Brasil retira corpo diplomático da Síria, após queda de Bashar al-Assad

Nesta segunda-feira (9), o ministério das relações exteriores do Brasil estaria agindo para poder retirar a equipe da embaixada que se localiza em Damasco, na Síria. Após a queda do ditador Bashar al-Assad, o Palácio do Planalto emitiu uma ordem para que se efetue a evacuação da equipe presente no país, visando proteger os servidores presentes no país a qual houve a situação relacionada a queda do governante do país.

Situação

Após ocorrer incidentes nas embaixadas de Cuba e Itália localizadas em Damasco, o Brasil resolveu retirar a equipe presente da sua embaixada na Síria. Num plano de retirada, utilizamos um trem para levar o pessoal que faz parte da equipe até o Líbano. A equipe do presidente Lula disse que a situação na Síria tem a tendência a piorar, pois apesar de Bashar al-Assad ter sido um ditador cruel no país, ainda assim ele tinha um pouco de referência no governo.


Um combatente arranca um cartaz representando o presidente Sírio Bachar Al-Assad(L)(Foto: reprodução/Omar Had Kadour/ Getty Images Embed)


Segurança

Apesar de decidirem efetuar o fechamento da embaixada do Brasil na Síria, ainda assim não se sabe se o prédio onde se localiza a embaixada estará seguro de fato. Aparentemente, parece que pode ocorrer uma anomia entre os grupos extremistas do local para poder tomar o controle das regiões, com isso não se sabe como será a segurança do local, pois pode se acentuar uma violência.

Brasileiros

Diplomatas informaram a imprensa, que não existe uma pretensão por hora, para haver uma repatriação dos brasileiros na Síria, mesmo tendo 3 mil pessoas que nasceram no Brasil vivendo lá, ainda não existe demanda suficiente de acordo com a diplomacia brasileira, para que se tenha o envio da força aérea.

A diplomacia brasileira esta esta sendo retirada da Síria e retornando ao Brasil.

Hezbollah e Irã vão pagar um total de 77 milhões de dólares a famílias afetadas pela guerra

O grupo libanês Hezbollah, pagou mais de 50 milhões de dólares a famílias afetadas pela guerra contra Israel. De acordo com o líder Naim Qassem em discurso gravado, o Irã ajuda a organização política a financiar o auxílio. 

Ele também disse que o programa contempla 233,500 famílias que se registraram para receber o pagamento. Ao fim, o auxílio, que varia entre 300 e 400 dólares por família (entre R$1815,21 e R$2420,28), totalizará o montante de 77 milhões de dólares utilizados pela organização.

Além disso, O grupo fará um pagamento único de 8000 dólares (R$48.405,61) àqueles que tiveram a moradia destruída pela guerra e 6000 dólares (R$36.304,21) por um ano de aluguel aos moradores da sede do governo libanês, Beirute, e áreas próximas. O Hezbollah auxiliará com 4000 dólares (R$24.202,80), os que estão se refugiando fora da capital enquanto esperam melhorias nas condições da cidade para voltar.

 O governo iraniano irá providenciar a maior parte desse dinheiro.

No dia 27 de novembro, Hezbollah e Israel firmaram um cessar-fogo mediado pelos Estados Unidos e França. Mas, os dois países continuam com ataques, mesmo depois do acordo.

Além dos países em guerra direta

As principais tensões no Oriente Médio dos últimos dois anos aconteceram na Faixa de Gaza, entre Israel e o grupo palestino Hamas, e no Líbano, em que o Hezbollah guerreia com o inimigo da . As duas guerras têm como característica o aporte financeiros e apoios militares de potências armamentistas. 

No caso de Israel, o apoio para continuar lutando vem dos Estados Unidos, que se esforça para manter o único aliado político na região. Já as organizações da Palestina e do Líbano são patrocinadas pelo Irã, que começou a desenvolver bombas nucleares em seu território.

Relação entre Hezbollah e Irã

Apesar de ser o principal fornecedor das armas utilizadas pelo Hezbollah na guerra, o Irã ainda não se envolveu diretamente com seus exércitos em defesa das áreas de risco libanesas.

Segundo a BBC News Brasil, isso tem preocupado alguns grupos conservadores, que pedem que o Irã, governado pelo presidente eleito em julho Masoud Pezeshkian, vingue os bombardeios sofridos pelo Líbano.


