Papa Francisco afirma ter sido alvo de uma tentativa de atentado durante visita ao Iraque

O Papa Francisco revelou nesta terça-feira (17) que teria sido alvo de um ataque suicida com bomba em 2021, quando visitava o Iraque. A visita ocorreu no dia 5 de março e durou até o dia 8 do mesmo mês, sendo a viagem mais arriscada do Papa Francisco.

A visita também foi a primeira a ser realizada por um líder católico ao país do Oriente Médio. As informações foram reveladas em trechos de uma autobiografia do Papa Francisco, que ainda será lançada. No texto, ele afirma que havia dois homens-bomba mirando em eventos que teriam a presença do líder religioso.

Visita importante

A visita do Papa Francisco ao Iraque foi extremamente simbólica. O líder católico esteve na cidade de Mossul, que esteve sob comando do Estado Islâmico por pelo menos 3 anos. Entre os locais visitados estavam as ruínas de igrejas.


Autores da tentativa de atentado contra o Papa Francisco foram neutralizados pela polícia. (Foto: reprodução/ X/ @PopCrave)

Uma mulher carregada de explosivos, uma jovem kamikaze, estava a caminho de Mossul para se explodir durante a visita papal. E uma van também havia partido em alta velocidade com a mesma intenção”.

Papa Francisco, em trecho do livro publicado no jornal italiano “Corriere della Sera”

O Papa Francisco soube da tentativa de atentado por membros da inteligência britânica. De acordo com as informações, a polícia iraquiana conseguiu impedir o plano e eliminou os envolvidos. Sabe-se que o Iraque mobilizou diversas forças de segurança para proteger Francisco.

Autobiografia

O livro intitulado “Esperança” será lançado em 14 de janeiro de 2025 e deve trazer mais detalhes e reflexões do Papa Francisco. Em março de 2024 já havia sido lançado um livro de memórias do pontífice, “Vida: A minha história através da História”, escrito com o apoio do jornalista italiano Fabio Marchese Ragona e publicado pela HarperCollins. Francisco tem hoje 88 anos e está há 11 anos à frente da igreja católica.  

Milícia iraquiana apoiada pelo Irã diz que continuará os ataques contra os Estados Unidos

O Al-Nujaba, uma milícia terrorista iraquiana apoiada pelo Irã, informou que continuará os ataques contra os Estados Unidos. O comunicado feito pelo porta-voz do grupo, Akram Al-Kaabi, contraria a decisão de interromper as ofensivas contra os norte-americanos tomada pelo Kataib Hezbollah, grupo mais poderoso apoiado pelos iranianos no Iraque. Recentemente, três militares dos EUA morreram devido a um ataque feito em sua base na Jordânia.

Milícia exige retirada das tropas americanas do Iraque

Al-Kaabi, porta-voz do Al-Nujaba que é listado como um Terrorista Global Especialmente Designado (SDGT), afirmou que os ataques aos Estados Unidos só serão interrompidos quando o exército de Joe Biden se retirar do território iraquiano. Além disso, exigiram também a interrupção das ações militares norte-americanas na Faixa de Gaza.


Veículos militares dos EUA na base aérea de Ain al-Asad, na província de Anbar, no Iraque (Foto: reprodução/John Davison/REUTERS)

De acordo com membros do serviço de inteligência dos EUA, o Irã pode não controlar exatamente todos os grupos militares que financia no país vizinho. Além disso, há indícios de que as lideranças iranianas não estejam contentes com as ações de seus aliados, visto que elas podem colocar o país em confronto direto com os norte-americanos.

Irã diz que não procura conflitos

Apesar de grupos financiados pelo Irã permanecerem na estratégia de atacar as tropas americanas, o país diz que não procura conflito. Seu presidente, Ebrahim Raisi, disse que “não procurará nenhuma guerra”, mas “responderá fortemente” caso alguma outra nação queira intimidá-los.

Com o início da guerra entre Israel e Hamas, os Estados Unidos têm se envolvido em disputas com outras nações do Oriente Médio, incluindo Iêmen, Iraque e Síria. Segundo as autoridades norte-americanas, seus militares já foram atacados mais de 160 vezes desde 7 de outubro.