Maldivas proíbem entrada de israelenses no seu território 

O Gabinete do presidente Mohamed Muizzu decidiu, neste domingo (02), que as Maldivas irão proibir a entrada de cidadãos israelenses em seu território. O comunicado evidenciou que a decisão é uma forma de protesto contra os ataques em Gaza.

O anúncio realizado pelo ministro da Segurança Interna e Tecnologia das Maldivas, Ali Ihsaan, e confirmado pelo governo do país ainda não definiu quando a nova lei será colocada em prática. 

De acordo com o comunicado, a implantação da proibição de cidadãos israelenses nas Maldivas será acompanhada por um comitê. Um subcomitê também pode ser criado para promover a supervisão da regra e algumas leis podem ser alteradas para a execução da nova ordem.

Apoio das Maldivas à Palestina

Uma campanha nacional chamada “Maldivianos em Solidariedade com a Palestina”, também foi anunciada por Muizzu, pretende arrecadar fundos para auxílio de refugiados em Gaza. Os valores serão destinados a partir da análise de necessidades prioritárias palestinas através de um enviado especial.  

A Agência das Nações Unidas de Assistência aos Refugiados da Palestina no Oriente Médio (UNRWA) está em parceria com o presidente na campanha e visa promover uma manifestação nacional das Maldivas em solidariedade aos palestinos. 


Gaza após ataques. (Foto: reprodução/Instagram/@saher_alghorra)


Resposta de Israel 

O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores de Israel, Oren Marmorstein, afirmou que o ministério deu a recomendação para que os israelenses evitem viajar às Maldivas, mesmo para aqueles que possuem passaporte estrangeiro. 

O ministério também aconselha aos israelenses que já estão no território a considerarem a possibilidade de deixar as Maldivas.

Guerra entre Israel e Palestina

O confronto em Gaza começou pelo ataque do grupo palestino Hamas a Israel no dia 07 de outubro deste ano, os confrontos se intensificaram e civis também foram feitos de refém em Gaza. 

O Ministério da Saúde de Gaza, administrado pelo Hamas, apontou que aproximadamente 36.050 pessoas já haviam sido mortas no território até o fim do mês de maio. 

Biden anuncia proposta de cessar-fogo de Israel

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, anunciou nesta sexta-feira (31), que Israel tem planos para um acordo de cessar-fogo “global”. Biden discursou na Casa Branca e apresentou a proposta do país, que consiste em um plano de três fases.

A proposta

Israel propôs três fases para negociar com o Hamas:

  • Primeira fase: prevê um cessar-fogo de seis semanas, onde as forças israelenses seriam retiradas de áreas onde habitam o povo no território palestino. Durante essa brecha na guerra, começariam as negociações para a próxima fase.
  • Segunda fase: consiste no fim dos combates e consequentemente a troca de reféns. Muitos palestinos estão presos em Israel, inclusive mulheres e crianças. Nessa fase, alguns reféns israelenses voltariam para seu povo, e eles libertariam o mesmo número de prisioneiros do rival, como recompensa.
  • Terceira fase: caso as anteriores sejam devidamente seguidas, e ainda seja o interesse, o cessar-fogo pode ganhar mais tempo, e chegar então à última fase: a libertação de todos os reféns de Gaza e o fim total do conflito.

O presidente Biden, apelou para que o Hamas considere e aceite o acordo, e que Israel resista a pressão de continuar a guerra.

Após o pedido do norte-americano, o Hamas (que já havia demostrado interesse em uma trégua na Faixa de Gaza, nesta quinta-feira (30), com a mesma troca de prisioneiros, mas tendo o cessar de bombardeios de Israel como tópico essencial) emitiu um comunicado onde diz que irá avaliar a proposta de forma positiva.

Invasão do centro de Rafah e a preocupação de Biden


Palestinos procuram vítimas nos escombros de uma casa destruída por Israel, no centro de Rafah (Foto: reprodução/AFP/Embed From Getty Images)


Em 7 de maio, Israel lançou uma operação a fim de eliminar o Hamas de uma vez por todas, e nesta sexta, seu exército confirmou o avanço de suas tropas no centro de Rafah.

