Londres dita o tom: tendências de street style que vão invadir o verão 2026

Quando as passarelas oficiais da London Fashion Week para a primavera-verão 2026 se encerraram, o que continuou ecoando pelas ruas foi o estilo dos espectadores – o street style. Já consagrado como laboratório de experimentação fashion, o apetite do público por ousadia e originalidade nas ruas deixou pistas valiosas do que veremos nos looks do próximo verão no Hemisfério Sul.

As principais editoras de moda apontam que, para o verão 2026, o street style londrino traz duas tensões simultâneas: o retorno da nostalgia (anos 90/2000, referências retrô) e a reinvenção de peças utilitárias e fora do óbvio.

Tendências que atravessam o verão

O street style londrino revelou que o próximo verão será marcado por ousadia e criatividade. Entre os destaques, as cores chamaram atenção pela intensidade: tons neon dividiram espaço com pastéis delicados, criando combinações inesperadas que abandonam a neutralidade. Essa explosão cromática, vibrante e festiva, promete encontrar terreno fértil no Brasil, onde vestidos leves, saias esvoaçantes e peças de beachwear já traduzem naturalmente o espírito tropical.

Outro ponto de destaque foi a alfaiataria desconstruída. Blazers alongados, cortes assimétricos e linhas fluidas dominaram as ruas de Londres, mostrando que a formalidade pode ceder espaço à liberdade estética. No Brasil, essa tendência deve chegar em versões mais leves, confeccionadas em tecidos como linho e algodão, mantendo a sofisticação sem abrir mão do conforto térmico necessário para enfrentar o calor.


Tendências street style de Londres (Reprodução/Hanna Lassen/Getty Imagens Embed)


A busca por novidades também se refletiu nos volumes e texturas. Mangas bufantes, ombros estruturados e tecidos tridimensionais trouxeram dramaticidade às produções londrinas. Por aqui, essas referências devem se traduzir em detalhes estratégicos, como tops volumosos combinados a shorts ou vestidos com recortes e aplicações de renda, que garantem movimento sem pesar no look.

Os acessórios, por sua vez, assumiram papel de protagonistas. Tiaras chamativas, bolsas em tamanhos mini e joias esculturais apareceram como pontos de cor e estilo capazes de transformar visuais básicos. Adaptados ao cotidiano brasileiro, esses elementos se tornam aliados acessíveis, permitindo que um brinco ousado ou uma bolsa vibrante sejam suficientes para atualizar a produção.


Tendências street style de Londres (Reprodução/Hanna Lassen/Getty Imagens Embed)


Do street style ao Brasil: adaptações que fazem sentido

Para aplicar essas tendências no verão brasileiro, algumas adaptações são bem-vindas:

  • Priorize tecidos leves e de respirabilidade (linho, viscose mista, algodão)
  • Use acessórios vibrantes (bolsas, brincos) para transformar looks neutros
  • Aposte em camadas leves (um colete leve sobre vestido ou camiseta)
  • Explore texturas de forma pontual — por exemplo, um top de renda ou recorte trabalhado
  • Combine peças utilitárias com elementos femininos para equilíbrio

Tendências street style de Londres (Reprodução/Hanna Lassen/Getty Imagens Embed)


O que observar nas vitrines daqui para a frente

À medida que as grandes marcas e editoras de moda absorvem o que circulou nas ruas de Londres, veremos algumas dessas tendências se refletirem em coleções high-street e fast fashion. Vale estar de olhos abertos para: cores ousadas invadindo linhas básicas, acessórios “statement” virando peça de transição (usável no dia a dia), itens utilitários sendo reinterpretados em cortes mais leves e urbanos e maquiagem gráfica e penteados com textura. 

Outra aposta forte é a releitura dos itens utilitários. Bolsos funcionais, recortes estratégicos e modelagens inspiradas no sportswear devem ganhar cortes mais leves e urbanos, dialogando com a rotina de quem precisa de praticidade sem abrir mão de estilo. Além disso, o impacto do street style se estende à beleza: maquiagem gráfica, com delineados geométricos e cores vibrantes, promete ser um dos pontos altos da estação, assim como penteados que exploram textura, tranças e acessórios capilares.

No Brasil, esse movimento deve se traduzir em produções que equilibram ousadia e conforto. A expectativa é que vitrines nacionais apostem em peças que possam transitar entre diferentes contextos: do trabalho a encontros sociais, sempre com um toque de frescor tropical. Dessa forma, as ruas de Londres não apenas ditam tendências globais, mas também inspiram novas formas de adaptação criativa ao clima, ao corpo e ao estilo de vida brasileiros.

