MC Poze do Rodo denuncia ação policial e diz: “Não aguentamos mais”

Após deixar a prisão, Marlon Brandon Coelho Couto conhecido como MC Poze do Rodo voltou a ser alvo da Polícia Civil do Rio de Janeiro. Na tarde da última quinta-feira (5), o funkeiro usou as redes sociais para denunciar uma nova abordagem em sua residência, alegando estar sendo perseguido. A ação mais recente teve como foco sua esposa, a influenciadora Vivi Noronha, envolvida em uma investigação sobre lavagem de dinheiro supostamente ligada à facção criminosa Comando Vermelho

Prisão do funkeiro

Poze havia sido preso em 29 de maio, sob acusações de apologia ao crime e envolvimento com o tráfico de drogas. Ficou detido por cinco dias, mas foi solto após a Justiça considerar que não havia elementos suficientes para mantê-lo encarcerado. A defesa destacou que a detenção se deu com base em suposições relacionadas ao perfil do artista: jovem, negro e oriundo da periferia. Segundo os advogados, as acusações usaram trechos de suas músicas como “provas” e ignoraram a ausência de qualquer materialidade que indicasse atividade criminosa.

A nova operação da Polícia Civil, apesar de não estar relacionada diretamente com o inquérito que levou à prisão do cantor, reacendeu os holofotes sobre ele e sua família. A investigação atual busca rastrear o caminho do dinheiro vindo do tráfico de drogas, que estaria sendo ocultado através de empresas e perfis de influenciadores digitais. A esposa do artista foi alvo de mandado de busca e apreensão, mas sua defesa afirma que ela não tem qualquer envolvimento com atividades ilícitas.


Artisdta funkeiro Mc do Rodo – Rio de Janeiro (Foto: reprodução/Instagram/@pozevidalouca)

MC Poze do Rodo é um dos principais nomes do funk carioca. Com mais de 15 milhões de seguidores nas redes sociais, ostenta fama, luxo e polêmicas. Ainda jovem, admitiu ter tido envolvimento com o tráfico na adolescência, mas afirma que hoje usa sua música para conscientizar sobre os perigos da vida no crime. Suas letras retratam a dura realidade das favelas, o que muitos veem como expressão artística — mas que frequentemente é tratada como evidência criminal.

O caso acende um alerta sobre os limites entre investigação policial e criminalização da cultura periférica. Até onde vai à justiça e onde começa o preconceito estrutural? A trajetória de Poze do Rodo levanta questionamentos que vão além da música e tocam diretamente nas feridas sociais do país.

Saída de MC Poze provoca tumulto na porta do sistema penitenciário

Depois da libertação do funkeiro MC Poze do Rodo, que estava preso desde a última quinta-feira (29), milhares de fãs aguardaram a saída do cantor na porta do presídio. Ao sair, o funkeiro foi recebido pela esposa, Vivi Noronha, que o esperava dentro do carro do casal. Entre os presentes estava o MC Oruam, que subiu em cima de um ônibus e acenou para a multidão. No entanto, em uma postagem nas redes sociais, o cantor revelou ter sofrido violência por parte da Polícia Militar, que, logo após o ocorrido, teria cometido represálias contra os fãs do artista.


“Vocês não querem tumulto na frente do presídio? Então vai prender bandido. MC não é bandido. Vai prender inocente? Nós vai lá na frente do presídio mesmo”, escreveu Oruam.

No início da semana, o Poder Judiciário estadual do Rio de Janeiro acatou a solicitação do habeas corpus e ordenou a soltura do artista, que estava sendo investigado por suposto envolvimento com o crime organizado e por fazer apologia à organização por meio de suas músicas.

De acordo com a Seap, Secretaria de Estado de Administração Penitenciária, o artista deixou a unidade prisional ao lado de seus advogados, às 14h50, vestindo a roupa padrão fornecida aos detentos: uma camisa branca, uma bermuda preta e um chinelo.

Liberdade por ausência de documentos oficiais

Segundo o habeas corpus, a prisão do MC não atendia aos requisitos legais necessários para sua manutenção. A defesa também ressalta que a associação do artista aos membros da facção criminosa foi baseada em uma presunção relacionada ao seu perfil: um jovem negro e oriundo da periferia.