Biden havia dado o ultimato, e ameaçou não apoiar Israel pela primeira vez em anos de história, caso a ofensiva terrestre continuasse. Esse posicionamento teria sido essencial para o pronunciamento de hoje na Casa Branca e todo o planejamento para que a paz reine entre os dois lugares. Segundo Biden esse é o “momento decisivo” e reforçou que criar uma relação aceitável dos israelense com a Arábia Saudita é um objetivo a longo prazo, citando inclusive um grande plano de reconstrução de Gaza ao fim da guerra.

Ucrânia recebe autorização para usar armas americanas contra alvos russos 

Foi informado nesta última quinta-feira (30), que o presidente dos Estados Unidos, o democrata, Joe Biden, teria suspendido restrições voltadas ao uso de armamentos norte-americanos para Ucrânia em defesa contra alvos russos na guerra europeia que se alastra.  

Objetivo de Escolha

Autoridade sênior dos Estados Unidos declarou à imprensa nesta quinta-feira (30), que a suspensão relacionada às restrições do uso de armas norte-americanas contra alvos russos pela Ucrânia seria apenas em detrimento da defesa da região de Kharkiv. Com base em suas palavras, a segunda maior cidade do país europeu está sob intenso fogo e agora tem autorização para usar armas fornecidas por Washington após semanas de discussões com Kiev. A decisão foi noticiada pelo site Politico. 


Militares ucranianos disparam projéteis contra posições russas nos arredores de Kharkiv (Foto: reprodução/ Roman Pilipey / AFP)

Biden orientou sua equipe para que garantissem a capacidade da Ucrânia de usar parte do poder bélico fornecido em contra-ataque na região de Kharkiv fazendo com que o país europeu revide contra forças russas que a atacam ou estejam prestes a atacá-la. Tais afirmações foram dadas à imprensa pela autoridade sênior norte-americana sob condição de anonimato. 

Salienta-se que, segundo os objetivos da escolha de suspensão, a permissão dada pelo presidente Joe Biden é ligada à defesa ucraniana para com ataques em instalações russas usadas para atingir parte de seu território, exclusivamente.  

Em comentários à repórteres em viagem na Moldávia nesta quarta-feira (29), o secretário de Estado americano, Antony Blinken, relatou que Washington “se adaptaria e se ajustaria” às condições do campo de batalha. Tal alegação veio em resposta ao questionamento sobre Biden permitir uso de armas fabricadas nos Estados Unidos para a Ucrânia atacar a Rússia. Esta foi uma forte sugestão de que o presidente estava tomando a decisão de permitir armas à Kiev.

Os líderes da Otan — Organização do Tratado do Atlântico Norte — da França e da Alemanha pediram aos Estados Unidos recentemente que a decisão fosse tomada. Em discussões internas do governo sobre o cenário, Antony Blinken defendeu a tomada de decisão. Ele participou de reunião da Otan nesta quinta e está previsto de participar de outra nesta sexta-feira (31), além de que, visitou a Ucrânia há mais de duas semanas. 

Cenário em Kharkiv

Kharkiv fica perto do território russo. A segunda maior cidade da Ucrânia se encontra no nordeste do país e está suscetível à ataques do território inimigo constantemente.  

A área ao redor da cidade tem sido atingida por artilharia e mísseis disparados ou lançados a partir do território russo. Sabe-se que os ucranianos pediram aos norte-americanos que lhe dessem maior margem na defesa móvel da cidade. 

O Pentágono dará orientações exatas aos militares ucranianos sobre o que pode ser atacado na Rússia, expuseram autoridades norte-americanas. Somado a artilharia e lançadores de mísseis, a preocupação de aviões russos lançarem bombas planadoras — equipamentos de munição simples com barbatanas — em Kharkiv de dentro do espaço aéreo russo também é constante. Autoridades da Ucrânia dizem que querem usar armas fabricadas nos Estados Unidos para ataques contra aeronaves russas no espaço aéreo inimigo e bases aéreas também. 