Simone Rocha explora amadurecimento em coleção de verão 2026 na Semana de Moda de Londres

No último domingo (21), a estilista irlandesa Simone Rocha apresentou sua mais nova coleção de verão na Semana de Moda de Londres. Conhecida por misturar delicadeza e ousadia, Simone trouxe de volta elementos clássicos do seu trabalho, como tules, transparências, pérolas e laços, mostrando a passagem da inocência para a maturidade.

A apresentação trouxe ainda flores naturais aplicadas diretamente nas roupas e acessórios inusitados, como travesseiros carregados pelas modelos, reforçando sua estética de contrastes.

Referências e inspirações

A coleção foi inspirada na série Girls Pictures (1997–2002), da fotógrafa Justine Kurland, que retrata adolescentes em cenários rurais, livres da vigilância adulta e imersas em universos de descoberta. A estilista levou essa atmosfera para a passarela, trabalhando imagens que evocam tanto ingenuidade quanto desejo. A inspiração principal era de uma jovem experimentando roupas da mãe. Essa construção das peças levava desde paetês festivos a estampas florais delicadas.


Simone Rocha (Foto: reprodução/Mike Marsland/Getty Images Embed)


Celebrando 15 anos de sua marca, Simone revisitou códigos próprios, como saias de silhueta oitocentista, peças com aparência inacabada e volumes dramáticos. Desde 2023, Rocha também cria moda masculina, e algumas dessas peças apareceram no desfile, mostrando seu interesse por histórias que conversam com diferentes corpos e gêneros.

Estética e materiais

Entre as peças, apareceram capas de plástico transparente, casacos de vinil e vestidos de seda e tule, misturando materiais modernos com tecidos clássicos. Essa combinação trouxe um equilíbrio entre tradição e inovação, mantendo o lado romântico da grife, mas de um jeito mais experimental que nas temporadas anteriores


Alguns dos looks do desfile (Fotos: Reprodução/Simon Ackerman/Getty Images Embed)


Na cartela de cores, tons suaves como rosa, creme e branco foram justapostos a preto, vermelho e prateado, destacando a mescla entre suavidade e intensidade. Flores, símbolo recorrente na obra da estilista, apareceram em diferentes formas: tridimensionais, digitais e até usadas in natura, presas a bolsos e casacos. Com esse recurso, Simone reforçou sua habilidade de transformar símbolos românticos em narrativas contemporâneas e carregadas de poesia.

London Fashion Week: Harris Reed estreia com desfile inspirado em pássaros

Harris Reed abriu a Semana de Moda de Londres com The Aviary, uma coleção teatral que combina alta-costura, inspiração aviária e uma estética cinematográfica carregada de simbolismo.

Londres recebeu sua temporada de moda com um espetáculo assinado pelo estilista. Na noite de abertura da London Fashion Week, na última quinta-feira (18), Reed apresentou The Aviary, coleção primavera/verão 2026, transformando o histórico St. Pancras em um palco gótico de alta-costura performática. Entre vestidos esculturais, saltos vertiginosos e maquiagem cinematográfica, o designer reafirmou sua marca registrada: transformar o desfile em uma verdadeira performance.

Beleza inspirada no cinema noir

A maquiagem, assinada por Sofia Tilbury, trouxe uma atmosfera de cinema noir, combinando traços gráficos e pele radiante, evidenciando a dualidade proposta por Reed entre arquitetura e organicidade. Olhos delineados em preto intenso, cílios volumosos e sobrancelhas suavizadas com glitter dourado criaram uma estética “bird-like”, em sintonia com a inspiração aviária da coleção.

O destaque ficou por conta dos lábios, contornados com o clássico Pillow Talk e finalizados com gloss volumoso, criando um contraste entre delicadeza e drama. O toque gótico e rock and roll reforçou a teatralidade das peças, que exploravam volumes que desafiavam proporções tradicionais e valorizavam a dramaticidade das formas.



Cabelos e unhas ampliam a narrativa

Nos cabelos, Ali Pirzadeh apostou em uma base elegante, com mechas soltas que emolduravam o rosto e coques propositalmente bagunçados, criando movimento semelhante às penas presentes nas roupas. Nas unhas, a manicure Simone Cummings apresentou três propostas distintas: borda preta, degradê em azul intenso e rosa-claro com listra central preta, reforçando o clima de encenação visual da coleção.

