Biden culpa congresso por avanço russo na Ucrânia e faz apelo urgente

Em uma ligação com o líder ucraniano Volodymyr Zelensky, o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, atribuiu o avanço do exército russo na cidade ucraniana de Avdiivka à inação do Congresso americano.

A retirada das forças ucranianas de Avdiivka foi destacada por Biden como resultado direto da escassez de suprimentos, causada pela falta de aprovação de um pacote de ajuda ao país em guerra.

A Casa Branca enfatizou a urgência de aprovar um projeto de financiamento suplementar de segurança nacional para reabastecer as forças ucranianas e enfrentar a crescente pressão russa na região.


Zelensky continua a pedir auxílio para os EUA contra a Rússia (Foto: reprodução/AP Photo/Matthias Schrader)

Situação atual

Apesar da aprovação bipartidária no Senado de uma lei de ajuda externa de 95,3 bilhões de dólares, com 60 bilhões destinados à Ucrânia, o presidente da Câmara, Mike Johnson, sinalizou que não pretende avançar com o projeto de lei.

Autoridades americanas expressaram preocupação com os recentes ganhos russos na guerra, sugerindo que a paralisação do projeto de lei está refletindo na desaceleração do suporte.

A porta-voz do Conselho de Segurança Nacional, Adrienne Watson, afirmou que a retirada de Avdiivka é um resultado direto da inação do Congresso, destacando a necessidade crítica de agir rapidamente.

Reunião presidencial

Em um encontro com o presidente Zelensky, a vice-presidente Kamala Harris pediu ao Congresso que enviasse ajuda urgente à Ucrânia, e criticou os republicanos por bloquearem o projeto na Câmara.

Zelensky, por sua vez, enfatizou a importância vital do pacote de ajuda para enfrentar a crescente pressão russa, enquanto Biden criticou a pausa de duas semanas na Câmara, classificando-a como ultrajante e aumentando as preocupações sobre a confiabilidade dos EUA como aliado.

A Ucrânia enfrenta agora uma pressão renovada na frente oriental, com a retirada de Avdiivka marcando o maior ganho russo desde o ano passado, intensificando a necessidade de uma resposta rápida e eficaz por parte dos Estados Unidos e de aliados.

Ex-informante do FBI é acusado de relatar declarações falsas sobre os Bidens nos negócios da Ucrânia 

Nesta quinta-feira (15), o procurador especial David Weiss acusou Alexander Smirnov, ex-informante do FBI, de criar registros falsos e mentir sobre o envolvimento do presidente dos Estados Unidos Joe Biden e seu filho Hunter Biden em negociações comerciais com a empresa ucraniana Burisma Holdings. Se condenado, Alexandre pode pegar uma pena de até 25 anos. 


As acusações são que em 2020 o presidente dos EUA lucrou com negócios de seu filho na Ucrânia (foto: reprodução/Charles Dharapak/AP/O Globo)

Sob custódia do FBI 

Alexander Smirnov, 43, foi preso na última quarta-feira no Aeroporto Internacional Harry Reid, em Las Vegas, após voltar de uma viagem ao exterior. Smirnov compareceu ao tribunal na quinta-feira para esclarecer suas alegações. A acusação diz que a história de Alexandre foi inventada e que na realidade o objetivo das reuniões, que ocorreram em dias diferentes que foi relatado, tinha o propósito de lançar Burisma sobre os serviços das empresas de Hunter e não para discutir subornos para Joe Biden quando ainda não era presidente dos EUA.  

Os republicanos, partido de oposição de Joe Biden, defendem a versão, agora desacreditada, de Smirnov e lutaram com o FBI para obter relatórios sobre o que foi dito pelo ex-informante para colocarem as afirmações no inquérito de impeachment do presidente. 

O que aconteceu na época 

Entre 2014 e 2019, Hunter Biden fez parte do conselho de Burisma, no mesmo período que Joe Biden era vice-presidente dos Estados Unidos no governo de Barack Obama. Smirnov diz ter conversado com CEO da Burisma em 2017 sobre o interesse de compra uma empresa nos EUA. Nas alegações de 2020, Alexandre declarou que em 2015 e 2016 houve reuniões com os executivos da Burisma que lhe disseram que teriam contratado Hunter Biden para “nos proteger de problemas”.

