Biden faz críticas a  Netanyahu sobre a guerra em Gaza

Em entrevista ao canal de TV Univision que foi ao ar nesta terça–feira (09), Joe Biden criticou abertamente o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, em relação à sua atuação na Faixa de Gaza. Além disso, Biden também cobrou que o chefe do poder  Executivo de Israel acate um cessar-fogo com o Hamas. 

“Peço simplesmente que os israelenses estabeleçam um cessar-fogo, que permitam durante as próximas seis, oito semanas, acesso total a todos os alimentos e medicamentos que entrem [em Gaza]” , enfatizou Joe Biden em entrevista à televisão norte-americana que foi ao ar nesta terça-feira (09). 

Além disso, Biden também teceu fortes críticas direcionadas ao primeiro-ministro israelense, inclusive apontando que não concorda com seu posicionamento diante do conflito. “Acho que ele comete um erro no que faz. Não concordo com o ponto de vista dele”, concluiu o presidente dos EUA. 


Mais de 30 mil pessoas foram mortas na Faixa de Gaza em seis meses de conflito. (Foto: reprodução/Mohammed Faeq/AFP)

Seis meses de guerra em Gaza

O conflito que teve início em outubro de 2023 devido a um ataque do Hamas, que matou cerca de 1.200 pessoas e fez mais de 200 reféns, na fronteira de Gaza com Israel, acaba de completar seis meses de duração. Na atual situação em que se encontra a guerra, tropas israelenses continuam seu domínio sob a Faixa de Gaza, além de bombardeamentos constantes que se concentram principalmente no norte e no centro do território. 

Nesses seis meses em que se perdura o conflito, mais de 30.000 pessoas já foram mortas na Faixa de Gaza, de acordo com o Ministério da Saúde palestino, controlado pelo Hamas. No entanto, no último domingo (7),  países que atuam como mediadores do diálogo entre o grupo terrorista e Israel , como Egito, Estados Unidos e Catar, apresentaram uma proposta de trégua dividida em três fases. 

Histórico do conflito

Em 1947 a Organização das Nações Unidas (ONU) propôs a criação do  Estado de Israel em área na qual pertencia à Palestina, com o intuito de solucionar o antissemitismo. Assim, a partir de 1948, a região foi dividida em dois Estados, um judeu, pertencente à Israel e um árebe, pertencente à Palestina

A configuração proposta pela ONU gerou uma série de conflitos históricos entre os dois povos, com a ocupação de judeus em áreas que, inicialmente, deveriam pertencer aos palestinos.

 Segundo relatório da ONU, desde 2008, Israel matou mais de 6.300 árabes, sendo mais da metade civis, e feriu cerca de 150 mil. Pelo outro lado, o relatório registrou 308  mortes de israelenses por palestinos, no qual 131 eram civis, os feridos somam-se mais de 6.307.

Corpos de trabalhadores mortos em ataque de Israel são entregues aos seus países

Os corpos de seis trabalhadores humanitários, mortos em ataque israelense, estão retornando aos seus países de origem. Entre eles está o australiano Lalzawmi (Zomi) Frankcom, o polonês Damian Sobol, o americano-canadense Jacob Flickinger, e os britânicos John Chapman, James (Jim) Henderson e James Kirby. Os restos mortais foram entregues no Egito aos respectivos representantes do seu país. Todos eram funcionários da World Central Kitchen (WCK).

Uma sétima vítima, o palestino identificado como Saifeddine Issam Ayad Abutaha, foi enterrado em Rafah, no sul da faixa de Gaza. Ele também fazia parte da WCK.

O ataque


Veículo da WCK fortemente danificado após bombardeio (Foto: reprodução/Ashraf Amra/Anadolu/ Embed from Getty Images)


Os trabalhadores foram atingidos por um bombardeio enquanto supervisionavam 100 toneladas de alimentos trazidos pelo mar. 