O clímax da noite foi o vestido-gaiola que encerrou o desfile, um manifesto artístico que posiciona Harris Reed como um dos nomes mais performáticos e experimentais da moda contemporânea. Mais do que roupas, The Aviary mostrou como a moda pode ser espetáculo e identidade.

Matéria do portal LorenaR7 por Victória Andrade

Premier League: Tottenham vence o West Ham no clássico londrino

O Tottenham mostrou força e eficiência para se recuperar na Premier League. Neste sábado (13), os Spurs venceram o West Ham por 3 a 0, no Estádio Olímpico de Londres, em confronto válido pela quarta rodada do campeonato. O triunfo, marcado pela intensidade ofensiva e pela superioridade no jogo aéreo, recolocou a equipe de Londres na parte de cima da tabela.

Com a vitória, o Tottenham chegou aos nove pontos e ocupa, de forma provisória, a segunda posição da liga inglesa, atrás apenas do líder. Já o West Ham, que começou a temporada de forma instável, voltou à zona de rebaixamento, na 18ª colocação, com apenas três pontos somados.

Primeiro tempo equilibrado, mas com domínio dos Spurs

O clássico londrino começou com muita disputa física no meio de campo e poucas chances claras de gol. O West Ham, empurrado pela torcida, quase abriu o placar logo aos 15 minutos. Lucas Paquetá recebeu pela esquerda, limpou a marcação e arriscou chute rasteiro, que passou rente à trave defendida por Vicario.

A resposta do Tottenham veio em seguida. Após cobrança de escanteio, Cuti Romero apareceu bem na área e completou para o gol. A comemoração, no entanto, foi interrompida pelo árbitro de vídeo, que apontou falta de Micky van de Ven no lance. O gol foi anulado, e o placar permaneceu zerado.

Mesmo com a frustração, os Spurs assumiram o controle do jogo e passaram a dominar as ações ofensivas. Xavi Simons e João Palhinha comandavam o meio-campo, mas a equipe visitante esbarrou na forte marcação do West Ham e não conseguiu transformar a superioridade em gols antes do intervalo.


Spurs vence o primeiro clássico da temporada (Vídeo: reprodução/YouTube/ESPN)

Expulsão muda o rumo do jogo e Tottenham define a vitória

Se o primeiro tempo terminou sem gols, a etapa final foi completamente diferente. Logo aos três minutos, Xavi Simons cobrou escanteio preciso, e Pape Matar Sarr apareceu livre na segunda trave para abrir o placar de cabeça, sem dar chances ao goleiro Hermansen.

A situação do West Ham ficou ainda mais complicada pouco depois. Tomás Soucek, em entrada dura sobre João Palhinha, recebeu cartão vermelho direto e deixou os Hammers com um jogador a menos. Com a vantagem numérica, o Tottenham aumentou a pressão e passou a explorar ainda mais os cruzamentos na área.

O segundo gol saiu aos 18 minutos, novamente pelo alto. Cuti Romero cruzou pela direita, e o jovem Lucas Bergvall subiu mais que a defesa adversária para ampliar o placar de cabeça. A desvantagem no marcador e a inferioridade numérica pesaram para o West Ham, que não conseguiu reagir.

Aos 25 minutos, os Spurs praticamente decretaram a vitória. Bergvall iniciou jogada individual pela esquerda, avançou até a área e tocou para Micky van de Ven, que finalizou cruzado para marcar o terceiro. Diante do placar elástico, muitos torcedores dos Hammers começaram a deixar o estádio antes mesmo do apito final.

Nos minutos restantes, o Tottenham administrou o resultado, manteve a posse de bola e evitou riscos defensivos. O 3 a 0 consolidou a terceira vitória da equipe em quatro jogos na Premier League, sinalizando um bom momento antes do início da campanha europeia.

Próximos compromissos

O West Ham tentará se recuperar na competição diante da sua torcida. O próximo desafio será contra o Crystal Palace, também no Estádio Olímpico de Londres, no sábado (20), às 11h (de Brasília). O confronto é direto para os Hammers se afastarem da zona de rebaixamento.

Já o Tottenham volta a campo antes, na terça-feira (16), em uma competição diferente. Os Spurs estreiam na Champions League contra o Villarreal, no Tottenham Hotspur Stadium, às 16h (de Brasília). A expectativa é de casa cheia para apoiar a equipe, que busca iniciar bem sua trajetória continental.

