Líderes mundiais comentam sobre a morte de Jimmy Carter, ex-presidente dos EUA

Políticos dos Estados Unidos e líderes mundiais expressaram seus lamentos quanto a morte confirmada do ex-presidente estadunidense Jimmy Carter, confirmada neste domingo (29). O democrata faleceu em Plains, Geórgia, ao lado da família.

Sendo o primeiro presidente da história dos Estados Unidos que já chegou aos 100 anos, Carter recebeu o Prêmio Nobel da Paz em 2002, resultante do trabalho humanitário realizado, e pelo intermédio que gerou paz entre Israel e Egito.

Posicionamento de políticos estadunidenses

Em nota publicada no X (antigo Twitter) e no Instagram, o presidente Joe Biden e a primeira-dama, Jill Biden, lamentaram a perda do amigo que foi um líder e humanitário extraordinário.

Os Biden ainda dizem que o aspecto mais fenomenal do 39º presidente dos Estados Unidos, é que diversas pessoas também o tinham como um amigo querido, por mais que não o conhecessem.


Joe Biden, presidente dos EUA, sobre a morte de Jimmy Carter, presidente do país de 1977 a 1981 (Foto: reprodução/X/@POTUS)

Em postagem no TRUTH Social, Donald Trump, presidente eleito do país que tomará posse em 20 de janeiro, comentou que apenas quem já ocupou o posto de presidências entende a responsabilidade de liderar “a maior nação da história”.

O presidente eleito também expressou os desafios que Carter enfrentou para a melhora na vida dos estadunidenses, e que o povo deve agradecer as ações tomadas pelo ex-presidente naquele momento crucial.


O presidente eleito, Donald Trump, sobre o falecimento de Jimmy Carter (Foto: reprodução/Truth Social/@realDonaldTrump)


A TRUTH Social é uma plataforma social da Trump Media & Technology Group, propriedade principalmente do presidente eleito dos EUA, Donald Trump, tendo sido criada após seu banimento do X em janeiro de 2021.

Líderes mundiais falam sobre o falecimento de Jimmy Carter

Abdel Fattah Al-sisi, presidente do Egito, prestou suas condolências à família e ao povo estadunidense. Abdel ressalta o trabalho do ex-presidente na relação de paz entre o país e Israel, contando que o trabalho humanitário de Carter, que expressa um padrão alto de amor, paz e fraternidade, ficará para sempre marcado na história.


Abdel Fattah Al-sisi presta suas condolências quanto ao falecimento do ex-presidente dos EUA (Foto: reprodução/X/@AlsisiOfficial)

O secretário-geral da ONU, António Guterres, relembrou as ações para a paz e a segurança internacional realizados por Carter, como os Trados SALT II e do Canal do Panamá, e os Acordos de Camp David, que fizeram com que Jimmy ganhasse o Prêmio Nobel da Paz. Guterres afirma ainda que o ex-presidente será lembrado por sua solidariedade para com os vulneráveis, e fé inabalável que tinha no bem comum e na humanidade.

Alianças entre rivais dos EUA estão na pauta de Biden e Trump

Nesta quarta-feira (11), a Casa Branca informou que o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, assinou um memorando confidencial de segurança naciona,l detalhando o caráter ascendente da cooperação entre os principais rivais do país, como Rússia, Coreia do Norte, Irã e China. O documento, concluído antes da vitória de Donald Trump à presidência, foi elaborado como um guia estratégico para auxiliar a próxima administração no enfrentamento desses desafios internacionais.

Desenvolvido entre julho e setembro, por funcionários da administração Biden, o memorando serve como um guia de auxílio governamental para a estruturação de uma abordagem a respeito dos estreitamentos de relações entre os principais adversários dos Estados Unidos.

Recomendações principais do documento

O documento traz em sua estrutura quatro principais recomendações, segundo a agência de notícias, Associated Press: o aprimoramento da cooperação entre agências governamentais dos EUA, a aceleração do compartilhamento de informações com aliados sobre os adversários, a calibragem do uso de sanções econômicas e o fortalecimento em preparação para crises simultâneas.

