Mais um médico admite culpa por venda de cetamina a Matthew Perry

Mais um desdobramento no caso da morte de Matthew Perry veio à tona esta semana. Salvador Plasencia, dono de uma clínica de atendimento de urgência em Malibu, na Califórnia, confessou ter vendido cerca de 20 frascos de cetamina ao ator ao longo de um período de duas semanas. Segundo as autoridades, a substância foi fundamental para o quadro que levou ao falecimento de Perry. A informação foi divulgada pelo “The Hollywood Reporter”.

Plasencia é o quarto réu a admitir culpa entre os cinco acusados pelo fornecimento irregular da droga. No final de 2024, outro médico, Mark Chavez, também confessou participação no caso. Ambos responderam na Justiça por terem contribuído para a morte do astro de “Friends”, aos 54 anos.

De acordo com o laudo oficial, Matthew Perry morreu em decorrência dos efeitos agudos da cetamina. Ele foi encontrado sem vida em sua casa em Pacific Palisades, na Califórnia, em outubro de 2023, dentro de uma jacuzzi. O ator fazia uso controlado da substância em tratamentos médicos para depressão e ansiedade. Contudo, o período da overdose não coincidia com os dias programados para a aplicação clínica da droga.

Venda ilegal contribuiu para o óbito

Com a confissão, Salvador Plasencia agora aguarda a sentença do tribunal. A recomendação da promotoria é uma pena entre 15 e 21 meses de prisão por quatro acusações de distribuição de cetamina. Porém, se condenado por todos os crimes de que é acusado, Plasencia pode pegar até 40 anos de prisão.


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Médico Salvador Plasencia se declara culpado (Foto: reprodução/ Instagram/@cnnpop)


Mudança na defesa e expectativa de pena

Inicialmente, o médico havia se declarado inocente, mas mudou de posição no decorrer do processo. O caso segue gerando repercussão em Hollywood e levanta novamente o debate sobre o uso e o controle de substâncias como a cetamina no meio artístico.

O processo legal deve continuar nos próximos meses, com expectativa de julgamento. A atenção da mídia e do público permanece voltada para os desdobramentos do caso.

Médico acusado de ser responsável pela morte de Matthew Perry voltará a atender

O advogado de Salvador Plasencia, médico acusado de participar da morte do ator Matthew Perry, por entregar cetamina, o que causou o óbito, informou que o médico retornará às suas atividades, em seu consultório localizado em Los Angeles.

Além de Salvador, outro médico foi indiciado como culpado da morte do ator, envolvidos em um plano para conseguir mais quetamina (cetamina) e disponibilizar a Perry, que vinha lutando contra o abuso de substâncias.

A acusação contra Salvador

A respeito da acusação de ter participado de um esquema para continuar a entregar cetamina para Matthew, Plasencia declarou-se inocente, tendo sido liberado após o pagamento da fiança no valor de US$100 mil, cerca de R$ 560 mil.

O juiz decidiu que, para manter o cargo de médico e continuar a atender pacientes, um aviso sobre o processo deverá ser mantido na clínica, e o paciente deverá assinar um termo de consentimento reconhecendo o processo no qual o médico está envolvido. Ademais, o médico não poderá prescrever quaisquer medicamentos controlados.

O advogado de Salvador informou que os atendimentos ocorrerão de forma presencial e remota, conforme preferência do paciente.

A “ludibriação” que os médicos Salvador Plasencia e Mark Chavez cometeram contra Perry foi denunciado pela agente Anne Milgram. Além dos médicos, outras três pessoas foram indiciadas, uma delas sendo o assistente pessoal de Matthew. A agência federal antidrogas, DEA, descreveu Plasencia como “sem escrúpulos”.

A quetamina


A cetamina funciona como um anestésico, e o ator utilizava sob supervisão (Foto: Reprodução/X/@ClinicasRecuper)

O medicamento que Salvador está sendo acusado de ter continuado a fornecer para Matthew, a cetamina, é um anestésico, o qual algumas vezes pode ser usado para estimular. No caso do ator, a ingestão ocorria por supervisão, em sessões de terapia contra a depressão.

Segundo a promotoria, quando o aumento da dose foi negada, Perry buscou meios alternativos de obter o acesso à droga, como médicos complacentes e traficantes.

O tribunal federal californiano recebeu documentos dos promotores, os quais argumentam que o assistente do ator e outro conhecido uniram-se com dois médicos e um traficante a fim de obter milhares de dólares em cetamina, sendo que Matthew estava em uma luta contra o vício de substâncias há muitos anos.