Michelle relata revista em fusca por suspeita de fuga de Bolsonaro

Na terça-feira (9), em Brasília, Michelle Bolsonaro afirmou que seu carro foi inspecionado por suspeita de esconder Jair Bolsonaro, que cumpre prisão domiciliar. A ex-primeira-dama relatou que o fusca passou por uma vistoria na oficina e houve a suspeita de que o compartimento dianteiro estivesse sendo usado para esconder o ex-presidente em uma possível fuga.

A checagem ocorreu dentro das determinações do ministro Alexandre de Moraes, que ordenou monitoramento permanente da casa de Bolsonaro. A decisão busca evitar qualquer manobra que possa desrespeitar a prisão decretada após as investigações sobre sua participação na tentativa de golpe.

Inspeção no fusca e reação nas redes

Segundo Michelle, os agentes revistaram detalhadamente o fusca da família após levantarem a hipótese de que Bolsonaro poderia estar escondido no pequeno compartimento dianteiro, onde geralmente se guarda o estepe. A ex-primeira-dama relatou o episódio em suas redes sociais e ironizou a situação, questionando se realmente alguém acreditava que um homem de 1,85m caberia naquele espaço apertado e improvável.


Publicação de Michelle Bolsonaro (Vídeo: Reprodução/Instagram/@partidoliberalmulher/@valdemarcostaoficial/@michellebolsonaro)


A ex-primeira-dama ainda afirmou que, do jeito que as coisas estão, em breve poderiam pedir para revistar até o porta-luvas. A postagem gerou grande repercussão, dividindo opiniões entre apoiadores, que criticaram o excesso de rigor, e opositores, que defenderam o monitoramento rígido da prisão domiciliar.

Julgamento da trama golpista avança no STF

Enquanto o episódio tomava conta das redes, o Supremo Tribunal Federal deu continuidade ao julgamento de Bolsonaro e outros sete réus por tentativa de golpe de Estado. Na sessão de terça-feira, os ministros Alexandre de Moraes e Flávio Dino votaram pela condenação dos acusados.

Com o placar em 2 a 0, a atenção agora se volta ao voto do ministro Luiz Fux, que será apresentado nesta quarta-feira (10). Advogados de defesa enxergam nele a possibilidade de divergência que pode abrir caminho para levar o caso ao plenário, o que pode alterar o rumo do julgamento.