“O paciente é primário e ostenta bons antecedentes”, afirmam os advogados do MC. O comunicado também destaca que ele já havia sido inocentado em duas acusações semelhantes à atual. Em relação ao suposto envolvimento de Poze com o tráfico de drogas, os argumentos foram pautados nas letras das canções do cantor, ressaltando mais uma vez que não há comprovações que indiquem que o funkeiro traficava.


Mc Poze do Rodo foi solta nesta terça-feira (Vídeo: reprodução/YouTube/CNN)

Protesto pela prisão do MC

Durante a prisão de Poze, fãs e alguns famosos protestaram contra a detenção do MC. Centenas de pessoas foram às ruas na noite do dia 29, pedindo a libertação do cantor. Pelo menos 100 motos foram até o portão do presídio de Benfica, mas o “rolezinho”, como foi descrito pela Seap, foi dispersado por bombas de efeito moral lançadas pelos policiais.

A Secretaria de Estado de Administração Penitenciária (Seap) afirmou que as medidas foram necessárias, pois houve ameaça de invasão por parte dos motoqueiros.

Justiça do RJ concede Habeas Corpus a MC Poze do Rodo

Nesta segunda-feira (02), a Justiça do Rio concedeu Habeas Corpus a Marlon Brendon Coelho Couto, o MC Poze do Rodo. O funkeiro estava preso desde o dia 29, quando foi detido e levado à prisão por agentes da Delegacia de Repressão a Entorpecentes. A decisão revogou a prisão temporária do cantor.

As investigações

De acordo com as investigações, o cantor realizava shows exclusivamente em áreas dominadas pelo Comando Vermelho (CV) com a presença de traficantes armados, a fim de garantir sua segurança do MC. De acordo com a DRE, outro ponto que levou a prisão do cantor é a clara apologia ao tráfico de drogas e utilização de armas de fogo. Segundo a delegacia, os shows de Poze eram estrategicamente utilizados pela facção para aumentar o lucro com o comércio de entorpecentes.

Ao dar entrada no sistema penitenciário, MC Poze preencheu uma ficha com informações relacionadas à prisão, e um dos campos diz respeito a ligação com algum tipo de facção criminosa. Essa ficha não serve como confissão, serve apenas para evitar conflitos entre facções e garantir a segurança do detento nas alas penitenciárias. De acordo com a reportagem do G1, o cantor marcou ter ligação com o Comando Vermelho. Após receber as informações, oficiais de justiça encaminharam o MC a Penitenciária Serrano Neves, conhecida como Bangu 3, no Complexo de Gericinó, unidade conhecida por manter membro do CV.


Viviane Noronha, esposa de MC Poze, faz desabafo após prisão do funkeiro (Vídeo: reprodução/YouTube/O Povo)

O que diz a justiça

Peterson Barroso, desembargador da Segunda Câmara Criminal, decretou a liberação e cumprimento de medidas cautelares por parte do artista. De acordo com a avaliação de Barroso, a medida de prisão não se sustentava, pois não ficou demonstrada a imprescindibilidade da prisão para a investigação:

O alvo da prisão não deve ser o mais fraco – o paciente, e sim os comandantes de facção temerosa, abusada e violenta, que corrompe, mata, rouba, pratica o tráfico, além de outros tipos penais em prejuízo das pessoas e da sociedade.

Próximos passos do cantor após a liberação

Após a soltura, Mc Poze deverá cumprir uma série de medidas:

  • Comparecimento mensal em juízo até o dia 10 de cada mês para informar e justificar suas atividades;
  • Não se ausentar da Comarca enquanto perdurar a análise do mérito deste habeas corpus;
  • Permanecer à disposição da Justiça informando telefone para contato imediato caso seja necessário;
  • Proibição de mudar-se de endereço sem comunicar ao Juízo;
  • Proibição de comunicar-se com pessoas investigadas pelos fatos envolvidos neste inquérito, testemunhas, bem como pessoas ligadas à facção criminosa Comando Vermelho;
  • Obrigação de entregar o passaporte à Secretaria do Juízo originário.

MC Poze foi mantido em cárcere em Bangu 3 até a noite desta segunda, quando a Secretaria de Administração Penitenciária foi notificada sobre a decisão da soltura do cantor de 26 anos.