O fundador da WCK, José Andrés afirmou que tinha uma comunicação clara com os militares israelenses e que eles conheciam os movimentos dos seus trabalhadores. Segundo relatos, os transportes da organização estavam devidamente adesivados.

“Mesmo que não estivéssemos em coordenação com (as Forças de Defesa de Israel), nenhum país democrático e nenhum militar pode ter como alvo civis e trabalhadores humanitários.” disse ele à Reuters. Vale lembrar a reincidência de Israel em censuras, principalmente contra a imprensa.

O que diz Israel

O Estado de Israel admitiu o erro grave, e o chefe das Forças Armadas, o general Herzi Halevi, disse que “foi um erro que ocorreu após um erro de identificação durante a noite, durante uma guerra, em condições muito complexas. Isto não deveria ter acontecido”.

Segundo o comunicado emitido pelo governo israelense, Isaac Herzog, presidente do país, conversou com José Andrés e “expressou sua própria tristeza e suas sinceras desculpas pela morte trágica da equipe da WCK”, informou o comunicado, afirmando que o presidente “dirigiu suas condolências às famílias e amigos” das vítimas.

Em nota oficial, o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden cobrou uma investigação rápida do ocorrido “Israel prometeu conduzir uma investigação minuciosa sobre o motivo pelo qual os veículos dos trabalhadores de ajuda humanitária foram atingidos por ataques aéreos”, reforçou Biden, “Essa investigação precisa ser rápida, deve trazer responsabilização e seus resultados devem ser divulgados ao público.”

World Central Kitchen

A WCK é uma organização não-governamental dedicada a prover alimentos a vítimas de desastres naturais. Após a tragédia, encerrou suas operações na região, “Em breve tomaremos decisões sobre o futuro do nosso trabalho.”, escreveu a ONG no seu site oficial.

Israel entrega nova proposta de cessar-fogo ao Hamas

Israel anunciou na terça-feira (2) que uma nova proposta de cessar-fogo em Gaza foi elaborada e entregue ao Hamas, conforme confirmado pelo primeiro-ministro Benjamin Netanyahu. 

Após a última rodada de negociações no Cairo, a delegação israelense está retornando para casa. Durante as negociações, formularam uma proposta atualizada para o Hamas, com a esperança de que os mediadores pressionem mais pela obtenção de um acordo. As conversas visam um cessar fogo e  a libertação de reféns. 

“Como parte das discussões, com a mediação útil do Egito, os mediadores elaboraram uma proposta atualizada a ser apresentada ao Hamas”, afirmou o gabinete do primeiro-ministro.

Negociações entre Israel e Hamas 

As últimas negociações entre Israel e Hamas foram retomadas no Cairo no domingo (31), segundo a mídia estatal egípcia Al-Qahera News. Uma fonte egípcia confirmou o andamento das negociações, destacando os esforços conjuntos egípcio-catarianos para progredir nas conversas. 

No início de março, negociações semelhantes ocorreram em Doha, no Qatar, com a participação do primeiro-ministro israelense e do diretor da CIA, Bill Burns, visando a libertação de reféns e uma pausa humanitária. Posteriormente, uma proposta foi devolvida ao Hamas, que a rejeitou na terça-feira (26).

Contexto dos ataques

Os ataques terroristas ocorridos em Israel em 7 de outubro de 2023 foram conduzidos pelo grupo Hamas, considerado um grupo terrorista islâmico palestino. Esse evento foi classificado como o dia mais letal para os judeus desde o Holocausto.

Soldados israelenses caminham entre retratos de pessoas capturadas ou mortas por militantes do Hamas no ataque de 7 de outubro. Foto: reprodução/Foto de JACK GUEZ/AFP via Getty Imagens Embed

O conflito territorial entre Israel e Palestina, que ganhou destaque nos noticiários com os eventos de outubro de 2023, tem raízes históricas que remontam a mais de 70 anos, intensificando-se após a criação do Estado de Israel na esteira da Segunda Guerra Mundial.

