Julgamento de Hunter Biden inicia nos Estados Unidos

O julgamento de Hunter Biden começou na última segunda-feira (03/06) em Delaware, o filho do presidente dos Estados Unidos enfrenta três acusações federais. Biden declara que é inocente nas três acusações.

Apesar de a pena ser de 25 anos para as acusações que correm contra ele, o Departamento de Justiça nos Estados Unidos já concederem penas menores em casos como esse.

Acusações sobre drogas e porte ilegal de armas

O filho do presidente dos Estados Unidos está sendo julgado por estar sobre efeito de drogas no momento em que adquiriu um revólver. A outra acusação que pesa contra Hunter Biden é a de ter portado um revólver Colt Cobra durante um período de 11 dias em outubro de 2018.

O procurador desse processo é David Weiss, que foi indicado ao cargo por Trump, quando era presidente. David Weiss cuida de dois dos três processos criminais que Hunter Biden, o terceiro processo ocorre na California por evasão fiscal.


Hunter Biden chegando para seu julgamento em Delaware (Foto: reprodução/Reuters/Eduardo Munoz)

O vício

A acusação que está pesando contra Hunter Biden aconteceu em outubro de 2018, quando na época Hunter ainda era viciado em crack. O vício em drogas ganha ainda mais relevância no julgamento uma vez que foi selecionado para o júri várias pessoas com experiências com drogas. Podemos ressaltar que um dos jurados titulares teve um amigo que faleceu por overdose.

Outro detalhe para se saber sobre os jurados, é que todos os 12 do corpo de júri que foram nomeados devem ter uma opinião unanime para condenar Hunter Biden.

Consequências políticas

Os acontecimentos do julgamento podem gerar um efeito negativo na campanha presidencial de seu pai, Joe Biden, ainda mais com a recente condenação do rival político, Donald Trump que foi considerado culpado em 34 acusações no caso de suborno a uma atriz pornô.

Ex-informante do FBI é acusado de relatar declarações falsas sobre os Bidens nos negócios da Ucrânia 

Nesta quinta-feira (15), o procurador especial David Weiss acusou Alexander Smirnov, ex-informante do FBI, de criar registros falsos e mentir sobre o envolvimento do presidente dos Estados Unidos Joe Biden e seu filho Hunter Biden em negociações comerciais com a empresa ucraniana Burisma Holdings. Se condenado, Alexandre pode pegar uma pena de até 25 anos. 


As acusações são que em 2020 o presidente dos EUA lucrou com negócios de seu filho na Ucrânia (foto: reprodução/Charles Dharapak/AP/O Globo)

Sob custódia do FBI 

Alexander Smirnov, 43, foi preso na última quarta-feira no Aeroporto Internacional Harry Reid, em Las Vegas, após voltar de uma viagem ao exterior. Smirnov compareceu ao tribunal na quinta-feira para esclarecer suas alegações. A acusação diz que a história de Alexandre foi inventada e que na realidade o objetivo das reuniões, que ocorreram em dias diferentes que foi relatado, tinha o propósito de lançar Burisma sobre os serviços das empresas de Hunter e não para discutir subornos para Joe Biden quando ainda não era presidente dos EUA.  

Os republicanos, partido de oposição de Joe Biden, defendem a versão, agora desacreditada, de Smirnov e lutaram com o FBI para obter relatórios sobre o que foi dito pelo ex-informante para colocarem as afirmações no inquérito de impeachment do presidente. 

O que aconteceu na época 

Entre 2014 e 2019, Hunter Biden fez parte do conselho de Burisma, no mesmo período que Joe Biden era vice-presidente dos Estados Unidos no governo de Barack Obama. Smirnov diz ter conversado com CEO da Burisma em 2017 sobre o interesse de compra uma empresa nos EUA. Nas alegações de 2020, Alexandre declarou que em 2015 e 2016 houve reuniões com os executivos da Burisma que lhe disseram que teriam contratado Hunter Biden para “nos proteger de problemas”.