Embaixada da França nega que triatletas ficaram doentes após nadarem no rio Sena

Depois de relatos sobre triatletas que supostamente adoeceram após nadar no rio Sena, a Embaixada da França no Brasil recorreu às redes sociais para desmentir qualquer vínculo entre as doenças e o contato com a água.

No último domingo (4), a CNN Internacional relatou que a Bélgica decidiu não participar da prova de triatlo de revezamento misto nas Olimpíadas de Paris, depois que a atleta Claire Michel adoeceu após nadar no Sena. Além do relato de Claire, o triatleta suíço Adrien Brifford também ficou de fora da competição após contrair uma infecção gastrointestinal.

Pronunciamento da embaixada Francesa

“Hoje de manhã, a própria triatleta belga Claire Michel desmentiu em suas redes sociais a informação de que ela teria sido infectada pela bactéria E. Coli.

Seus exames de sangue revelaram que ela foi vítima de um vírus, desmentindo assim os rumores de que a água do Sena teria sido a causa de sua doença.

Além disso, o Comitê Olímpico e Interfederal da Bélgica emitiu um comunicado à imprensa esclarecendo o estado de saúde da atleta Claire Michel, e corrigindo informações errôneas publicadas anteriormente na imprensa e nas redes sociais. A decisão de manter as provas de triatlo em 31 de julho foi tomada após o aval da federação internacional de triatlo, World Triathlon, que emitiu seu parecer com base nos testes de verificação da qualidade da água, cujos resultados foram considerados conformes.

As análises mostraram níveis de E.Coli bem abaixo do limite estabelecido pelas federações esportivas (entre 192 e 308 UFC/ml vs. 1.000 UFC/ml)”, publicou a embaixada Francesa em suas redes sociais.

O caso de Claire


Foto da triatleta Claire Michael. (Foto: reprodução/ Instagram/@clairemicheltri)

O ocorrido chamou a atenção principalmente devido às proporções. Ela havia nadado no Rio Sena poucos dias antes de ficar doente, e a qualidade da água do rio tem sido motivo de discussão desde antes dos Jogos. A prefeita de Paris chegou a nadar no Sena como uma forma de demonstrar que a água estava em boas condições.

Brasil é eliminado pela França no tênis de mesa por 3 a 0

O trio brasileiro composto por Hugo Calderano, Vitor Ishiy e Guilherme Teodoro não conseguiu superar a equipe francesa formada por Simon Gauzy e os irmãos Alexis e Félix Lebrun nas quartas de final do tênis de mesa masculino por equipes.

A França dominou o confronto, vencendo o Brasil por 3 a 0. Com essa vitória, os franceses avançaram para as semifinais da competição, onde enfrentarão a China na próxima quinta-feira (8), às 5h de Brasília. O vencedor desta partida garantirá um lugar na final e a certeza de uma medalha olímpica.


Hugo Calderano em partida por equipes (Foto: reprodução/Buda Mendes/Getty Images Embed)


Derrota por 3 a 0

Após vencer Portugal por 3 a 1, o Brasil chegou às quartas de final confiante para enfrentar os anfitriões. No primeiro confronto, a dupla brasileira Guilherme Teodoro e Vitor Ishiy enfrentou Simon Gauzy e Alexis Lebrun. Com parciais de 11/8, 11/9 e 11/6, os franceses venceram por 3 a 0.

Com o Brasil em desvantagem de 1 a 0, Hugo Calderano precisava de um resultado positivo contra Félix Lebrun. Eles se reencontraram após a disputa pelo bronze no individual. Calderano lutou, mas acabou perdendo por 3 a 1, com parciais de 11/6, 11/7, 11/13 e 11/6.

O terceiro confronto foi decisivo. Vitor Ishiy enfrentou Alexis Lebrun em um jogo mais equilibrado. Apesar do esforço de Ishiy, que fechou o segundo set com 11/9, Lebrun venceu o primeiro set por 11/7 e o terceiro por 11/5. No quarto set, Lebrun garantiu a vitória com 11/7, eliminando a equipe brasileira.

Com essa derrota, o Brasil se despede da competição, enquanto a França segue em busca da medalha olímpica.

