Ferrari renova contrato de Vasseur após meio de temporada decepcionante

A Scuderia Ferrari anunciou nesta quinta-feira (31) a renovação do contrato do chefe de equipe Frédéric Vasseur. O comunicado oficial encerra semanas de especulação sobre uma possível troca no comando da escuderia, que vive uma temporada 2025 aquém das expectativas na Fórmula 1.

Temporada irregular e falta de vitórias

A Ferrari ainda não venceu nenhuma corrida em 2025, apesar de ocupar a segunda colocação no Mundial de Construtores. A equipe soma 268 pontos a menos que a líder McLaren, e os resultados inconsistentes do carro SF‑25 têm levantado questionamentos ao longo do campeonato. Lewis Hamilton, contratado com grande expectativa, ainda não subiu ao pódio e foi desclassificado no GP da China por irregularidades técnicas. Além disso, terminou em sétimo no Japão e foi apenas quinto no Bahrein.

Já Charles Leclerc, mesmo com resultados melhores, também sente os efeitos da falta de evolução técnica do carro. Apesar de quatro pódios na temporada, o monegasco não conseguiu brigar diretamente pelas vitórias em nenhuma etapa até o momento.


Modelo SF-25 dirigido por Charles Leclerc no Grande Prêmio da Bélgica 2025 (Foto: reprodução/Nicolas Economou/Getty images embed)


Mesmo diante do cenário adverso, Vasseur vem reiterando que o potencial do carro ainda não foi totalmente explorado. Segundo ele, atualizações técnicas ao longo da temporada devem permitir ganhos graduais de performance.

Especulações e nomes cotados para substituição

Com os resultados abaixo do esperado, surgiram rumores de que a Ferrari poderia substituir Vasseur. Nomes como o de Christian Horner, ex-Red Bull, chegaram a ser especulados na imprensa europeia. No entanto, a renovação de contrato do francês afasta qualquer possibilidade de mudança imediata no comando técnico da equipe.

Segundo bastidores, o bom relacionamento interno com os pilotos e a diretoria, além do histórico de estabilidade administrativa promovido por Vasseur desde 2023, pesaram na decisão de manter sua liderança.

Confiança mantida para o futuro

O CEO da Ferrari, Benedetto Vigna, destacou que a renovação representa confiança nos valores de inovação e consistência defendidos por Vasseur. O chefe francês agradeceu o apoio e afirmou que os últimos 30 meses serviram para estabelecer bases sólidas para o crescimento futuro da escuderia.

Lewis Hamilton também saiu em defesa de Vasseur, destacando que sua decisão de ir para a Ferrari esteve diretamente ligada ao estilo de liderança do dirigente. O heptacampeão afirmou confiar no trabalho da equipe técnica e pediu paciência com os resultados.

A aposta da Ferrari

 A renovação de Frédéric Vasseur sinaliza a aposta da Ferrari na estabilidade como caminho para a reconstrução de sua competitividade.

Apesar do desempenho decepcionante até aqui, a equipe acredita que a continuidade no comando pode ser decisiva para retomar o protagonismo na Fórmula 1 — especialmente com as grandes mudanças de regulamento previstas para 2026.

‘Não fiz o trabalho corretamente’, diz Leclerc sobre fim de semana apagado

Charles Leclerc teve um fim de semana discreto na Fórmula 1, marcado por um desempenho abaixo das expectativas. O monegasco, que largou da oitava posição após bater no primeiro treino livre (TL1), adotou uma estratégia de duas paradas decisão da equipe que ele questionou, e terminou a prova em quinto lugar. Apesar da insatisfação com a tática escolhida pela Ferrari, Leclerc não fugiu da responsabilidade pelo resultado final.

“No final das contas, não fiz o trabalho corretamente”, declarou o piloto, admitindo culpa pelo desempenho apagado na corrida. Leclerc já havia ressaltado que não busca culpados e voltou a reforçar essa postura: “Realmente não quero falar sobre ‘e se’. No final do dia, não consegui fazer tudo certo.”

Desempenho aquém do esperado

Ao longo do fim de semana, Leclerc demonstrou frustração com o próprio rendimento e com os rumos tomados pela equipe em relação à estratégia. A escolha por duas paradas não trouxe o resultado desejado e comprometeu suas chances de brigar por uma posição melhor no pódio.