  

Tropas ucranianas enfrentam problemas com tanques doados por EUA

As tropas ucranianas na linha de frente têm reclamado de problemas com os tanques Abrams fornecidos pelos Estados Unidos. As equipes que operam os tanques relatam problemas técnicos com a munição, problemas no motor e na parte eletrônica dentro do veículo, que pode ficar instável por conta da chuva e de neblinas.

Além dos problemas técnicos, os armamentos também são vistos como ultrapassados. Grande parte da linha de frente ucraniana é dominada por drones, que são dispositivos de pequeno porte e de grande precisão que podem, inclusive, causar danos significativos nos tanques.

A guerra dos drones

Joker, membro da tropa ucraniana, comentou para a CNN: “A armadura não é suficiente para este momento. Não protege a tripulação. Na verdade, hoje essa é a guerra dos drones. Então agora, quando o tanque sai, eles sempre tentam atingi-los“.

A utilização desses drones mudou a forma como se faz a guerra. Pilotados por soldados usando óculos de jogos, eles introduzem um elemento moderno que causa vulnerabilidades a veículos blindados.

Consequências da limitação do equipamento

A limitação do equipamento custou a perna de um motorista do tanque. Por conta da fraca defesa da armadura, em uma das batalhas em Avdiivka, cidade na Ucrânia que foi tomada pela Rússia, a armadura foi penetrada e causou o infortúnio.

O tanque Abrams vem sendo ridicularizado pelos russos, que deram o apelido de “latas-vazias” ao equipamento. Um deles foi capturado pelas forças russas, danificado e usado em desfile na Praça Vermelha como espólio.


Soldados ucranianos durante a guerra contra a Rússia (Foto: reprodução/Getty Images embed)


A doação dos tanques

A doação dos tanques foi anunciada pelo presidente Joe Biden, no início de 2023, com a explicação de que seria uma prova do “compromisso duradouro e infalível dos Estados Unidos com a Ucrânia”.

Em abril desse ano, oficiais do Pentágono informaram que os Abrams foram retirados da linha de frente por conta das ameaças vindas pelos drones russos. Porém, a equipe 47ª contradiz essa informação, afirmando que alguns ainda seguiam em ação, apesar das claras deficiências.

Para Joker, a falta de devida assistência vinda dos EUA custa a vida de companheiros e deixa um questionamento: “Eu só tenho uma pergunta. Por que isso está demorando tanto e [vem] parcialmente? Estamos perdendo tempo. É a morte para nós”. O conflito Ucrânia e Rússia já possui mais de 2 anos de duração, seu início foi em fevereiro de 2022.

Putin sugere negociações de paz, mas Ucrânia mantém cautela

Nesta semana, o presidente russo, Vladimir Putin, declarou estar aberto a negociações de paz com a Ucrânia, uma proposta que levanta suspeitas devido ao histórico diplomático da Rússia. Enquanto Moscou sugere conversas que manteriam a ocupação russa de cerca de um quinto do território ucraniano, Kiev e seus aliados ocidentais permanecem cautelosos quanto às intenções do Kremlin.

Contexto das propostas de paz

A sinalização de Putin ocorre em meio a um cenário de intensificação do conflito, com as forças russas mantendo ofensivas no norte de Kharkiv. A agência de notícias Reuters, citando fontes internas, revelou que Moscou estaria disposta a considerar negociações para congelar a situação atual no campo de batalha.

Esta não é a primeira vez que a Rússia propõe tal abordagem; um acordo semelhante foi discutido em Istambul em 2022, mas fracassou devido aos contínuos ataques russos e às atrocidades reveladas na região de Kiev.