CBF busca recorrer da decisão da Fifa para Marta retornar à Olimpíada

Com a vitória sobre a França neste sábado (03), a seleção feminina se classificou para a semifinal das Olimpíadas, resultado que poder dar a chance de Marta voltar a vestir o uniforme brasileiro mais uma vez nos jogos de Paris-2024, mas para Fifa, essa volta não será na semifinal. 

Suspensão de Marta

A camisa 10 recebeu o cartão vermelho após fazer uma entrada dura na espanhola Olga Carmona durante a terceira rodada da fase de grupo. Como punição, a brasileira pegou dois jogos de suspensão após o julgamento pelo comitê disciplinar da Fifa, com a primeira partida, contra a seleção francesa já foi realizado. A CBF (Confederação Brasileira de Futebol) acionou seu departamento jurídico buscando recorrer da decisão do comitê e garantir um efeito suspensivo. 

Em contato com o portal ge.globo, a Federação respondeu sobre a punição da Marta. Por decisão disciplinar, se deu por conta da falta grave realizada na lateral-esquerda espanhola, por isso a suspensão teria que ser de dois jogos. A entidade afirma que essa sanção é a punição mínima de acordo com o código disciplinar e que poderia ter chegado a 3 partidas. 

De acordo com a decisão disciplinar, Marta levou o cartão vermelho por falta grave e foi punida com suspensão de dois jogos (sanção mínima prevista no Código Disciplinar)”, diz comunicado da Fifa.


Marta levando o cartão vermelho em jogo contra a Espanha (Foto: reprodução/Getty Images embed)


Vitória da Seleção

A Seleção Brasileira venceu a equipe da casa por 1 a 0, o confronto em Nantes foi selado após o gol da atacante Gabi Portilho aos 37 minutos do segundo tempo. Nos últimos minutos da partida, a atuação segura da goleira Lorena garantiu o resultado que fez o Brasil continuar vivo nas Olimpíadas. 

A próxima partida da seleção será a semifinal contra a Espanha em Marselha, às 16(horário de Brasília) nesta terça-feira (6). Mesmo sem a garantia do retorno de Marta, o resultado definirá sé o Brasil irá para a decisão olímpica ou se vai disputar a medalha de bronze em Paris. 

Brasil vence a França e avança para a semifinal no futebol feminino

O Brasil teria que enfrentar vários desafios para avançar de fase: a ausência da Marta, a torcida jogando contra e um tabu de nunca ter vencido a França na história.

As meninas do Brasil conseguiram virar a chave após a fase de grupos irregular, venceram a anfitriã por 1 a 0 e agora irá se repetir o confronto contra a Espanha.

Lorena é o nome da primeira etapa

A Seleção Brasileira teve que enfrentar as francesas sem a zagueira Antonia, que sofreu fratura na fíbula da perna esquerda e sem a camisa 10, Marta, por conta da expulsão contra a Espanha. O jogo começou tenso, aos 20 segundos, Jheniffer cometeu falta e recebeu o primeiro cartão amarelo da partida.

O primeiro tempo ficou marcado pela olimpíada que a goleira Lorena vem fazendo. A França teve um pênalti aos 11 minutos após Tarciane derrubar Cascarino na grande área. Depois de três minutos de checagem do VAR por possível impedimento no lance, a infração foi mantida, Karchaoui bateu e a Lorena se esticou no canto esquerdo para fazer a defesa. Mais uma nesta olimpíada. A primeira etapa ainda teve uma cabeçada na trave da zagueira Bathy.

Gabi Portilho decide para o Brasil

Nos primeiros minutos da segunda etapa, o Brasil teve uma baixa, a zagueira e capitã, Rafaelle, acabou sentindo e foi substituída pela lateral Tamires.

A França foi para cima do Brasil, com o apoio da sua torcida, mas foi a seleção verde e amarela que conseguiu o primeiro gol, com Gabi Portilho. A camisa 18 ganhou a disputa com duas jogadoras francesas, saiu cara a cara com a goleira Picaud e bateu no canto.


Gabi Portilho marcou o gol que colocou o Brasil na semifinal (Foto: reprodução/Instagram/@selecaofemininadefutebol)


A própria Gabi Portilho teve a chance de ampliar, após saída errada de Picaud, a goleira acabou dando a bola no pé de Portilho, e a jogadora do Brasil acertou a trave.

O jogo teve um acréscimo de quase 19 minutos, a França jogou a bola na área, mas não conseguiu o empate.