Filipe Ret fala sobre MC Poze durante show em São Paulo

Durante sua apresentação no Festival Interlagos – Motos, em São Paulo, no sábado (31), o cantor Filipe Ret incluiu em seu show uma mensagem pedindo liberdade para o também artista MC Poze do Rodo. A manifestação foi feita por meio de uma projeção no telão do palco, que exibia a frase “Liberdade Poze. Artista não é bandido”.

A ação ocorreu instantes antes de Ret iniciar a canção Me Sinto Abençoado, lançada em 2021 em parceria com MC Poze e Ajaxx. O gesto marca a primeira manifestação pública do trapper sobre o caso, após cobranças de parte de seus fãs. Até então, Ret havia se pronunciado apenas por meio de uma publicação restrita a seus assinantes em uma plataforma de conteúdo exclusivo.

Confira o vídeo da projeção no telão, na íntegra:


Mensagem de liberdade para Mc Poze foi feita no último sábado, 31 (Vídeo: reprodução/Instagram/@centralfiliperet)


Investigação contra MC Poze

Marlon Brandon Coelho Couto Silva, conhecido artisticamente como MC Poze do Rodo, foi preso na madrugada da última quinta-feira (29) em sua residência no Recreio dos Bandeirantes, Zona Oeste do Rio de Janeiro. A prisão foi realizada pela Delegacia de Repressão a Entorpecentes (DRE), que investiga o cantor por apologia ao crime e suspeita de envolvimento com o tráfico de drogas.

A prisão é temporária e faz parte de uma investigação mais ampla, cujos detalhes ainda não foram totalmente divulgados pelas autoridades. O artista foi conduzido à delegacia para prestar depoimento e depois, encaminhado para Bangu 3, para permanecer à disposição da Justiça.

Até o momento, a defesa de MC Poze não se manifestou publicamente. O caso segue em andamento e novas informações devem ser divulgadas pelas autoridades nos próximos dias.

Contexto no meio artístico

MC Poze do Rodo é um dos nomes em destaque no cenário do funk e do trap brasileiro, com forte presença nas plataformas digitais. A prisão repercutiu entre fãs e colegas de profissão, alguns dos quais se manifestaram por meio das redes sociais ou em apresentações, como foi o caso de Filipe Ret.

Carro de R$ 1 milhão de MC Poze é apreendido por suspeita de alteração na cor

O cantor Poze do Rodo foi preso nesta quinta-feira (29) por agentes da Delegacia de Repressão a Entorpecentes (DRE), no Rio de Janeiro. A operação, que resultou também na apreensão de um de seus veículos de luxo, investiga o envolvimento do artista com o tráfico de drogas e o uso da própria imagem e das letras de suas músicas para enaltecer o crime organizado.

Apreensão do veículo

Conforme informado pela polícia, a retenção do veículo ocorreu por uma irregularidade administrativa. Os investigadores apontam que o carro — uma BMW X6 que já havia sido recolhida em uma operação anterior — apresenta inconsistências nos dados do Renavam.

Embora esteja registrado originalmente como preto, o automóvel atualmente é vermelho. As autoridades ainda avaliam se o veículo será devolvido ou permanecerá apreendido.

A prisão do cantor ocorreu sob as acusações de apologia ao crime e ligação com o tráfico de drogas.


Carro avaliado em mais de R$ 1 milhão foi apreendido nesta quinta-feira (29) (Foto: reprodução/Instagram/@portalg1)

Shows em áreas controladas por facções

Segundo apurações da Delegacia de Repressão a Entorpecentes (DRE), o cantor Poze do Rodo concentra suas apresentações em territórios controlados pela facção Comando Vermelho, com a presença de traficantes armados, que atuavam para assegurar a ‘proteção’ do cantor e do evento.

As autoridades afirmam que as letras das músicas do cantor fazem exaltação ao tráfico de drogas, além de glorificarem o porte ilegal de armamentos e incentivarem conflitos entre organizações criminosas rivais.

Ainda conforme o DRE, os shows seriam parte de uma estratégia do grupo criminoso para movimentar recursos financeiros.

A receita obtida com os eventos seria revertida na compra de armas, drogas e materiais utilizados em práticas ilegais, fortalecendo assim a estrutura da facção.

Durante a prisão de Poze, na manhã desta quinta-feira (29), familiares e pessoas próximas, incluindo sua esposa, Viviane Noronha Geovanini — conhecida como Vivi Noronha —, compareceram à Cidade da Polícia, onde o artista foi levado após a detenção.