Autoridades também ressaltaram, segundo a Associated Press, que o texto manterá a confidencialidade, não sendo divulgado publicamente devido à sensibilidade de suas conclusões.

Monitoramento da aliança

O estreitamento das relações entre os quatro países vem sendo monitorado há anos, intensificando-se após a invasão da Ucrânia pela Rússia, em 2022. Nesse contexto, a Rússia buscou apoio militar do Irã, recebendo drones e mísseis; e da Coreia do Norte, que forneceu armamento bélico e tropas, além de auxiliar a repressão das forças ucranianas na região de Kursk, ocupada pela contraofensiva ucraniana.


Ataque russo em território ucraniano (Foto: reprodução/NurPhoto/Getty Images Embed)


Em troca, a Rússia tem contribuído com tecnologia militar e aeronaves para o Irã, enquanto fortalece suas trocas técnico-militares com a China e abastece financeiramente a expansão bélica da Coreia do Norte, considerada com um “estado nuclear”.

Além disso, Rússia e China têm feito um trabalho de patrulha conjunta em regiões estratégicas, como o Ártico. Essas alianças representam desafios significativos para a política externa e a segurança dos EUA, exigindo do governo uma abordagem coordenada e eficaz.

Junção Biden x Trump

Apesar das diferenças políticas, as administrações Biden e Trump estão alinhadas na transição de informações sobre segurança nacional. Segundo fontes do governo, o objetivo do documento é fortalecer as capacidades estratégicas do próximo governo, sem impor diretrizes específicas, mas oferecendo uma base sólida para decisões futuras.

Os funcionários ouvidos pela Associated Press afirmaram que o memorando aprovado por Biden “não está tentando prender (a administração Trump) ou incliná-los para uma opção de política ou outra”.


Biden durante evento na Casa Branca (Foto: reprodução/Samuel Corum/Getty Images Embed)


A crescente cooperação entre os principais adversários dos EUA reflete uma nova dinâmica no cenário global, exigindo ações estratégicas para mitigar os riscos dessas alianças.

Trump planeja decreto de emergência para ações militares e deportações em massa

O presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, declarou nesta segunda-feira (18), que considera declarar emergência nacional implementar seu plano de deportação em massa de imigrantes. Essa proposta faz parte de uma plataforma política que prioriza a segurança das fronteiras e o combate à imigração ilegal, temas centrais de sua campanha.

Trump prometeu deportar milhões de imigrantes como parte de uma estratégia para reforçar o cumprimento das leis de imigração, e segundo ele, a declaração de emergência nacional seria necessária para superar possíveis barreiras legais e agilizar as ações de deportação. 

Plano de emergência na fronteira

A rede CNN relatou no último fim de semana que a equipe de Donald Trump está avaliando esta declaração, para desbloqueio de recursos do Pentágono e abrir caminho para expandir o espaço de detenção. Vale lembrar que em seu primeiro mandato o republicano declarou emergência nacional na fronteira com o México, para assim contornar o congresso e usar fundos do Pentágono, para a construção de um muro na fronteira, este movimento enfrentou vários processos judiciais.


Fronteira México e Estados Unidos (Foto: reprodução/Herika Martinez/Getty Images)


A proposta enfrenta críticas severas de ativistas de direitos humanos e especialistas jurídicos, que argumentam que a medida pode violar direitos fundamentais garantidos pela Constituição. Além disso, implementar um plano dessa magnitude exigiria recursos financeiros e logísticos substanciais, levantando questionamentos sobre sua viabilidade.

Maior deportação dos Estados Unidos

Fontes próximas ao futuro presidente, disseram ainda à rede CNN, que os planos do novo governo estão começando a trabalhar na implementação de medidas rigorosas de fronteiras e derrubadas de políticas de Joe Biden, e entre outras medidas, também estão preparando ações executivas que são uma referência ao primeiro mandato de Donald Trump e que podem ser implementadas assim que ele assumir.

