Mais de 40 mil candidatos são aprovados para a segunda fase do CNU

Na última quarta-feira, dia 12 de novembro, o Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI) e a Fundação Getúlio Vargas (FGV) fizeram a divulgação dos aprovados para a segunda fase do Concurso Nacional Unificado (CNU). Mais de 40.000 candidatos foram aprovados e passaram para a fase discursiva do concurso. O Concurso Nacional Unificado (CNU) selecionará mais de três mil pessoas para vagas em 32 órgãos públicos do setor da administração federal. As oportunidades de emprego estão espalhadas por todo o país: existem vagas para todos os estados e para o Distrito Federal. 

Segunda Fase

A segunda fase do Concurso Nacional Unificado (CNU) será realizada em um domingo, no dia 7 de dezembro. A etapa consiste em uma prova discursiva (questões escritas por extenso), e será diferente para os dois níveis de candidatos. 


Depoimento a respeito do CNU 2025 (Vídeo: Reprodução/Instagram/@portalg1)


Para os candidatos de nível superior (que já são formados no ensino superior ou vão se formar no fim do ano), a prova consiste em duas questões discursivas, e terá a duração de 3 horas. Já para os candidatos de nível médio (que já são formados no ensino médio ou que vão se formar no ensino médio no final do ano), a prova consiste em uma redação dissertativa e argumentativa – que lembra a redação do Enem –, e terá duas horas de duração.

O CNU

A edição de 2025 do Concurso Nacional Unificado (CNU) é a segunda edição da prova. O Concurso Nacional Unificado (CNU) aconteceu pela primeira vez no ano passado, 2024, para juntar os diversos concursos federais em um só. Conhecido popularmente como Enem dos Concursos, o CNU foi organizado em 2024 pela banca da Fundação Cesgranrio (Centro de Seleção de Candidatos ao Ensino Superior do Grande Rio), que organiza o vestibular da PUC-Rio e outros concursos. Em 2025, a banca escolhida para desenvolver a prova foi a da Fundação Getúlio Vargas (FGV).

CPNU 2: gabarito definitivo e nota individual liberados

O resultado das provas objetivas do Concurso Público Nacional Unificado (CPNU 2) foi divulgado nesta quarta-feira (12), pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), banca organizadora do certame. Os candidatos agora podem consultar o gabarito definitivo e a nota individual diretamente no site oficial da FGV, utilizando o número de inscrição e a senha cadastrada no momento da inscrição.

A divulgação marca mais uma etapa importante do processo seletivo, cujo objetivo é unificar concursos públicos federais em um modelo semelhante ao do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). O CPNU foi criado pelo Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI) e oferece milhares de vagas para órgãos e autarquias do governo federal, buscando democratizar o acesso ao serviço público e reduzir desigualdades regionais.

Consultas e etapas do CPNU 2

Para acessar o resultado, os candidatos devem entrar no site da FGV e clicar na área destinada ao CPNU 2. Lá, é possível visualizar a pontuação obtida nas provas objetivas e o desempenho individual por área de conhecimento. O sistema apresenta o gabarito definitivo, elaborado após a análise dos recursos apresentados pelos participantes. Com isso, qualquer alteração nas respostas das provas foi devidamente atualizada antes da publicação final.

O CPNU 2 é considerado um dos maiores processos seletivos do país, com mais de dois milhões de inscritos. Ele é organizado em blocos temáticos que agrupam áreas semelhantes, como administração, tecnologia, infraestrutura, educação e saúde. As provas objetivas e discursivas foram aplicadas simultaneamente em diversos estados brasileiros, o que ampliou o alcance do concurso e deu oportunidade a candidatos de todas as regiões. De acordo com o MGI, o formato unificado busca otimizar recursos, padronizar critérios de avaliação e garantir mais transparência no processo seletivo.

Após a divulgação do gabarito definitivo e das notas individuais, os candidatos aprovados nas provas objetivas seguirão para a próxima fase, que inclui a correção das provas discursivas e análise de títulos, quando houver. Cada cargo possui um peso diferente para essas etapas, conforme descrito no edital.


As provas objetivas da segunda edição do CPNU 2 foram realizadas no dia 5 de outubro (Foto: reprodução/Correio Braziliense/Freepik)


Próximas fases e expectativas dos candidatos

Com a publicação dos resultados, muitos candidatos comemoram a boa pontuação e seguem confiantes nas próximas etapas. Nas redes sociais, participantes relatam ansiedade e expectativa pela convocação para as provas discursivas, que devem ocorrer nas próximas semanas. A FGV e o MGI reforçaram que todas as datas e comunicados oficiais serão divulgados exclusivamente pelos canais oficiais do concurso, evitando assim o risco de desinformação.

