Ludmilla brilha ao subir ao palco principal do Coachella pela primeira vez

No último domingo (14), Ludmilla, aos 31 anos, quebrou barreiras ao subir ao palco principal do renomado festival Coachella. Sua presença marcante não apenas cativou o público, mas também fez história, se tornando a primeira afro-latina a se apresentar no palco principal deste evento musical reconhecido em todo o mundo.

Produção de alto nível

Com um impressionante investimento de mais de R$ 8 milhões para as suas duas apresentações em um grande palco internacional, Ludmilla está determinada a deixar sua marca além das fronteiras brasileiras. Os ensaios meticulosos começaram há cerca de um mês e com parte de sua equipe sendo contratada nos Estados Unidos. Em entrevista ao Portal Popline, a artista compartilhou sua visão, descrevendo esse investimento como o mais caro de sua carreira, enfatizando a importância desse marco para sua jornada internacional.

Com o investimento estimado em mais de R$ 500 mil apenas em figurinos, a Ludmilla demonstra compromisso com a excelência visual de sua apresentação. Além de contar com parte de sua equipe brasileira de confiança, a cantora buscou talentos renomados para garantir um espetáculo de alto nível. O palco, montado pela mesma empresa responsável pelos shows de intervalo do Super Bowl, promete grandiosidade, enquanto a produção interna, com experiência prévia com artistas como Doja Cat e Drake, acrescenta um toque de prestígio à performance. Outra empresa envolvida é aclamada até pelo Rolling Stones.


Ludmilla no palco do Coachella (Foto: reprodução/Instagram/@rachlpolack/@poonehghana)

Início da apresentação

A emoção tomou conta do público logo no início da apresentação de Ludmilla, com uma mensagem especial de sua ídola, Beyoncé. A cantora, cujo encontro com Lud em 2023 ficou marcado na memória das duas artistas, deu as boas-vindas à brasileira, destacando sua jornada do Rio de Janeiro, no Brasil, até a California, direto para o palco do Coachella.

Além disso, Ludmilla recebeu um momento de destaque com um poderoso discurso sobre direitos sociais e sua própria história, recitado pela deputada federal Erika Hilton. Com palavras inspiradoras em inglês, Hilton adicionou uma camada de profundidade à apresentação, levando a mensagem de Ludmilla para além das fronteiras linguísticas e culturais.

“Esta é minha casa. E aqui não tolero nenhum tipo de ódio. Racismo, homofobia, xenofobia, transfobia ou misoginia. Este é um espaço de valorização pessoal, de liberdade. Todos aqui têm seu valor. Respeitem. Respeitem minha história. Respeitem meu povo e minha comunidade. Respeitem a mulher negra mais ouvida na América Latina”, declamou a deputada.


Ludmilla no palco do Coachella (Foto: reprodução/Instagram/@rachlpolack/@poonehghana)

Emoção dos fãs

Os admiradores de Ludmilla demonstraram entusiasmo desde cedo, chegando ao local do festival ansiosos para testemunhar sua apresentação, que marcou o encerramento do último dia de shows do primeiro final de semanal.

Entre os espectadores, estava Marco Paulo Filho, cujas palavras capturaram a emoção compartilhada por muitos fãs. “Não consigo expressar em palavras a emoção de estar aqui neste show. Ela é carioca, eu sou carioca. Moro aqui há quatro anos e estar com ela é algo que me transporta de volta para minha casa, para o meu país”, compartilhou com a revista Quem.

Primeiro local de habitação humana na Europa pode ter sido a Ucrânia

Nesta quarta-feira (06), cientistas que realizavam pesquisas na área de Korolevo, no oeste da Ucrânia, lançaram a possibilidade de que o país pode ter sido o primeiro do continente europeu a receber a chegada da espécie humana, há mais de um milhão de anos.

Chave para a descoberta

Ao estudar um determinado terreno de Korolevo, os cientistas efetuaram o uso de uma ferramenta específica para datação que faz a utilização de raios cósmicos, com o objetivo de detectar a idade de objetos, sendo que por meio deste utensílio, foi constatado que há pelo menos 1,4 milhões de anos o ser humano pode ter habitado aquela área.


Sítio de pesquisa do Korolevo (foto: reprodução/https://karpataljalap.net)

Levando em consideração que esta área já é estudada desde a década de 1970, a análise feita pelo instrumento de pesquisa ampliou e tornou mais específico o conhecimento científico sobre aquele local e povo. No decorrer do tempo, diversas descobertas foram feitas naquele local, como por exemplo, ferramentas de pedra enterradas em camadas de sedimentos, encontradas próximas de locais com rochas vulcânicas (adequadas para serem transformadas naquele tipo de ferramenta).

