Caça da Coreia do Sul lança acidentalmente oito bombas em cidade

Caça da Coreia do Sul lança acidentalmente oito bombas Mk82 na cidade de Pocheon, próxima à fronteira com a Coreia do Norte, durante um exercício militar nesta quarta-feira, horário de Brasília. O erro de coordenadas causou danos na região e deixou feridos.

Feridos em Pocheon

Segundo as autoridades, pelo menos 15 pessoas ficaram feridas após a cidade ser atingida pelas bombas, sendo que duas estão em estado grave. O treinamento, realizado em conjunto com militares dos Estados Unidos, ocorria em Pocheon, cidade localizada a cerca de 35 km da fronteira com a Coreia do Norte.


Avião em campo de treinamento (Foto: reprodução/JUNG YEON-JE/Getty Images Embed)


A Força Aérea da Coreia do Sul informou que um jato KF-16 lançou acidentalmente oito bombas Mk82 de 225 kg fora do campo de tiro. Suspeita-se que o piloto tenha inserido coordenadas erradas, segundo o Estado-Maior Conjunto da Coreia do Sul. Em comunicado, a instituição lamentou profundamente o ocorrido e desejou rápida recuperação aos feridos, expressando também seu compromisso em cooperar com as investigações. O governo sul-coreano anunciou investigações para apurar as causas do erro, com a promessa de medidas corretivas e cobertura de danos, já que a explosão danificou casas e uma igreja.

Por volta do meio-dia, horário local, a população foi evacuada da área afetada como medida de precaução, enquanto autoridades verificavam se havia explosivos não detonados.

Devido à proximidade dos campos de treinamento, moradores protestam há anos contra a perturbação e o perigo potencial que os exercícios militares podem representar para a segurança local.

Suspensão dos exercícios de fogo

As tropas da Coreia do Sul e dos Estados Unidos iniciarão na próxima segunda-feira (10), o exercício anual ‘Freedom Shield’, que seguirá até 20 de março, cujo objetivo é fortalecer a aliança contra ameadas. O Estado-Maior Conjunto da Coreia do Sul informou que, por enquanto, os exercícios de fogo estão suspensos, mas as demais atividades ocorrerão conforme o planejado. Segundo o porta-voz do JCS de Seul, Lee Sung-jun, cerca de 70 sessões de treinamento de campo estão programadas para este ano.

Após final de semana sangrento, Israel volta a atacar em Gaza

Nesta segunda-feira (15), Israel voltou a atacar a Faixa de Gaza, pelo sul e pelo centro. Moradores de Rafah relataram que as forças israelenses explodiram várias casas.

A mesma guerra de narrativas para justificar o injustificável

Os bombardeiros aéreos e de tanques foram intensificados pelos militares. Os históricos campos de refugiados de Al-Bureji e Al-Maghazi foram os principais alvos. Cinco palestinos foram mortos em um ataque aéreo israelense em uma casa no campo de Maghazi, de acordo com as autoridades de saúde.

Por outro lado, os militares israelenses disseram que dezenas de alvos militares palestinos foram atingidos pelas forças aéreas, acertando vários homens armados em Rafah e no centro de Gaza. Houve, inclusive, combate corpo a corpo.


Rafah em mais um dia de conflito (Foto: reprodução/Eyad Baba/AFP/Getty Images embed)


Uma ramificação do grupo militante da Jihad Islâmica, brigada Al-Quds, teria feito um comunicado de que seus combatentes estavam envolvidos em batalhas ferozes no campo de Yabna, em Rafah.

A Zona Segura não era segura

Centenas de milhares de palestinos fugiram para Mawasi, periferia de Khan Yunis, após Israel declarar um local seguro. Essa zona populosa, próxima da costa do Mediterrâneo, transformou-se em um terreno baldio carbonizado, com muitos carros queimados e corpos mutilados, após os ataques do fim de semana.

Israel justificou que o ataque visava dois altos dirigentes do Hamas: Mohamed Deif, seu chefe militar, e Rafa Salama, comandante do grupo em Khan Yunis. Esses foram apresentados como “os dois cérebros do massacre de 7 de outubro”, que desencadeou a guerra.

O Exército anunciou que Salama morreu no bombardeiro. Um alto comandante do Hamas afirmou que Deif está vivo.

Rússia muda tática e Ucrânia é surpreendida com ataque de mísseis

Nesta terça-feira (23), ucranianos foram surpreendidos com um ataque de mísseis russos. As autoridades do país falam em ao menos 4 mortos e 60 feridos. Os ataques foram feitos contra as cidades de Kiev (capital) e Kharkiv, a primeira e segunda maior cidade da Ucrânia, respectivamente. Metade dos mísseis lançados foram destruídos.

Mudança de tática

Desde o início do ano, os russos mudaram a tática de guerra contra os ucranianos, propagando ondas com mísseis diversos, o que enfraquece o sistema de defesa aérea ucraniano. De acordo com a Força Aérea ucraniana, na madrugada desta terça-feira (23), os russos lançaram 41 mísseis de modelo cruzeiro e balísticos, sendo 21 deles destruídos pela defesa aérea.

Neste ataque não foram empregados drones, frequentemente utilizados para saturar o sistema de defesa antes do lançamento dos mísseis. Até setembro de 2023, Kiev afirmava abater cerca de 80% dos mísseis, percentual que está mudando desde a mudança da ofensiva russa.



Contudo, na semana passada os russos tiveram uma derrota significativa. Um avião radar A-50, extremamente caro e de difícil reposição, foi abatido sobre o mar de Azov por um míssil ucraniano.

Dezenas de feridos

Em Kharkiv, região mais atingida pelos ataques, pelo menos três pessoas morreram e 42 ficaram feridas, de acordo com o governador, Oleg Sinebugov, e um gasoduto foi atingido e explodiu. Já em Pavlograd, na região central de Dnipropetrovsk, houve uma pessoa ferida e outra morta, conforme informações de autoridades locais.

O prefeito de Kharkiv, Ihor Terekhov, disse à televisão local que 30 prédios residenciais foram atingidos. As buscas por sobreviventes também estão acontecendo, informou Terekhov. Já o prefeito de Kiev, Vitalii Klitschko, informou que 20 pessoas, entre elas três crianças, ficaram feridas e que edifícios não residenciais pegaram fogo.