Poderoso vulcão na Guatemala entra em erupção no início da semana

Nesta segunda-feira (10), o chamado “‘Vulcão de Fogo”, localizado na região sudoeste da Guatemala, na América Central, entrou novamente em uma fase eruptiva, expelindo litros e litros de lava ao redor da área de risco. Após 3 dias de tensão, foi relatado que não havia mais atividade por parte do vulcão, porém ainda contendo risco de pequenas explosões nos próximos dias.

Evento obriga moradores a deixarem suas casas

Um clima de pavor e medo foi sentido ao longo desta semana no país centro-americano. Após o começo da erupção, imediatamente iniciou-se um protocolo para retirar todos os milhares de moradores presentes na área de risco do vulcão. Segundo relatos, viam-se pessoas correndo, chorando, assustadas e com medo por todos os cantos, enquanto as autoridades auxiliavam na evacuação.

Veja um registro do momento da erupção no vídeo abaixo:


Registro da erupção divulgado pelo portal CNN (Vídeo: reprodução/YouTube/@CNNbrasil)

Apesar do pânico, felizmente não há registro de mortos ou feridos. Na tarde desta quarta-feira (12), o Instituto Nacional de Sismologia, Vulcanologia, Meteorologia e Hidrologia da Guatemala confirmou oficialmente o fim da erupção. Logo após o término da atividade, foi possível que houvesse uma boa visão da cratera, para melhores análises dos impactos do evento.

Retrospecto do vulcão

O “Volcano de Fuego”, é considerado um dos mais perigosos existentes ao redor do mundo, a exemplo dos vulcões localizados no Hawaii. Com cerca de 3 763 m de altitude, o local é unido com o também vucão Acatenango, na região conhecida como “La Horqueta”.

Dentre os vários casos de erupções na região, o mais devastador ocorreu em 2018, causando a morte de 190 pessoas e o desaparecimento de outras 234, além de provocar o fechamento do Aeroporto Internacional La Aurora, o mais movimentado do país.


Imagem do Volcan del Fuego, na Guatemala (Foto: reprodução/John Elk III/The Image Bank/Getty Images Embed)


Por conta de sua intensa atividade, o vulcão é frequentemente monitorado por especialistas na área, como sismólogos e vulcanólogos, principalmente por conta de ser uma área bastante povoada. A região também é considerada um destino popular no ramo do turismo, recebendo milhares de viajantes ao redor do mundo em todos os anos.

Seita judaica é investigada por abuso e 160 crianças são resgatadas na Guatemala

Na sexta-feira (20), autoridades da Guatemala resgataram cerca de 160 crianças de uma propriedade que pertence à seita judaica ultraortodoxa Lev Tahor. A propriedade fica localizada em Oratorio, a 60 km do sudoeste da capital. A seita judaica vem sendo investigada por suspeitas de abuso sexual, tráfico de pessoas e maus-tratos a menores. A operação de resgate das crianças contou com o apoio do Departamento de Segurança Interna dos Estados Unidos.

Acusações e Descobertas

A seita é acusada de práticas como casamentos forçados, gravidez na adolescência e violência sexual. Promotores relataram que a descoberta de ossada infantil na propriedade, enfatiza a gravidade dos crimes investigados. O promotor Dimas Jiménez disse durante uma coletiva de imprensa que a busca foi realizada por suspeita de atividades exercidas pelo grupo, como tráfico de pessoas, incluindo gravidez forçada, maus-tratos contra menores e estupro.

Em outubro, as autoridades realizaram uma busca para verificar a condição dos menores após uma tentativa anterior no mês de agosto. Nas operações anteriores, o grupo Tahor impediu as autoridades de acessar os menores, dificultando a apuração de provas.


Captura de um vídeo da AFP mostra membros da seita judaica Lev Tahor escapando de um abrigo de detenção em Huixtla, no estado de Chiapas, México, no dia 29 de setembro de 2022. (Foto: Reprodução/Benjamin Alfaro/AFP/Getty Images)


Reação das autoridades e impacto

Francisco Jiménez, ministro do Interior, disse que não será tolerado práticas de abuso infantil. O ministro também agradeceu a cooperação internacional durante a operação de resgate das crianças, deixando claro que a Guatemala conta com o apoio do Departamento de Segurança Interna (DHS) dos EUA. A ação marca um importante passo na proteção de menores e no combate à exploração de crianças e adolescentes, gerando esperança na resolução desse e de outros casos de violência e abuso sexual contra menores.