Brasil reencontra as espanholas na semifinal

Sonhando com a medalha de ouro, o Brasil terá que enfrentar novamente a Espanha para tentar a disputa da medalha inédita. O confronto com as espanholas acontece na próxima terça-feira (6), às 16h (horário de Brasília).

Hino da Argentina é vaiado em partida contra a França nas Olimpíadas

A rivalidade entre França e Argentina tem se tornado cada vez mais latente. Durante a partida entre as duas seleções olímpicas de futebol na última sexta-feira (2), vencida pela França por 1 a 0 no Stade de Bordeaux, a Argentina teve seu hino vaiado pelos torcedores franceses momentos antes do pontapé inicial. 

A reação dos torcedores franceses foi em razão dos canto racista, xenófobo e homofóbico entoada pela equipe profissional da seleção Argentina após a conquista da Copa América. Na ocasião, o meio-campo Enzo Fernandes estava filmando a comemoração do título continental enquanto os jogadores cantavam uma música com teor preconceituoso.

Entenda o caso

A música foi popularizada ainda na Copa do Mundo de 2022 quando torcedores argentinos entoavam o grito em estádios e pelas ruas do Catar. A conquista da Copa América de 2024 pela Argentina foi o estopim da irritação dos franceses com o país vizinho. No canto de comemoração dos jogadores argentinos, os atletas da França foram vítimas de racismo por parte do adversário. 


O francês Jean-Philippe Mateta comemora gol da França contra a Argentina nos Jogos Olímpicos (Foto: Romain Perrocheau/AFP)

A música retrata, de maneira mentirosa, que os jogadores da França não seriam franceses, mas de países africanos. Os atletas são nascidos na França e, portanto, franceses. Alguns atletas, no entanto, tem origens africanas: seus pais nasceram em países do continente.

Clima tenso

O episódio não caiu bem entre os franceses. O governo argentino teve que pedir desculpas pelas atitudes dos jogadores da seleção do país. Autor do vídeo que revelou o canto racista, o meia Enzo Fernandes encontrou um ambiente marcado pela situação quando voltou ao Chelsea, seu clube de origem.


Confusão entre jogadores de França e Argentina pelas Olimpíadas (Foto: Philippe Lopez/AFP)

Além disso, uma emissora argentina, na chamada do jogo contra a França, dobrou a aposta e colocou na televisão torcedores cantando a música preconceituosa. O atacante francês Jean-Philippe Mateta disse que a canção incomoda a equipe.

Após o apito final, mais confusão. Integrantes das comissões técnicas de ambas as seleções invadiram o gramado durante a comemoração da seleção francesa e empurrões foram distribuídos entre os atletas. Os jogadores da França foram comemorar a vitória na frente a torcida argentina, o que não agradou a equipe sul-americana.

Mbappé compra as ações de clube francês da segunda divisão

Kylian Mbappé, através da empresa faz parte do conglomerado dirigido por sua mãe, Fayza Lamari, comprou o Caen, um time da segunda divisão da França. Quem deu a notícia da venda foi o próprio clube, através das suas redes sociais. O Caen é o time onde N’Golo Kanté começou a aparecer para o futebol.

A empresa Coalition Capital, responsável pela compra, é uma fundação de caridade e negócios de publicidade, e também cuida de carreiras esportivas.


Mbappe com o seu irmão (foto:reproduçao/intagram/k.mbappe)

Família dona do clube

O Caen é o primeiro time de futebol do conglomerado liderado por Fayza Lamari, mãe de Kylian Mbappé. A família já cuida da carreira de Kylian e Ethan, além de outros atletas, e tem negócios em imóveis e uma fundação. Segundo o L’Équipe, a empresa de Mbappé investiu cerca de 15 milhões de euros (R$ 91 milhões), garantindo a participação majoritária no clube.

O Caen era majoritariamente controlado pelo grupo americano Oaktree, que também é dono da Inter de Milão. No entanto, o grupo informou aos sócios que deixaria a gestão do clube e começaria a procurar novos investidores.

Caen revelou Kanté para o futebol

No clube francês, Kanté jogou uma temporada de alto nível e teve uma desempenho de destaque, que levou à sua contratação para o Leicester city em 2016 por nove milhões de euros (53 milhões de reais na cotação atual). Pelo novo escudo, fez 81 jogos e marcou 6 gols, tornando-se campeão inglês no seu ano de estreia.

