“Something Beautiful”: Miley Cyrus quer evitar nova rotina exaustiva de divulgação

Miley Cyrus, uma das artistas mais versáteis de sua geração, abriu o coração em entrevista ao podcast “Reclaiming with Monica Lewinsky” e falou sobre os desafios de promover um álbum na indústria musical. O desabafo veio logo após o lançamento de seu mais recente trabalho, Something Beautiful, que estreou na 4ª posição da Billboard 200 nesta semana. 

Na conversa, a cantora revelou o quanto se sente pressionada durante os processos de lançamento e divulgação, e sinalizou que pretende fazer diferente no futuro. Segundo Miley, a intensa promoção exigida pelo mercado tem sido desgastante emocional e fisicamente. A entrevista foi publicada nesta semana e trouxe à tona detalhes sobre os bastidores de sua carreira, o impacto da agenda exaustiva e seus planos para o próximo álbum, que ela pretende lançar sem campanhas ou compromissos promocionais.

Próximo álbum pode vir sem divulgação

Apesar do sucesso, Miley revelou que o processo foi exaustivo e que não pretende repetir o mesmo modelo de divulgação no futuro. “Toda essa divulgação, promoção e marketing… Não sei quando farei isso novamente. No meu próximo álbum, tenho vontade de apenas fazê-lo e lançá-lo sem nenhuma pressão”, afirmou.


Miley Cyrus durante entrevista no podcast Reclaiming with Monica Lewinsky (Foto: Reprodução/Youtube/Reclaiming with Monica Lewinsky)


A cantora explicou que Something Beautiful exigiu uma dedicação intensa. “Esse álbum não é um adeus ou uma aposentadoria, mas é minha última volta ao sol, como dizem. Esse álbum é o meu recém-nascido e tem me mantido acordada à noite. É algo muito exaustivo, mas sou muito grata. A quantidade de esforço que coloquei nesse álbum, não sei quando eu vou conseguir colocar esse tanto de pressão em mim novamente”, disse Miley.

Estratégia de divulgação intensa, mas sem turnês

Para promover o disco, a cantora se envolveu em uma agenda cheia: produziu um filme exclusivo exibido no Festival de Tribeca, nos Estados Unidos, participou de debates, organizou audições, sessões de autógrafos e concedeu diversas entrevistas para diferentes veículos.

Apesar disso, evitou ao máximo as apresentações ao vivo. A única performance realizada foi no programa Jimmy Kimmel Live. O motivo é de saúde: Miley passou por uma cirurgia delicada nas cordas vocais e tem receio de enfrentar uma nova turnê. “Ainda estou tentando encontrar uma maneira saudável de me apresentar em segurança”, explicou.

O relato sincero da cantora chama atenção para os bastidores muitas vezes invisíveis da carreira artística e reforça a importância do cuidado com a saúde mental e física, mesmo em meio ao sucesso comercial.

Testemunhas apontam lado violento de P. Diddy em 7º dia de julgamento

O julgamento de Sean “Diddy” Combs por extorsão e tráfico sexual entrou no sétimo dia nesta terça-feira (20) e ouviu o depoimento de dez testemunhas até o momento.

Quatro testemunhas se destacaram e relataram com detalhes suas experiências e interações com o veterano da indústria musical.

James

David James trabalhou como assistente do rapper de 2007 a 2009 e declarou ter testemunhado Diddy usando drogas. James afirmou que nunca presenciou a violência física de que Diddy é acusado contra Cassie Ventura, no início do relacionamento dos dois.

O ex-assistente descreveu como abastecia e organizava os quartos de hotel, além de comprar suprimentos para o ex-chefe. O magnata da música o encarregava de comprar preservativos, óleo de bebê e gel lubrificante e orientava o funcionário a não pedir reembolso à empresa por serem itens de uso pessoal para os quais Combs não queria registro. 

David afirmou ter testemunhado o ex-patrão consumir drogas e oferecê-las aos amigos. James confirmou que as conseguiu para os amigos de Combs em algumas ocasiões. 