Milhares de judeus de diversas localidades iniciaram uma série de movimentos migratórios sob a justificativa de encontrar um novo lar após o Holocausto na Segunda Guerra Mundial, embora os palestinos já estivessem naquele território.

Consequências do conflito Israel e Hamas

Desde que Israel iniciou sua resposta aos ataques do Hamas em 7 de outubro, estima-se que pelo menos 20 mil vidas tenham sido perdidas em Gaza. Dados do Ministério da Saúde na região, controlado pelo Hamas, indicam uma média alarmante de quase 300 mortes por dia desde o início do conflito, excluindo um breve cessar-fogo de sete dias.

Ataques aéreos israelenses na cidade de Gaza em 12 de outubro de 2023. Foto: reprodução/ Foto de MAHMUD HAMS/AFP via Getty Imagens Embed

Gaza é reconhecida como a maior prisão a céu aberto do mundo, com cerca de 80% da população forçada a abandonar seus lares, enquanto metade vive em extrema pobreza. O quadro é ainda mais preocupante considerando que mais da metade dos residentes são crianças.

De acordo com o Ministério da Saúde controlado pelo Hamas, mulheres e crianças compõem cerca de 70% dos mortos em Gaza no atual conflito. Além disso, mais de 52 mil pessoas foram feridas até o momento, segundo o ministério.

Médicos em Gaza advertem que o número oficial de mortos provavelmente subestima a realidade, dada a possibilidade de muitos corpos estarem soterrados sob os destroços de edifícios atingidos por bombardeios ou ainda não terem sido resgatados e levados para hospitais. 

Presidente da Colômbia afirma que cortará relações com Israel se o cessar-fogo não ocorrer 

Nesta terça-feira (26), o presidente da Colômbia, Gustavo Petro, anunciou que romperá relações com Israel caso o cessar-fogo na Faixa de Gaza, aprovado pela Organização das Nações Unidas (ONU), não seja cumprindo.  

“Se Israel não cumprir a resolução de cessar-fogo das Nações Unidas, romperemos relações diplomáticas com Israel”, comentou o presidente em uma publicação no X, antigo Twitter, após a divulgação do documento, que foi aprovado por 14 votos a favor e somente com uma abstenção vindo dos Estados Unidos.


Comentário do presidente (Reprodução/X/@petrogustavo)

Israel Katz, ministro das relações exteriores israelenses, condenou a posição de Petro dizendo que é uma vergonha, afirmando que o colombiano apoia os terroristas do Hamas e também que Israel não cederá a pressão. O presidente replicou dizendo que a Colômbia não apoia genocídio.

Relação entre os dois países

Desde que a guerra teve seu início em outubro de 2023, os dois países encontram-sem numa tensão nas relações diplomáticas. A Colômbia foi um dos primeiros a condenar o conflito e já ameaçou cortar relações, o estado israelense interrompeu imediatamente a exportação de produtos de defesa ao país.


Prédios destruídos em Gaza (Foto: reprodução/YAHYA HASSOUNA/AFP/ Getty Images Embed)


Em fevereiro desse ano, Gustavo suspendeu a compra de armas de Israel depois que mais de 100 palestinos morreram numa investida dos soldados na Faixa de Gaza enquanto pessoas esperavam ajuda na fronteira. 

Cessar-fogo aprovado

O cessar-fogo foi aprovado na segunda-feira (25), realizada por um grupo de dez países e foi o primeiro autorizado no território palestino. A resolução determina que o conflito pare entre o mês do Ramadã, um período considerado sagrado para muçulmanos, (que se iniciou no dia 10 e termina no dia 9 de abril) e pede a libertação dos reféns e que expandam da ajuda humanitária para Gaza, além da esperança que a trégua vire permanente e a guerra acabe.