Premier League: Tottenham encarou o Burley e garantiu três pontos

O Tottenham Hotspur começou a temporada 2025/26 da Premier League de forma convincente. No sábado (16), diante de mais de 62 mil torcedores no Tottenham Hotspur Stadium, em Londres, os Spurs venceram o recém-promovido Burnley por 3 a 0. O grande destaque foi Richarlison, autor de dois gols, incluindo um voleio espetacular, que fez a torcida vibrar em clima de estreia oficial do novo técnico, Thomas Frank.

Além de somar três pontos, o resultado trouxe alívio imediato após a frustração da derrota para o Paris Saint-Germain nos pênaltis, na Supercopa da UEFA, dias antes. Dessa forma, o time londrino mostrou que, apesar das mudanças no elenco, segue competitivo e disposto a brigar na parte de cima da tabela.

Richarlison assume protagonismo no ataque

O atacante brasileiro foi, sem dúvida, o nome do jogo. Logo aos 9 minutos do primeiro tempo, ele aproveitou um cruzamento de Mohammed Kudus e, com oportunismo, abriu o placar. Em seguida, já no segundo tempo, aos 14 minutos, recebeu novo passe de Kudus e acertou um voleio de rara felicidade, ampliando a vantagem e levantando a torcida. Pouco depois, deixou o gramado com um incômodo na perna, mas sua atuação já havia garantido o protagonismo.

Posteriormente, Brennan Johnson fechou a conta aos 20 minutos da etapa final, em rápido contra-ataque, decretando o 3 a 0.

A performance de Richarlison representa mais do que gols: simboliza uma nova fase em sua trajetória. Nos últimos anos, o brasileiro viveu altos e baixos, porém agora parece disposto a se firmar como referência no ataque dos Spurs. Além disso, a saída de Son Heung-min para o futebol norte-americano abriu espaço para que ele assuma maior responsabilidade.

Sob o comando de Thomas Frank, ex-Brentford, o Tottenham adota um estilo mais agressivo e direto. Assim, a velocidade de Kudus e Johnson passou a ser explorada com mais intensidade, criando condições ideais para que Richarlison brilhe.


Richarlison marcou dois gols na estreia do Tottenham (Vídeo: reprodução/X/SportCenter Brasil)

Estreia sólida de Thomas Frank

O jogo também marcou a primeira partida oficial de Thomas Frank no banco de reservas do Tottenham. O dinamarquês assumiu o posto após a saída de Ange Postecoglou e já mostrou traços de sua filosofia. A equipe teve posse de bola superior (58,3% contra 41,7%), criou mais chances de perigo e mostrou intensidade durante os 90 minutos.

Apesar das ausências de jogadores importantes como James Maddison (lesionado) e Yves Bissouma (suspenso), além de Kulusevski e Udogie, o time se impôs. Os reforços Mohammed Kudus, ex-West Ham, e João Palhinha, emprestado pelo Bayern de Munique, foram bem recebidos e deram sinais de que podem ser peças-chave na temporada.

Mudanças na temporada 2025/26 dos Spurs:

  • Novo técnico: Thomas Frank substitui Ange Postecoglou.
  • Reforços: Kudus e Palhinha.
  • Saída: Son Heung-min ruma aos Estados Unidos.
  • Desfalques na estreia: Maddison, Kulusevski e Udogie.

Frank ainda promoveu alterações pontuais na etapa final, lançando Rodrigo Bentancur e Dominic Solanke, que ajudaram a manter o equilíbrio da equipe até o apito final.

Burnley sente a diferença

Do outro lado, o Burnley estreou na Premier League sob o comando de Scott Parker. O time, que chegou embalado pela promoção após boa campanha na Championship, mostrou limitações diante da força do Tottenham.

Com reforços como Kyle Walker, ex-Manchester City, e Lesley Ugochukwu, emprestado pelo Chelsea, a equipe tentou se fechar na defesa e explorar contra-ataques. Porém, erros na saída de bola e baixa precisão nas finalizações comprometeram o desempenho.

Foram apenas 2 chutes no alvo em 9 tentativas. Lyle Foster, referência no ataque, chegou a criar boas oportunidades, mas foi flagrado duas vezes em posição de impedimento. Já Jaidon Anthony tentou puxar a ofensiva pelos lados, sem sucesso diante da marcação dos Spurs.