No dia em que uma das pulseiras Cartier do rapper desapareceu, a segurança revistou todos os pertences de David. Em outros episódios em que outros pertences de Diddy desapareceram, o então funcionário precisou passar por um teste no detector de mentiras, o que descreveu como uma situação muito intimidadora. 


Detectores de mentira eram usados contra funcionários de Combs (Reprodução/X/@orollingstoneBR)

James entendeu o perigo de trabalhar para Combs pela primeira vez quando foi a uma lanchonete com o segurança do rapper buscar comida para Combs e a equipe. Lá chegando, se depararam com o rival de Diddy, Marion “Suge” Knight. 

James testemunhou que, quando voltaram para a casa de Combs, o rapper determinou que James deveria voltar à lanchonete com o segurança para procurar Knight enquanto o músico permaneceria sentado no banco de trás do carro com três armas no colo. Entretanto, Knight não estava mais lá.

Logo após este incidente, James deu seu aviso prévio e deixou a empresa em maio de 2009. 


Comentaristas analisam atualizações do julgamento (Reprodução/YouTube/Canal do Paulo Mathias)

Ventura

Regina Ventura, mãe de Cassie Ventura, que foi namorada de Combs, afirmou que conheceu o então namorado da filha em 2006, quando Cassie assinou um contrato com a gravadora do empresário, a Bad Boy Records. Regina testemunhou que visitava a filha no início do namoro do casal, em Nova York, cerca de quatro vezes por ano. Contudo, quando a Cassie se mudou para a Califórnia para morar com Diddy, a mãe reduziu as visitas e passou a vê-la com mais frequência apenas nos feriados.  

Regina testemunhou que a filha enviou um e-mail para ela e outro funcionário de Combs sob um pseudônimo. No e-mail, Cassie contou para a mãe que Combs a havia ameaçado de divulgar vídeos de sexo explícito com ela. Regina afirmou não ter entendido muita coisa a princípio, mas contou que os vídeos a deixaram perplexa. Apesar de ela não conhecer Diddy, ela sabia que ele tentaria ferir a filha. 

De acordo com o testemunho, na mesma época em que Cassie contou sobre a ameaça, Combs entrou em contato com Regina e pediu US$ 20 milhões (aproximadamente R$ 110 milhões) para recuperar o dinheiro que ele havia investido em Cassie Ventura, o que a deixou muito temerosa pela segurança da filha. 

O rapper se mostrou irritado porque descobriu que Cassie estava em novo relacionamento, com Kid Cudi. A maneira que Regina e seu marido encontraram para conseguir o dinheiro foi fazer um empréstimo com garantia imobiliária. Ela transferiu o dinheiro para a conta da Bad Boy, mas, cinco dias depois, o dinheiro retornou para a sua conta. 

Todo o júri viu fotos que Regina Ventura fez de Cassie em dezembro de 2011, em sua casa em Connecticut, para registrar e provar o espancamento sofrido pela filha, após suposta agressão física de Combs. 

Ela estava machucada, e eu queria garantir que isso fosse eternizado.

Regina Ventura

Hayes

Sharay Hayes, de 51 anos, que trabalha como acompanhante masculino, conheceu Combs e Ventura quando trabalhava como dançarino exótico, em 2012. Testemunhou ter recebido uma ligação de Cassie, sob um nome diferente, querendo contratar seus serviços.

Quando Hayes chegou ao local, Cassie disse que “ela e (seu) marido gostavam de criar uma cena sexy”, que incluía a aplicação de óleo de bebê e que seu marido ficaria assistindo à interação. 

O profissional do sexo contou que, durante o encontro, o marido deu “instruções sutis”. Pelo trabalho, ele recebeu US$ 800 e, posteriormente, mais US$ 1.200. Mas até então, Hayes não sabia que se tratava de Combs. 

Foram um total de 8 a 12 interações com o casal. Certa vez, Hayes se encontrou com os dois em um hotel, onde havia uma TV dando boas-vidas ao “Sr. Sean Combs”. Só então, ele se deu conta que o marido de Cassie era Combs. 

