Rafa Kalimann lamenta críticas e explica gasto de R$ 10 mil em livros

Nesta quarta-feira (30), a influenciadora Rafa Kalimann se pronunciou sobre a polêmica envolvendo a compra de livros para a nova casa onde vai morar com o noivo, o cantor Nattan, e a filha que esperam juntos. A repercussão começou após o artista contar, em tom de brincadeira, que a ex-BBB teria gastado cerca de R$ 10 mil em livros para compor a biblioteca do casal. A fala gerou uma onda de críticas nas redes sociais, com internautas acusando Rafa de futilidade.

Biblioteca, paixão e propósito

Diante da repercussão negativa, Rafa publicou um vídeo nas redes em que comenta o caso e expõe sua indignação com os comentários ofensivos. Segundo ela, a reação foi desproporcional e reflete uma tendência preocupante de julgamento raso nas redes sociais. “O caso foi apenas sobre uma compra de livros, mas os ataques mostram o quanto as pessoas estão dispostas a odiar sem entender o contexto”, afirmou.

No vídeo, a influenciadora mostra os espaços da nova casa onde pretende montar sua biblioteca pessoal, com livros de culinária, arte, moda e literatura. Ela afirma que o hábito da leitura sempre esteve presente em sua vida e que a compra não foi por vaidade, mas por prazer e valorização da cultura. “É algo que compartilho aqui há tempos. Tenho destaque no meu perfil com indicações de livros, trechos que gosto, e já recebi retorno positivo até de autores que tiveram suas obras esgotadas após minhas postagens”, explicou.

Rafa lamentou que o gosto pela leitura, algo que considera inspirador e positivo, tenha sido transformado em motivo de comentários negativos. “É um hábito que ajuda tantas pessoas e deveria ser incentivado. Por que isso virou motivo de matéria maldosa e comentários pesados?”, questionou.


Vídeo postado por Rafa Kalimann (Vídeo: reprodução/Instagram/@rafakalimann)


Incentivo à leitura e apoio do noivo

No encerramento do vídeo, a influenciadora incentivou seus seguidores a comprarem livros e visitarem livrarias. “Invistam em livros, nem que seja um. Literatura, arte, fotografia, o que for. Mas leiam”, declarou. Nos comentários, Nattan mostrou apoio à amada: “O mundo tá muito chato. Se eles soubessem o quanto você é inteligente, bondosa e gentil, não escreveriam metade do que dizem”.

Rafa também destacou o papel transformador da leitura em sua trajetória pessoal e profissional. Ela relembrou que muitos dos livros que leu a ajudaram a lidar com momentos difíceis, a expandir sua visão de mundo e até a se comunicar melhor com seu público. “A leitura me abre caminhos, me ensina, me inspira. É mais do que decoração, é parte de quem eu sou”, concluiu.

“O Menino Marrom”: livro de Ziraldo é retirado de escolas em MG após críticas

Nesta quarta-feira (19), a Secretária Municipal de Educação da cidade de Conselheiro Lafaiete em Minas Gerais anunciou que o livro “O Menino Marrom” de Ziraldo irá ser suspenso das escolas do município. A decisão foi tomada após diversos pais de alunos declararem que a obra era inadequada e agressiva para ser trabalhada com as crianças.

Pontos considerados polêmicos

O livro “O Menino Marrom” foi publicado em 1986 e conta a história de dois amigos, um negro e outro branco, chamados na obra respectivamente de menino marrom e cor-de-rosa. Juntos, os dois amigos tentam entender o significado das cores enquanto aprendem sobre amizade, respeito e diversidade. 

Os pais dos alunos questionaram e criticaram especificamente dois trechos do livro vistos como agressivos. O primeiro se trata de um pacto de sangue que acontece entre os dois meninos para selar sua amizade, um deles pega uma faca na cozinha para poderem furar seus pulsos e realizar o juramento misturando seus sangues. 

Mas os meninos logo desistem da ideia e preferem utilizar a tinta de uma caneta azul, assim eles carimbam um papel, selando sua amizade. Para os pais, isso pode influenciar os filhos a se cortarem ou fazerem outra atividade perigosa, mesmo que o enredo tenha terminado sem nenhum ferimento. 


Capa do livro “O Menino Marrom” (Foto: reprodução/Amazon/Editora Melhoramentos)

O segundo ponto criticado é de uma conversa que ocorre entre os dois protagonistas, em que o menino marrom fala para o cor-de-rosa que deseja que uma senhora seja atropelada. No contexto da obra, o menino ofereceu ajuda à velhinha e ela se recusa a aceitar o auxílio, ele então revela a vontade para o amigo, mas a ação não chega a acontecer por se tratar de um pensamento. 

Após isso, o narrador da história faz o seguinte questionamento para o leitor: “Como pode durar esse jogo de deus e de diabo em peito de menino?”, questionando a ação do protagonista. Esse trecho foi criticado, pois segundo os pais ele pode influenciar os leitores a praticarem a violência com qualquer pessoa, até mesmo idosos. 

Resposta da prefeitura

A prefeitura de Conselheiro Lafaiete soltou uma nota também na quarta-feira (19) criticando a decisão. Eles afirmam que a obra infantil é uma das primeiras a tratar de assuntos como preconceito, amizade e diversidade racial de forma sensível e de fácil entendimento. 


Nota da prefeitura da cidade (Foto: reprodução/Instagram/@prefeituralafaiete)


Eles seguem a nota alegando que o livro é um recurso valioso na educação e que ajuda no desenvolvimento de atitudes positivas e inclusivas na nova geração. A prefeitura lamenta a situação e encerra o comunicado afirmando que respeita a opinião dos pais e que a Secretaria trabalhará para fazer a melhor análise da situação. 

Nas redes sociais, o anúncio foi bem criticado por diversos moradores da cidade que afirmam que suspender uma obra literária de grande importância é um retrocesso na educação.