Conselho de Segurança da ONU aprova cessar-fogo em Gaza

Na segunda-feira (25), foi alcançado pelo Conselho de Segurança das Nações Unidas um marco significativo, com a aprovação de uma resolução que exige um cessar-fogo imediato na Faixa de Gaza. Esta medida, liderada por Moçambique e respaldada por um grupo de dez países rotativos, marca a primeira ocasião em que o Conselho conseguiu aprovar uma resolução dessa natureza para o território palestino.

Em meio a uma ofensiva militar intensa por parte de Israel, desencadeada após um ataque perpetrado pelo grupo terrorista Hamas em outubro de 2023, a aprovação ocorre. Desde então, um aumento alarmante de violência e sofrimento humano foi testemunhado na região, com centenas de vidas perdidas e inúmeras famílias deslocadas devido aos conflitos.

Proposta vetada


China e Rússia vetaram uma resolução proposta pelos EUA (Fotografia: reprodução/XINHUA/ONU)

Na semana passada, uma resolução proposta pelos Estados Unidos, solicitando uma interrupção nos bombardeios, foi vetada pela China e pela Rússia, que são dois dos cinco membros permanentes do Conselho de Segurança com poder de veto.

A mudança notável na posição de Washington em relação ao conflito, representada pela proposta dos EUA, incluiu não só o pedido de um cessar-fogo imediato, mas também a libertação de reféns. No entanto, alguns membros do Conselho resistiram a essa iniciativa, argumentando que os Estados Unidos não demonstraram comprometimento suficiente com uma solução duradoura para o conflito.

Desafios da implementação do cessar-fogo

No entanto, embora represente um passo crucial em direção à paz, não se pode garantir sua eficácia na total resolução do conflito. O desafio atual é implementar de forma efetiva as determinações contidas no texto da ONU, com ênfase na garantia de cumprimento pelos principais atores envolvidos: o governo de Israel e o grupo Hamas.

Posição Americana sobre a guerra Israel x Hamas

Nas últimas semanas, houve uma alteração de postura por parte do governo norte-americano em relação ao conflito. O presidente Joe Biden manifestou preocupação com o alto índice de civis mortos no território palestino.

Em fevereiro, começou a ser debatida a possibilidade de os Estados Unidos proporem uma resolução no Conselho de Segurança da ONU visando interromper o conflito no território palestino.

EUA desencorajam ataques ucranianos contra a Rússia

Após uma reportagem do Financial Times, o porta-voz do Conselho de Segurança Nacional dos Estados Unidos, John Kirby, comentou em nome do país que os EUA não encoraja e nem permitem ataques dentro da Rússia.

Segundo o jornal, os Estados Unidos pediram que a Ucrânia suspendesse os ataques à infraestrutura energética da Rússia, alertando que os ataques com drones podem aumentar os preços globais do petróleo e provocar retaliações.

Motivo da interrupção

A Rússia continua sendo um dos mais importantes exportadores de energia do mundo, apesar das sanções ocidentais impostas ao seu setor de petróleo e gás.

Joe Biden, atual presidente dos EUA, está enfrentando uma campanha de reeleição dura e importantíssima. O aumento da gasolina, por exemplo, é visto como ponto negativo. Por esses e outros motivos os EUA estariam ficando cada vez mais frustrado com os ataques. Kirby não comentou diretamente o que foi divulgado pelo jornal, mas reforçou que Washington tem uma política de longa data de não incentivar as forças ucranianas a realizar ataques dentro da Rússia.

Ataque terrorista


Tiroteio em local de concerto nos arredores de Moscou (Foto: reprodução/Embed from Getty Images)


Nesta sexta (22), a Rússia sofreu um ataque onde um grupo de ao menos quatro pessoas com armas de fogo dispararam contra civis que aguardavam um show da banda russa de rock Picnic, dentro de um Shopping próximo à Moscou. Pelo menos 62 pessoas morreram e mais de 145 ficaram feridas. Apesar da guerra entre Ucrânia e Rússia, quem assumiu a culpa pelo ataque foi o Estado Islâmico, através de um canal no Telegram.