Segundo a agência de notícias Reuters, Trump se comprometeu a  lançar o maior esforço de deportação da história dos Estados Unidos, com o foco em criminosos, mas sobretudo com o objetivo de enviar milhões de imigrantes de volta a seus países.

Após eleição Kamala Harris faz sua primeira aparição pública ao lado de Joe Biden

Kamala Harris, a então candidata do partido democrata que disputou a eleição ocorrida na última terça-feira (5), esteve nesta segunda-feira (11) presente no “Dia dos veteranos” homenageando os soldados mortos em combate. Após ter sido derrotada pelo Donald Trump na última quarta-feira (6), essa foi a primeira aparição pública dela. Estando junta ao atual presidente Joe Biden, ela não aparecia publicamente desde o seu último discurso no dia 6 de novembro.

União

Durante a cerimônia, Biden disse que seria bom os EUA se unir como nação, que o mundo depende deles, e disse também da importância de manterem a fé uns com os outros. O então homem que preside a terra do Tio Sam atualmente, deixou uma coroa de flores após lembrar dessa questão a respeito de como é importante os Estados Unidos Da América buscar a união



Discurso de Joe Biden após vitória de Trump no último dia 7 de novembro (Foto: reprodução/Andrew Harnik/Getty Images embed)

Motivos

Após a candidata dos democratas ser derrotada pelo Republicano, integrantes do partido começaram a culpar Joe Biden, questionando que a insistência dele causou a derrota da Kamala. O presidente atual dos EUA teceu elogios a Harris durante um discurso que fazia na televisão que foi exibido na última quinta-feira. Para a integrante do Partido dos Democratas Socialistas da América, Luisa Martinez, os democratas se posicionaram de maneira errada frente às guerras e também não souberam lidar com as questões voltadas para a imigração.

Donald Trump

Após cumprir um mandato entre 2016-2020, Trump tentou a reeleição em 2020, mas acabou perdendo para Joe Biden. O republicano retorna à presidência em 2025, após se eleger com uma ampla vantagem de delegados contra sua oponente. Obteve bons resultados nos estados-chave, onde conseguiu eleger a maioria dos senadores. Donald elogiou a atitude de Kamala, após a mesma entrar em contato com ele para reconhecer a sua derrota na última quarta-feira (6).

As eleições americanas ocorreram no ultimo dia 5 de Novembro terminando a apuração no dia seguinte com Trump sendo eleito.

Após vitória de Trump, Biden assegura uma transição de poder tranquila e estruturada

O presidente Joe Biden se comprometeu, nesta quinta-feira (07), a assegurar uma transição de governo “pacífica e ordenada”, ressaltando a importância de respeitar a escolha feita pelo povo americano nas urnas. Em um discurso de tom conciliatório proferido na Casa Branca, ele se dirigiu à nação com uma mensagem de unidade e respeito à democracia. Biden, reconheceu a vitória de Donald Trump, enfatizando o valor da vontade popular e a relevância do processo eleitoral.

Além disso, o presidente abordou a dor e a decepção causadas pela derrota de sua vice-presidente, Kamala Harris. Biden também fez um apelo poderoso aos americanos para que “baixem a temperatura”, referindo-se à crescente polarização que domina o ambiente político e social nos últimos meses, exacerbada por discursos divisivos e desinformação.


Joe Biden se pronunciou sobre eleição nos Estados Unidos (Foto: reprodução/Instagram/@hugogloss)

Discurso

“Ontem, falei com o presidente eleito Trump para parabenizá-lo por sua vitória. E assegurei que direcionarei toda a minha administração para trabalhar com sua equipe para garantir uma transição pacífica e ordeira. É isso que o povo americano merece” disse Biden.

Em 2020, após a vitória de Biden sobre Trump, apoiadores do republicano invadiram o Capitólio em um intento de impedir a oficialização da vitória do democrata. Esse episódio de violência marcou um divisor de águas na história americana e gerou preocupações sobre a próxima transição de poder, programada para janeiro de 2025. Trump, durante a campanha eleitoral, demonstrou resistência em aceitar uma possível derrota, condicionando sua aceitação a um “processo justo”.