Hayes afirmou que não percebeu nenhum sinal de desconforto por parte de Cassie Ventura, e reiterou que sempre observa o ambiente para verificar o conforto do público. Nunca percebeu filmagens ou violência durante os encontros com o casal.  


Em seu testemunho, Sharay Hayes isentou o réu de ações violentas (Reprodução/Instagram/@bannavmedia)

A testemunha assegurou que nunca fez uso de drogas com eles, apesar de terem lhe oferecido álcool e maconha. Mas nunca presenciou o uso de drogas por Diddy ou nunca o percebeu embriagado. 

Hayes confirmou que ingeriu remédios para auxiliar em sua performance sexual e citou o desconforto de uma “cena sexual com a parceira de uma mulher presente”

Sharay disse que a última sessão com o casal ocorreu em 2016. Depois disso, nunca mais foi contratado novamente. Cassie o pagou e demonstrou gratidão pela discrição do profissional. 

Gannon

Gerard Gannon, um agente especial da Homeland Security Investigations, prestou um depoimento que deve ter sido retomado nesta quarta-feira (21), às 10 horas no horário de Brasília. 

Em seu testemunho, Gannon contou que era o responsável pela busca na residência de Combs em março de 2024, em Miami Beach. Ele foi designado pela sua unidade porque o caso envolvia uma investigação de tráfico de pessoas. 

Cerca de 85 policiais participaram da busca dado o tamanho da propriedade do rapper. Por causa disso, foi preciso uma equipe de guardas armados para garantir uma resposta especial para o caso de lidar com medidas de segurança. 

Segundo Gannon, durante a busca, a equipe encontrou sapatos de salto alto, brinquedos sexuais, óleo de bebê, lubrificante pessoal e “receptores superior e inferior de AR-15”, que são peças de armas. Todo o material foi encontrado dentro do armário principal de Combs e o júri teve acesso às fotos das evidências. 

Scott Mescudi, rapper conhecido como Kid Cudi, deverá prestar seu depoimento até esta quinta-feira (22).

Morre aos 91 anos o produtor de “Thriller” e ícone da indústria musical, Quincy Jones

O produtor musical e arranjador Quincy Jones morreu neste domingo (3), aos 91 anos. Seu assessor, Arnold Robinson afirmou que o músico morreu cercado por sua família em sua residência em Bel Air, Los Angeles.

Os familiares de Quincy, escreveram em um comunicado: “Com corações cheios, mas partidos, devemos compartilhar a notícia do falecimento de nosso pai e irmão Quincy Jones. Embora esta seja uma perda incrível para nossa família, celebramos a grande vida que ele viveu e sabemos que nunca haverá outro como ele“.

O músico, em toda sua trajetória e carreira, conquistou uma extensa lista de premiações, com 28 Grammys, dois Oscars e um Emmy.

Produtor de Michael Jackson

Jones foi responsável pela produção de alguns dos álbuns mais memoráveis ​​de Michael Jackson: “Off The Wall” (1979), “Thriller” (1983) e “Bad” (1987). Estes são os primeiros discos da fase mais madura do “Rei do Pop”, sem o grupo Jackson Five, do qual fez parte com os irmãos.


Michael Jackson no videoclipe de “Thriller” (Foto: reprodução/Instagram/@michaeljackson)

O álbum Thriller vendeu mais de 20 milhões de cópias somente no ano de lançamento e desde então, tem sido um dos álbuns mais vendidos de todos os tempos. Segundo a Associated Press, foi proposto por Jones convidar o ator Vincent Price para participar a música-título e o guitarrista Eddie Van Halen para solo em “Beat It”.

Quincy também foi responsável por produzir o projeto “We Are The World”, que reuniu famosas estrelas da música em 1985 com objetivo de arrecadar fundos para combater a pobreza na África. Lionel Richie foi o compositor da música junto de Michael Jackson.

Além de Michael, o projeto contou com a participação de artistas como Bob Dylan, Billy Joel, Stevie Wonder, Cindy Lauper e Bruce Springsteen.