O bom desempenho rendeu a contratação pelo Chelsea, time em que jogou por mais tempo e se consagrou na posição. Desde 2023, ele é atleta do Al-Ittihad, da Arábia Saudita

O craque francês é colega de seleção do histórico e ídolo Mbappé pela França. Os dois foram campeões da Copa do Mundo em 2018 e vice-campeões na Copa de 2022. Em 2024, no entanto, a seleção francesa foi eliminada na Eurocopa pela Alemanha, por 2 a 1 nas semifinais.

França e Argentina se enfrentam nas quartas de final da Olimpíada de Paris 2024

A rivalidade entre França e Argentina, que se acentuou após a final da Copa do Mundo de 2022 e se agravou recentemente com os incidentes de racismo durante a comemoração do título da Copa América, está prestes a ser renovada.

As duas seleções se reencontrarão nas quartas de final do torneio de futebol masculino nas Olimpíadas de Paris 2024. A partida está marcada para sexta-feira (02), às 16 horas (horário de Brasília).

Outras partidas das quartas de final

Além do duelo entre França e Argentina, as quartas de final do torneio de futebol masculino prometem grades emoções com outros confrontos importantes. A próxima sexta-feira (02) começa com Marrocos enfrentando os Estados Unidos às 10h (horário de Brasília), em Paris. Em seguida, o Japão encara a Espanha às 12h (horário de Brasília), em Lyon. Posteriormente, terá o embate entre Egito e Paraguai, marcado para às 14h (horário de Brasília), em Marselha.

Treinadores em confronto: Henry vs Mascherano

O embate entre França e Argentina nas quartas de final também coloca frente a frente dois ex-jogadores que foram rivais nos campos europeus: o francês Thierry Henry e o argentino Javier Mascherano. Ambos, agora na posição de técnicos, trazem para este confronto a bagagem de uma rivalidade histórica vivida durante suas carreiras como atletas.

A França confirmou seu status de favorita ao dominar o Grupo A, vencendo a Nova Zelândia por 3 a 0 e assegurando o primeiro lugar. Os Estados Unidos, com uma vitória por 3 a 0 sobre a Guiné, garantiram a segunda posição do grupo.

No Grupo B, a Argentina, apesar de uma vitória por 2 a 0 sobre a Ucrânia, terminou em segundo lugar. O Marrocos, que também conquistou uma vitória de 3 a 0 sobre o Iraque, terminou na liderança do Grupo B devido ao melhor saldo de gols.

“O grupo conseguiu se sobrepor às diferentes situações da primeira rodada, ganhando os outros dois jogos. Venha o rival que vier, vamos enfrentar como estamos fazendo até agora”, declarou Mascherano após partida contra a Ucrânia.


Jogadores da seleção francesa comemorando gol de Mateta (Foto: Reprodução/Instagram/@equipedefrance)

Surpresas e destaques

A grande surpresa da última rodada foi a vitória do Egito sobre a Espanha por 2 a 1, que garantiu à equipe africana a liderança do Grupo C, enquanto os espanhóis ficaram com o segundo lugar. Sob o comando do técnico brasileiro Rogério Micale, campeão olímpico com o Brasil no Rio em 2016, o Egito mostrou força.

No Grupo D, o Japão, já classificado, consolidou a primeira posição ao vencer Israel por 1 a 0. O Paraguai também avançou, após derrotar Mali por 1 a 0.

    DJ Barbara Butch sofre cyberbullying pela abertura da Olimpíada

    Nesta terça-feira (30), uma fonte informou que a DJ francesa Barbara Butch apresentou uma queixa por assédio cibernético, o qual foi agravado por ameaças de morte e insultos públicos. Os ataques ocorreram por causa da cena que criou polêmica na abertura da Olimpíada de Paris.

    O quadro intitulado Festivity, que contou com a participação de Butch, apresentou a imagem de um grupo à mesa, formado por várias drag queens famosas, como Nicky Doll, Paloma e Piche. Muitos interpretaram a cena como um deboche da última refeição de Jesus com seus apóstolos.

