Retaliaçâo: Irã envia drones e mísseis em direção a Israel

De acordo com fontes militares israelenses, neste sábado (13), o Irã realizou um ataque com drones e mísseis contra o território de Israel. Os drones levaram horas para alcançar seu alvo, enquanto explosões foram ouvidas em Jerusalém pouco antes das 20h. Sirenes de alerta foram ativadas em várias regiões do país, conforme relatado pela mídia local.

Em um comunicado lançado na última sexta-feira (12), os Estados Unidos confirmaram que havia uma grande possibilidade de Irã revidar contra Israel pelo ataque ao consulado iraniano na Síria que ocorreu no dia 1. Joe Biden, o presidente dos EUA, afirmou que ataque ocorreria em breve.

Planos Revelados

Conforme o jornal “The Wall Street Journal”, Israel está em alerta para o possível ataque, onde podem ser bombardeados por mísseis iranianos, que serão utilizados para retaliar seus rivais geopolíticos, e depois como instrumentos para afastar outros países que que poderiam ficar contra eles. 


ataque de Israel a Siría(Foto/reprodução/Firas Makdesi/Reuters)

Revelados em junho do ano passado, o Irã demostrou seus primeiros misseis balísticos, baseados nos designs de armas russas e da coreia do norte, os projeteis podem chegar à velocidade próxima a cinco vezes a velocidade do som, difíceis de ser interceptados por conseguir realizar trajetórias complexas. 

Mísseis do Irã

Na semana passada, a ISNA, uma agência de notícias semioficial, postou um gráfico que revela alguns misseis em posse do país do oriente médio entre elas, são: 

  • ‘Sejil’, que tem a capacidade de voar a 17 mil km por hora e possui um alcance de 2.500 quilômetros. 
  • ‘Kheibar’, pode alcançar 2.000 kms. 
  • ‘Haj Qasem’, consegue tem o alcance de 1.400 kms (recebeu tal nome em sua forma de homenagem ao comandante das forças Quds Qasem Soleimani, vítima em um ataque dos EUA em Bagdá, no Iraque, em 2020). 

Desde que foram revelados, os Estados unidos e as nações do continente europeu se declaram contra o programa de mísseis do Irã, a nação em informou que mesmo com as críticas iriam continuar com seus planos  

Auxilio a Israel

John Kirby, porta-voz do Conselho de Segurança Nacional dos EUA informou que o seu país garantirá suporte aos israelenses ao tudo que precisarem para se defender, inclusive estão a analisando a possibilidade de envio de milhares de soldados americanos para a região. 


John Kirby em entrevista ( Foto/reprodução/SAUL LOEB-POOL/GETTY IMAGES)

“tenham o que precisam e que sejam capazes de se defender“. Disse Kirby. “garantir que estamos devidamente preparados”. Completou o porta voz. 

Governo de Israel revida falas de Irã sobre possíveis ataques no país

Nesta quinta-feira (11), Benjamin Netanyahu se pronunciou oficialmente sobre as possíveis ofensas oriundas do Irã contra Israel. O primeiro-ministro deixou claro em sua fala que as forças armadas israelenses estarão preparadas para lidar com qualquer tipo de interferência em seu território.

“Quem quer que nos prejudique, nós os prejudicaremos. Estamos preparados para atender a todas as necessidades de segurança do Estado de Israel, tanto defensivamente quanto ofensivamente.” relatou Netanyahu. As tensões entre Israel e Irã começaram no dia primeiro de abril, após um ataque aéreo comandado por tropas israelenses atingir um complexo da embaixada iraniana.

Entenda mais sobre o ataque

No dia primeiro de abril, aviões militares de Israel chocaram-se com um complexo do consulado iraniano em Damasco, região localizada na Síria. Na ocasião, o comandante sênior da Guarda Revolucionária do Irã, Mohammad Reza Zahedi, foi uma das vítimas fatais. Além dele, as autoridades do país confirmaram a morte de mais sete militares.

Em resposta ao acontecido, o líder supremo do Irã, Ali Khamenei, culpou diretamente as forças israelenses classificando-os como um “regime maligno” e afirmando que deverão ser punidos por suas ações. As autoridades iranianas ainda recorreram a ONU, a fim de arquitetar uma reunião de emergência para resolver o ataque, além de se mostrarem dispostos a revidar a agressão.


