Jonas Gahr Store demonstra preocupação com interferência política de Elon Musk

Nesta segunda-feira (6), o primeiro-ministro da Noruega revelou preocupação caso existam envolvimentos do bilionário Elon Musk em relação às políticas internas em outros países, fora dos Estados Unidos da América. Recentemente, o dono do antigo Twitter anunciou que vai ter uma conversa com a Alice Weidel, sendo a líder do partido, a qual representa a extrema-direita da Alemanha, dias antes das eleições no país europeu.

Preocupação

Em entrevista à emissora Norueguesa NRK, Jonas Gahr Store demonstrou preocupação:

“Acho preocupante que um homem com maior acesso às mídias sociais se envolva diretamente nos assuntos internos de outros países.”

Tendo em vista o informado pelo mesmo, a forma de tentar resolver situações pertinentes a locais que não sejam pertencentes aos EUA não deveria ser conduzida deste jeito. Ele ainda recomendou que não haja envolvimento do local em questão.


Elon Musk em discurso pós-vitória de Donald Trump (Foto: reprodução/Allison Robert-Pool/Getty Images embed)


Críticas

Além de ter buscado conexões com a Alemanha, Musk ainda teceu críticas a alguns locais pertencentes à Europa. Elon criticou políticos que são ligados a partidos de base da centro-esquerda, endossando seu posicionamento para o lado da base mais direitista. O líder da Noruega reagiu frente ao fato da reação da liderança do país alemão, a qual criticaram um possível envolvimento do criador da Tesla, sendo para eles uma interferência eleitoral.

Investigação

No momento, já está ocorrendo uma investigação acerca de como a rede do antigo Twitter lida com a desinformação. A comissão europeia está analisando se o X está cumprindo com as obrigações frente às questões relacionadas quanto a fake news. A ideia é buscar impedir conteúdos ilegais na plataforma. O porta-voz Thomas Reigner disse que o proprietário precisa assegurar que não utilizem a plataforma de maneira indevida.

Elon Musk divulgou recentemente que fará uma reunião com a líder da extrema-direita Alicia Weidel.

Fundo Amazônia recebe doação de US$ 60 milhões da Noruega

O primeiro-ministro da Noruega, Jonas Gahr Støre, anunciou, neste domingo (17), a doação de US$ 60 milhões (aproximadamente 345 milhões de reais) para o Fundo Amazônia. A doação foi anunciada durante a Conferência Global Citizen Now, que ocorre no Rio de Janeiro. A iniciativa reconhece os esforços brasileiros em relação à preservação ambiental. Em 2023 houve uma redução de 31% no desmatamento, o que foi reconhecido por Støre.

Iniciativa ambiental

A Conferência Global Citizen Now é uma iniciativa sediada pela Fundação Getúlio Vargas (FGV) e é uma parceria entre o Governo Federal e a presidência do G20. A conferência ocorre durante a cúpula do G20 no Rio de Janeiro, momento em que o Brasil recebe diversos chefes de Estado.


Foto oficial dos líderes do G20 na cúpula de 2024 no Rio de Janeiro (Foto: reprodução/X/@Reporte_Indigo)

O Fundo Amazônia é uma iniciativa do Governo Federal visando arrecadar recursos para preservação do bioma. Entre 2019 e 2022, houve um aumento de 150% no desmatamento, sendo que em 2022 havia uma perda diária de pelo menos 3 mil campos de futebol por dia na Amazônia.

A doação da Noruega soma-se a outros gestos de outros chefes de Estado. Também no domingo (17) o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, anunciou o aporte de US$ 50 milhões para também fortalecer o Fundo Amazônia. O anúncio foi realizado em Manaus–AM durante uma visita do presidente americano à floresta amazônica.


O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, visitou o estado do Amazonas (Foto: reprodução/X/@WhiteHouse)

De acordo com dados oficiais do Fundo Amazônia, pelo menos 1,633 bilhão de reais já foram desembolsados em ações de preservação e desenvolvimento apoiadas pelo fundo. Além do valor desembolsado, também foram aplicados 2,451 bilhões em apoio do fundo, o que apoia pelo menos 114 projetos para a região.

A cúpula do G20

Está acontecendo no Rio de Janeiro a cúpula que reúne as lideranças das maiores economias do mundo. Ao todo são 19 nações mais a União Africana e União Europeia. A cúpula se concentra em discutir os principais desafios econômicos e de desenvolvimento que envolvem os membros, a cúpula também deve validar os acordos e objetivos da organização e conclui o período do Brasil como presidente do grupo.