Acompanhe as recentes declarações de Putin sobre o fim da guerra (vídeo: reprodução/YouTube/EFE Brasil)


Desconfiança e impacto internacional

As declarações de Putin foram feitas durante uma visita ao presidente bielorrusso, Alexander Lukashenko, e coincidem com exercícios militares conjuntos entre os dois países, incluindo o uso de armas nucleares táticas. Este ambiente militarizado lança dúvidas sobre a sinceridade da proposta de paz russa.

Além disso, a chegada não confirmada do ex-presidente ucraniano pró-russo, Viktor Yanukovich, à Bielorrússia, sugere que Moscou poderia estar planejando influenciar o cenário político ucraniano novamente.

A proposta de Putin também parece direcionada aos governos ocidentais, em especial à administração dos Estados Unidos. Com o crescente custo e a impopularidade da guerra, a sugestão de um congelamento das linhas de frente pode parecer uma solução atraente para alguns.

No entanto, o ministro das Relações Exteriores da Ucrânia, Dmytro Kuleba, alertou que as insinuações de Putin visam minar uma cúpula de paz planejada para junho na Suíça, onde a Ucrânia e seus aliados discutirão um possível acordo sem a presença russa.

A história da diplomacia russa, frequentemente usada como estratégia de pressão militar, exige que qualquer proposta de paz seja analisada com ceticismo. A experiência mostra que Moscou pode usar negociações para ganhar tempo ou vantagens estratégicas, sem cessar as hostilidades.

A comunidade internacional e a Ucrânia devem, portanto, permanecer vigilantes e preparados para todas as possibilidades enquanto consideram as ofertas de paz do Kremlin.

Projeto de lei é aprovado pela Câmera para impedir que Biden retenha armas de Israel

Nesta quinta-feira (16), foi aprovado pela Câmara dos Deputados dos Estados Unidos o projeto de lei, liderado pelo Partido Republicano, para impedir que Joe Biden, presidente dos Estados Unidos, interrompa o carregamento de armas americanas para Israel, caso o Primeiro Ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, ordenasse uma invasão à cidade de Rafah, onde mais de um milhão de civis estão abrigados.

Após a entrevista à Erin Burnett da CNN, na semana passada, Biden vem enfrentando descontentamento e resistência de parlamentares de ambos os partidos.

Improvável aprovação pelo Senado


Presidente Joe Biden nas eleições (Foto: Reprodução/Instagram/@JoeBiden)

Com um placar 224 a 187, a Câmara aprova o projeto de lei impedindo Joe Biden, reprovando assim a forma como lida com a guerra entre Israel e Hamas em Gaza.

Acontece que o Senado, liderado pelos democratas, dificilmente seguirá com a aprovação do projeto de lei, assim como, a própria Casa Branca já comentou o veto ao projeto pelo Presidente, caso o Congresso o aprovasse.

A guerra

A disputa por territórios é o grande motivo para o conflito. A mistura entre religião e política, faz a confrontação durar mais de 70 anos e já resultou em milhares de mortos.

A origem dos territórios já foram ocupados por diversos povos como hebreus e filisteus, dos quais descendem os israelenses e palestinos.

O grupo radical Hamas, considerado como terrorista pela União Europeia e Estados Unidos, não reconhece Israel como um Estado e reivindica o território israelense para a Palestina.

No outro lado, Israel exige seu reconhecimento como um estado judeu. Em uma ação para tomada de posse do território, Hamas, bombardeou Israel, em um ataque terrorista considerado o maior dos últimos anos. Após os ataques, o primeiro-ministro de Israel declarou guerra.

Essa guerra extensa atingiu recentemente um grupo de jovens que participavam de um festival de música, acarretando inclusive, na morte de um brasileiro. A quantidade de mortos de estende, entre civis e militares e não tem previsão para cessar ou ter qualquer tipo de acordo.