Ali Khamenei, líder do Irã, durante as eleições do país de 2024 (Foto: reprodução/Getty images embed)


As Forças de Defesa de Israel (FDI) se pronunciaram brevemente sobre o ocorrido ao apenas contestar a finalidade do complexo atingido. Segundo o porta-voz do órgão, o local não servia como consulado do Irã. No entanto, nenhuma explicação foi dada acerca das mortes causadas pelo confronto.

Cerca de quatro autoridades israelenses chegaram a afirmar para o veículo americano The New York Times que Israel teria sido o autor do ataque. A informação foi tratada como fonte sigilosa e não foi confirmada por nenhuma outra instituição oficial do país.

Israel se prepara para uma possível retaliação

Na última quarta-feira (10), moradores de cidades como Tel Aviv e Jerusalém amanheceram sem sinal de GPS. O motivo da não conexão se deu por conta de um bloqueio proposital do exército israelense com o objetivo de impedir possíveis ataques aéreos das forças iranianas.

O ocorrido veio como uma solução de “neutralizar as ameaças”, segundo o porta-voz da FDI. Entretanto, a ação causou frustração em parte da população, principalmente aqueles que necessitavam usufruir de aplicativos em suas redes móveis no dia a dia.

Restrições ao X: conheça os países que bloqueiam o Twitter de Elon Musk

No último domingo (7), o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, incluiu o bilionário Elon Musk, proprietário do X (antigo Twitter), como alvo de investigação no inquérito das milícias digitais. A decisão foi tomada após as declarações de Musk, nas quais manifestou a intenção de desobedecer às decisões judiciais brasileiras.

Moraes determinou a abertura de um novo inquérito para investigar crimes de obstrução de Justiça, incluindo organização criminosa e incitação ao crime. O ministro também proibiu o X de descumprir qualquer ordem judicial prévia, sob pena de multa diária de R$ 100 mil por perfil bloqueado.

As declarações de Musk

No sábado (6), Musk acusou Moraes de promover censura no Brasil e desafiou o ministro, ameaçando descumprir ordens judiciais e revisar as restrições impostas à plataforma. O bilionário também classificou como “violações à lei brasileira” as decisões do STF que determinaram o bloqueio de perfis e a remoção de conteúdos.


Elon Musk participa de um simpósio contra o anti-semitismo em Cracóvia, Polônia. (Foto: reprodução/Beata Zawrzel/Getty Images Embed)


O inquérito das milícias digitais foi instaurado em 2022 para investigar a atuação de grupos que utilizam as redes sociais para atacar a democracia brasileira. O X, antigo Twitter, é uma das plataformas investigadas no inquérito.

Países onde o X está bloqueado

O Twitter foi bloqueado em diversos países por diferentes motivos, geralmente relacionados a questões políticas, controle de informação e liberdade de expressão.

China 

A China bloqueou o acesso ao Twitter desde 2009, em meio a comemorações e protestos em memória do aniversário da repressão na Praça Tiananmen, ocorrida em 1989. Naquele episódio, tanques foram usados para dispersar protestos de estudantes e trabalhadores na Praça Tiananmen, em Pequim.

Além do Twitter, o acesso ao provedor de e-mails, Hotmail, também foi bloqueado em 2009. O governo chinês mantém uma vigilância rigorosa sobre a internet, incluindo as redes sociais locais, e há relatos frequentes de prisões de usuários por criticarem o governo em postagens online.

Mianmar

Desde 2021, o acesso ao Twitter foi bloqueado em Mianmar após um golpe militar, com o governo acusando a plataforma de ser utilizada para disseminar ódio. Logo após o golpe, o Ministério dos Transportes e Comunicações de Mianmar ordenou que os provedores de internet bloqueassem o acesso ao Twitter, Instagram e Facebook, conforme relatado pela empresa norueguesa Telenor, que oferece serviços móveis no país.

O Twitter expressou preocupação com essa medida, declarando que prejudica o diálogo público e os direitos das pessoas de se expressarem, de acordo com um comunicado à CNN Business.

Coreia do Norte

O acesso à internet na Coreia do Norte é altamente restrito, com várias plataformas ocidentais, incluindo o Twitter, sendo bloqueadas. Segundo relatos da Voz da América, uma agência de notícias financiada pelo governo dos Estados Unidos, a Coreia do Norte oficialmente anunciou em 1º de abril de 2016 que havia bloqueado o acesso a sites como YouTube, Facebook, Twitter, além de mídias sul-coreanas.