As imagens são simplesmente horríveis e difíceis de assistir e nossos pensamentos obviamente estarão com as vítimas deste terrível, terrível ataque a tiros”, disse John Kirby sobre a tragédia, apesar do claro posicionamento a favor da Ucrânia na guerra. “Há algumas mães, pais, irmãos, irmãs, filhos e filhas que ainda não receberam a notícia. E este será um dia difícil. Portanto, nossos pensamentos estão com eles”, acrescentou.

O governo ucraniano negou o envolvimento no ataque e o governo brasileiro lamentou o episódio e repudiou o ato de terrorismo. Não há registros de brasileiros entre as vítimas.

Secretário de Estado dos EUA afirma que 100% de Gaza é vítima da fome

Anthony Blinken, secretário de Estado dos Estados Unidos, afirmou, nesta terça-feira (19), que toda a população de Gaza sofre “em níveis graves de insegurança alimentar aguda”

Cem por cento da população afetada 

O secretário de Estado realizou uma viagem as Filipinas no intuito de saudar a ampla diplomacia entres os países, aproveitando a oportunidade para dissertar quanto a situação estreita do conflito entre Israel e Hamas.

“De acordo com as medidas mais respeitadas destas coisas, 100% da população de Gaza encontra-se em níveis graves de insegurança alimentar aguda. É a primeira vez que uma população inteira é classificada desta forma”, disse Blinken, em uma conferência de imprensa nas Filipinas, país do sudeste asiático.

Anthony Blinken ainda se estendeu, classificando o embate de Israel e a Palestina como uma situação horrível em âmbito humanitário, destacando as mulheres e crianças, e também os homens como principais vítimas da guerra. O norte-americano ainda implorou para que Israel protegesse os civis. 


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Criança palestina em fuga de hospital em meio aos bombardeios provocados por Israel (reprodução/Instagram/@cartunista_das_cavernas)

Ele continua, afirmando que é de responsabilidade dos chefes israelitas tornar uma prioridade a proteção dos civis, enquanto se defende.

“É absolutamente responsabilidade de Israel, enquanto age para se defender de 7 de outubro de que isso aconteça novamente, para tornar uma prioridade a proteção dos civis – aqueles que foram pegos em perigo, e para fornecer ajuda àqueles que precisam desesperadamente de assistência humanitária.”

Ainda na conferência, o secretário afirmou ter solicitado a existência de plano por parte de Israel para Gaza após o término da guerra, qual ele espera que seja em breve. Segundo Blinken, o plano deve ser consistente conforme as necessidades israelitas para sua defesa e garantir que o 7 de outubro se torne irreprisável.

Ainda durante esta semana, Anthony Blinken, irá visitar a Arábia Saudita e também o Egito, se reunirá com líderes governamentais para discutir quais serão os esforços necessários para chegar a um “acordo de cessar-fogo imediato” na batalha entre Israel e Hamas. 

Gaza em meio à fome 

Conforme relatório apoiado pela Organização das Nações Unidas (ONU), as 2,2 milhões de pessoas que habitam as terras palestinas em meio a guerra travada não possuem comida suficiente, com metade da população a beira de níveis críticos da falta de alimento, e que a fome deverá chegar ao norte de Gaza “a qualquer momento entre meados de março e maio de 2024.

Em meio a fome e a insegurança alimentar rigorosa que a Faixa de Gaza enfrenta, Israel se manifestou quanto à Corte Internacional de Justiça (CIJ) e pediu para que ordens de emergência para aumento da ajuda humanitária em Gaza não fossem mais emitidas. O governo israelense ainda classificou o pedido da África do Sul para o supracitado como “moralmente repugnante“.  

Em um documento divulgado nesta segunda-feira (18), Israel alega se preocupar com a real situação humanitária e com as vidas inocentes afetadas pelas ações de guerra tomadas durante o confronto em Gaza, que causaram danos e vitimaram crianças e mulheres.

