Dior Homme apresenta coleção de inverno na Paris Fashion Week

A Dior Homme, linha masculina da renomada grife Christian Dior, é comandada pelo designer Kim Jones desde 2018. Sob sua direção criativa, a marca passou a adotar uma estética contemporânea, com forte influência do street style, refletindo a ascensão dessa tendência que redefiniu os rumos da moda global nos últimos anos.

No entanto, na última sexta-feira, 24 de janeiro, para a temporada de inverno 2026, a grife surpreendeu ao apostar em uma abordagem mais flamboyant na Paris Fashion Week, destacando modelagens sofisticadas e tons mais suaves, que trazem um toque de delicadeza e elegância à coleção.

A coleção

A alfaiataria, tradicionalmente associada à rigidez e estrutura formal, ganha um ar de leveza, fluidez sob o olhar criativo de Kim Jones. O designer desafia as convenções do corte clássico ao reinterpretar peças tradicionais de maneira inovadora, destacando um equilíbrio entre o moderno e o sofisticado. Suas criações frequentemente incluem calças de cortes amplos e bem ajustados ao movimento, garantindo conforto e elegância em uma única peça.

Essas calças são harmoniosamente combinadas com blusas acetinadas que conferem um toque luxuoso, reforçado pela escolha de uma paleta de tons neutros, como branco, preto, cinza e marrom. Para adicionar um elemento de frescor e delicadeza, Jones incorpora sutis toques de rosa-claro, criando uma composição que é ao mesmo tempo, ousada e refinada, perfeita para um público que valoriza a estética contemporânea sem abdicar da tradição.


Alguns looks da última coleção da Dior Homme (Vídeo: reprodução/Instagram/@dior)


Além disso, a coleção trouxe uma novidade que se destacou: peças com volumes marcantes e bordados ornamentais, que conferem uma riqueza visual e um toque artístico às produções. Esses detalhes elaborados evocam uma estética inspirada na cultura oriental, com referências sutis e elegantes que dialogam com a ideia de opulência discreta.

Uma possível despedida

Para encerrar o desfile, Kim Jones surgiu para agradecer ao público e, em um gesto carregado de emoção, deu um forte abraço em Delphine Arnault, presidente da Dior. O momento, que soou como uma possível despedida, alimentou especulações de que este poderia ter sido o último desfile de Jones à frente da Dior. Até o momento, nada foi confirmado.

SPFW traz moda masculina com elegância e descontração 

A moda masculina na mais recente edição do São Paulo Fashion Week, (SPFW), surpreendeu com uma nova abordagem, unindo elegância e descontração de maneira inovadora. As coleções apresentadas pelos estilistas exploraram um mix de tecidos e cortes que, ao mesmo tempo, desconstroem o visual clássico e mantêm um toque sofisticado.

Alfaiatarias repaginadas e materiais inesperados ganharam destaque, oferecendo uma alternativa ao guarda-roupa tradicional. Este movimento aponta para uma tendência cada vez mais evidente no cenário da moda: o homem moderno busca unir conforto e estilo sem abrir mão da elegância.

A estética vista nas passarelas revelou uma mistura de influências, desde o clássico europeu até o tropicalismo brasileiro. As peças apostaram em tecidos leves, ideais para o clima brasileiro, como o linho e o algodão, e mostraram uma preocupação clara em garantir liberdade de movimento.


Desfile de Alexandre Herchcovitch (Foto: reprodução/Launchmetrics/Spotlight/Fashion Network)

Alfaiataria despojada é a nova “cara” do clássico

Uma das grandes apostas do SPFW foi a alfaiataria desconstruída. Longe das tradicionais peças estruturadas e pesadas, os estilistas apresentaram modelos que valorizam tecidos fluidos e caimentos suaves. Essa nova leitura da alfaiataria masculina combina perfeitamente com o estilo de vida contemporâneo, onde o conforto é uma exigência, mas sem perder a essência da sofisticação.


Desfile de Gefferson Vila Nova (Foto: reprodução/Launchmetrics/Spotlight/Fashion Network)

Apostando em cortes ousados, as grifes trouxeram calças mais largas e blazers com formas menos rígidas e mais cores, criando um contraste interessante entre o clássico e o casual. Além disso, as cores vibrantes e estampas tropicais marcaram presença, trazendo frescor ao visual masculino e evidenciando uma conexão com a cultura e o clima brasileiro.

Versatilidade e inovação

A moda masculina evolui constantemente, e o que foi visto nesta edição do SPFW é um reflexo das mudanças de comportamento do consumidor. A versatilidade das peças, que podem transitar entre ambientes formais e informais, é uma resposta às demandas de um homem que busca praticidade e inovação em seu guarda-roupa.

Os estilistas também têm investido em sustentabilidade, utilizando materiais recicláveis e processos de produção mais ecológicos. Essa preocupação reflete uma mudança não apenas no estilo, mas também nos valores que orientam a moda atual.

Estados Unidos domina o Brasil e avança às semifinais do basquete em Paris 2024

Nesta terça-feira (06), o Brasil se viu frente a frente com os Estados Unidos nas quartas de final do basquete masculino nas Olimpíadas de Paris 2024. Os norte-americanos, reconhecidos como os criadores do basquete, chegaram à capital francesa com o firme propósito de recuperar sua posição dominante na modalidade. Trouxeram um elenco estrelado, incluindo três jogadores lendários do esporte. Para a Seleção Brasileira, que estava apenas em sua segunda participação em jogos eliminatórios olímpicos nos últimos 28 anos e contava com apenas quatro atletas experientes em Olimpíadas, o desafio era enorme. O resultado foi o esperado: o “Dream Team” superou o Brasil com facilidade, vencendo por 122 a 87 na Arena Bercy, garantindo vaga em mais uma semifinal.