Hezbollah lança dezenas de foguetes contra Israel

Em um novo capítulo de uma tensa saga na região do Oriente Médio, o grupo Hezbollah, do Líbano, anunciou nesta quinta-feira (16) ter lançado mais de 60 foguetes em direção a alvos no norte de Israel. O ataque foi descrito como uma retaliação aos ataques realizados pelo “inimigo israelense” na noite anterior na região de Bekaa, no Líbano.

O Hezbollah detalhou que os disparos foram direcionados contra a liderança da divisão Golan 210 das Forças de Defesa de Israel em Nafah, o quartel de defesa aérea em Keila, e a artilharia de apoio da região norte em Yoav. Enquanto isso, as Forças de Defesa de Israel relataram cerca de 40 lançamentos que foram identificados cruzando a fronteira do Líbano em direção às Colinas de Golã.


Hezbollah lança foguetes contra posições israelenses (Vídeo: Youtube/UOL)

Contra-ataque

Apesar da intensidade do ataque, as Forças de Defesa de Israel afirmaram que vários dos foguetes foram interceptados com sucesso por seu sistema de defesa aérea. Ao que tudo indica, nenhum ferimento foi relatado entre as tropas israelenses. Em resposta aos ataques, as Forças de Defesa de Israel lançaram contra-ataques, visando as fontes de fogo identificadas no território libanês.

Além dos ataques diretos, foram detectados cinco lançamentos de foguetes provenientes do território libanês em direção à área de Zarit, porém não causaram ferimentos. Os caças israelenses retaliaram atacando um dos postos militares de onde os foguetes foram disparados, enquanto as Forças de Defesa de Israel atingiram duas outras estruturas militares pertencentes ao Hezbollah.

O confronto atual eleva as tensões já existentes entre o Hezbollah e Israel, aumentando o temor de uma escalada mais ampla do conflito na região. A comunidade internacional observa com preocupação os recentes acontecimentos e apela por moderação mútuo, na esperança de evitar um cenário de maior violência e instabilidade no Oriente Médio.

Agência da ONU estima 300 mil palestinos refugiados de Rafah

A UNRWA, subsidiária da Organização das Nações Unidas criada em 1949 para atender refugiados palestinos, divulgou neste domingo (12) que cerca de 300 mil palestinos já fugiram da cidade de Rafah, localizada no sul da Faixa de Gaza. Rafah é considerada o último refúgio para os afetados pela guerra entre Israel e o Hamas, mas Israel também acredita que este seja o último reduto do grupo terrorista.

Último refúgio

A ONU considera que estes palestinos estão sendo deslocados à força e é contra a incursão israelense, criticando a ação por causa das implicações humanitárias aos refugiados. O Departamento de Estado dos EUA emitiu um relatório afirmando que Israel pode ter violado lei humanitária em Gaza, dizendo que não há lugar seguro para estas pessoas irem.

A guerra entre Israel e Hamas completou sete meses em maio, tendo sido iniciada no ataque do grupo terrorista em outubro de 2023, que vitimizou 1.200 pessoas. Israel então lançou ofensivas para tentar eliminar o grupo, causando no total a morte de 35 mil palestinos segundo o Ministério da Saúde de Gaza, que é controlado pelo Hamas. Israel afirma que a cidade de Rafah é o último refúgio do grupo terrorista e, portanto, o último passo para encerrar a guerra.


A guerra entre Israel e Hamas, além de causar milhares de mortes, obriga a população local a fugir de seus lares (Foto: reprodução/Anadolu/Getty Images embed)


Os EUA apoiam Israel, mas são contra uma operação em larga escala do exército, pois não houve a formulação de um plano humanitário apropriado para a população refugiada na cidade durante a guerra. Em resposta, os americanos interromperam o envio de bombas para Israel na semana passada.