Apesar disso, o monegasco procurou manter a análise realista sobre o ritmo da Ferrari em relação às principais concorrentes. Ele destacou que, mesmo com uma estratégia diferente, não é certo que o resultado seria muito melhor.


Charles Leclerc reclamou com estratégia da equipe (Foto: reprodução/Instagram/@charlesleclerc16_italy)


Análise dos rivais

“Acho que a Mercedes provavelmente teve a vantagem neste fim de semana. A Red Bull está consistentemente na frente”, avaliou Leclerc. “A McLaren estava um pouco mais atrás. Acho que estávamos lá com eles. Então, não sei onde teríamos chegado [com a estratégia de uma parada]”, completou.

Atualmente, Charles Leclerc ocupa a quinta colocação no Mundial de Pilotos, com 104 pontos. Já a Ferrari é a terceira no campeonato de Construtores, somando 183 pontos. A equipe busca reduzir a diferença para a McLaren, que ocupa a vice-liderança entre os construtores. As próximas corridas serão decisivas para as aspirações da Ferrari na temporada 2025. Leclerc segue confiante em uma recuperação nas etapas futuras.

Crise interna na Ferrari incomoda Leclerc e pressiona Vasseur 

A crise na Ferrari parece ter chegado ao ponto de afetar até mesmo a confiança de Charles Leclerc, principal piloto da escuderia. Apesar do contrato renovado até 2029, rumores indicam que o monegasco já cogita um futuro longe de Maranello. A pressão também recai sobre o chefe da equipe, Frédéric Vasseur, que pode perder o cargo caso não haja reação nas próximas corridas.

Crise e frustração crescentes

A temporada 2025 da Fórmula 1 está longe de atender às expectativas da Scuderia Ferrari. Apesar de dois pódios consecutivos e da busca por um terceiro no Grande Prêmio do Canadá, o desempenho geral da equipe tem gerado frustração — especialmente para Charles Leclerc. Segundo o jornal italiano Corriere della Sera, o piloto estaria revendo seu futuro com a equipe, mesmo após renovar contrato até 2029.


Charles Leclerc no Grande Prêmio da Espanha (Foto: reprodução/Clive Rose/Getty Images embed)


O ambiente interno é de desconfiança. Leclerc teme que a equipe não esteja pronta para o novo ciclo técnico da Fórmula 1 a partir de 2026. A comparação com rivais como Oscar Piastri, que já venceu corridas com a McLaren em curto prazo, só reforça a insatisfação. Segundo fontes próximas, ele já cogita outras possibilidades para seguir competitivo.

Mercedes na mira e comando ameaçado

Uma das opções mais comentadas nos bastidores é a Mercedes, que ainda não renovou com George Russell e teria espaço para Leclerc. O piloto é admirado por Toto Wolff e veria na equipe alemã um caminho mais sólido para buscar títulos.

Enquanto isso, o chefe Frédéric Vasseur está sob forte pressão. A diretoria teria lhe dado um prazo de três corridas para colocar a Ferrari novamente no pódio. A data-chave é o GP da Grã-Bretanha, onde a equipe promete uma atualização importante nos carros. Caso não haja evolução, nomes como Antonello Coletta ou até Christian Horner são cogitados para substituí-lo.

Clima tenso nos bastidores

Embora ainda não existam declarações oficiais, o desconforto de Leclerc e a instabilidade no comando são cada vez mais comentados no paddock. A chegada de Lewis Hamilton também não trouxe os efeitos esperados. O britânico vive um início de temporada difícil e relata não estar sendo ouvido pela equipe.

Leclerc segue como o rosto da Ferrari, mas sua paciência parece ter limites. Se os resultados não aparecerem, o casamento com a escuderia italiana pode terminar antes do esperado — e a Fórmula 1 testemunhará mais uma grande mudança no grid.

Hamilton abre o jogo sobre aposentadoria

Aos 40 anos e com sete títulos no currículo, Lewis Hamilton inicia um novo capítulo na Fórmula 1 ao lado da Ferrari. No entanto, o tema “aposentadoria” segue recorrente em torno do piloto britânico, que construiu uma carreira brilhante. Apesar das especulações, ele garante que não pretende deixar as pistas, mesmo que conquiste o tão sonhado oitavo título mundial.

Objetivos

Em entrevista ao jornal italiano Gazzetta dello Sport, Hamilton afirmou que seu principal objetivo nesta nova fase com a Ferrari é conquistar mais um campeonato. No entanto, isso não representaria o fim de sua trajetória no automobilismo, afastando qualquer possibilidade de aposentadoria imediata.