O goleiro Guglielmo Vicario, pouco exigido, fez defesas seguras e garantiu a meta intacta. A derrota, embora esperada contra um adversário mais qualificado, reforça os desafios que o Burnley terá para se manter na elite. A pré-temporada já havia indicado dificuldades, com apenas uma vitória em cinco amistosos.


Os Spurs estreiaram muito bem na nova temporada da Premier League (Vídeo: reprodução/YouTube/ESPN)

O que vem pela frente

Para o Tottenham, a vitória representa confiança em um momento de transição. Assim, a equipe entra na próxima rodada da Premier League embalada e com a expectativa de dar sequência ao bom início. Thomas Frank e Richarlison já mostraram que podem formar uma parceria de sucesso, unindo ideias táticas e liderança em campo.

Já o Burnley terá de reagir rapidamente. A permanência na Premier League dependerá de ajustes táticos e maior eficiência ofensiva, pontos que ficaram expostos na estreia. Caso não encontre soluções, a luta contra o rebaixamento pode se tornar realidade ainda no primeiro turno. Portanto, o recado do Tottenham foi claro: mesmo em meio a mudanças estruturais, os Spurs querem competir em alto nível. E Richarlison, com sua atuação inspirada, deu o primeiro passo para transformar essa ambição em realidade.

Mostra inédita em Londres expõe looks de Elizabeth II

Durante a comemoração ao centenário da falecida monarca, a coroa britânica irá promover a maior exposição já feita sobre os looks e objetos pessoais da rainha. Peças usadas desde o seu nascimento, até o fim de seu reinado, estarão expostas entre março e setembro de 2026, na Galeria do Rei, localizada no Palácio de Buckingham.

A exposição

Com mais de 200 peças expostas, a curadoria do evento espera mostrar ao público o quão pessoal era o estilo da rainha mais longeva da Inglaterra, que se envolvia pessoalmente na criação de seus looks. 

Ela era conhecida por seu ótimo gosto para moda: Desde os tempos de princesa, quando usava vestidos mais florais, até os looks mais sóbrios após a coroação, o guarda-roupa da rainha era cheio de estilistas britânicos, como Norman Hartnell, responsável pelo vestido de casamento da monarca, em 1947.


Rainha Elizabeth II durante a infância com vestido longo (Foto: reprodução/Keystone/Getty Imagens embed)


Também poderão ser vistos esboços inéditos, tecidos e cartas que revelam todo o processo para vestir a rainha, que usava a moda como uma forma de se conectar com seu público, e de forma mais diplomática, durante visitas de Estado.

Relembre a monarca

Nascida Elizabeth Alexandra Mary em 21 de abril de 1926, inicialmente não era esperado que ela subisse ao trono. Porém, após a renúncia de seu tio, que era o atual governante, Elizabeth entrou na linha de sucessão logo após seu pai. 

Durante a Segunda Guerra Mundial (1939-1945), Elizabeth desempenhou um importante papel como motorista e mecânica no Serviço Territorial Auxiliar. Isso serviu para aproximar o povo ainda mais da futura soberana.

Já em 1947, ela se casou com o Príncipe da Dinamarca e Grécia, Philip, com quem teve 4 filhos, sendo o mais velho o atual Rei Charles III.

Ela subiu ao trono em 1952, aos 25 anos, e ao longo de seu reinado presenciou muitas mudanças no cenário global, como o fim do império britânico e o início da Commonwealth, a entrada e saída do Reino Unido da União Europeia, entre outros. 

Em 2022, após 70 anos de reinado, a Rainha Elizabeth II faleceu aos 96 anos em seu castelo, localizado em Balmoral, na Escócia.

Versace em Londres: exposição celebra o legado do icônico estilista italiano

Quem estiver em Londres nos próximos meses terá a oportunidade de mergulhar na genialidade de Gianni Versace. Até 1º de Março a Arches London Bridge estará com a mostra de mais de 450 peças usadas por grandes ícones da moda nos anos 80 e 90, como Naomi Campbell, Kate Moss, Elton John e a eterna princesa Diana. Essa é a maior exposição dedicada ao estilista italiano no Reino Unido e os ingressos já estão disponíveis no site oficial do evento.

