Trump afirma ter tido “uma conversa muito boa” com Lula sobre comércio e sanções

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou nesta terça-feira (2) que teve “uma conversa muito boa” com o presidente Lula, em uma ligação que durou cerca de 40 minutos. De acordo com o Palácio do Planalto, a conversa envolveu assuntos relacionados a comércio, sanções e retiradas das tarifas impostas por Trump ao Brasil.

Em novembro, a Casa Branca anunciou que 238 produtos brasileiros estavam excluídos da lista de tarifaço, incluindo café, frutas tropicais e carne bovina. Além de tratarem sobre as tarifas, os dois presidentes também conversaram sobre uma possível cooperação para o combate ao crime organizado.

Conversa entre Trump e Lula

Em conversa com jornalistas, Trump avaliou a conversa como “muito boa”, afirmando gostar de Lula. “Tivemos algumas boas reuniões, como você sabe, mas hoje tivemos uma conversa muito boa”, disse o presidente norte-americano. Aos jornalistas, Trump também afirmou terem tratado sobre sanções, que de acordo com ele, foi quem impôs as mesmas “relacionadas a certas coisas que aconteceram”.


Trump em coletiva com jornalistas nesta terça-feira (2) (Mídia: reprodução/X/@eixopolitico)


Após a coletiva com jornalistas, Trump fez um post em sua rede social, a Truth Social, acerca da conversa, reafirmando que a conversa foi produtiva e que discutiram sobre comércio, as sanções impostas a autoridades brasileiras e tarifas. Além disso, Trump também citou o diálogo sobre uma cooperação entre o Brasil e os EUA para o combate ao crime organizado.

No post, Trump também relembrou a reunião entre e Lula nas Nações Unidas, afirmando que o encontro “preparou o terreno para o diálogo e acordos muito bons no futuro”. O presidente norte-americano finalizou o texto dizendo estar ansioso para um reencontro e uma conversa em breve. “Muitas coisas boas virão dessa parceria recém-formada”, escreveu Trump.

Tarifas norte-americanas

Na conversa, os dois presidentes também trataram e reforçaram o assunto das tarifas. Em postagem no seu perfil na rede social X, o presidente Lula afirmou ter indicado a Trump que a decisão dos EUA de retirar a tarifa adicional de 40% a alguns produtos brasileiros foi “muito positiva”. Para Lula, ainda há também outros produtos que devem ser discutidos entre os países, com o Brasil procurando avançar com as negociações.


Postagem de Lula sobre ligação com Trump (Mídia: reprodução/X/@LulaOficial)


Mais cedo, Trump afirmou aos jornalistas que seu governo realizou uma “mágica” para o preço da carne bovina ter baixado nos EUA. Entretanto, o presidente norte-americano não citou o Brasil ou o presidente Lula. “Em relação à carne, nós fizemos uma mágica para ela começar a cair”, afirmou Trump. O Brasil é um dos principais exportadores de carne bovina para os EUA, que foi um dos produtos excluídos das tarifas em novembro.

No início da imposição das tarifas, 36% das exportações do Brasil estavam sujeitas às alíquotas adicionais. Segundo o governo brasileiro, 22% das exportações brasileiras aos Estados Unidos permanecem sujeitas a sobretaxa de 40%, após a retirada de mais de 200 produtos da lista de tarifas.

Lula recebe telefonema de Putin na manhã desta segunda-feira

O presidente russo Vladimir Putin telefonou para o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, na manhã desta segunda-feira (18), para compartilhar informações sobre sua recente reunião com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, realizada na última sexta-feira (15) em Anchorage, Alasca. A duração da ligação foi de aproximadamente 30 minutos e tratou dos esforços conjuntos para a paz na Ucrânia, com destaque para a participação do Brasil e da China no grupo de amigos da paz.