Tiroteio em comemoração ao Super Bowl deixa uma pessoa morta e várias feridas no Kansas

Na quarta-feira (14), enquanto a cidade do Kansas se enchia de festa para celebrar a vitória do Kansas City Chiefs no Super Bowl, a alegria se transformou em tragédia com um ataque a tiros que deixou uma pessoa morta e outras 21 feridas, incluindo crianças. O tiroteio ocorreu durante a parada da equipe campeã, causando pânico e confusão entre os presentes.

De acordo com relatos da polícia local, 22 pessoas foram baleadas próximo à garagem de uma estação de trem, onde a multidão se reunia para celebrar a vitória do time. Vídeos compartilhados nas redes sociais mostram o momento de caos, com pessoas correndo para se proteger e policiais tentando controlar a situação.

Presidente Biden se manifesta


Presidente Joe Biden se pronuncia sobre o tiroteio no Kansas (reprodução/Folha de Pernambuco)

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, não ficou indiferente ao ocorrido e usou sua voz para pedir medidas concretas contra a violência armada no país. Em um pronunciamento, Biden expressou sua consternação com o tiroteio durante o evento que deveria ser de celebração e união.

Ele instou o Congresso a agir com urgência, solicitando a proibição de armas de assalto, limitação de carregadores de alta capacidade e fortalecimento das verificações de antecedentes criminais.

“O Super Bowl é o evento mais unificador da América. Nada nos une mais. O fato de essa alegria se transformar em tragédia em Kansas City atinge profundamente a alma americana. Os acontecimentos de hoje deveriam comover-nos, chocar-nos, envergonhar-nos e obrigar-nos a agir. O que estamos esperando?”, questionou Biden.

Investigações em andamento

Enquanto isso, as autoridades locais estão investigando o incidente, com três pessoas já sob custódia e sob investigação em relação ao tiroteio. O motivo por trás do ataque ainda não está claro.

Além disso, em uma publicação nas redes sociais, Patrick Mahomes, o astro principal da equipe, expressou sua solidariedade e afirmou estar enviando suas orações para a cidade de Kansas.

Presidente Biden condena comentários de Trump sobre a OTAN

Na tarde desta terça-feira (13), o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, lançou críticas contundentes contra seu possível adversário nas eleições de 2024, Donald Trump, classificando seus comentários recentes sobre a OTAN como “perigosos” e “não-americanos”.

Em um pronunciamento na Casa Branca, o líder democrata repreendeu vigorosamente as declarações de Trump, feitas no último fim de semana, nas quais questionava o compromisso dos EUA em apoiar os membros da aliança em caso de ataque.

Biden destacou que tais comentários aumentam a urgência para que o Congresso aprove um projeto de financiamento estagnado há muito tempo, destinado a apoiar a defesa da Ucrânia contra a Rússia.

“O ex-presidente enviou um sinal perigoso e chocante para o mundo”, afirmou Biden, enfatizando que a segurança nacional já estava em jogo antes do recente impasse no Senado. Ele sublinhou que o risco aumentou drasticamente nos últimos dias.

Críticas aos comentários de Trump

No sábado (10), durante um comício político na Carolina do Sul, Trump criticou os atrasos nos pagamentos de membros da OTAN e relatou uma suposta conversa na qual teria sugerido à Rússia que realizasse um ataque. Biden classificou tais comentários como “idiota”, “vergonhoso” e “antiamericano”.


Joe Biden em pronunciamento na Casa Branca (Foto: reprodução/FOLHA SP)

O presidente Biden argumentou que o não apoio ao financiamento para a Ucrânia equivaleria a apoiar Vladimir Putin, alertando para o risco de os ataques russos se espalharem pela Europa.

Importância da OTAN

A OTAN, fundamental para a segurança europeia e global há mais de sete décadas, tem sido alvo de críticas recorrentes de Trump, que questionou sua relevância e desafiou o compromisso dos aliados.

O secretário-geral da OTAN, Jens Stoltenberg, emitiu um comunicado enfatizando que qualquer sugestão de falta de solidariedade entre os membros mina a segurança coletiva, colocando em risco soldados americanos e europeus.

Após a invasão russa à Ucrânia em 2022, a adesão de novos membros à OTAN, como a Finlândia e possivelmente a Suécia, ressalta a importância contínua da aliança na atualidade geopolítica.

Congresso dos EUA rejeita envio de bilhões para Israel em meio a tensões políticas

Em um movimento que reflete divisões políticas e tensões crescentes, a Câmara dos Representantes dos Estados Unidos rejeitou, na última votação, a aprovação do envio de 17,6 bilhões de dólares em ajuda a Israel.