Artistas reunidos para single “We are the world” (Foto: reprodução/Instagram/@quincyjones)

Vida e carreira de Quincy Jones

Natural da cidade de Chicago, Jones tinha como suas primeiras lembranças musicais o fato de citar, aos sete anos, os hinos religiosos de sua mãe Sarah Frances. Alguns anos depois sua mãe acabou sendo internada com diagnóstico de esquizofrenia, o que, para ele, fez o mundo perder todo o sentido.

Em entrevista à apresentadora Oprah Winfrey, o produtor disse: “Existem dois tipos de pessoas: aquelas que têm pais ou tutores amorosos e aquelas que não têm. Não existe nada no meio entre os dois“. Jones acabou, no decorrer da sua vida, se envolvendo com gangues de Chicago até começar a tocar piano na casa de um vizinho. Anos mais tarde, ele começaria a tocar trompete e faria amizade com o jovem músico Ray Charles.

Em sua autobiografia, Quincy, afirmou que a música era a única coisa que ele podia controlar, era o único mundo que oferecia a ele certa liberdade. Ele falava que através do seu envolvimento com a música não tinha que procurar por respostas, já que o que fazia sentido para ele não estava além do sino da trombeta e partituras riscadas a lápis. O produtor dizia que a música o fazia completo, forte, popular, autoconfiante e legal.

Quincy Jones também trabalhou fazendo arranjos para artistas como Frank Sinatra e Ella Fitzgerald e fez participação nas turnês de músicos de jazz, como Count Basie, Lionel Hampton e Billie Holiday. Ele também era bastante conhecido por ser o autor da famosa trilha de abertura da série “Um Maluco no Pedaço”, que teve sua estreia em setembro de 1990, e foi exibida até maio de 1996.

Diddy enfrenta nova acusação de abuso sexual: Desta vez, a vítima teria apenas 10 anos

O rapper Sean Diddy Combs está novamente no centro de uma polêmica envolvendo acusações de crimes sexuais. Em um novo processo aberto na Suprema Corte do Estado de Nova York, o músico é acusado de drogar e estuprar um garoto de apenas 10 anos em 2005.

De acordo com os documentos judiciais, o crime teria acontecido em um quarto de hotel, durante uma suposta audição musical. O menino, que sonhava em ser rapper, teria sido levado até Diddy por um consultor musical. Durante o encontro, o garoto teria recebido um refrigerante misturado com drogas como ecstasy, o que o deixou desnorteado. Aproveitando-se da situação, Diddy teria cometido o abuso. A vítima alega ter sofrido as consequências psicológicas do crime por anos, desenvolvendo depressão e ansiedade severas.

Defesa nega acusações e alega perseguição

A defesa de Diddy nega veementemente as acusações, classificando-as como “ridículas” e “demonstravelmente falsas”. Os advogados do rapper alegam que o advogado responsável pelo processo, Tony Buzbee, estaria mais interessado em ganhar notoriedade na mídia do que em buscar a verdade.

A defesa de Combs declarou em comunicado que ele “não pode responder a cada nova tentativa de publicidade”. Acrescentaram ainda que “no tribunal, a verdade prevalecerá: o sr. Combs nunca abusou sexualmente nem traficou ninguém”.


Sean ‘Diddy’ Combs (Foto: reprodução/Chris Pizzello/Invision/AP)

Julgamento marcado para maio de 2025

Diddy já enfrenta outras acusações de crimes sexuais e está marcado para ser julgado em maio de 2025. Com a nova denúncia, o caso promete ganhar ainda mais repercussão e gerar debates sobre a cultura do assédio e a importância de dar voz às vítimas.

Acusações constantes e o peso da fama

As constantes acusações contra Diddy levantam questionamentos sobre o poder e a influência de figuras públicas e como eles podem ser utilizados para cometer abusos. Além disso, o caso evidencia a dificuldade que as vítimas de crimes sexuais enfrentam ao denunciar seus agressores, especialmente quando estes são pessoas famosas e poderosas.

É importante ressaltar que as acusações ainda estão sendo investigadas e que Diddy é considerado inocente até que seja provado o contrário. No entanto, a gravidade das denúncias e o número crescente de processos contra o rapper exigem uma análise cuidadosa e aprofundada por parte das autoridades.