Israel intima Hezbollah com a possibilidade de “guerra total” no Líbano

Nesta terça-feira (18/06), o ministro de relações exteriores de Israel, Israel Katz, ameaçou o grupo Hezbollah dizendo que declararia uma guerra total ao Hezbollah no Líbano se for necessário. Nos últimos tempos, tem acontecido um aumento de tensão na fronteira com o Líbano, onde está localizado a sede do Hezbollah. Tendo uma troca de ataques de ambos nos últimos dias.

A declaração de Israel Katz ocorre após o Hezbollah ter publicado imagem que foram feitas com um drone na cidade portuária localizada no norte de Israel, Haifa. O movimento Hezbollah tem origem no Líbano e obtém fortes laços com o Irã.


Soldados israelenses durante ação (Foto: reprodução/ X/@IDF)

Atuação americana no conflito

A divulgação das imagens pelo Hezbollah acontece justamente quando acontece a visita de um enviado pelo presidente americano Joe Biden, Amos Hochstein, a Beirute com o objetivo de tentar diminuir as tensões na região.

O Hezbollah aumentou os seus ataques contra militares israelenses, isso acontece depois da morte de um comandante do Hezbollah durante um dos ataques israelenses.

Amos Hochstein esteve em reuniões com Nabih Berry, presidente do Parlamento do Líbano e no dia seguinte de reuniu como o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu em Jerusalém. Amos disse que o tema da reunião com Nabih Berry foi a situação politica e de segurança do Líbano e sobre um acordo sobre Gaza, que foi apresentado por Joe Biden.

Exército israelense está de prontidão

Israel já está preparado para caso as medidas diplomáticas fracassem. Os militares dizem que os planos operacionais para um eventual avanço, já estão validadas e aprovadas. O FDI se posicionou em comunicado dizendo que “os planos foram aprovados pelo comandante do Comando Norte e pelo chefe da Direção de Operações durante uma avaliação situacional conjunta para preparar a continuação do combate.”

O movimento Hezbollah que já disparou 5.000 foguetes contra o norte de Israel, e anteriormente o grupo se posicionou dizendo que só pararia os ataques contra Israel quando se encerrasse a guerra em Gaza.

Por outro lado, Israel conseguiu retirar mais de 60 mil pessoas que moravam na fronteira norte. Também tiveram que fugir de suas casas ao menos 60 mil libaneses.

Hezbollah lança dezenas de foguetes contra Israel

Em um novo capítulo de uma tensa saga na região do Oriente Médio, o grupo Hezbollah, do Líbano, anunciou nesta quinta-feira (16) ter lançado mais de 60 foguetes em direção a alvos no norte de Israel. O ataque foi descrito como uma retaliação aos ataques realizados pelo “inimigo israelense” na noite anterior na região de Bekaa, no Líbano.

O Hezbollah detalhou que os disparos foram direcionados contra a liderança da divisão Golan 210 das Forças de Defesa de Israel em Nafah, o quartel de defesa aérea em Keila, e a artilharia de apoio da região norte em Yoav. Enquanto isso, as Forças de Defesa de Israel relataram cerca de 40 lançamentos que foram identificados cruzando a fronteira do Líbano em direção às Colinas de Golã.


Hezbollah lança foguetes contra posições israelenses (Vídeo: Youtube/UOL)

Contra-ataque

Apesar da intensidade do ataque, as Forças de Defesa de Israel afirmaram que vários dos foguetes foram interceptados com sucesso por seu sistema de defesa aérea. Ao que tudo indica, nenhum ferimento foi relatado entre as tropas israelenses. Em resposta aos ataques, as Forças de Defesa de Israel lançaram contra-ataques, visando as fontes de fogo identificadas no território libanês.

Além dos ataques diretos, foram detectados cinco lançamentos de foguetes provenientes do território libanês em direção à área de Zarit, porém não causaram ferimentos. Os caças israelenses retaliaram atacando um dos postos militares de onde os foguetes foram disparados, enquanto as Forças de Defesa de Israel atingiram duas outras estruturas militares pertencentes ao Hezbollah.

O confronto atual eleva as tensões já existentes entre o Hezbollah e Israel, aumentando o temor de uma escalada mais ampla do conflito na região. A comunidade internacional observa com preocupação os recentes acontecimentos e apela por moderação mútuo, na esperança de evitar um cenário de maior violência e instabilidade no Oriente Médio.

Argentina ultrapassa países como Líbano e Venezuela e apresenta maior inflação do mundo

Segundo a agência de notícias Reuters, a Argentina agora lidera o ranking de maior inflação econômica do mundo. Além disso, no dia 11 de janeiro, o Instituto de Estatística e Censos local divulgou que a hiperinflação do país havia encerrado 2023 com uma porcentagem total de 211,4%.

Anteriormente, países como o Líbano e a Venezuela ocupavam as primeiras posições no ranking anual. Vale lembrar que a Argentina vem passado por uma crise econômica intensa e que está sendo planejada uma reestruturação pelo então presidente, Javier Milei.

Resultados das inflações dos demais países

Como citado anteriormente, Líbano e Venezuela eram países recorrentes nas listas das grandes inflações globais. De acordo com o banco Credit Libanais, o país do Oriente Médio apresentou em 2023 um IPC (Índice de Preços do Consumidor) de 192,3%, que representa 20 pontos percentuais a menos do que a Argentina atualmente. A libra libanesa, que está em uma desvalorização acentuada assim como o peso argentino, causa o aumento desenfreado nos preços dos produtos.  

Já a Venezuela, que possuía um nível de inflação considerado fora da curva da América Latina nos últimos tempos, terminou o ano com um percentual de 189,8%. Conforme dados do Banco Central Venezuelano, a desaceleração da inflação do país vem ocorrendo desde 2020. Salienta-se que naquele ano, em decorrência da pandemia acima de tudo, a inflação local registrou uma taxa de 2.959,8%.

Como está a situação econômica da Argentina atual


Com a alta inflação, o preço dos alimentos cresceram absurdamente (Foto: reprodução/ Agustin Marcarian/Reuters/G1)

O povo argentino enfrenta uma das piores crises desde a década de 90, que também se sucedeu decorrente de uma alta desvalorização da moeda local. Atualmente, o pequeno apreço do peso argentino ocasiona instabilidades nas taxas cambiais do país e um crescimento constante do preço dos alimentos e outros recursos utilizados pela população.

Ao assumir o poder em novembro do ano passado, o populista Javier Milei implementou um plano de política financeira intitulado “Plano Motosserra”, na qual apresenta emendas um tanto polêmicas e radicais a fim de uma melhora na economia. Entre estas medidas, é possível destacar mudanças como, volumosos cortes em gastos públicos, redução de ministérios e secretarias durante seu governo e privatizações de empresas estatais.