Entenda quem é MC Poze do Rodo, preso suspeito de apologia ao crime

O cantor de funk, MC Poze do Rodo, registrado com o nome de batizado Marlon Brandon Coelho Couto Silva, foi preso pela Polícia Civil na manhã desta quinta-feira (29), na cidade do Rio de Janeiro. Com acusações relacionadas à apologia ao crime e associação criminosa, com ligações à facção carioca Comando Vermelho (CV), Poze foi alvo de um mandado de prisão temporária e busca apreensão em sua residência. 

Fama com a música

MC poze ganhou fama com diversos hits musicais e é o funkeiro mais conhecido dentro do Estado fluminense. Tem como músicas mais conhecidas “A Cara do Crime”, “Me Sinto Abençoado” e “Essência de Cria”.


Prisão de MC Poze do Rodo pela PCERJ (vídeo: reprodução/X/@PCERJ)

O artista já havia entrado em diversas controvérsias pelo seu passado e estilo de vida, com a ostentação de diversos artigos de luxo, tratados nos clipes do cantor e também postado diariamente em suas redes sociais. No Instagram possui mais de 15 milhões de seguidores e possui fotos com os mais diversos famosos no Brasil.

Ocorrências anteriores

O funkeiro já foi alvo de outras ações policiais no passado, com destaque para uma detenção em um show em 2019 na cidade de Sorriso no Mato Grosso e foi alvo da Operação Rifa Limpa por promover apostas ilegais. Sua mais recente prisão foi coordenada por agentes da Delegacia de Repressão aos Entorpecentes (DRE), prendendo o influencer em sua mansão de luxo no Recreio dos Bandeirantes.

Criado na Favela do Rodo em Santa Cruz, Zona Oeste do Rio de Janeiro, MC Poze é pai de cinco filhos; Júlia de 6 anos, Miguel de 4 anos, Laura de 3 anos e Jade e Manuela de 2 anos de idade. O artista também tem um relacionamento com a influencer Viviane Noronha com quem tem três filhos, no o ano de 2021 se separaram, porém em 2024 assumiram que reataram novamente o romance entre os dois. 

MC Daniel e MC Poze do Rodo aterrissam em São Paulo para segunda rodada do Desafio dos MCs

Quando os maiores nomes da cena musical se juntam, já podemos esperar algo memorável. O “Desafio dos MCs Contra a Fome” é uma iniciativa que reúne diversos artistas do segmento rap e trap nacional para arrecadar alimentos não perecíveis. Todos os itens serão doados para a CUFA, Central Única das Favelas. Após uma estreia histórica em novembro do último ano no Rio de Janeiro, a segunda edição do desafio já tem uma nova data. Em 30 de abril, o Estádio do Canindé será palco de mais uma rodada inesquecível. Na disputa, artistas e influenciadores de São Paulo e Rio de Janeiro se enfrentam com um único propósito: levar positividade para quem mais precisa.

O time de São Paulo, comandado por MC Daniel, já traz confirmados de peso, são eles: MC Livinho, Cjota, Chrys Dias, DJ Luan MPC, DJ Arana, MC PHE Cachorrera, MC Brankim, entre outros. E mais, o técnico do time paulista é MC Ryan SP, o tubarão mais conhecido do país. Já o time do Rio de Janeiro, representado por MC Poze do Rodo, vem acompanhado por Chefin, Oruam, Major RD, Nego do Borel, MC Maneirinho, Xurrasco, e mais nomes a serem divulgados em breve.

Desafio dos MCs (Reprodução/divulgação)

“Esse desafio é muito gratificante, estamos em uma disputa contra a fome, isso é surreal. Vai ser a segunda partida de milhares que estão por vir, queremos rodar o Brasil todo com essa iniciativa. Vamos ter um momento de diversão e ao mesmo tempo ajudar quem mais precisa com o apoio da CUFA”, comenta MC Daniel; para MC Ryan vai ser incrível sua segunda vez como técnico do time paulista: “ano passado tive o prazer de fazer parte da comissão técnica do Time SP, é um prazer enorme estar nessa de novo. Esse desafio é lindo, e está tendo o reconhecimento que merece”, finaliza o cantor.

Os ingressos para o “Desafio dos MC’s Contra a Fome”, estão disponíveis no site Digital Ingressos.