Reunião entre Putin e Trump: avanços e desafios

O encontro entre Putin e Trump teve como principal objetivo manter um diálogo sobre possíveis soluções para o conflito na Ucrânia, que já dura três anos. Após a reunião, Putin declarou que o encontro foi avaliado como positivo e reconheceu os esforços de paz envolvendo o Brasil. No entanto, fontes indicam que a Rússia propôs condições que incluem a cessão do território de Donetsk e Lugansk e a aceitação de garantias de segurança para a Rússia, sem um cessar-fogo imediato. Essas propostas geraram preocupações entre líderes europeus e ucranianos, que temem concessões territoriais que possam enfraquecer a soberania da Ucrânia.


Encontro de Donald Trump e Vladimir Putin em Anchorage, Alasca (Foto: reprodução/Andrew Harnik/Getty Images embed)


A posição do Brasil e os próximos passos

O presidente Lula agradeceu a ligação e expressou o desejo de uma resolução pacífica para o conflito. O Brasil, juntamente com a China, tem atuado como mediador, buscando uma solução que respeite a integridade territorial da Ucrânia e promova a estabilidade regional. Próximo passo será a reunião entre os presidentes Trump e Zelensky, marcada para hoje (18) em Washington, onde se espera discutir as propostas apresentadas e buscar um consenso que envolva todas as partes interessadas.

Expectativa pela paz

O telefonema entre Putin e Lula reflete o papel ativo do Brasil na busca por uma solução pacífica para o conflito na Ucrânia. Embora as negociações avancem, os desafios permanecem, especialmente em relação às propostas de concessões territoriais. A comunidade internacional observa atentamente os próximos passos, aguardando um acordo que garanta a paz duradoura e respeite a soberania dos países envolvidos.

Lula discute guerra na Ucrânia e economia global por ligação com Putin

Neste sábado (9), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva recebeu uma ligação do presidente da Rússia, Vladimir Putin. A conversa, que durou em torno de 40 minutos, girou em torno de assuntos internacionais, incluindo a guerra na Ucrânia, a situação econômica global e o trabalho conjunto no Brics.

Segundo informações do Palácio do Planalto, a ligação partiu de Putin. Durante o diálogo, Lula reforçou que o Brasil mantém a posição de buscar uma saída pacífica para o conflito, apostando no entendimento entre as partes envolvidas. Ele também lembrou que o país está disposto a ajudar, inclusive por meio do Grupo de Amigos da Paz, criado em parceria com a China para apoiar iniciativas de negociação.

Conflito na Ucrânia e novas tentativas de acordo

A guerra entre Rússia e Ucrânia, que já ultrapassa três anos, continua sendo um dos principais temas da diplomacia mundial. Lula e Putin já haviam tratado do assunto pessoalmente em maio, quando o presidente brasileiro esteve em Moscou.

Durante a ligação, Putin falou sobre os movimentos mais recentes nas tentativas de encerrar o conflito, mencionando que deve se reunir com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, na próxima semana, no Alasca. A expectativa é que discutam uma proposta russa envolvendo mudanças territoriais no leste da Ucrânia em troca do fim das hostilidades.


Lula e Putin em registro de 2010, anos antes das atuais discussões sobre guerra e economia (Foto: Reprodução/AFP/Getty Images Embed)


Lula, por sua vez, defende que o diálogo seja conduzido com apoio de outros países e organismos internacionais, como a ONU, para chegar a um cessar-fogo viável para todos os lados.

Brics e cooperação bilateral

Além da guerra, os dois presidentes falaram sobre a atuação conjunta no Brics, que reúne economias emergentes como Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul. Putin elogiou o Brasil pela organização da última cúpula do grupo, realizada em julho no Rio de Janeiro.

Também ficou acertado que a próxima reunião da Comissão de Alto Nível de Cooperação Brasil-Rússia deve ocorrer ainda este ano. A conversa ocorreu em meio a mudanças recentes na política comercial dos Estados Unidos, que aumentaram tarifas para produtos brasileiros, e a críticas de Trump ao papel do Brics no cenário econômico internacional.