    Direção garante que não houve inspiração na Última Ceia

    Políticos de extrema direita, principalmente na França e na Itália, assim como Donald Trump fizeram duras críticas. O episcopado francês afirmou que foram cenas de zombaria e escárnio ao cristianismo.


    DJ Barbara Butch na abertura dos Jogos Olímpicos (Reprodução/Instagram/@barbarabutch)

    O diretor artístico da cerimônia, Thomas Jolly, afirmou que não se inspirou na Última Ceia. “Foi mais uma questão de criar uma grande celebração pagã, ligada aos deuses do Olimpo”, ele enfatizou.

    Butch, que é uma artista, ativista, feminista, antigordofobia e lésbica já havia comentado em seu Instagram que estava sendo alvo de mais um assédio cibernético, este sendo particularmente violento.

    Advogada da DJ divulga a gravidade da ameaça

    Audrey Msellati, advogada de Barbara Butch, divulgou que a DJ foi ameaçada de morte, tortura e estupro. Além disso, foi alvo de insultos antissemitas, homofóbicos, sexistas e gordofóbicos.

    “Aqueles que atacam Barbara Butch o fazem porque não suportam o fato de ela poder representar a França, por ser mulher, lésbica, gorda, judia… O problema é sua intolerância e seu obscurantismo. Ao atacá-la, eles estão atacando os valores, os direitos e as liberdades da França, que ela representa por sua existência na arena pública e, em particular, pelo fato de que ela se apresenta para o seu país em uma vitrine mundial.”

    Audrey Msellati

    O COI (Comitê Organizador dos Jogos Olímpicos) reprovou fortemente o cyberbullying sofrido pela equipe artística da cerimônia de abertura.

    Rio Sena é considerado impróprio para banho desde 1923

    A prefeita de Paris, Anne Hidalgo, e a ministra francesa dos Esportes, Amelie Oudéa-Castéra, pretendiam provar ser seguro nadar no rio Sena ao mergulharem em suas águas poucas semanas antes das Olimpíadas de Paris-2024. No entanto, por dois dias consecutivos, em 29 de julho, o treino de natação para o evento de triatlo foi cancelado devido a preocupações com a qualidade da água e questões de segurança do rio. O horário previsto para o início do Triátlon Olímpico de 2024 é às 4h do horário padrão de Brasília desta terça-feira (30), mas ainda não há clareza se ele seguirá ou não como planejado em meio a essas incertezas.


    Rio Sena (Foto: Reprodução/Bertrand Guay/Getty Images Embed)


    Durante meses, a questão de saber se a qualidade da água poderia melhorar a tempo para a competição mundial foi debatida e a maioria dos testes de qualidade encontrou altos níveis de coliformes fecais e bactérias perigosas para a saúde humana. Enquanto isso, as autoridades de Paris culparam a chuva e alegaram que a via fluvial estaria limpa para os Jogos Olímpicos.

    Histórico do rio Sena

    Durante os Jogos Olímpicos de 1900, o rio Sena sediou eventos de natação. No entanto, desde 1923 que o banho de rio é proibido devido à poluição e aos perigos do tráfego de barcos. Desde então, tornou-se uma importante rota de transporte de mercadorias e pessoas por barcos na cidade. Com o tempo, o principal rio de Paris também começou a receber águas residuais não tratadas.

    Em 2015, o município assumiu o compromisso de limpar o rio e investiu € 1,4 bilhão em um projeto de limpeza. Entre as medidas tomadas estavam a construção de um reservatório para capturar o excesso de água da chuva e evitar que as águas residuais fluíssem para o rio, a renovação da infraestrutura de esgoto e a modernização das instalações de tratamento de águas residuais.

    Os primeiros testes para as Olimpíadas de Sena começaram em 20 de agosto do ano passado, quando quatro dias de testes estavam programados para acontecer no local. Apenas dois dias receberam atletas antes que os testes de qualidade da água indicassem níveis mais altos de bactérias do que o permitido.

    Em 2024

    Em fevereiro deste ano, o presidente Emmanuel Macron prometeu nadar no rio, mas não forneceu uma data específica. Dois meses depois, a Surfrider Foundation coletou 14 amostras de água durante dias secos e chuvosos, e apenas uma indicou que era segura para nadar. Mais uma vez, o resultado mostrou a presença de poluição fecal que representa riscos à saúde dos nadadores. As autoridades locais ficaram surpreendidas com essas descobertas e justificaram que o rio é impróprio para banhos de setembro a junho — permitido apenas durante as temporadas de verão.