Além disso, sites de jogos e conteúdo adulto também foram restringidos. Embora existam poucos norte-coreanos com acesso à internet, anteriormente, estrangeiros e visitantes podiam acessar a web com pouca restrição.

O governo mantém um controle rígido sobre o acesso à internet e continua a implementar medidas para limitar o acesso a sites e plataformas estrangeiras.

Irã

O Irã proibiu o Twitter e o Facebook em 2009, após protestos em massa que ficaram conhecidos como a Revolução Verde, com receio de que os movimentos de protesto se expandissem e se tornassem mais organizados.

Em 2013, houve um breve período em que essas redes sociais ficaram acessíveis devido a um erro técnico, mas logo foram bloqueadas novamente poucas horas depois. Segundo informações do próprio Twitter, o Irã continua restringindo o acesso à plataforma para usuários comuns.

Rússia

Desde março de 2022, após o início da guerra contra a Ucrânia, o governo russo, liderado por Putin, bloqueou o Twitter e outras plataformas da Meta, empresa proprietária do Facebook e do Instagram, como parte de uma estratégia para controlar a narrativa sobre o conflito e reprimir a dissidência.

O governo russo, liderado por Vladimir Putin, mantém o bloqueio ao Twitter, agora conhecido como X, mesmo após a compra da plataforma por Elon Musk e a mudança de nome e domínio. 

Turcomenistão

Reconhecido como um dos regimes mais repressivos do mundo, o governo turcomano mantém um controle estrito sobre a internet e qualquer informação externa, com agências de notícias estatais divulgando apenas a versão oficial dos eventos.

Os cidadãos turcomanos enfrentam dificuldades para acessar fontes de informação global na web e correm o risco de multas ou prisões se tentarem usar VPNs para contornar os bloqueios governamentais.

Ataque ao consulado do Irã na Síria: presidente iraniano promete revidar

Nesta segunda-feira (1), um ataque de Israel ao prédio do consulado do Irã localizado em Damasco, na Síria, deixou sete mortos, todos membros da Guarda Revolucionária do Irã. Entre eles estavam três comandantes iranianos. A embaixada do Irã na Síria afirmou que o consulado foi atingido por seis mísseis disparados por caças F-35.

Segundo a mídia estatal iraniana, o ministro de Relações Exteriores do Irã, Hossein Amirabdollahian, falou que o país responsabiliza Israel pelo bombardeio. Em comunicado ao Conselho de Segurança da ONU, o Irã solicitou uma reunião de emergência e disse estar em seu direito de revidar. 

Presidente do Irã: ‘ação agressiva e desesperada’

Nesta terça-feira (2), o presidente do Irã, Ebrahim Raisi, afirmou na agência de notícias iraniana Tasnim que o ataque “não ficará sem resposta“, e classificou o bombardeio como uma “ação agressiva e desesperada“. O presidente também afirmou que a investida israelense viola regras internacionais.


O presidente do Irã, Ebrahim Raisi, prometeu retaliação ao ataque de Israel (Foto: reprodução/Getty Images Embed)


Segundo informações do G1, o jornal The New York Times afirmou que conversou com quatro autoridades de Israel, que confirmaram que o país realmente foi o autor do ataque.

O Irã não deixou claro quais serão as próximas ações tomadas como resposta ao atentado.

Ataque ao consulado mata autoridades iranianas

O bombardeio feito com aviões militares de Israel matou Mohammad Reza Zahedi, comandante sênior da Guarda Revolucionária do Irã. Entre os mortos também estavam Mohammad Hadi Haji Rahimi, braço direito de Zahedi, e outro comandante sênior. Como informa o portal G1, os três fariam parte da Força Qods, o braço de operações exteriores do grupo.

Irã e o conflito na Faixa de Gaza

O grupo terrorista Hamas, responsável pelo ataque a Israel na região da Faixa de Gaza em 7 de outubro, é apoiado pelo Irã. Estima-se que a invasão do Hamas ao sul do país no ano passado deixou 1200 mortos, e 240 pessoas foram sequestradas. 

Desde então, Israel tem intensificado as ações contra os grupos grupo libanês Hezbollah e As Guardas Revolucionárias do Irã, ambos atuantes em território sírio.