A controvérsia, que polarizou democratas e republicanos, também revelou divergências dentro do próprio partido do presidente Joe Biden. A decisão, que teve 167 democratas votando contra, ocorreu em meio à ameaça de veto por parte do presidente Biden, evidenciando as complicações da política externa norte-americana.


Debate na Câmara dos Representantes nos EUA (reprodução/Jonathan Ernst/Reuters)

Motivos do veto

O cerne do desacordo está na busca por mais fundos para Israel pelos conservadores, especialmente influenciados pelo ex-presidente Donald Trump, enquanto alguns democratas insistem em incluir a Ucrânia no pacote de ajuda.

A recusa em liberar os fundos para Israel pode indicar um impasse entre o executivo e o legislativo norte-americano, refletindo nas tensões entre as duas maiores forças políticas do país.

Os republicanos, seguindo a linha traçada por Trump, buscam mais recursos para Israel, enquanto alguns democratas argumentam que é imperativo incluir a Ucrânia no mesmo pacote de ajuda.

Comboio entra na Faixa de Gaza

Em meio a esse cenário, um comboio da ONU com ajuda humanitária foi autorizado a entrar na Faixa de Gaza, composto por 20 caminhões permitidos pela passagem de Rafah.


Comboio de apoio humanitário atravessa Gaza e abastece comunidade Palestina (reprodução/Mohammed ABED/AFP)

Tensões com a Rússia

O presidente Biden enfatizou a urgência de apoiar a Ucrânia, sublinhando que apoiar o projeto de lei representaria um desafio direto ao presidente russo Vladimir Putin. A oposição à aprovação, portanto, poderia ser interpretada como uma concessão à liderança russa, agravando ainda mais as tensões geopolíticas.

Embora os Estados Unidos sejam o principal apoiante militar da Ucrânia, a liberação de novos fundos enfrenta obstáculos, apesar das demandas expressas por Biden e pelo presidente ucraniano Zelensky.

As últimas visitas de Zelensky a Washington não resultaram em avanços significativos, mostrando que os EUA enfrentam dificuldades para manter seu papel de suporte à nação ucraniana diante das crescentes ameaças geopolíticas.

Joe Biden discursa sobre morte de americanos em ataque aéreo com drones em Jordânia 

Nesta quinta-feira (1), o presidente dos EUA, Joe Biden, se pronunciou em relação aos soldados americanos mortos por ataque com drones em Jordânia, dizendo sentir o sofrimento da população de Gaza e principalmente dos americanos que perderam pessoas nessa guerra em Gaza. O discurso foi durante o Café da Manhã de Oração Nacional que ocorreu no Capitólio. 

Paz entre palestinos e israelenses 

Na ocasião, Biden lamentou a situação de homens e mulheres que estão na Faixa de Gaza que são mantidas reféns ou perderam suas casas sendo deslocados, ou bombardeados sem saber quando irá ser a próxima refeição. O presidente diz que não reza apenas pelas vidas ceifadas de suas famílias ou pela paz entre o povo israelense e o povo palestino, mas que também está trabalhando junto aos líderes de Estados pela segurança e dignidade ser devolvida a Gaza. Joe também reforçou seu empenho em devolver reféns detidos pelo grupo terrorista Hamas a suas famílias, que está trabalhando pela paz duradoura em Gaza para os dois povos.  

O presidente finalizou o discurso falando com as famílias dos militares mortos em Jordânia dizendo que irá estar presente na transferência de corpos que será realizada nesta sexta-feira (2). 


Biden, no Capitólio, discursando no Café da Manhã de Oração Nacional (foto: reprodução/Instagram/@potus)

O ataque aéreo por drones sofridos pelos militares americanos, ocorreu no último sábado (27), causando a morte de três soldados dos Estados Unidos e deixando pelo menos 34 estadunidenses feridos. O episódio ocorreu na fronteira de Jordânia e Síria, essas foram as primeiras mortes de americanos em território de guerra entre Israel e Hamas.  

Tradição americana 

O Café da Manhã Nacional de Oração é realizado todo ano na primeira quinta-feira de fevereiro, onde o presidente dos Estados Unidos se reúne com líderes religiosos, empresários e políticos em Washington para falar sobre religião. O evento é visto como uma oportunidade para a comunidade religiosa ter mais envolvimento em comunidades políticas e empresariais. São convidados religiosos de diversas religiões, inclusive do Islamismo e Judaísmo.  

Madre Teresa de Calcutá, e o vocalista da banda irlandesa U2, Bono, são algumas das pessoas que já foram oradores em edições anteriores falando sobre temas importantes para a sociedade.