Legado na moda

A exposição celebra a influência de Versace na cultura visual e no empoderamento feminino, além de reviver os desfiles históricos da marca. Muitas das peças foram usadas por grandes nomes dos 80 e 90 em capas de revista e tapetes vermelhos, como o tailleur rosa-claro que Lady Di usou em sua primeira aparição pública após o divórcio com o príncipe Charles.


Diana usando Versace em 1996 (Foto: reprodução/ Tim Graham/ Getty Imagens Embed)


Multifacetado, profundo e ainda muito presente é o legado que Gianni Versace deixou no mundo da moda, ele criou um estilo marcante e ousado, que desafiava padrões e celebrava o corpo com sensualidade, usava estampas vibrantes, cortes justos, tecidos metálicos e ornamentos como alfinetes dourados, que até hoje é uma das marcas registradas da grife.

Ele introduziu uma moda de luxo que era ao mesmo tempo provocadora e glamurosa, sua visão era que a moda é uma forma de expressão poderosa, libertadora e ousada. Versace não apenas vestiu corpos, ele vestiu atitudes. 

História da grife italiana

Gianni Versace fundou a grife em 1978 em Milão Itália, com o apoio de seus irmãos Donatella e Santo, a primeira coleção feminina teve sua estréia no Museu de Arte Contemporânea de Milão, algo que rapidamente chamou a atenção da mídia e da elite da moda. O estilo ousado, sensual e colorido de Versace, combinava luxo e provocação como ninguém, com muita inspiração na cultura grego-romana (inclusive a logo da marca é a cabeça de Medusa), o estilista tinha olhar para moda que celebrava o corpo e a atitude.


Nicki Minaj usando Versace para o Grammy 2012 (Foto: Reprodução/ Jon Kopaloff/ Getty Imagens Embed)


Nos anos 1980, a marca teve sua expansão com linhas masculinas, acessórios, perfumes, alta-costura e até decoração. Já nos anos 90, a marca se consolidou no topo do mundo da moda internacional, com presença constante em tapetes vermelhos e capas de revista, Versace foi pioneiro em unir moda e celebridades, além de lançar as supermodelos como Naomi Campbell, Cindy Crawford e Claudia Schiffer. Seus desfiles eram verdadeiros shows que revolucionaram o mundo da moda, o estilista parecia antecipar o que hoje chamamos de cultura fashion-pop 

Mas apesar de toda fama e reconhecimento que Gianni Versace ganhou, aos 50 anos, ele foi assassinado na frente de sua mansão em Miami, sua morte chocou o mundo da moda e após isso para não deixar o legado de Versace morrer junto com ele, sua irmã Donatella, assumiu a direção criativa da grife. 

Donatella conseguiu manter a estética ousada de Gianni, apesar da grife ter sofridos altos e baixos ao longo dos anos 2000, ela conseguiu se reinventar e trazer a marca ao topo novamente, até que em 2018, foi vendida ao grupo norte-americano capri-Holdings, por cerca de U$ 2,1 Bilhões de dólares, Donatella continuou como diretora criativa da marca até se aposentar oficialmente em 13 de março de 2025, assumindo agora apenas funções filantrópicas e representativas. 

Seja como for, o legado de Gianni Versace ultrapassa o tempo, tornando-se  símbolo de uma moda que não pede desculpas por brilhar, que celebrou a individualidade, a ousadia, e o corpo em todas as suas formas. 

Schiaparelli ganha exposição inédita em Londres com mais de 200 peças icônicas

O Museu Victoria & Albert, em Londres, prepara em março de 2026 a primeira exposição inteiramente dedicada à icônica maison Schiaparelli no Reino Unido: “Schiaparelli: Fashion Becomes Art”. Com mais de 200 peças, entre roupas, acessórios, joias, perfumes, móveis, esculturas e obras de arquivo, a mostra celebra não apenas o legado da estilista Elsa Schiaparelli, mas também seu diálogo contínuo com grandes nomes da arte moderna. A curadoria destaca colaborações históricas com Salvador Dalí, Jean Cocteau e Man Ray, além de ícones como o vestido Skeleton e o chapéu-sapato.

Pela primeira vez, a filial londrina da maison, ativa nos anos 1930, ganha atenção especial, reforçando a relevância global e cultural da marca. A mostra se propõe a traçar a trajetória de Elsa, desde o período entre guerras até sua influência duradoura na moda contemporânea, incluindo a visão escultórica do atual diretor criativo, Daniel Roseberry.

