Avião de pequeno porte cai e provoca a morte de cinco pessoas no Mato Grosso

Na manhã desta quinta-feira (15), um avião de pouso convencional, modelo King Air com dois motores, caiu na área rural de Apiacás, situada a 1.005 km de Cuiabá. De acordo com informações do g1, todas as cinco pessoas a bordo perderam a vida. Entre as vítimas estão o empresário Arni Alberto Spiering, seus dois netos, o gerente comercial da empresa de Arni, Ademar de Oliveira de Júnior, e o piloto Helder de Souza, de 44 anos.

A Polícia Militar confirmou que a queda do avião aconteceu em uma fazenda na zona rural de Apiacás, perto do Rio Teles Pires, em uma área chamada “Paredão”. Até aproximadamente 12h40, as informações indicavam que os policiais tinham encontrado apenas dois corpos, ambos carbonizados e sem identificação. Conforme registrado no Registro Aeronáutico Brasileiro (RAB), a aeronave tinha capacidade para sete pessoas, incluindo tripulantes e passageiros.

O avião estava registrado em nome do empresário Arni Spiering, proprietário de uma empresa de sementes no estado.

Aeronave explodiu

De acordo com informações fornecidas pela Polícia Civil, a aeronave sofreu uma explosão no momento da queda, que aconteceu em uma área de mata densa, localizada a, aproximadamente, 80 quilômetros da cidade. A situação é bastante preocupante, visto que a explosão contribui para a gravidade do acidente e a dificuldade de resgate.


Empresário Arni Alberto Spiering (Foto: reprodução/Instagram/@falacidadenews)

O Serviço Regional de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Seripa), da Força Aérea Brasileira, foi acionado. Os especialistas irão analisar as circunstâncias que levaram à queda da aeronave e, assim, buscar esclarecimentos sobre o ocorrido para prevenir tragédias como essa.

Quem era o empresário que morreu no acidente

Arni Alberto Spiering é um empresário brasileiro destacado no agronegócio, especialmente no setor de sementes. Reconhecido por sua abordagem dinâmica e empreendedora, ele investe em inovações para otimizar a produção agrícola e é admirado por seu comprometimento com a qualidade.

Sua empresa desempenha um papel importante na comunidade, gerando empregos e contribuindo para o desenvolvimento econômico local. Arni também foi presidente do União Esporte Clube, time de Rondonópolis

Lula declara que “está brigando” para reduzir o valor da conta de luz no país

Nesta quarta-feira (31), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva participou da entrega das casas aos moradores do programa “Minha Casa, Minha Vida” na cidade de Várzea Grande (MT) e reclamou sobre o valor da conta de energia elétrica no Brasil. Na ocasião, ele declarou que “está brigando” no Planalto para as tarifas serem diminuídas e para que a população mais pobre consiga uma maior qualidade de vida.

Conta de luz 

O evento, que entregou cerca de 1.000 imóveis aos moradores de Várzea Grande, contou com a presença de Lula e do governador do estado, Mauro Mendes. O presidente destacou que é de extrema importância do país resolver o problema habitacional e econômico dos que vivem sem sua própria moradia, afirmando que muitas vezes as pessoas têm que escolher qual conta pagar no mês. 

“A gente precisava resolver o problema habitacional das pessoas mais humildes, que muitas vezes não podem pagar o aluguel e, quando pagam o aluguel, não podem pagar a conta de luz, que está cara. Eu estou brigando para baixar a conta de luz nesse país para o povo pobre”.

Lula, presidente do Brasil


Lula participando da entrega das casas no MT (Foto: reprodução/Instagram/@lulaoficial)


Em abril, o presidente assinou e editou a Medida Provisória (MP) 1.212/2024, que possui o objetivo de gerar mais energia elétrica renovável e baratear o valor da conta de energia. A MP determina que os recebimentos de recursos para a Eletrobras sejam antecipados e utilizados para diminuir o preço da energia a curto prazo em até 5%. 

Essa medida também busca adiantar o projeto de construção de mais usinas de energia renováveis, fazendo com que novos empregos sejam gerados para a população. Mas, no discurso, Lula garantiu que está pensando em novas formas de fazer com que o preço da eletricidade diminua. 

Programa do governo e vaias

Lula utilizou o evento também para relembrar o início do programa “Minha Casa, Minha Vida”. Ele destacou que lutou muito para que fossem entregues moradias de alta qualidade à população, com opções de lazer e bibliotecas para crianças. 

O chefe de Estado do Brasil afirmou que as unidades entregues na quarta-feira continham espaços de lazer e prática de esportes para todos, e brincou dizendo que só faltava construir uma piscina para os moradores da cidade. 


Lula participando do evento (Foto: reprodução/Instagram/@lulaoficial)


Durante o evento, o público começou a vaiar o governador Mauro Mendes como protesto após a aprovação de uma lei estadual sobre a pesca em janeiro. A nova lei do Mato Grosso impede que 12 espécies de peixes mais rentáveis do estado sejam transportadas, armazenadas e vendidas. 

As espécies são: Cachara, Caparari, Dourado, Jaú, Matrinchã, Pintado, Piraíba, Piraputanga, Pirara, Pirarucu, Trairão e Tucunaré. Lula pediu para que o público não vaiasse o governador, dizendo que ele era um convidado dele e do governo, e que merecia ser tratado com respeito. 