Os advogados que representam o país negam acusações quanto ao sofrimento humanitário causado de forma deliberada no território palestino, onde a fome se expande e milagres de pessoas já foram vitimadas pela guerra.

EUA pretende construir uma doca do tamanho de estádio de futebol para ajudar Gaza

Com os ataques recentes do grupo Hamas a faixa de gaza, os Estados Unidos anunciaram a construção de uma doca flutuante para entrega de alimentos ao povo israelense. O plano é enviar aproximadamente 2 milhões de refeições. A base está atualmente em frota para sua construção, que terá 548 metros de extensão. O tamanho é comparado a grandes estádios.

 O cais marítimo está sendo construído pelo governo estadunidense em junção com a empresa privada “Fogbow”, comandada por Sam Mundy, ex tenente-coronel do corpo de fuzileiros navais, que comandou missões no oriente médio, e Mick Murloy, ex oficial paramilitar da Cia. A doca será feita de segmentos de aço, uma ponte, um cais de duas pistas e 12 metros de peças interconectadas unidas e fixadas à costa. 

Carregamento do M/V Roy Benavidez para envio de ajuda à Faixa de Gaza( Foto: Haley Britzky/CNN)

Quando a plataforma ficar pronta, navios de carga vão entregar os suprimentos ao caís, depois eles serão descarregados em uma série de barcos e navios de pequeno porte, conhecidos com ‘’LSVs’’ ou ‘’navios de apoio logístico’’, que fazem o envio a terra. 

O processo é realizado dessa maneira para evitar que o exército americano entre no território de Gaza, o formato ja foi utilizado em outras operações estadunidenses, em situações aproximadas em países como Somália, Haiti, América central e Kuwait, por exemplo. O projeto tem o nome de “Joint Logistics Over-the-Shore”, ou “JLOTS”, em tradução literal seria algo como “logística conjunta além da costa”.

Carregamento do M/V Roy Benavidez para envio de ajuda à Faixa de Gaza (Foto: Haley Britzky/CNN)

  Atualmente as peças estão sendo enviadas através de navio a caminho do leste do mar mediterrâneo, um deles é o Benavidez  com  44 tripulantes saindo do estado Virgínia. A expetativa é que a obra finalize no prazo de 2 meses, com a previsão de ter uma média de mil soldados trabalhando na plataforma.  

Exército israelense é novamente acusado de matar cidadãos palestinos que buscavam ajuda humanitária

Mais um embate envolvendo as tropas do governo de Israel e os cidadãos palestinos que se encontram na região da Faixa de Gaza apresenta notoriedade na mídia . Desta vez, novas vítimas foram feitas durante uma entrega de recursos humanitários ocorrida na noite da última quarta-feira (13) na cidade de Kuwait – na região sul da Gaza. Aparentemente, soldados teriam disparado uma série de tiros contra a população que estava à espera destas cestas básicas.

Relatos de cidadãos que presenciaram o fato

De acordo com informações concedidas para o veículo CNN, um médico do hospital local Al-Shifa chamado Fathi Obaid, alegou que pelo menos sete palestinos vieram a óbito e mais de 80 pessoas ficaram feridas. O centro médico também enfrentou problemas devido a superlotação e falta de equipamentos necessários.

Ainda para a CNN, um paciente que estava presente no hospital, Nimr Abu Atta, afirmou ter sido atingido no estômago por um “tiro de um tanque israelense”.  Nimr explicou que esta região de Kuwait fica bastante povoada nos dias de entrega dos caminhões de ajuda humanitária e que o desespero para buscar os alimentos é sempre grande.

Abu Atta perdeu a mulher no conflito entre Israel e Palestina há dois meses e hoje cuida sozinho dos sete filhos do casal. Ele foi atingido no exato momento em que recolhia um pacote de farinha.