    Rio Sena (Foto: Reprodução/Aurelien Meunier/Getty Images Embed)


    Um novo reservatório subterrâneo foi inaugurado em maio, com capacidade equivalente a 20 piscinas olímpicas e localizado perto da estação ferroviária de Austerlitz. Seu objetivo era coletar o excesso de água e evitar que as águas residuais entrassem no rio Sena. No entanto, testes diários de qualidade da água realizados em junho ainda mostraram altos níveis de bactérias nas amostras.

    No começo deste mês de julho, um ensaio para a cerimônia de abertura precisou ser cancelado por conta da presença elevada de bactérias fecais. A Prefeitura de Paris culpou novamente a chuva pelo ocorrido. Em 26 julho, testes foram realizados e comprovaram que a água não era segura durante o mergulho realizado pela prefeita parisiense no local.

    Brasil leva virada da França no basquete masculino na Olimpíada de Paris

    A Seleção Brasileira de Basquetebol Masculino perdeu para a anfitriã França por 78 a 66 neste sábado (27), no Estádio Pierre Mauroy, em Lille, na partida de estreia pelo grupo B. As parciais de cada quarto para franceses e brasileiros terminaram, respectivamente, em 15-23, 24-13, 18-9 e 21-21.

    O resultado colocou a França na segunda posição do grupo, com dois pontos e atrás da Alemanha, que venceu o Japão por 97 a 77, pelo saldo de cestas – +20 para os alemães e +12 para os franceses. Já os brasileiros ficam na terceira posição, à frente do Japão, por ter um saldo maior.

    Resumo geral

    Apesar de sair na frente e terminar o primeiro quarto com oito pontos de vantagem, o Brasil sofreu as consequências da recuperação francesa no segundo quarto e dos erros e faltas cometidos na terceira etapa, culminando na virada e na abertura de vantagem de pontos por parte do adversário.

    Tais erros vieram justamente no terceiro quarto, momento em que o Brasil esteve mais próximo de empatar ou virar a disputa ao chegar a três pontos de diferença. A situação levou os franceses a aumentarem a vantagem para oito pontos e administrarem até o final do jogo.

    Apoio da torcida

    Os franceses, como esperado, foram maioria nas arquibancadas do Estádio Pierre Mauroy. Apesar do susto do primeiro quarto, eles foram peça essencial para motivar os jogadores franceses.

    Na reta final, foram estes torcedores que roubaram a cena tanto ao cantar “Freed From Desire”, da cantora italiana Gala Rizzatto, quanto no final do jogo, em um tempo nos segundos finais, quando cantaram o hino nacional francês.

    Atuações individuais

    Pelo Brasil, Léo Meindl foi o destaque, com 14 pontos em momentos cruciais do jogo, nove delas em arremessos de 3. Cristiano Felicio fez a mesma pontuação, Marcelinho Huertas aparece em segundo dentre os cestinhas brasileiros, com 11 pontos. Yago Santos foi líder de assistências, com seis passes.

    Já pelo lado da França, os destaques foram Victor Wembanyama e Nicolas Batum, que fizeram 19 pontos cada. Wembanyama também teve grande importância defensiva, parando muitas das tentativas de 3 pontos brasileiras, gerando três tocos e quatro roubos de bola importantes.

    Primeiro Quarto

    O início brasileiro foi positivo em termos de pontuação. Com uma França mais acuada e com erros de lançamento no ataque, o aproveitamento do Brasil levou a abrir seis pontos de diferença, com 10 a 4 nos primeiros minutos. A vantagem foi para sete pontos, marcada por uma ótima jogada de Mãozinha, que roubou a bola de Rudy Gobert e tabelou com Léo Meindl para uma cesta de dois pontos somada a uma falta francesa.



    A situação ficou ainda mais favorável devido aos sequentes erros de cestas de três pontos da França. Gui Santos entrou nos minutos finais e abriu a vantagem para oito pontos com uma cesta de dois pontos em que avançou sobre a marcação. No entanto, Nicolas Batum acertou a primeira de três dos franceses, diminuindo a diferença para cinco pontos.