Presidente iraniano Masoud Pezeshkian (Foto:Reprodução/Michael M. Santiago/Getty Images Embed)


Ao ser eleito, Pezeshkian garantiu que estes ataques não ficariam sem resposta. Na prática, acabou optando por um governo mais conciliador e que evita os comentários extremos relacionados à aniquilação de Israel.

‘Bomba inteligente’: Descubra a arma utilizada por Israel para destruir um edifício em Beirute

O ataque aéreo aconteceu 40 minutos após Israel avisar os moradores para evacuarem dois edifícios na região. Uma análise detalhada feita por pesquisadores de armas independentes afirma que a arma era uma bomba guiada, conhecida como bomba inteligente. Momentos antes do ataque destruir o prédio, dois ataques menores foram registrados.

A inteligência por trás da bomba

Produzidos pela Rafael Advanced Defense Systems, de propriedade do governo israelense, os sistemas de orientação “Spice”, são fixados a uma bomba não guiada para direcionar a arma ao seu alvo. A Rafael Advanced Defense Systems afirma que essa especificidade os torna capazes de operar independente de adversidades climáticas, de iluminação, além de áreas bloqueadas por GPS, com “alta letalidade e baixo dano colateral” e “precisão de acerto certeira”. 

A empresa Rafael firmou, em 2019, uma parceria com a Lockheed Martin, uma contratada de defesa dos EUA, para construir uma colaboração na produção e venda de kits de orientação Spice nos Estados Unidos. Naquele período, foi divulgado que mais de 60% da produção do sistema Spice estava distribuída por oito estados norte-americanos.


Prédios destruídos na cidade de Beirute, Líbano (Foto: reprodução/Hans Neleman/Getty Images Embed)


Ruptura com os EUA


Os EUA suspenderam o envio dessas bombas poderosas para Israel por preocupações relacionadas a vítimas civis, embora se considere que Israel ainda possua estoques disponíveis.
A preocupação dos EUA em interromper os embarques de bombas poderosas para Israel está ligada ao risco de aumento de vítimas civis nos conflitos da região, especialmente considerando as tensões com o Líbano. Historicamente, as operações militares de Israel, tanto em Gaza quanto no Líbano, têm gerado preocupação internacional devido ao impacto sobre populações civis e à possibilidade de causar danos colaterais significativos em áreas densamente povoadas.

No caso do Líbano, onde o grupo Hezbollah, apoiado pelo Irã, é um ator importante, o uso de armamento pesado por Israel pode desencadear confrontos de larga escala.

Dessa forma, a decisão dos EUA reflete uma tentativa de moderar o uso de força por Israel para evitar uma escalada de violência na região e minimizar o impacto sobre civis, o que também busca manter um equilíbrio diplomático delicado no Oriente Médio.

Passados 5 dias, Israel reinicia os bombardeios na capital do Líbano

Militares israelenses afirmam ter acertado dezenas de alvos do grupo extremista no sul do país, além de um depósito de armas subterrâneo do Hezbollah em Beirute. Em outra frente da guerra contra o Hamas na Faixa de Gaza, forças militares israelenses mataram mais de 50 combatentes, entre eles um comandante de grupo.

Embaixadora americana na ONU afirma que os Estados Unidos estão observando as ações de Israel para se certificar que não se configure uma “política de fome”, visto que, segundo o chefe da agência da ONU que dá assistência aos palestinos, a fome poderia ser evitada com a liberação de comboios que carregam ajuda.


Prédios destruídos por bombardeios em Beirute, capital do Líbano (Foto: reprodução/
Hans Neleman/ Getty Images Embed)


Prefeito morre em ataque

Um ataque aéreo israelense contra o prédio municipal de Nabatieh matou o prefeito Ahmed Kahil. Nabatieh é uma importante cidade do sul do Líbano, que funciona como capital da província. O ataque aconteceu mesmo com o temor demonstrado pelos Estados Unidos, devido a multiplicação do número de mortos.

O primeiro-ministro do Líbano, Najib Mikati, condenou o ataque, sendo o mais significativo contra um edifício estatal libanês desde a última escalada dos combates, que começou há cerca de duas semanas, levantando preocupações sobre a segurança da infra-estrutura estatal do país. A governadora de Nabatieh, Howaida Turk, afirma que embora a maioria dos residentes de Nabatieh já tivesse deixado a área após pesados ​​​​ataques aéreos israelenses, o prefeito e outros funcionários municipais ficaram para trás para ajudar os que permaneceram.

