Conmebol anula cartão e libera Gonzalo Plata para duelo decisivo contra o Estudiantes

O Flamengo ganhou um importante reforço para a sequência da Copa Libertadores. A Confederação Sul-Americana de Futebol (Conmebol) anunciou a anulação do cartão amarelo aplicado a Gonzalo Plata no primeiro confronto diante do Estudiantes, no Maracanã, garantindo a presença do atacante na partida de volta, marcada para a próxima quinta-feira (25), em La Plata. O Rubro-Negro venceu o jogo de ida por 2 a 1 e agora terá novamente à disposição um dos seus principais nomes ofensivos para a decisão na Argentina.

Plata havia recebido o segundo amarelo no duelo no Rio de Janeiro, o que significaria suspensão automática. No entanto, após análise do lance e revisão das imagens, a entidade sul-americana concluiu que a advertência do árbitro foi equivocada. Dessa forma, o atacante equatoriano foi liberado para atuar, ampliando o leque de opções do técnico flamenguista em um momento crucial da temporada.

Precedentes Libertadores

Embora rara, a anulação de punições pela Conmebol não é uma novidade. Em outras duas ocasiões, a entidade já reviu decisões de arbitragem em fases decisivas da Libertadores, beneficiando atletas que inicialmente estavam fora de combate.

O primeiro caso ocorreu em 2014, quando o San Lorenzo caminhava rumo ao título continental. No duelo contra o Cruzeiro, no Mineirão, o meia Leandro Romagnoli foi expulso após disputa com o atacante Marcelo Moreno. O árbitro uruguaio Martín Vásquez entendeu o lance como agressão e aplicou o cartão vermelho direto. Mesmo com um a menos, os argentinos seguraram o empate por 1 a 1 e avançaram. Dias depois, o clube recorreu à Conmebol, que reverteu a expulsão. Assim, Romagnoli esteve à disposição para a semifinal contra o Bolívar, sendo peça importante até a conquista inédita.

Quatro anos mais tarde, em 2018, o Cruzeiro foi o protagonista de outro episódio emblemático. Na derrota por 2 a 0 para o Boca Juniors, na Bombonera, o zagueiro Dedé acabou expulso após um choque acidental de cabeça com o goleiro Andrada. O árbitro Éber Aquino, após revisar o VAR, mostrou o cartão vermelho, gerando forte contestação. A diretoria mineira recorreu, e novamente a Conmebol interveio, anulando a decisão. Com isso, Dedé pôde atuar no jogo de volta, no Mineirão, diante da torcida celeste.


Conmebol divulga aúdio do VAR sobre o cartão do jogador (Vídeo: reprodução/X/RaFla Mello)

Reforço valioso para um confronto decisivo

Com a decisão mais recente, Gonzalo Plata passa a integrar esse seleto grupo de jogadores beneficiados por revisões disciplinares da Conmebol. Sua presença diante do Estudiantes é vista como estratégica, especialmente por conta das características do adversário e do contexto do jogo.

O Flamengo chega à Argentina em vantagem, mas ciente das dificuldades que encontrará no Estádio Jorge Luis Hirschi, conhecido por sua atmosfera intensa e pelo apoio maciço da torcida local. A equipe rubro-negra precisará de equilíbrio entre solidez defensiva e velocidade nas transições ofensivas para confirmar a vaga na semifinal.

Plata, que tem sido uma das válvulas de escape do ataque, pode cumprir papel decisivo nesse cenário. Sua velocidade, capacidade de drible e habilidade para quebrar linhas defensivas oferecem ao treinador mais alternativas na hora de montar a equipe. A expectativa é que o equatoriano esteja entre os titulares, mas mesmo que comece no banco, sua presença já representa um alívio para a comissão técnica e para a torcida.

A confiança rubro-negra aumenta com o retorno de Plata, mas o clima é de cautela. O Estudiantes, tradicional clube argentino com quatro títulos de Libertadores, costuma crescer em partidas eliminatórias dentro de casa. O Flamengo aposta no talento de seu elenco e na experiência acumulada em competições recentes para superar mais esse obstáculo e seguir sonhando com o tricampeonato continental.

Seja como protagonista ou como peça estratégica ao longo da partida, Gonzalo Plata terá a chance de escrever seu nome em um capítulo importante da campanha do Flamengo na Libertadores de 2025. E, assim como Romagnoli e Dedé no passado, entra para a história de atletas que conseguiram reverter punições e voltar a campo em momentos decisivos.