O brilho das lendas americanas

Entre as estrelas americanas, LeBron James se destacou como o principal condutor da vitória. Em pouco mais de 16 minutos de jogo, o astro marcou 12 pontos, distribuiu nove assistências e realizou três roubos de bola, sem precisar retornar após sofrer uma cotovelada no rosto durante o terceiro quarto. Kevin Durant e Stephen Curry também contribuíram significativamente com 18 pontos cada. Portanto, a grande força do “Dream Team” reside na profundidade de seu elenco, repleto de jogadores habituados aos grandes momentos, dispensando atuações excepcionais de suas principais estrelas para assegurar vitórias convincentes.

Entre os destaques da seleção dos Estados Unidos, o pivô Joel Embiid, camaronês naturalizado estadunidense, teve uma atuação impecável, marcando 14 pontos e garantindo três rebotes no primeiro tempo, sem necessidade de retornar após o intervalo. Devin Booker, beneficiado por várias assistências de LeBron James, foi o cestinha da equipe com 18 pontos, incluindo cinco cestas de três. Anthony Edwards também teve uma performance sólida, contribuindo com 17 pontos, a maioria deles no último quarto, quando o jogo já estava decidido.

Esforço brasileiro

O destaque da partida foi o brasileiro Bruno Caboclo, que marcou 30 pontos. O armador Georginho também teve uma boa atuação, saindo do banco para acrescentar 15 pontos. O Brasil lutou bravamente e chegou a diminuir a diferença para apenas oito pontos no segundo quarto. No entanto, a equipe teve dificuldades em criar oportunidades de arremesso e em conter a velocidade dos americanos no contra-ataque. No final, a desvantagem foi de 35 pontos – menos que os 40 pontos previstos por Draymond Green, mas ainda assim a maior vitória dos EUA em uma fase eliminatória desde as semifinais das Olimpíadas de Barcelona 1992, quando derrotaram a Lituânia por 51 pontos.


Bruno Caboclo durante partida contra os Estados Unidos nas quartas de final das Olimpíadas de Paris 2024 (Foto: reprodução/Instagram/@basquetecbb)

A partida

O Brasil iniciou a partida com um ritmo acelerado, apostando em ataques rápidos e movimentação reduzida, o que facilitava os contra-ataques em caso de erros. Gui Santos marcou os primeiros pontos com um roubo de bola sobre Embiid, levando direto para a cesta. Contudo, Embiid rapidamente respondeu com uma cesta de três pontos, colocando os Estados Unidos à frente. A partir deste momento, os americanos emplacaram uma sequência de 16 a 2, abrindo uma vantagem de 12 pontos antes da metade do primeiro quarto.

A entrada dos reservas da equipe norte-americana pouco alterou a dinâmica do jogo. Mesmo com uma bela enterrada de Georginho sobre Anthony Davis, que ainda resultou em falta, o Brasil terminou o primeiro período com uma desvantagem de 33 a 21. No início do segundo quarto, os estadunidenses ampliaram a diferença para 19 pontos, graças a três cestas consecutivas.

A equipe brasileira iniciou a recuperação com uma cesta de Lucas Dias e, com o retorno de Marcelinho Huertas, melhorou a movimentação da bola. Seguiram três cestas de Georginho, Huertas e Lucas Dias, além de uma defesa sólida de Didi e Georginho, resultando em uma sequência de 13 a 2 que reduziu a diferença para oito pontos. Porém, com o retorno dos titulares, os EUA exploraram falhas na defesa por zona do Brasil e finalizaram o período com uma impressionante sequência de 21 a 2. Isso levou a vantagem americana a 27 pontos, encerrando o período com um placar de 63 a 36, coroado por uma ponte aérea de LeBron James para Jayson Tatum.


Devin Booker durante partida contra o Brasil nas quartas de final das Olimpíadas de Paris 2024 (Foto: reprodução/Instagram/@usabasketball)

Petrovic decidiu arriscar no início do terceiro quarto, escalando Yago e Georginho no time titular, além de trazer Gui Santos de volta. Com essas mudanças, o Brasil apresentou uma melhora e equilibrou o jogo no período. Gui, Léo Meindl e Caboclo marcaram pontos importantes, reduzindo a diferença para 23 pontos. Contudo, Kevin Durant e Devin Booker garantiram que a Seleção Brasileira não se aproximasse mais. No último período, os Estados Unidos utilizaram todos os seus reservas, transformando o jogo em um treino de luxo e continuando a ampliar a vantagem no placar.

Ainda houve um momento para Petrovic retirar Huertas de quadra, permitindo que ele fosse ovacionado em sua despedida da seleção. O armador, aos 41 anos, fez parte da geração que levou o Brasil às quartas de final em Londres 2012. Nesta partida, ele marcou nove pontos e distribuiu cinco assistências. Huertas já havia anunciado que iria se aposentar da seleção após as Olimpíadas de Paris 2024.

Próximos desafios

Na próxima quinta-feira, dia 08 de agosto às 16h (horário de Brasília), os Estados Unidos enfrentarão a Sérvia na semifinal. Na outra chave, a Alemanha encara a França nesta quarta-feira às 13h (horário de Brasília), que avançou após vencer o Canadá por 82 a 73.