Caso parecido ocorrido no mês passado


Ajuda humanitária em Gaza (Foto: reprodução/Getty Images Embed)


Como mencionado anteriormente, esta não é a primeira vez que os habitantes da Faixa de Gaza mencionam tal violência por parte das tropas israelenses. Em 29 de fevereiro deste ano, durante uma fila de distribuição de recursos básicos, uma multidão foi dispersada com tiros de oficiais de Israel. Mais de 110 pessoas morreram e 700 apresentaram algum tipo de ferimento.

Na época, as autoridades do país justificaram ter agido por “legítima defesa”, além de alegarem que as mortes foram causadas devido ao caos e desorganização das filas de distribuição. No entanto, o Hamas, grupo extremista Palestino, apontou que as tropas inimigas teriam se sentido ameaçadas e, por isso, programaram os disparos. A ONU e os Estados Unidos se disponibilizaram a entender e investigar a fundo sobre o acontecido.

Em relação ao caso mais recente do suposto tiroteio, ainda não houve nenhum pronunciamento oficial das Forças de Defesa de Israel. O impedimento de veículos jornalísticos e outros meios de comunicação à Faixa de Gaza também impossibilita a precisão das informações de maneira imediata.

Aliado de Putin nega que Rússia teve como alvo comitiva de Zelensky em Odessa

Em meio às tensões entre Rússia e Ucrânia, Dmitry Medvedev, importante aliado do presidente Vladimir Putin, declarou na quinta-feira (7) que a Rússia não tinha como alvo a delegação do presidente ucraniano Volodymyr Zelensky durante o ataque com mísseis ao porto de Odessa, ocorrido na quarta-feira (6).

Negativa de alvo intencional


Medvedev, vice-presidente do Conselho de Segurança da Rússia, afirmou que, se a delegação ucraniana fosse o alvo, Moscou teria atingido diretamente essa meta, destacando que era evidente para todos que não havia um ataque planejado à carreata.

Esta declaração contradiz a preocupação expressa por autoridades ucranianas sobre a possibilidade de um ataque deliberado contra a comitiva de Zelensky e do primeiro-ministro grego, Kyriakos Mitsotakis. Apesar do posicionamento Russo, a Ucrânia não descarta a possibilidade de um ataque premeditado.

Incidente durante inspeção portuária

O incidente ocorreu enquanto os líderes ucraniano e grego estavam inspecionando instalações de cereais na cidade do Mar Negro, quando a Rússia lançou um ataque à infraestrutura portuária. O míssil atingiu uma área a cerca de 500 metros de onde Zelensky e Mitsotakis estavam presentes, gerando preocupações sobre a segurança das delegações durante visitas oficiais em meio ao conflito na região. Ambos os chefes de Estado confirmaram ter testemunhado o ataque durante uma coletiva de imprensa, no qual cinco pessoas foram mortas, segundo informações militares ucranianas.


Entenda mais sobre o bombardeio que ameaçou os chefes de Estado da Ucrânia e Grécia (Vídeo: reprodução/YouTube/Record News)


Dmitry Medvedev, vice-presidente do Conselho de Segurança da Rússia e aliado próximo de Putin, negou que as delegações tenham sido alvos intencionais, enquanto o Ministério da Defesa russo afirmou que o objetivo do ataque era um hangar que abrigava drones navais ucranianos. O incidente destaca as crescentes tensões entre os dois países e a instabilidade na região, especialmente nas áreas portuárias do Mar Negro, que têm sido alvo frequente de ataques russos desde julho passado.

O Porto de Odessa

O Porto de Odessa desempenha um papel crucial nas exportações ucranianas de cereais através do Mar Negro, destacando sua importância estratégica para a economia do país. Além da inspeção das instalações portuárias, a visita do presidente Volodymyr Zelensky e do primeiro-ministro grego, Kyriakos Mitsotakis, incluiu uma homenagem às vítimas de um recente ataque russo. O ataque, ocorrido no último fim de semana, visou uma zona residencial da cidade, resultando na morte de pelo menos 12 pessoas, incluindo cinco crianças.