“Eles atingiram civis, a Cruz Vermelha, a defesa civil. Agora eles têm como alvo um prédio do governo. É inaceitável. É um massacre”, ela disse.

ONU pede apuração sobre ataque israelense no norte do Líbano

O porta-voz Jeremy Laurence disse que o ataque, na aldeia de Aitou, levantou “preocupações reais” com respeito ao direito humanitário internacional. Cerca de 12 mulheres e 2 crianças estariam entre os mortos no bombardeio, que destruiu um prédio residencial. O ataque a edifícios residenciais sem aviso prévio trouxe questionamentos sobre as intenções reais por trás dos ataques. 

Ataques de Israel à missão de paz da ONU no Líbano geram indignação internacional

Os recentes ataques israelenses contra a missão de paz da ONU no Líbano, conhecidos como Unifil, provocaram uma onda de condenações internacionais. Pelo menos cinco soldados ficaram feridos na última semana, quando Israel bombardeou áreas sob controle da ONU, alegando que elas estavam sendo usadas pelo Hezbollah para atacar cidades israelenses. O primeiro-ministro de Israel, Binyamin Netanyahu, justificou os ataques afirmando que o grupo armado libanês utiliza as instalações da ONU como cobertura para suas operações.


Tropas israelenses no sul do Líbano próximo da fronteira (Foto: reprodução/Menahem KAHANA/AFP)

Em resposta, a União Europeia e países como Itália, França e Alemanha criticaram duramente a ação israelense, rejeitando as alegações de que as forças da ONU estariam obstruindo as operações militares contra o Hezbollah. O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da Alemanha, Sebastian Fischer, declarou que o bombardeio contra forças de paz “não é de forma alguma aceitável” e ressaltou que Israel deve direcionar suas operações contra alvos militares. Da mesma forma, em carta conjunta, os governos da Itália, Reino Unido, França e Alemanha exigiram que Israel e todas as partes envolvidas garantam a segurança das forças de paz da ONU.

ONU mantém tropas apesar de apelos

Apesar da escalada do conflito, o secretário-geral da ONU, António Guterres, confirmou que a Unifil continuará em suas posições no Líbano. Ele enfatizou que os ataques contra as forças de paz violam o direito internacional e podem ser considerados crimes de guerra. Guterres reforçou o compromisso da ONU com a missão de manutenção de paz, mesmo após apelos de Israel para que as forças da Unifil abandonem posições próximas à Linha Azul, a fronteira delimitada pela ONU entre Israel e Líbano.

Jean-Pierre Lacroix, chefe das forças de paz da ONU, reiterou que a decisão de manter as tropas foi confirmada por Guterres e que a Unifil continuará desempenhando seu papel, que inclui monitorar a fronteira e apoiar a implementação de uma resolução do Conselho de Segurança de 2006, que exige o desarmamento do Hezbollah e a presença do exército libanês no sul do país.

Conselho de Segurança expressa preocupação

O Conselho de Segurança da ONU também manifestou forte preocupação com a crescente violência na região. Em declaração oficial, o conselho reafirmou seu apoio ao papel da Unifil na segurança regional e pediu a todas as partes que respeitem a segurança das forças de paz e das instalações da ONU. Além disso, os membros expressaram preocupação com as vítimas civis e a destruição de infraestrutura, pedindo o respeito ao direito humanitário internacional e a proteção dos civis.

Conflito entre Israel e Hezbollah intensifica tensões com confronto direto no sul do Líbano

Soldados israelenses e militantes do Hezbollah se enfrentaram diretamente no sul do Líbano, no primeiro confronto desde o início da guerra na Faixa de Gaza. O combate ocorreu na madrugada desta terça-feira (1º), de acordo com o Exército de Israel, que confirmou a ação militar como parte de uma operação terrestre limitada contra bases do grupo extremista libanês.

Os ataques marcaram uma nova fase no conflito, após semanas de trocas de bombardeios entre Israel e o Hezbollah. As incursões terrestres foram acompanhadas por alertas do governo israelense para que civis libaneses na região deixassem suas casas. O porta-voz militar Avichay Adraee emitiu um comunicado direcionado a mais de 20 cidades do sul do Líbano, orientando a evacuação imediata para áreas seguras.