A incursão terrestre do exército israelense teve início na última terça-feira (07), quando o país assumiu o controle do lado palestino na travessia de Rafah, cque conta com mais de 1 milhão de refugiados da guerra Israel-Hamas. Segundo a Reuters, os tanques israelenses bloquearam o acesso e realizaram ataques contra alvos do Hamas durante a semana inteira. A ordem para evacuar o leste da cidade veio na segunda-feira (06) pelas Forças de Defesa de Israel, em “preparação para uma operação terrestre na região”, reportou Daniel Hagari, porta-voz da FDI. Cinco dias depois, um novo comunicado de evacuação foi emitido e a operação afetou a entrada de ajuda humanitária. Felizmente, a passagem de Kerem Shalom foi reaberta na quarta (08), possibilitando o auxílio ser retomado vindo do Egito.

Negociações de cessar-fogo

Desde o início do conflito, a cidade de Rafah foi o principal ponto de comunicação entre Gaza e o restante do mundo. A cidade também é a principal entrada de ajuda humanitária para os palestinos e o ponto de saída de estrangeiros e reféns libertados durante o cessar-fogo de novembro. Com o avanço do confronto, Rafah subiu de 280 mil pessoas para 1,5 milhão de habitantes, que se alojaram em tendas. O lugar é um último refúgio para quem tenta escapar dos horrores da guerra. 

Em comunicado divulgados pelas redes sociais, o governo de Israel pediu aos moradores que deixassem a região leste de Rafah e fossem para Al-Mawasi, cidade palestina vizinha. Israel disse ter criado uma zona humanitária para receber as pessoas, com instalações de hospitais de campanha, além de tendas, comida e água.


O governo norte-americano tenta mediar um cessar-fogo entre Israel e o Hamas (Foto: reprodução/Miriam Alster/Getty Images embed)


De acordo com o governo palestino, controlado pelo Hamas, as forças israelenses bombardearam a parte leste da cidade, preparam sua entrada em Rafah afirmando que a cidade é o último reduto do grupo na Faixa de Gaza. Mas a cidade que faz fronteira com o Egito também é o último refúgio para os palestinos que deixaram suas cidades no norte, centro e no sul do país no percurso da guerra.

Segundo o Hamas, o grupo havia aceitado uma proposta de cessar-fogo elaborada pelo Egito e pelo Catar no início da semana passada, mas Israel não aceitou e uma nova rodada de negociações de trégua com troca de reféns não foi bem sucedida. Apesar das tentativas falhas, os Estados Unidos, o maior aliado de Israel, ainda se mostra otimista e vai continuar a mediar um cessar-fogo entre Israel e o Hamas.

Acusações sobre uso de armas químicas proibidas emergem entre Rússia-Ucrânia

Nesta terça-feira (07), uma autoridade de Haia trouxe à tona a existência de uma troca de acusações entre a Rússia e a Ucrânia sobre o uso de toxinas proibidas na guerra. 

Quebra de proibições 

Após relatos feitos em abril de autoridades ucranianas sobre o uso desenfreado, por parte da Rússia, de gás lacrimogêneo nas trincheiras, os Estados Unidos acusaram a Rússia de violar a proibição internacional contra o uso de armas químicas, sob supervisão da OPAQ.

A Organização para a Proibição de Armas Químicas (OPAQ) se manifestou afirmando que as acusações são infundadas, mas não descartou a preocupação quanto à possibilidade de congruência quanto às imputações.

“A situação permanece volátil e extremamente preocupante em relação ao possível ressurgimento do uso de produtos químicos tóxicos como armas.”

Mesmo em meio às trocas de acusações, não houve formalização do pedido de investigação à OPAQ por nenhuma das partes. 


Soldados ucranianos cavam trincheiras (Foto: reprodução/ Getty Images embed)


Os Estados Unidos imputou que a Rússia havia ultrapassado as linhas definidas pela OPAQ ao acusar o país de fazer uso do agente asfixiante chloropicrin contra os soldados ucranianos e controlar motins com agentes tóxicos.

Em comunicado, o órgão central que administra as forças armadas ucranianas disse ter registrado 1.891 casos de uso de substâncias químicas perigosas junto a munição pelas forças russas, contabilização feita até abril desde ano. 