Agência nuclear firma que Irã tem insumos suficientes para fabricar várias bombas

A Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) manifestou preocupação com a situação de desenvolvimento nuclear do Irã. O órgão, que delimita as atividades do programa nuclear iraniano, tomou conhecimento de um relatório confidencial nesta segunda-feira (26).

Segundo o texto, o Irã conta com 27 vezes mais material do que o permitido no acordo de 2015 para a fabricação de armas nucleares, incluindo bombas atômicas.

A relação entre o governo do Irã e a Organização das Nações Unidas (ONU) têm piorado nos últimos meses. Em documento confidencial, o diretor-geral da agência, Rafael Grossi, faz menção às “declarações públicas no Irã sobre suas capacidades técnicas de produção de armas nucleares, o que reforça as preocupações“.

Irã está sujeito a acordo nuclear

Em 2015, o Irã selou um tratado com a AIEA e a ONU envolvendo o uso da tecnologia nuclear para fins militares. A ideia é tentar assegurar que o programa nuclear em andamento tenha fins civis. 

No acordo, o país concordou em limitar as atividades nucleares e permitir a entrada de inspetores internacionais na capital Teerã. Em troca, as potências globais suspendem as sanções internacionais.

Apesar da República Islâmica negar a intenção de produzir uma arma atômica, outro documento, datado em 10 de fevereiro, revela que o país possui 5.525,5 quilos insumos nucleares, em comparação com os 4.486,8 quilos registrados no final de outubro.

Isso é 27 vezes mais do que o limite autorizado pelo acordo internacional de 2015.

Irã rejeita a visita de inspetores


Bandeira da República do Irã (Foto: reprodução/R7 Entretenimento)

Em 21 de fevereiro, o chefe da política nuclear do Irã, Mohammad Eslami, negou a entrada ao país para Rafael Grossi. Em explicação dada a jornalistas, Eslami alegou estar com a “agenda conturbada” para atender o diretor da AIEA, e que as interações do Irã com a ONU seguem “normalmente”.

Dois dias antes, em entrevista à Reuters, Grossi havia afirmado que, embora o ritmo de enriquecimento de urânio tenha diminuído desde o final de 2023, o Irã continua enriquecendo a uma taxa elevada através deste ativo usado para o desenvolvimento de armas nucleares.

Milícia iraquiana apoiada pelo Irã diz que continuará os ataques contra os Estados Unidos

O Al-Nujaba, uma milícia terrorista iraquiana apoiada pelo Irã, informou que continuará os ataques contra os Estados Unidos. O comunicado feito pelo porta-voz do grupo, Akram Al-Kaabi, contraria a decisão de interromper as ofensivas contra os norte-americanos tomada pelo Kataib Hezbollah, grupo mais poderoso apoiado pelos iranianos no Iraque. Recentemente, três militares dos EUA morreram devido a um ataque feito em sua base na Jordânia.

Milícia exige retirada das tropas americanas do Iraque

Al-Kaabi, porta-voz do Al-Nujaba que é listado como um Terrorista Global Especialmente Designado (SDGT), afirmou que os ataques aos Estados Unidos só serão interrompidos quando o exército de Joe Biden se retirar do território iraquiano. Além disso, exigiram também a interrupção das ações militares norte-americanas na Faixa de Gaza.


Veículos militares dos EUA na base aérea de Ain al-Asad, na província de Anbar, no Iraque (Foto: reprodução/John Davison/REUTERS)

De acordo com membros do serviço de inteligência dos EUA, o Irã pode não controlar exatamente todos os grupos militares que financia no país vizinho. Além disso, há indícios de que as lideranças iranianas não estejam contentes com as ações de seus aliados, visto que elas podem colocar o país em confronto direto com os norte-americanos.

Irã diz que não procura conflitos

Apesar de grupos financiados pelo Irã permanecerem na estratégia de atacar as tropas americanas, o país diz que não procura conflito. Seu presidente, Ebrahim Raisi, disse que “não procurará nenhuma guerra”, mas “responderá fortemente” caso alguma outra nação queira intimidá-los.

Com o início da guerra entre Israel e Hamas, os Estados Unidos têm se envolvido em disputas com outras nações do Oriente Médio, incluindo Iêmen, Iraque e Síria. Segundo as autoridades norte-americanas, seus militares já foram atacados mais de 160 vezes desde 7 de outubro.