Lewis Hamilton aposta no vermelho total em um look marcante, refletindo a identidade Ferrari e seu estilo singular (Foto: reprodução/Instagram/@paddockemenpauta)

O heptacampeão também destacou a parceria promissora com Charles Leclerc e espera que a boa relação entre os dois resulte em grandes performances na pista. Hamilton elogiou a maturidade do companheiro de equipe, comparando-a à sua própria experiência na mesma idade.

“Temos uma ótima relação, e o considero um piloto extremamente talentoso. Eu já dizia isso anos atrás, no Bahrein. Ele tem um futuro brilhante e, com apenas 27 anos, demonstra uma maturidade que talvez eu não tivesse na época.”, comentou Hamilton.

Ajudar a equipe

O britânico reforçou ainda que sua meta é ajudar a Ferrari a crescer e se tornar mais competitiva. Mesmo que conquiste outro título mundial, ele não se vê pronto para se despedir do esporte.

Para Hamilton, erguer um troféu com a Ferrari teria um significado especial, indo além de um oitavo título. Ele quer marcar seu nome na história da escuderia e encerrar a seca de 18 anos sem títulos, desde a conquista de Kimi Räikkönen em 2007.

“Não se trata apenas do oitavo título. Para mim, seria o primeiro Mundial com a Ferrari. Quero fazer história com esta equipe e buscar essa taça tão esperada.”, concluiu.

Os carros da temporada 2025 da Fórmula 1 terão sua primeira aparição oficial entre os dias 26 e 28 de fevereiro, durante os testes de pré-temporada no circuito de Sakhir, no Bahrein. O campeonato começa oficialmente no dia 16 de março, em Melbourne, na Austrália.

Verstappen percebe pressão de adversários e Red Bull liga o alerta

Com o triunfo no Grande Prêmio do Canadá, no último final de semana (09) , Max Verstappen ainda é o piloto que mais vezes subiu no pódio nesta temporada, com total de 6 vezes. Mesmo com a superioridade, ele reconhece que os adversários estão pressionando cada vez mais e chegando cada vez mais perto, por exemplo a Ferrari e a McLaren. Essas duas equipes vêm tirando a paz que a Red Bull tinha desde 2022, fazendo campeonatos tranquilos e ganhando quase todas as corridas.

Disputa cada vez mais acirrada

Desde de 2022, Max Verstappen obtém vitórias tranquilas nos Grandes Prêmios sem nenhuma equipe disputar diretamente com ele, porém este ano as coisas estão caminhando para serem diferentes. Apesar de começar a temporada com total dominância, nas últimas corridas o holandês tem enfrentado dificuldades. O tricampeão não ganhou em três GPs nesta temporada: na Austrália, ele não terminou a corrida, em Miami com Lando Norris ganhando sua primeira corrida e em Mônaco com Charles Leclerc em primeiro. Além disso, as duas últimas que ele ganhou foram de forma bem apertada e no detalhe em comparação com as outras.


Verstappen dentro do cockpit no GP do Canadá (Foto: Reprodução/Alessio Morgese/NurPhoto / Getty Images Embed)


Rivais chegando perto

Além da pressão em Verstappen, a Red Bull está ainda mais pressionada, pois o companheiro de equipe de Max, Sergio Perez, vem decepcionando com pontuações baixas ou não terminando a corrida, o que leva o holandês a carregar o campeonato de pilotos e de construtores. A sorte que a  RBR teve nesse GP do Canadá foi os dois carros da Ferrari terem de abandonar a prova, pois o mexicano também não terminou  a corrida, sobrando apenas o tricampeão na pista.


Pódio do GP de Miami (Foto: Reprodução/Eva Marie Uzcategui/Anadolu/ Getty Images Embed)


A Fórmula 1 volta daqui a duas semanas com o Grande Prêmio da Espanha.

Após 7 anos, Ferrari volta a vencer em Mônaco

 Neste domingo (26), aconteceu o GP de Mônaco, que ficou marcado pela vitória de Charles Leclerc, piloto da Ferrari que nasceu no principado. Essa foi sua primeira vitória em seu país natal. Antes do monegasco, o último piloto da escuderia que ganhou na pista mais charmosa da Fórmula 1 foi o alemão e tetracampeão Sebastian Vettel no ano de 2017. Com isso, o GP colocou fim a um jejum de 7 anos sem ganhar no circuito.