Mauro se defendeu das críticas dizendo que a lei foi aprovada e é considerada constitucional pelo Supremo Tribunal Federal, já Lula garantiu que irá tentar entender a situação envolvendo os pescadores para encontrar maneiras de ajudar a população.

Incêndios no Pantanal afetam saúde da população do Mato Grosso do Sul

Moradores de cidades em Mato Grosso do Sul, um dos estados onde está localizado o Pantanal vem a semanas sofrendo com a constante fumaça vindo de incêndios florestais na região. 

Moradores sofrem com fumaça

A temporada de queimadas no bioma começou mais cedo neste ano, fazendo que, desde então, muitos municípios fiquem completamentos encobertos pela fumaça, com cenas que simulam a situação de grandes metrópoles. 

A cidade de Corumbá, conhecida por muitos como uma porta de entrada para o Pantanal, foi uma das mais afetadas, sendo possível ver a linha de fogo consumindo a vegetação durante a noite e sua população reclamar de mal-estar e falta de ar nos últimos dias. 

Em hospitais próximos a região, os atendimentos por problemas respiratórios triplicaram nesse mês, a Secretaria de educação recomendou que os moradores suspense suas atividades físicas ao ar livres por enquanto e reforçar a hidratação. 


Fumaça em incêndios no Pantanal chega nas cidades (Foto: reprodução/Ângelo Rabelo)

“Já tem mais de 20 dias, 30 dias, que não abre uma janela. Não dá. Não tem como você circular o ar na casa. Você já sai do quarto de manhã cedo sentindo aquele cheiro de fumaça”. Revela a autônoma Silvana Villagra. 

A situação se agrava por conta da enorme seca na região, a última chuva ocorreu a mais de 50 dias, a população constantemente vê caindo do céu a fuligem que toma conta das casas, ruas e dos comércios locais.  

Situação de alerta

Os incêndios já fazem parte dos ciclos do Pantanal, porém para o pesquisador da Embrapa, Walfrido Thomaz, a intensidade e a frequência atual das queimadas podem prejudicar a capacidade de renovação do bioma, fazendo um sinal de alerta para a situação. 

‘’São as coisas que compõem o ecossistema, que pode estar sendo afetado por incêndios intensos em larga escala e principalmente repetitivos nas mesmas áreas. Aí sim o ecossistema começa a perder essa tal de resiliência que a gente chama”. Disse Thomaz. 


Alta quantidade de queimadas podem prejudicar renovação do bioma (Foto: reprodução/CPA-CBMMS / Mairinco de Pauda)

O fogo descontrolado continua na região, nos últimos dias, o pantanal obteve 508 focos de incêndio confirmados, com 409 deles sendo em Corumbá. 

Recorde de queimadas em 2024: Brasil registra mais de 17 mil focos

O Brasil enfrenta uma crise de queimadas em 2024, com um recorde de mais de 17 mil focos de incêndio registrados até o final de abril. Esses números superam o pior quadrimestre já registrado no país, segundo dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), divulgados nesta terça-feira (30).

Os estados mais afetados são Roraima e Mato Grosso, que lideram o ranking com 4.609 e 4.122 queimadas, respectivamente. Isso representa um aumento de 81% em relação ao mesmo período de 2023. O acúmulo de focos de incêndio de janeiro a abril deste ano supera até mesmo o registrado em 2003, que era considerado o pior quadrimestre da série histórica.

Os biomas mais atingidos são a Amazônia, o Cerrado e a Mata Atlântica. A Amazônia, em particular, registrou 8.969 queimadas, o que representa mais da metade do total de incêndios.


Agente do Prevfogo responsável por auxiliar o Corpo de Bombeiros (Foto: reprodução/Ibama/Prevfogo)

Dados do Inpe

De acordo com fontes do Inpe, a combinação de fatores climáticos e ação humana tem impulsionado esses números alarmantes. O fenômeno climático El Niño, que causa aumento de temperatura sobre o continente e redução de chuvas, tem contribuído para as condições propícias para as queimadas, especialmente na região norte da Amazônia.

O recorde que observamos está relacionado com a ocorrência do fenômeno El Niño, que é o aquecimento do Oceano Pacífico, causando aumento de temperatura em cima do continente e diminuição de chuva, especialmente na fração norte da Amazônia, ao norte do Equador”, disse.

Luiz Aragão, pesquisador do Inpe

Além disso, a ação humana, incluindo o desmatamento e o uso do fogo para manejo de áreas já desmatadas, é apontada como uma das principais causas das queimadas. Aragão ressalta que “a ação humana é a fonte de ignição para o fogo na Amazônia. A Amazônia normalmente não queima sem a ação humana“.

Intervenções locais

Apesar das medidas adotadas pelos governos estaduais, como aumento do efetivo de combate e decretação de prazos ampliados para o período proibitivo de uso do fogo, as queimadas continuam a crescer. Roraima e Mato Grosso, apesar de liderarem o número de queimadas, têm registrado uma trajetória descendente nos últimos meses.

O Governo Federal também tem sido acionado para auxiliar no combate às queimadas, especialmente em áreas de competência da União, como áreas indígenas e unidades de conservação.