Modo de funcionamento

O aparelho utilizado pelos pesquisadores, é capaz de dividir os núcleos dos átomos que consequentemente geram isótopos que se formam apenas sobre áreas expostas, pelo fato de raios cósmicos não penetrarem com grande precisão em objetos sólidos. Estes raios cósmicos gerados pelo instrumento, gera isótopos radioativos que decaem para outros isótopos e, dessa forma, nos informa há quanto tempo os objetos estudados estavam enterrados.

Acredita-se que a espécie de hominídeos que habitou o local foi a do Homo erectus, que teriam migrado do continente africano até a Geórgia, partindo em seguida para a Ucrânia e outros países da Europa. Nenhum osso foi encontrado no local por conta de seu solo ácido, que não preserva este tipo de objeto.

São Paulo completa 470 anos: acompanhe as transformações da cidade em fotos históricas

São Paulo comemora seus 470 anos nesta quinta-feira (25). Fundada por padres jesuítas em 1554, entre eles padre Manuel da Nóbrega e José de Anchieta, recebeu esse nome em homenagem ao apóstolo Paulo, cuja data de conversão é celebrada na mesma data.

São Paulo nunca foi capital do Brasil. Improvável metrópole com somente 31.385 habitantes em idos de 1872, dado do primeiro censo nacional, era minúscula quando comparada ao Rio de Janeiro (274.972 habitantes) ou Salvador (129.109 habitantes) que lideravam as maiores cidades do país na época. De uma vila isolada, onde se falava a língua geral paulista, (originária do contato dos dialetos indígenas tupi e a língua portuguesa) até se tornar a maior cidade do Brasil e da América Latina, São Paulo é movimento e transformação. 

Responsável por gerar sozinha 10% de toda a riqueza do Brasil, desde 1960 é a capital mais rica e populosa do país, com atuais 11,5 milhões de habitantes. Supera países como Suécia e Portugal. 

A contribuição de Guilherme Gaensly na documentação fotográfica

O fotógrafo suíço Guilherme Gaensly desempenhou um papel crucial na documentação do desenvolvimento de São Paulo. Natural de Wellhausen, Suíça, Gaensly chegou ao Brasil ainda criança e, no final do século XIX, registrou a cidade em uma série de cartões postais chamada “Lembrança de São Paulo”. Vendendo suas fotos na Suíça, contribuiu para divulgar a imagem da cidade no exterior. Em 1899 o suíço registrou imigrantes italianos na Hospedaria dos Imigrantes e no Porto de Santos. 

Transformações urbanas do Rio Tamanduateí ao MASP



Lavadeiras no Rio Tamanduateí, no centro (Foto: reprodução/ Guilherme Gaensly/O Globo)

As fotos de Gaensly também revelam as transformações urbanas ao longo dos anos. Em 1904, o Rio Tamanduateí era limpo e utilizado diariamente pelos moradores da região. No entanto, hoje, o rio está contaminado devido à poluição proveniente de córregos afluentes. É possível visualizar na fotografia a antiga Ponte do Carmo, conexão com a Ladeira do Carmo e o Caminho do Brás (atual Av. Rangel Pestana). Ao fundo, a torre da Igreja do Carmo, preservada até os dias de hoje. 

Outro marco nas transformações de São Paulo é a construção do Museu de Arte de São Paulo (MASP). Fundado em 1947 por Assis Chateaubriand, o MASP é um dos mais importantes centros culturais da cidade e o primeiro museu moderno do país. Inicialmente localizado no centro da cidade, na Rua 7 de Abril, o museu foi transferido para a Avenida Paulista em 1968, em um edifício projetado pela renomada arquiteta ítalo-brasileira Lina Bo Bardi. Atualmente, o MASP recebe cerca de 500 mil visitantes por ano.

Acompanhe algumas transformações na galeria abaixo:


Bairro da Liberdade, Rua Galvão Bueno (Foto: reprodução/ Divulgação/Casa Vogue)
Construção do MASP na avenida Paulista, Lina Bo Bardi à direita, em 1963 (Foto: reprodução/Luiz Hossaka/Arquivo da Biblioteca e Centro de Documentação do MASP/O Globo)
Masp a partir da av. Nove de Julho (Foto: reprodução/Gabriel Cabral/Folhapress)

Em 470 anos, São Paulo passou por inúmeras mudanças, desde uma vila até uma metrópole global. Um dos grandes responsáveis pela transformação da capital paulista foi Ramos de Azevedo, responsável pelo maior e mais longevo escritório de arquitetura e urbanismo do Brasil. Nascido na capital paulista em 1851 e formado na Bélgica, seu escritório construiu diversos prédios históricos, ainda em funcionamento como o Theatro Municipal de São Paulo, Palácio da Justiça, Palácio das Indústrias (atual museu Catavento), Casa das Rosas e a Capela do Cemitério da Consolação, entre outros.