Schiaparelli: moda que vira arte

A exposição é estruturada para colocar lado a lado peças de vestuário e objetos artísticos, evidenciando a relação intrínseca entre moda e vanguarda, característica marcante do trabalho de Schiaparelli. Expectativas incluem a presença do vestido Skeleton (1938) e do célebre chapéu-sapato, além de exemplares raros provenientes de Paris, Londres e Nova York. Esse diálogo com o surrealismo, hoje referência no design de moda, também reflete a estética editorial da marca, ressaltada pelas influências artísticas e a estética irreverente que desafia limites.


Designer italiana Elsa Schiaparelli em 1936. (Foto: reprodução/Sasha/Getty Images Embed)


Cardi B na semana de moda em Paris de 2025 vestindo Schiaparelli. (Foto: reprodução/Stephane Cardinale – Corbis/Getty Images Embed)


Filial londrina em destaque

Pela primeira vez, a sucursal criada em Londres nos anos 1930 será revisitada em detalhes na curadoria com fotos, documentos e criações oriundas desse núcleo pioneiro. Trata-se de um olhar aprofundado sobre a estratégia internacional da maison, pouco explorada em retrospectivas anteriores. O foco nessa unidade historiciza as ações comerciais da marca, evidenciando como Elsa buscava expansão e conexões culturais nos principais centros artísticos do mundo.

A curadora chefe do museu ressalta que a mostra “celebra sua influência duradoura por meio de colaborações icônicas com mestres do século XX e uma fusão pioneira de criatividade e comércio”. A presença do acervo de Daniel Roseberry estabelece um diálogo temporal entre passado e presente, mostrando como o surrealismo original renasce nas criações contemporâneas.

“Schiaparelli: Fashion Becomes Art” propõe uma reflexão sobre a moda como forma de expressão artística plena, convidando o público a compreender a moda como arte viva, capaz de dialogar com pintura, escultura, fotografia e design. Da ousadia irreverente dos anos 1930 às drásticas criações atuais, a exposição reafirma Elsa Schiaparelli como figura visionária e Daniel Roseberry como seu elo contemporâneo, mantendo a maison no centro do debate criativo global.

Por fim, a mostra oferece uma oportunidade única de revisitar a obra de uma das estilistas mais influentes de todos os tempos, enquanto expõe ao público a contínua provocação estética da Schiaparelli, sempre pronta a transformar o imaginário.

Beyoncé encerra turnê em Londres e agradece Paul McCartney pela música“Blackbird”

Após encerrar a emocionante temporada de shows da turnê “Cowboy Carter and the Rodeo Chitlin’ Circuit” em Londres, Inglaterra, Beyoncé surpreendeu os fãs com um gesto poderoso e simbólico: um agradecimento público a Paul McCartney pela canção “Blackbird”, dos Beatles, composta em 1968 durante um dos momentos mais intensos da luta pelos direitos civis nos Estados Unidos

Faixa é inspirada pela luta de igualdade racial

Em uma publicação no Instagram, a artista exaltou a canção:

Obrigada, Sir Paul McCartney, por escrever uma das melhores canções já feitas. Cada vez que canto, sinto-me tão honrada”, declarou a cantora.

A mensagem tocou milhares de seguidores e reacendeu o debate sobre a força da música como ferramenta de transformação social.

A faixa “Blackbird”, que Beyoncé regravou em seu novo álbum Cowboy Carter, foi originalmente inspirada nas mulheres negras norte-americanas que lutavam por igualdade racial. Ao revisitá-la mais de meio século depois, Beyoncé não apenas presta homenagem ao legado histórico da canção, mas a reconecta ao presente, trazendo-a de volta ao centro das discussões sobre representatividade e justiça social.


Cantora postou homenagem à Paul McCartney em seu Instagram (reprodução/instagram/@beyonce)


Diva pop usou figurino da filha de McCartney

O momento tornou-se ainda mais simbólico quando a cantora revelou que o figurino usado na performance foi assinado por Stella McCartney, filha de Paul. “É um momento muito especial”, afirmou a artista, unindo gerações em torno de uma mesma causa.

Em 2024, Paul McCartney já havia elogiado publicamente a reinterpretação da faixa. Segundo ele, Beyoncé entregou uma versão “magnífica”, capaz de manter viva a mensagem original. “Qualquer impacto que essa colaboração tenha contra o racismo já é motivo de orgulho!”, declarou o ex-Beatle, celebrando a nova vida da canção através da voz de uma das maiores artistas da atualidade.


