Microexplosões atmosféricas ameaçam Rio Grande do Sul e Santa Catarina

O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) emitiu um alerta preocupante para os estados do Rio Grande do Sul e Santa Catarina, prevendo a possibilidade iminente de ocorrência de microexplosões atmosféricas nos próximos dias, em um fenômeno conhecido como downburst

Sobre o fenômeno

Este fenômeno, também conhecido como downburst, é caracterizado por uma corrente de vento descendente violenta que se separa de nuvens de tempestade e atinge o solo com extrema força.

Ao contrário dos tornados, que formam redemoinhos de vento ascendente, as microexplosões apresentam um padrão de vento descendente, provocando danos devastadores semelhantes. Recentemente, uma microexplosão foi registrada em Santa Cruz do Sul (RS), agravando ainda mais a situação já crítica devido aos fortes temporais que assolaram a região, resultando em pelo menos 29 mortos e 60 desaparecidos.


Alagamento (Foto: Reprodução/Getti Images Embed/Akaradech Pramoonsin)


Embora o fenômeno da microexplosão possa ocorrer em qualquer época do ano, é mais comum durante o verão, quando as condições de temperatura e umidade favorecem a formação de nuvens de tempestade. Estas nuvens, que podem atingir até 20 quilômetros de altura, têm o potencial de gerar ventos destrutivos, alcançando velocidades superiores a 200 quilômetros por hora.

Riscos

Além dos danos estruturais às construções e à vegetação, as microexplosões representam um sério risco para a aviação, podendo interferir nas operações de decolagem e pouso de aeronaves. O som característico, frequentemente comparado ao de um trem de carga, acompanha o impacto desses ventos violentos.

Segundo o National Weather Service dos Estados Unidos, uma microexplosão é caracterizada por ventos horizontais que se estendem por uma área inferior a quatro quilômetros. Quando essa área ultrapassa os quatro quilômetros, o fenômeno é classificado como macroexplosão.

Diante deste cenário de alerta, é crucial que a população das regiões afetadas permaneça vigilante às atualizações meteorológicas e siga as orientações das autoridades locais para minimizar os riscos e garantir a segurança de todos.

Taiwan registra segundo terremoto do mês de abril

A ilha de Taiwan sofreu, nesta segunda-feira (22), um terremoto de magnitude 5,5 em Huelien, na parte leste do país. O tremor foi o segundo do mês de abril, que marcou 7,4 na escala Richter (mecanismo que mede a intensidade de terremotos). O país não relatou nenhum ferido nem vítima.

O terremoto

O fenômeno natural ocorreu às 17h08 pelo fuso horário de Taiwan e 6h08 pelo horário de Brasília, segundo o Serviço Geológico dos Estados Unidos. Cerca de 80 terremotos atingiram o país entre a noite desta segunda-feira e as primeiras horas de terça-feira (vale ressaltar que Taiwan tem um fuso horário de +13h em comparação com o Brasil).

De acordo com jornalistas da AFP, os tremores mais fortes ocorreram por volta das 22h (horário local). O corpo de bombeiros afirmou a imprensa que a situação está sendo monitorada. “Continuaremos monitorando a situação e informando em tempo hábil”, disse.

É comum a ocorrência de terremotos no país devido a localização da ilha no Oceano Pacífico. Taiwan está próximo da junção de duas placas tectônicas e, por causa do movimento natural dessas placas, o país tem mais propensão a sofrer com esse tipo de fenômeno natural.

Terremoto de 3 de abril


Destruição feita pelo terremoto do dia 3 de abril, na cidade de Taipei (foto: reprodução/ An Rong Xu/ Bloomberg/ Getty Images Embed)


Ainda neste ano, Taiwan sofreu o segundo pior terremoto da história da ilha no dia 3 de abril. O tremor marcou 7,3 na escala Richter e devastou muitas regiões do país. Além de danificar edifícios, o terremoto matou 17 pessoas e feriu cerca de 1.100 habitantes.

O abalo aconteceu no mar, cerca de 34,8 quilômetros de distância da superfície. O epicentro foi em Hualien, local que ficou mais devastado pelo tremor. A cidade sofreu com tombamento de prédios e ficou sem energia.

O terremoto mais danoso da história de Taiwan ocorreu em setembro de 1999 e matou 2.400 pessoas.