Combates intensos no sul do Líbano

Segundo informações do Exército de Israel, os combates ocorreram após incursões terrestres de suas forças em território libanês, na tentativa de neutralizar ameaças do Hezbollah. O porta-voz das Forças Armadas de Israel para o mundo árabe relatou “combates intensos”, com o Hezbollah utilizando áreas civis como escudo para lançar ataques contra os militares israelenses.

Em resposta, o grupo extremista lançou mísseis em direção a Tel Aviv, alegando que os alvos eram instalações do serviço de inteligência israelense, o Mossad. Além disso, a milícia Houthi, aliada do Hezbollah e financiada pelo Irã, afirmou ter disparado foguetes em apoio ao grupo.


Israel faz bombardeio em área no sul do Líbano (Foto: reprodução/AP Photo/Leo Correa)

Ataques aéreos e operação terrestre

A operação israelense, denominada “Setas do Norte”, inclui o uso de tropas terrestres e apoio aéreo, com ataques precisos a alvos do Hezbollah no sul do Líbano. O Exército de Israel justificou a ação como necessária para garantir a segurança dos residentes do norte do país, que haviam deixado suas casas devido aos constantes bombardeios do Hezbollah.

Até o momento, não foram confirmadas informações sobre vítimas ou danos significativos nos confrontos. No entanto, a Reuters relatou que um dos ataques israelenses atingiu um edifício usado como abrigo para refugiados palestinos. O alvo seria o comandante da Fatah, Mounir Maqdah, cujo paradeiro permanece desconhecido.

A escalada do conflito reflete o aumento da tensão na região, que já havia se intensificado após Israel ter matado o líder do Hezbollah, Hassan Nasrallah, em um ataque aéreo na sexta-feira (27). Autoridades de ambos os lados seguem em silêncio quanto aos resultados da operação, enquanto os Estados Unidos expressam apoio à ação israelense na fronteira com o Líbano.

O secretário de Defesa dos EUA, Lloyd Austin, afirmou que uma resolução diplomática é necessária para garantir a segurança dos civis israelenses no norte do país, mas destacou a importância da ofensiva militar para neutralizar a ameaça do Hezbollah.

Líder do Hamas no Líbano é morto em ataque aéreo

O Hamas anunciou, nesta segunda-feira (30), a morte de seu líder no Líbano, Fatah Sharif Abu al-Amine, em um ataque aéreo no país. De acordo com um comunicado do grupo palestino, a esposa e os dois filhos de al-Amine também morreram no bombardeio, que atingiu sua residência na zona rural de Al Bass, perto da cidade de Tiro, no sul do Líbano. A agência oficial de notícias libanesa, ANI, confirmou o ataque aéreo na área, localizado em um campo de refugiados palestinos.

Segundo o Hamas, o ataque foi classificado como um “assassinato terrorista e criminoso”. Até o momento, nenhum país ou organização reivindicou oficialmente a responsabilidade pelo bombardeio e não foram fornecidos mais detalhes sobre a autoria do ataque, embora o histórico do conflito sugira a possibilidade de envolvimento de forças israelenses.

Contexto do conflito

O ataque ocorre em um momento de crescente tensão entre Israel e grupos militantes no Líbano, incluindo o Hamas. Desde o início do conflito em Gaza, há quase um ano, Israel tem direcionado seus ataques a líderes do Hamas em território libanês. Esse tipo de ataque faz parte de um cenário mais amplo de confrontos, que frequentemente se intensificam com ataques aéreos e operações militares, especialmente quando figuras de liderança são alvos.

A morte de al-Amine acontece poucas horas após outro ataque, que vitimou três membros da Frente Popular para a Libertação da Palestina (FPLP), em Beirute, grupo secular de esquerda que também atua na resistência palestina.


Fatah Sharif Abu al-Amine, líder do grupo Hamas no Líbano (reprodução/gpsbrasilia)


Escalada de Ataques no Líbano

Esse acontecimento marca a primeira vez que o campo de refugiados de Al Bass, perto de Tiro, foi alvo direto de bombardeios. A escalada de violência na região preocupa analistas que veem o Líbano como um possível novo foco de confrontos entre Israel e facções palestinas, especialmente após o aumento das tensões em Gaza.