Biden convidou Trump para uma reunião na Casa Branca, sendo o primeiro encontro desde o debate ruim de Biden em junho.

Apelo a união nacional

O presidente destacou que, para alguns, o momento representava “um tempo de vitória”, enquanto, para outros, “um momento de perda”. No entanto, resignado, enfatizou que essa era a decisão dos americanos e que seu governo a aceitaria.

Biden fez um apelo à união nacional, enfatizando a importância de os americanos se verem como “compatriotas” em meio à crescente polarização política. Ele também destacou que o resultado das eleições deveria limpar as dúvidas sobre a integridade do sistema eleitoral, especialmente em relação à recusa de Trump em aceitar sua derrota em 2020, algo que até hoje não foi reconhecido por ele.

Democratas são maioria até o momento nas eleições dos Estados Unidos

Nesta segunda-feira (4), 78 milhões de pessoas já votaram entre Donald Trump e Kamala Harris, enviando os votos por correio ou sessão aberta, para a escolha do novo presidente dos Estados Unidos, representando um terço dos americanos já tendo exercido seu direito de voto. Na última eleição, em 2020, que acabou com a vitória de Joe Biden, o número de votantes atual representaria metade dos votos totais daquela eleição, onde 154 milhões de americanos votaram.


Informações das pesquisas das eleições entre Donald Trump e Kamala Harris (Vídeo: reprodução/YouTube/O POVO)

Situação atual das eleições norte-americanas

Segundo dados apresentados neste momento das eleições, onde um terço dos americanos já teria votado, os democratas marcaram uma presença maior nas urnas, até o dado momento, com 37,9% contra 36% representando os republicanos.

Mesmo com estes números, não se crava Kamala Harris na liderança, mas a presença dos democratas é um motivo de alegria e comemoração até aqui, numa situação de empate técnico nas eleições.

Geórgia e Carolina do Norte são as regiões onde ocorre uma maior porcentagem, com cerca de 80% de eleitores registrados até o momento. Algumas pesquisas revelaram que os eleitores tardios podem estar inclinados a votar em Kamala Harris, algo que faria certa diferença no resultado, ainda mais considerando os estados mais decisivos.

Situação de Donald Trump

Pelo lado republicano, Donald Trump incentiva os seus eleitores a saírem de casa e votarem antecipadamente, já realizando sua escolha, já que em 2020 o candidato acredita não ter vencido por uma grande ausência de sua base mais forte, quando foi derrotado por Joe Biden.

Em seus últimos comícios e reuniões, o candidato republicano aumentou o seu discurso de convencimento para levar os eleitores ao voto antecipado, com a intenção de mobilizar a sua base, engajando seus eleitores através de seus discursos.

Comício de Donald Trump é marcado por piadas

Com piadas do comediante Tony Hinchcliffe, comício antes das eleições nos Estados Unidos neste último domingo (27), do então candidato presidencial republicano Donald Trump, foi criticado pela vice-presidente Kamala Harris.

Kamala condenou o tom do comício que aconteceu no Madison Square Garden na noite do último domingo. “Acho que ontem à noite, o evento de Donald Trump realmente destacou um ponto que venho defendendo ao longo desta campanha, ele está focado e realmente fixado suas queixas , em si mesmo e em dividir o nosso país” disse ela.

Convidado Tony Hinchcliffe participou do comício

Os comentários do então comediante Tony Hinchcliffe sobre Porto Rico provocaram reações negativas, “Há muita coisa acontecendo, tipo não sei se você sabe disso, mas há literalmente uma ilha flutuante de lixo no meio do oceano agora”, disse ele. “Acho que se chama Porto Rico”, disse ainda sobre a cidade que abriga a maior população porto-riquenha do continente americano.


Comediante Tony Hinchcliffe em comício ( Foto: reprodução/ site BBC)

Donald Trump, segundo o site CNN, manteve em sua grande parte as linhas familiares no evento de domingo (27) , mas os atos de abertura desencadearam comentários ofensivos a Kamala, aos imigrantes e até mesmo a Porto Rico, o que gerou repreensões furiosas dos democratas e de alguns republicanos.

