O ator americano James Ransone morreu aos 46 anos, na última sexta-feira (19). A confirmação ocorreu neste domingo (21) e mobilizou fãs, colegas e críticos. Segundo autoridades, o artista foi encontrado sem vida em casa. Sobretudo, a família pediu respeito à privacidade, enquanto peritos divulgaram informações preliminares sobre o caso.
Da TV cult ao terror: uma carreira de personagens intensos
Ransone ganhou projeção ao viver Ziggy Sobotka na segunda temporada de “The Wire”, da HBO. Assim, com um personagem frágil e impulsivo, tornou-se um dos arcos mais lembrados da série. A atuação, portanto, consolidou o ator em narrativas intensas e personagens marginalizados.
Depois disso, ele manteve presença constante em produções autorais e projetos independentes. Já na televisão, destacou-se também em séries como “Generation Kill”, “Treme”, “Bosch” e “Law & Order”. Além disso, transitou entre drama, crime e suspense com facilidade e consistência.
Ransone na estreia mundial de “It: Capítulo Dois” (Foto: reprodução/Eric Charbonneau/Getty Images Embed)
No cinema, Ransone construiu carreira sólida, especialmente no terror contemporâneo. Ele atuou em “A Entidade”, “A Entidade 2”, “O Telefone Preto” e “It: Capítulo Dois”. Em “It”, interpretou a versão adulta de Eddie Kaspbrak, ao lado de um elenco estrelado. Já em “O Telefone Preto”, chamou atenção pela intensidade emocional. O ator também trabalhou com diretores renomados, como Spike Lee, em “O Plano Perfeito”. Além disso, participou de produções exibidas em grandes festivais internacionais.
Legado artístico e investigação da causa da morte
Nesse sentido, ao longo da carreira o ator foi elogiado pela entrega emocional e pela complexidade de seus personagens. Ele costumava interpretar figuras instáveis, humanas e moralmente ambíguas. Apesar do reconhecimento crítico, manteve perfil discreto e distante dos holofotes. Ainda assim, tornou-se referência para fãs de séries e do cinema de gênero.
James Ransone no Build Studio (Foto: reprodução/Roy Rochlin/Getty Images Embed)
De acordo com o médico legista de Los Angeles, Ransone morreu por asfixia. A polícia não encontrou indícios de crime no local, segundo o site TMZ. Logo, a suspeita é de suicídio. Autoridades informaram que seguem protocolos padrão nesses casos. Ransone era casado e deixa dois filhos. Sua morte encerra uma trajetória marcada por escolhas artísticas ousadas e atuações memoráveis.