Vítimas da explosão de pagers no Líbano reportam momentos de aflição

O longo conflito entre o Hezbollah e Israel ganhou um novo capítulo. Na tarde desta terça-feira (17), a explosão coordenada de pagers, dispositivos usados para receber alertas e mensagens de texto, criou pânico em diferentes partes do Líbano. Agora, o número de fatalidades subiu para 12, dentre elas, uma criança de nove anos. Cerca de 2.750 pessoas saíram feridas, inundando hospitais e mobilizando voluntários para a doação de sangue. Segundo o Ministério da Saúde do país, 170 pessoas estão em estado grave e ao menos 500 pessoas perderam a visão.

Autoria do ataque

Membros do grupo terrorista Hezbollah e do governo libanês acusam Israel de ter cometido o ataque. O governo israelense ainda não se pronunciou sobre o ocorrido, mas fontes dentro do próprio país afirmam que as ordens vieram do premier Benjamin Netanyahu. O líder do Hezbollah, Hassan Nasrallah, escapou ileso, mas o embaixador do Irã, Mojtaba Amani, sofreu ferimentos leves. Explosões também foram reportadas na Síria, país onde o grupo também atua. Foram 14 feridos.

Desde o início da guerra em Gaza, os membros do Hezbollah intensificaram o uso de pagers a pedido do próprio Nasrallah, por serem mais difíceis de rastrear do que celulares. Porém, o dispositivo também é usado por diversos profissionais da área de saúde e de serviços de emergência. Alguns analistas acreditam que a causa da explosão quase que simultânea de ontem pode ter sido um malware que superaqueceu as baterias ou uma infiltração na linha de montagem do aparelho.

O Ministro da Saúde do Líbano, Firass Abiad, disse que as regiões mais atingidas das vítimas foram o abdômen, as mãos e o rosto, já que elas estavam usando os pagers ou guardando-os próximos ao corpo no momento da explosão. Relatos de testemunhas do ataque compararam a explosão dos pagers a tiros e vídeos do momento foram divulgados pela mídia.


Firass Abiad, ministro libanês, realizou uma coletiva de imprensa para falar sobre as explosões dos pagers e suas vítimas (Foto: Reprodução/Houssam Shbaro/Anadolu/Getty Images embed)


Nos subúrbios de Beirute, onde vários membros do Hezbollah estão alocados, várias explosões foram reportadas pelos moradores, que viram a fumaça saindo dos bolsos das pessoas, seguida de explosões similares a fogos de artifício. Mohammed Awada testemunhou o momento enquanto dirigia seu carro ao lado de uma das vítimas. “Meu filho ficou louco e começou a gritar quando viu a mão de um homem voando para longe dele”, disse Awada ao The New York Times.

O efeito da tragédia no país

O acontecimento deixou muitas pessoas de Beirute em estado de choque e confusão, tentando encontrar uma explicação para o que viram. O ataque despertou pânico e medo de até mesmo atender o celular quando tocava. O médico Abdulrahman al Bizri visitou hospitais em Sídon e viu como o sistema de saúde do país está sobrecarregado. Segundo ele, há falta de cirurgiões oftalmológicos para tratar as centenas de vítimas com ferimentos nos olhos.


Em meio à tragédia, os cidadãos libaneses foram doar sangue, a pedido do Ministro da Saúde (Foto: Reprodução/Houssam Shbaro/Anadolu/Getty Images embed)



Muitos dos feridos também sofreram amputações. Em entrevista à imprensa local, um membro da equipe médica de um hospital relatou que as pessoas perderam alguns dedos e em outros casos, todos os dedos da mão. “É muito delicado e algumas cenas são horríveis”, disse ele. Mais de 50 ambulâncias e 300 equipes médicas de emergência foram chamadas para ajudar as vítimas. O número de feridos chega a 3 mil, incluindo membros do Hezbollah e civis.

Brasileiro acusado de integrar grupo terrorista é condenado a prisão

O brasileiro Lucas Passos Lima, que enfrenta acusações de envolvimento com o grupo terrorista Hezbollah, recebeu uma sentença de mais de 16 anos de prisão pela Justiça de Minas Gerais por atividades relacionadas ao terrorismo. De acordo com informações fornecidas pelo Ministério Público Federal (MPF), Lucas teria sido recrutado para promover ataques direcionados à comunidade judaica localizada no Distrito Federal, o que demonstra a gravidade de suas ações e a ameaça representada por seu envolvimento em atividades extremistas.

