugler já havia sido usado por Virgínia Fonseca anteriormente, em festa de Neymar.

Diferentes modos de usar

De forma mais discreta, Virgina optou por colocar um biquíni preto por baixo da peça, enquanto Marquezine ousou e preferiu não usar nada por baixo. A atriz, que recentemente estreou no cinema internacional, já é famosa por sustentar looks difíceis e exuberantes.

Virgínia com vestido Mugler, o mesmo utilizado por Bruna Marquezine posteriormente (Foto/Reprodução/Instagram/@Virginia)

A escolha da peça gerou comparações entre a forma que as duas usaram, com grande maioria impressionada com as curvas a mostra e elegância que Bruna transmitiu ao utilizar a peça.

Bruna Marquezine utilizando o vestido de grife sem nada por baixo (Foto/Reprodução/Instagram/@joaokopv)

A sobreposição de Virgínia não agradou muito, tirando a leveza e apagando a proposta ousada do vestido, mas ao mesmo tempo trouxe maior segurança no deslocamento.

Mugler

Criada por Manfred Thierry Mugler nos anos 70, a marca é famosa por suas peças inovadoras, inspiradas em diversos temas que vão desde o cinema noir até filmes de super-heroínas. Hoje em dia, quem dá continuidade ao legado de Mugler é Casey Cadwallader, estilista americano que assina a marca.

Inicialmente estabelecida em 1973 com o nome “Café Paris”, a marca adotou o nome do fundador em 1974 e apresentou sua primeira coleção ready-to-wear. Suas criações impactaram as passarelas e a cultura pop de forma duradoura.