As diretrizes de primeiros socorros em casos de engasgo foram revisadas com base em novos estudos internacionais. O guia de saúde atualizado define manobras específicas para bebês, crianças e adultos, substituindo métodos antigos. As mudanças buscam tornar o socorro mais seguro e eficaz em situações de emergência.
Principais mudanças nas manobras de desengasgo
As diretrizes recentemente divulgadas visando melhora em questões de saúde atualizam o protocolo de atuação em casos de desengasgo (obstrução das vias aéreas) para diferentes faixas etárias. Agora há orientações distintas para bebês, crianças e adultos, com ênfase na segurança e eficácia de cada manobra. O objetivo é eliminar métodos considerados ultrapassados, padronizar procedimentos e ampliar a confiança de quem presta o socorro em situações de urgência.
Para bebês (até 1 ano), o foco permanece em golpes nas costas e compressões torácicas delicadas, sempre alternando entre técnicas, até que o objeto seja expelido ou até o atendimento médico chegar. Já para crianças e adultos conscientes, o procedimento combina tapas entre as escápulas e compressões abdominais (ou compressões torácicas em casos específicos), sempre seguindo sequência específica e observando sinais de melhora ou piora no quadro.
Se a vítima perder a consciência, novas orientações indicam iniciar a reanimação cardiopulmonar imediatamente, verificando a obstrução e agindo conforme o cenário clínico.
Novas técnicas buscam lapidar soluções em caso de engasgamento (Foto: reprodução/TarikVision/Shutterstock)
Como aplicar corretamente segundo o novo guia
Nas orientações revisadas, o profissional ou socorrista deve começar avaliando se a vítima está consciente e respirando. Em bebês conscientes com obstrução parcial, a recomendação é posicionar o bebê de bruços sobre o antebraço, com apoio seguro, e realizar até cinco golpes fortes nas costas, entre as escápulas. Se o objeto não sair, vira-se o bebê de barriga para cima e aplicam-se até cinco compressões no tórax, sem técnicas de “bater nas costas” equivocadas ou sacudir a criança.
Para crianças maiores e adultos, se estiverem conscientes, o protocolo prevê cinco golpes nas costas seguidos de cinco compressões abdominais (movimento para dentro e para cima, parecido com letra “J”). Se o engasgo persistir e a vítima perder a consciência, deve-se iniciar a reanimação (compressões torácicas) e tentar remover o corpo estranho, se visível e de fácil acesso, antes de respirar pela vítima.
As novas diretrizes foram elaboradas com base em estudos clínicos recentes e em consenso das entidades de saúde envolvidas. A padronização busca reduzir erros durante o desespero de quem socorre, minimizar danos neurológicos e aumentar as chances de sobrevivência.