Lucas Passos Lima foi preso em novembro de 2023 no Aeroporto de Guarulhos ao voltar do Líbano, durante a operação Trapiche da Polícia Federal, que visa desmantelar células terroristas no Brasil. Ele e outros três brasileiros foram recrutados por Mohamad Khir Abdulmajid, um sírio naturalizado brasileiro vinculado ao Hezbollah desde 2016. A operação também busca capturar Mohamad, que está foragido. Esse caso destaca a crescente preocupação com a influência do terrorismo no Brasil e a necessidade de vigilância das autoridades.

Atos terroristas

Entre novembro de 2022 e abril de 2023, Lucas Passos Lima se juntou à organização terrorista e participou ativamente de suas atividades. Após duas viagens ao Líbano, financiadas por Abdulmajid, ele iniciou ações preparatórias para atos terroristas direcionados à comunidade judaica, particularmente em Brasília (DF).

Lucas investigou sinagogas, cemitérios e embaixadas israelenses, coletando informações sobre líderes religiosos judeus e buscando rotas de saída do Brasil sem controle migratório. Ele tentou cooptar um piloto para missões de uma organização criminosa e tinha vídeos relevantes em seu celular exibidos no programa Fantástico. De acordo com o MPF, ele se envolveu em planejamentos relacionados ao conflito entre Israel e o Hamas, fez treinamentos de tiro e adquiriu equipamentos de espionagem não rastreáveis. Abdulmajid, embora denunciado, teve seu processo desmembrado por estar foragido e ser procurado pela Interpol.



Imagem de Lucas Passos e Jean Carlos de Souza, em audiência. (Reprodução\estadão.com.br\Justiça Federal)

Prisão

“Diante do acervo probatório constante dos autos, em especial as provas cautelares e não repetíveis, oriundas do afastamento do sigilo telefônico e telemático dos investigados, ficou comprovado que Lucas integrou organização terrorista”, afirmou a sentença.

A Justiça estabeleceu uma pena de 16 anos, seis meses e 22 dias de reclusão, fundamentada na Lei Antiterrorismo.

Embaixada do Brasil no Líbano pede que cidadãos brasileiros deixem o país

A embaixada do Brasil em Beirute aconselhou os brasileiros que vivem ou passam pelo país a considerar deixar o Líbano “apenas até que a normalidade volte”. O país vive tensões em suas regiões e abriga a maior comunidade brasileira no Oriente Médio, com cerca de 22 mil pessoas, segundo o Ministério de Relações Exteriores. Muitos possuem dupla cidadania.

Recomendações da Embaixada

Em nota publicada em seu site, a embaixada disse estar acompanhando a escalada das tensões e prestando as orientações necessárias à comunidade brasileira.

Aos brasileiros que consideram essencial a permanência no país, a embaixada aconselha evitar o sul do Líbano, principalmente zonas de fronteira, e áreas reconhecidas como “de risco”.

Ainda recomenda seguir as instruções de segurança das autoridades locais, aumentar as precauções em áreas de alto risco, não participar de reuniões e protestos e manter-se informado sobre a situação no país.


Brasileiros são aconselhados a deixar o Líbano (Reprodução/Instagram/@libano_brasil)

O aumento das tensões no Líbano

Muitos países estão recomendando seus cidadãos a deixarem o Líbano devido ao crescente aumento de tensões na região. Os Estados Unidos, por exemplo, alertam seus cidadãos para saírem “por qualquer passagem disponível”.

O Irã prometeu uma retaliação “severa” contra Israel após a morte do líder político do Hamas, Ismail Haniyeh, no Teerã. A morte de Haniyeh ocorreu poucas horas depois do Estado de Israel matar Fuad Shukr, comandante do Hezbollah, em Beirute.

As autoridades ocidentais temem que o Hezbollah, um grupo militante apoiado pelo Irã e com base no Líbano, possa aumentar a violência na região, podendo então desencadear uma resposta israelita significativa.

Até o momento, a violência está concentrada nas zonas de fronteira. O Hezbollah já prometeu retaliar e disparou foguetes contra o norte de Israel, enquanto Israel respondeu com ataques a alvos no sul do Líbano.

O Pentágono já está no processo de enviar navios de guerra e aviões de combate para proteger Israel de possíveis ataques do Irã e aliados. A Embaixada dos EUA em Beirute também aconselhou aqueles que optarem por permanecer no Líbano a prepararem planos de emergência e estarem preparados para refugiar-se por um período prolongado.