E apesar da frase ter sido bem recebida pelos apoiadores de Trump,  que encheram a arena no centro de Manhattan, a campanha de Donald Trump procurou distanciar-se do comediante Hinchcliffe, que, como os outros oradores, foi convidado.

Porta-voz rebate

Em comunicado ao site CNN, Danielle Alvares disse, “Esta piada não reflete as opiniões do candidato Trump ou de sua campanha” informou a porta-voz da campanha de Donald.

 Ainda segundo o site CNN, a extensão dos danos causados pelas piadas no comício depende de um fator decisivo, até que ponto o eleitor irá relevar estes aspectos do candidato republicano em nome de uma expectativa de que com ele a economia possa melhorar.

Israel se prepara para atacar alvos militares do Irã antes das eleições dos EUA, afirma jornal

Israel está planejando uma retaliação militar contra alvos do Irã antes das eleições presidenciais dos Estados Unidos, segundo o The Washington Post. O ataque seria uma resposta ao bombardeio com mísseis iranianos que atingiu o território israelense em 1º de outubro. A ofensiva teria como objetivo alvos militares iranianos, evitando instalações nucleares e de petróleo, o que poderia desencadear um conflito de maiores proporções, de acordo com autoridades americanas.

Resposta calibrada para evitar escalada

Fontes ouvidas pelo jornal afirmaram que a intenção de Israel é realizar uma ação militar “calibrada” para evitar uma guerra total com o Irã. O ataque, com alvos limitados e focado em evitar uma escalada maior, foi discutido em uma conversa entre o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu e o presidente dos EUA, Joe Biden, na semana passada.

A decisão de focar em alvos militares, e não em estruturas mais sensíveis como as nucleares, aliviou preocupações dentro do governo americano, que tenta evitar um conflito de larga escala no Oriente Médio. Desde o ataque de mísseis, as tensões entre Israel e o Irã aumentaram, especialmente por conta do envolvimento de grupos armados aliados de Teerã, como o Hezbollah.


Joe Biden e Benjamin Netanyahu (Foto: reprodução/Miriam Alster/G1)

Temor de guerra entre Israel e Irã

O governo israelense teme que uma retaliação mal calculada, especialmente contra instalações nucleares ou de petróleo do Irã, poderia gerar uma resposta iraniana capaz de arrastar outras potências globais para o conflito. O presidente Biden já expressou sua oposição a ataques desse tipo, que poderiam provocar uma guerra ampla na região.

Israel, no entanto, reiterou que sua resposta será “letal, precisa e surpreendente”, segundo Yoav Gallant, ministro da Defesa de Israel. O Irã, por sua vez, prometeu represálias caso seja alvo de ataques diretos, aumentando os temores de uma guerra entre os dois países.

Apesar das preocupações americanas com a instabilidade da região, Biden afirmou que apoia as ações israelenses contra alvos iranianos aliados, como o Hezbollah e o Hamas. Contudo, o presidente tem alertado para os riscos de uma escalada maior que envolva outros países no conflito.

Entenda o porquê o debate entre Trump e Kamala Harris é tão importante

Na próxima terça-feira (10), na Filadélfia, Donald Trump e Kamala Harris se encontram em debate, dois meses antes das eleições norte-americanas, que ainda são consideradas imprevisíveis. Com produção e transmissão da TV americana ABC News, às 21h no horário local, é considerado um dos debates mais importantes nos últimos 60 anos, sendo o primeiro encontro entre eles como candidatos oficiais à presidência dos Estados Unidos.


Kamala Harris em discurso sobre Trump, via Instagram (Foto: reprodução/Instagram/@kamalaharris)


Histórico de Donald Trump

É inegável e reconhecido pela sua adversária, que Donald Trump além de ser um experiente comunicador com o público, também possui vivências em debates iguais o que acontece nesta terça-feira (10).

Como é conhecido, Trump gosta de fazer algumas provocações, às vezes um pouco mais ácidas e fortes, como quando disse que Kamala Harris teria uma risada de “louca”, além de insinuar que seu sucesso político se deu por um relacionamento amoroso.

