O governo do atual presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, divulgou, nesta segunda-feira (21), arquivos oficiais sobre a morte de Martin Luther King Jr., líder da luta por direitos civis dos EUA. São mais de 230 mil páginas de documentos, explicitando detalhes sobre as investigações sobre o suposto assassino de Luther. Trump realizou o ato, mesmo com a preocupação da família do ativista, em relação à quebra do legado de Martin.
A publicação dos arquivos
Dentro das páginas dos documentos divulgados, é possível encontrar, principalmente, detalhes sobre as investigações do FBI, em relação à busca internacional do suposto assassino de Martin Luther King, James Earl Ray, junto com o testemunho de um de seus companheiros de cela. Essas informações foram distribuídas em um comunicado da diretora de Inteligência Nacional dos EUA, Tulsi Gabbard.
O povo americano esperou quase 60 anos para ver toda a extensão da investigação do governo federal sobre o assassinato de King”, disse Tulsi Gabbard.
Ela ainda afirma que os documentos foram publicados com redações mínimas, para manter uma maior privacidade. Gabbard declarou que os EUA irão fazer todo o possível para entregar a maior transparência para esse importante e trágico evento.
As declarações da família de King
Ainda nesta segunda-feira (21), os dois filhos vivos do líder dos direitos civis, Martin Luther King III e Bernice King, disseram que “apoiam a transparência e a responsabilidade histórica”, porém tem medo dos possíveis danos que as informações divulgadas poderiam ser utilizadas para danificar a história e legado de seu pai. Essa preocupação advém da perseguição organizada pelo antigo diretor do FBI, John Edgar Hoover, para manchar a imagem de Luther e passar desinformação sobre seus atos.
Os filhos de Martin Luther King Jr. afirmaram que o FBI promoveu uma campanha para descredibilizar e destruir a reputação do pai e de sua relevante luta pelos direitos civis americanos. Eles também fizeram o pedido de que os arquivos fossem lidados com empatia, cautela e respeito, pelo legado de Martin.