O que diz a Rússia 

A Rússia, em contrapartida, negou as acusações de violação do acordo sobre o uso de armas químicas na OPAQ. 

Por sua vez, os russos retaliaram as acusações do adversário, acusando formalmente, mediante documentos publicados no site da OPAQ, Kiev de fazer uso de uma grande quantidade de produtos químicos contra as forças russas, incluindo fertilizantes, pesticidas e outras substâncias químicas proibidas. 

A Ucrânia ainda não respondeu formalmente às acusações e também não se manifestou quanto às imputações do adversário de guerra. 

Já a OPAQ deixou evidente o monitoramento da situação e afirmou que está em serviço desde a invasão da Ucrânia por Moscou, em fevereiro de 2022. 

A organização também afirmou que é extremamente proibido o uso de agentes químicos como métodos de guerra e quando esse uso acontece para causar danos ou morte são considerados armas químicas, portanto, proibidos pela Convenção.

Brasil determina participação da Rússia como medida para comparecer à reunião de paz

Conforme informações do Itamaraty, é de interesse da Suíça que o Presidente Lula compareça na reunião pela paz, que irá discutir a possibilidade de trégua na guerra entre Rússia e Ucrânia. 

Cúpula de alto nível 

A união entre os mais de 100 países na intenção de promover a paz na guerra entre Rússia e Ucrânia, que já dura mais de 2 anos, acontecerá na cidade de Lucerna, na Suíça, entre os dias 15 e 16 de junho. Entre os convidados, está Joe Biden, presidente dos Estados Unidos. 

A Suíça demonstra interesse na reunião mundial para a estruturação de um debate que favoreça a paz entre os países desde janeiro e contava com a participação da Rússia, algo que não deve ocorrer, uma vez que o Kremlin já se mostrou desfavorável ao evento, classificando-o como um projeto de democratas americanos. 

A participação da Rússia, em primeiro contato, também foi uma das medidas entregues pelo Brasil para definir ou não a participação do presidente Lula no debate.

A cúpula pela paz foi um pedido direto de Volodymyr Zelensky, presidente da Ucrânia, iniciando a discussão sobre o evento com a União Europeia, G7, China e Índia, países também favoráveis ao comparecimento russo à reunião.


Volodymyr Zelensky, presidente da Ucrânia e autor do pedido pela cúpula da paz (Foto: reprodução/NurPhoto/Getty Images Embed)


Busca pela paz

A Rússia, mesmo contrária à própria participação na proposta de paz da Suíça, contou com a presença de Celso Amorim, ex-chanceler e agora assessor especial da presidência, em uma conferência internacional pela segurança, promovida pelo próprio Kremlin. 

Na capital da ex-URSS, Moscou, o assessor da república brasileira participou de diversas reuniões de interesses mútuos, entre elas, encontros com o chanceler russo, Sergey Lavrov, e também com Nikolai Patrushev, Secretário do Conselho de Segurança Russo. 

Em manifestação dos acontecimentos, Amorim contou que a conversa se deu porque há uma busca pela possibilidade de uma possível paz. 

Ainda na reunião, Amorim também participou de discussões sobre outros temas da agenda internacional, como um possível contato entre os países na ONU e no BRICS. 

O ex-chanceler também realizou críticas precisas ao uso de Inteligência Artificial (I.A) nos ataques contra a Faixa de Gaza, por Israel e também as alianças militares mundiais. 

Brasil e Rússia 

Por entendimento brasileiro, a Rússia deve participar de qualquer tentativa internacional de promover a paz e negociar com Kiev. 

Na visão diplomática do Brasil, não há possibilidade de debater o conflito entre duas partes, sem a presença de uma delas. 

Moscou, por sua vez, afirmou que não é contra as negociações pela paz, no entanto, também não acredita na imparcialidade da Suíça quanto ao conflito. 

A Suíça já agiu anteriormente como mediadora de conflitos e agora busca novamente uma solução mediante a atual crise política e militar que se estende por mais de dois anos.