Em uma última entrevista com os dois candidatos, Trump citou Joe Biden, atual presidente dos Estados Unidos, fazendo afirmações não tão verdadeiras sobre o mandato do mesmo, sobre défcits que são dados do próprio Trump, citando condenações não comprovadas, além de supor intenções do presidente, que nunca se tornaram factuais.

Lado de Kamala Harris

Tendo em vista o estilo de debate do seu oponente, Kamala Harris foi aconselhada a não perder a paciência com algum insulto ou sarcasmo do seu adversário, com cautela para não transparecer uma imagem agressiva ou algo do tipo.

Um dos pontos positivos para a candidata, é a surpresa da desistência de Joe Biden, já que provavelmente Donald Trump estava planejando um debate diante do atual presidente, com perguntas direcionadas. Esta diferença entre Kamala e Biden é algo que pode causa desconforto e confusão para Trump, dentro do que foi montado por ele.

Biden exalta Kamala e crítica Trump na Convenção do Partido Democrata

Joe Biden fez seu discurso no primeiro dia na Convenção do Partido Democrata nesta segunda-feira (19). Ele reflete sobre seus anos na Casa Branca e passa o bastão para Kamala Harris, sua vice, que enfrentará Donald Trump nas eleições de novembro. Biden exalta Kamala, afirmando que os Estados Unidos estão prontos para eleger a primeira mulher presidente.

Ao subir ao palco, Biden foi recebido com carinho pelo público. No seu discurso, ele pergunta se os eleitores estão prontos para votar pela liberdade e destaca a necessidade de preservar a democracia. Biden recordou o ataque ao Capitólio em 6 de janeiro de 2021 e ressalta que a violência política não tem lugar no país.

“Vocês não podem dizer que amam o país só quando ganham”, disse Biden. “A democracia precisa ser preservada. Vocês me ouviram dizer isso antes, mas estamos em um momento de inflexão.”


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Kamala Harris durante a Convenção Nacional Democrata de 2024, em Chicago no dia 19 de agosto (Reprodução/Jacek Boczarski/Anadolu/Getty Images Embed)


Críticas ao candidato Trump

Presidente dos EUA acusou Trump de intensificar ódio e extremismo no seu mandato. Biden também acusou o ex-presidente de manipular os dados sobre segurança pública. Na convenção republicana, Trump declarou que os índices de violência aumentaram por causa da imigração ilegal.

“Os crimes violentos caíram para o nível mais baixo em mais de 50 anos. E a criminalidade continuará diminuindo quando colocarmos uma promotora [Kamala] no Salão Oval, em vez de um criminoso condenado”, disse Biden.

Balanço do seu governo

Biden fez uma avaliação sobre seus anos como presidente. O democrata afirmou que fez um governo em defesa da democracia e na reconstrução da economia. Biden disse que durante seu mandato criou empregos, reduziu desigualdades e controlou a inflação.

O presidente concluiu seu discurso admitindo que, ao longo de sua carreira, cometeu muitos erros, mas sempre deu o seu melhor pelo bem do país. Biden também ressaltou as políticas públicas para a saúde e defendeu o direito ao aborto.

“Por 50 anos, como muitos de vocês, dei meu coração e alma a nossa nação e fui abençoado milhões de vezes em troca do apoio das pessoas.”

Desistência de Biden

Aos 81 anos, Joe Biden desistiu de concorrer às eleições presidenciais dos EUA em julho e declarou apoio à indicação da vice-presidente Kamala Harris. O presidente Biden vivia sob pressão dentro do Partido Democrata. Alguns parlamentares apontaram que Biden estava “enfraquecido” e acreditavam que as chances de vitória sobre o rival eram pequenas.

Tanto parlamentares aliados e doadores pediram que ele desistisse da candidatura, ameaçando retirar seu apoio financeiro ao partido. Houve questionamentos sobre sua idade e se ele estaria preparado para mais uma eleição. A pressão dos doadores contribuiu para a saída de Biden na corrida eleitoral.