O ano para ser campeão


Vettel no pódio após vencer na Hungria (Foto: Reprodução/Arpad Kurucz/Anadolu Agency/Getty Images Embed)


Em 2017, tudo indicava que aquele ano seria da Ferrari. Sebastian Vettel estava na liderança do campeonato com apenas 8 pontos na frente do inglês Lewis Hamilton, da Mercedes. O Grande Prêmio de Mônaco era tido como essencial para a escuderia manter o piloto alemão como líder da Fórmula 1.

Naquele ano, a equipe italiana buscava o fim de um jejum de 16 anos sem ganhar no principado, tendo a última vitória em 2001 pelo alemão e 7 vezes campeão, Michael Schumacher.

Com os dois carros da Ferrari na linha de frente comandados por Vettel Raikkonen, Hamilton não seria um problema para o alemão, pois ele largou na 13ª colocação, o que tornava bem difícil chegar ao topo, devido a pista ser muito estreita.

No entanto, pesar de não vencer o GP, o piloto inglês da Mercedes foi o grande campeão da Fórmula 1 daquele ano, deixando os italianos mais uma vez frustrados.

Encostou no líder


Leclerc com troféu de primeiro lugar do GP de Mônaco (Foto: Reprodução/Stefanos Kyriazis/NurPhoto/Getty Images Embed)


 O Grande Prêmio de domingo fez com que a diferença entre o líder Max Verstappen para Charles Leclerc e Lando Norris, diminuíssem. Isto pois, o piloto da Ferrari ficou em primeiro, o inglês em quarto e o holandês terminou em 6º colocado nessa corrida.

O piloto da Red Bull acabou ficando para trás, devido ao fato de que o circuito é muito estreito. Isso acabou dificultando na execução das ultrapassagens.

A Fórmula 1 voltará daqui a duas semanas com o GP do Canadá, sendo a nona etapa do calendário da competição. 

Leclerc comenta sobre problemas com carro após GP do Bahrein

No último sábado (2), aconteceu a primeira corrida da temporada da Fórmula 1, com o Grande Prêmio do Bahrein, vencido pelo holandês Max Verstappen, seguido do mexicano Sergio Perez e do espanhol Carlos Sainz, que completaram o pódio. O monegasco Charles Leclerc, que largou em segundo lugar na corrida e acabou ficando de fora do pódio, comentou sobre o problema ocasionado durante o grande prêmio, que comprometeu o desempenho de seu carro. 

Problema no carro e queda para quinto

Segundo o piloto da Ferrari, o carro estava completamente desregulado devido a um problema no freio dianteiro direito: “Tive que mudar totalmente o equilíbrio do freio, a travagem do motor para tentar neutralizar o freio dianteiro direito, que não estava funcionando corretamente” comentou ele.

Os problemas do piloto começaram ainda na parte inicial da corrida, quando Leclerc largava em segundo, mas em menos de três voltas já estava sendo superado pelo piloto da Mercedes, George Russell, e pouco tempo depois, pelo companheiro de equipe, Carlos Sainz e do piloto da RBR, Sergio Perez. 

Ainda de acordo com Leclerc, o problema do freio dianteiro era tanto no começo da corrida, que piorava a cada volta, e que em determinado momento a diferença do aquecimento entre os freios dianteiros, direito e esquerdo, era de 100 graus. 

Ultrapassagem e quarto lugar

Da metade para a frente da corrida, o desempenho do carro parou de cair, dando uma certa estabilidade para o piloto. No entanto, o ferrarista só teve tempo de ultrapassar George Russell na 47ªvolta e abrir vantagem para que o britânico não conseguisse uma nova ultrapassagem.  


Disputa entre Leclerc e Russell na volta 3 e na volta 46 (Vídeo: reprodução/X/F1)


Leclerc completou seus questionamentos: “Considerando que o problema não melhorou durante o resto da corrida, começamos a ficar mais consistentes quando o problema já não estava piorando a cada volta, o que me ajudou”. 

Com o pódio do Sainz e o quarto lugar de Leclerc, a Ferrari ocupa o segundo lugar no campeonato, atrás apenas da Red Bull Racing e a frente da Mercedes, em terceiro lugar. A próxima etapa será na Arábia Saudita, em Jeddah, no próximo sábado, dia 9.

Matéria por Lucas Bacil (Lorena – R7)