    Os brasileiros fizeram uma reta final do quarto favorável, chegando a abrir a diferença para nove pontos com boas jogadas de Yago e Felício. No entanto, os ataques finais da França, incluindo os três pontos de Frank Ntilikina, reduziram a situação para quatro pontos.

    De ponto em ponto, com lances livres de Felício e uma contribuição de dois pontos de Yago, o Brasil fechou o primeiro quarto em 23-15 em oito cestas e seis assistências.

    Segundo quarto

    O início brasileiro na etapa até pareceu promissor, com duas cestas de dois pontos e a abertura de 12 pontos de vantagem. No entanto, os franceses logo despertaram na partida e começaram seu processo de reestruturação no placar. Os quatro primeiros pontos vieram em sequência, sendo uma das cestas pautada numa enterrada de Mathias Lessort – que fez quatro pontos no jogo inteiro.

    Bruno Caboclo acabou por cometer faltas pontuais que foram cruciais na perda da vantagem no placar. Wenbanyama contribuiu e muito, principalmente em uma cesta de 3 da intermediária. Em pouco tempo, o jogo ficou empatado em 34-34.

    A virada francesa se concretizou numa cesta de 3 pontos de Evan Fournier, que levou o placar para 39-36 aos anfitriões. As tentativas de avanço brasileiras não foram suficientes e, com isso, a primeira metade terminou em 39 a 36 para a França (24-13 na pontuação do quarto).

    Terceiro quarto

    O apagão brasileiro se concretizou nessa etapa. Apesar de, assim como nas etapas anteriores, a primeira cesta ser do visistante, a França logo aproveitou as brechas para ficar ainda mais na frente. Frank Ntilikina, por exemplo, foi responsável por aumentar a vantagem para seis pontos nos primeiros minutos.

    As cestas brasileiras encaixaram em certo momento, deixando o jogo em 44-41 para o adversário. Bruno Caboclo chegou a ter, também, um bom momento defensivo ao bloquear ataques pelas laterais da quadra. No entanto, os sequentes erros de passes e arremessos do Brasil logo se converteram em mais cestas para os franceses, que terminaram o terceiro quarto vencendo por 57-45 (18-9 somente na etapa), com doze ponto à frente.

    Quarta etapa

    A sequência de faltas brasileira seguiu durante a quarta etapa, assim como os franceses também cometeram infrações no decorrer da última metade do jogo.

    As entradas de Marcelinho Huertas e Vitor Benite se mostraram importantes para as tentativas de 3 pontos. Huertas, inclusive, converteu uma delas. Lucas Dias também voltou à quadra e acertou uma cesta de três que levou a diferença para seis pontos. Depois, Benite acertou os dois lances livres ganhos após uma infração de Nkitilina, diminuindo para quatro pontos.

     No entanto, os erros de turnover por parte do Brasil geraram ataques essenciais para que a França garantisse a vitória na estreia. Cordinier, com um lance de dois, Nkitilina com um arremesso de 3 e Batum, em grande contra-ataque, converteram em sequência e aumentaram a diferença para 11 pontos, quase garantindo a vitória e causando os cantos da torcida durante a pausa.

    Felicio marcou mais quatro pontos, tal qual o Brasil não teve retorno do juiz ao não ter o pedido de análise aceito em uma falta cometida. Gobert aproveitou para acertar os dois lances livres.

    A última conversão francesa, que levou aos 78 pontos, foi de Batum, num lance de três pontos que levou a torcida a gritar seu nome. Felicio converteu o último lance brasileiro, com dois pontos e Didi Lousada entrou nos 16 segundos finais. O último quarto terminou 21-21 e a partida, em 78-66 para a França.


    https://www.youtube.com/watch?v=PCnN0yovbSw


    Melhores momentos de França 78 x 66 Brasil, pela primeira rodada do grupo B do basquete masculino, nas Olimpíadas de Paris (Vídeo: reprodução/YouTube/ge)


    Próximos jogos

    O Brasil terá uma nova partida difícil contra a Alemanha, atual campeã do mundo, na segunda rodada. O confronto ocorrerá também no Estádio Pierre Mauroy, na próxima terça-feira (30), às 16h (horário de Brasília). Já a França enfrentará o Japão na mesma data e local, às 12h15 (horário de Brasília), em busca de mais dois pontos no grupo.