O governo federal destacou que o CPNU 2 é um marco na modernização dos concursos públicos no Brasil. Além de unificar os processos, o modelo busca promover a inclusão social e regional, oferecendo oportunidades para candidatos de diferentes estados sem a necessidade de múltiplas inscrições e deslocamentos. Dessa forma, o certame pretende aproximar o serviço público da realidade de todo o país, fortalecendo a representatividade regional nas instituições federais.

O Ministério da Gestão também informou que o cronograma final, com as datas de divulgação dos resultados definitivos e da classificação geral, será publicado ainda neste mês de novembro. A expectativa é que a homologação do concurso ocorra até o fim do ano, para que os aprovados possam ser convocados e nomeados no início de 2026. Candidatos que não concordarem com o resultado final poderão entrar com recurso dentro do prazo estabelecido no edital. O procedimento deve ser feito exclusivamente pelo portal da FGV, respeitando as normas do concurso.

Com milhares de vagas em disputa e ampla concorrência, o CPNU 2 representa um avanço na forma de ingresso no serviço público brasileiro. A expectativa é que o modelo continue nos próximos anos, consolidando-se como um instrumento de democratização e eficiência. A divulgação do gabarito definitivo e das notas individuais, portanto, marca um passo essencial rumo à conclusão desse processo seletivo histórico. Agora, os candidatos aguardam ansiosamente os próximos resultados, com a esperança de alcançar uma das tão sonhadas vagas no setor público federal.

Seis em cada dez brasileiros enfrentam sobrepeso ou obesidade, aponta pesquisa

Um levantamento recente do Instituto Datafolha, realizado em parceria com a farmacêutica Novo Nordisk, revela que 59% dos brasileiros têm sobrepeso ou obesidade, conforme o Índice de Massa Corporal (IMC).

No entanto, apenas 11% receberam um diagnóstico formal dessas condições, indicando um preocupante desconhecimento sobre o problema.

Diagnóstico insuficiente e percepção equivocada

Embora o IMC de 59% dos brasileiros indique sobrepeso ou obesidade, o estudo mostra que a maioria não busca ou recebe um diagnóstico médico.


No Brasil 45,5% consome verduras e legumes (Foto: reprodução/Tânia Rêgo/Agência Brasil)

A falta de reconhecimento formal da condição pode dificultar o acesso ao tratamento adequado, essencial para prevenir complicações graves de saúde, como doenças cardiovasculares e diabetes.

Os dados do Datafolha refletem uma tendência observada na pesquisa Vigitel 2023, do Ministério da Saúde, que apontou que 61,4% dos adultos brasileiros têm IMC superior a 24,9, faixa que indica sobrepeso.

Mesmo com números alarmantes, 61% dos entrevistados que se enquadram nessa condição acreditam ter boa saúde, o que preocupa especialistas.

Consequências e desafios do tratamento

A obesidade é uma doença crônica, neuroquímica e recidivante, o que significa que, sem tratamento contínuo, a condição tende a persistir e agravar.

A obesidade não é apenas uma questão de comportamento, mas envolve mecanismos biológicos complexos“, explica Bruno Geloneze, endocrinologista e professor da Unicamp. Ele ressalta que a ausência de diagnóstico contribui para que muitos brasileiros não procurem o tratamento necessário.


Bruno Geloneze, endocrinologista e professor da Unicamp
(Foto: reprodução/Léo Ramos Chaves /Revista Pesquisa FAPESP)

Além disso, a pesquisa destaca que, apesar do desejo de mudança, a maioria dos brasileiros com sobrepeso ou obesidade enfrenta dificuldades para perder peso de forma sustentável. Isso ocorre, em parte, pela falta de acompanhamento médico especializado, que pode orientar sobre as melhores práticas e estratégias de tratamento.

Medicações e desafios de acesso

Recentemente, novas medicações para o tratamento da obesidade têm demonstrado eficácia, como o Wegovy, da Novo Nordisk. Contudo, Geloneze alerta que o acesso a esses medicamentos ainda é limitado e que a compreensão da obesidade como uma doença que requer tratamento contínuo precisa ser ampliada.


Novas medicações para o tratamento da obesidade têm demonstrado eficácia
(Foto: reprodução/FreePhotosART/Pixabay)

O estudo também revela que a obesidade no Brasil é multifatorial, influenciada por maus hábitos alimentares, sedentarismo e fatores ambientais, como a exposição a contaminantes e a mudança na microbiota intestinal.

A modernidade, em muitos aspectos, facilita o ganho de peso“, conclui Geloneze, ressaltando a necessidade de políticas públicas e iniciativas de saúde que abordem esses fatores de maneira abrangente.