Beyoncé durante o show de encerramento da turnê londrina (reprodução/instagram/@beyonce)


Encontro entre passado e presente

O encontro artístico entre Beyoncé e McCartney vai além da música: é um diálogo entre passado e presente, entre arte e ativismo. E, para muitos fãs e críticos, representa um respiro de esperança em tempos de tantos desafios sociais.

Em meio a aplausos, luzes e aplausos, Blackbird voa novamente — agora nas asas de Beyoncé, que com talento e consciência, reforça a força eterna da arte em tempos de luta.

Desastre na Índia: avião cai sobre prédio logo após decolagem causando 133 mortes

Na tarde de quinta-feira (12/6), aproximadamente 13h42 (horário local), e 5h12 (horário de Brasília), o boeing 787-8 Dreamliner A171, pertencente à empresa Air India, logo após decolar, acabou caindo sobre um prédio próximo ao aeroporto de Ahmedabad, oeste da Índia. Apesar do chamado de emergência “Mayday”, as causas do desastre ainda são desconhecidas. Voo seguia para o aeroporto de Gatwick, há 45 km de Londres, no Reino Unido. Até o horário desta reportagem, segundo o site News 18, há pelo menos 133 mortes confirmadas.

Causas desconhecidas

Ainda não há uma definição sobre as causas que levaram à tragédia. O chamado de emergência “Mayday”, temido na aviação por ser sinônimo de risco grave e iminente, como falhas no motor ou despressurização, chegou a ser enviado à torre de controle do Aeroporto Internacional Sardar Vallabhbhai Patel.

Em comunicado oficial feito através de sua rede social X, a empresa aérea Air India confirmou a queda do voo AI17, logo após a decolagem, que tinha o aeroporto de Gatwick como destino. O acidente ocorreu às 13h38 (horário local).

A companhia afirmou, anda, sua integral cooperação para com as autoridades que investigam o ocorrido, que tinha 169 passageiros, predominando cidadãos indianos, mas contava, também, com passageiros oriundos do Reino Unido, Canadá e Portugal: “Destes, 169 são cidadãos indianos, 53 são cidadãos britânicos, 1 cidadão canadense e 7 cidadãos portugueses”.


https://twitter.com/sigacristovive/status/1933101173877154116
Momento da queda (Vídeo: reprodução/ X/@sigacristovive) 

Logo após o chamado, contudo, a aeronave perdeu a comunicação, caindo de uma altura de 190 metros. O grande volume de combustível contido na aeronave, em virtude da longa rota internacional que iria percorrer, causou um incêndio no local, e a densa fumaça preta está dificultando o trabalho dos serviços de emergência local, como bombeiros, ambulância e polícia.


Nuvem densa de fumaça preta no local da queda (Vídeo: reprodução/ X/@timesofindia)

Cerca de 30 corpos foram retirados do local da queda, porém as equipes de resgate não souberam precisar se eram corpos de passageiros ou de pessoas que estavam no prédio atingido pelo avião.

Autoridades se manifestam

Tanto o Primeiro-Ministro da Índia, Narendra Modi, quanto o Primeiro-Ministro Britânico, Keir Starmer, lamentaram profundamente a tragédia em suas redes sociais X, declarando pesar, tristeza, angústia e condolências às famílias das vítimas:

A tragédia em Ahmedabad nos chocou e entristeceu. É de partir o coração, indescritível. Neste momento de tristeza, meus pensamentos estão com todos os afetados. Mantive contato com ministros e autoridades que estão trabalhando para ajudar os afetados”.

Narendra Modi


Local da queda da aeronave indiana (Foto: reprodução/ Sam PANTHAKY/Getty Images Embed)


“São devastadoras as cenas de um avião, com destino a Londres, caindo na cidade indiana de Ahmedabad, que transportava muitos cidadãos britânicos.”

Keir Starmer

Ainda de acordo com Starmer, que recebe informações sobre o desenrolar da situação: “Meus pensamentos estão com os passageiros e suas famílias neste momento profundamente angustiante”.

Por ora, não há informações sobre sobreviventes, mas devido à magnitude do caso, atualizações ocorrem em tempo real. Segundo o portal Times of India, as autoridades aeroportuárias suspenderam, temporariamente, as operações do Aeroporto Internacional Sardar Vallabhbhai Patel (SVPIA). Trens operados pela India Railways vão ajudar no transporte de passageiros.