Rebeca Andrade eterniza seu nome na história dos Jogos Olímpicos

Nos Jogos Olímpicos de Paris, houve vários momentos memoráveis, mas um se destacou na história: o pódio da ginástica artística no solo, onde Rebeca Andrade ocupou o lugar central. Ao seu lado, as americanas Simone Biles e Jordan Chiles demonstraram respeito à brasileira, que conquistou a medalha de ouro. Essa cena ganhou repercussão mundial e se tornou um ícone de representatividade e respeito entre três atletas negras de destaque no esporte.

“Foi um momento significativo no pódio, com três atletas negras representando suas nações e mostrando que merecemos aquele lugar. Demonstrando que é possível alcançar nossos objetivos, foi uma cena linda. Sempre que me recordo, fico arrepiada”. Declarou Rebeca.

Conquistas históricas em Paris

Além da conquista do ouro no solo, Rebeca Andrade teve uma participação notável nos Jogos, alcançando o pódio em quatro ocasiões. Ela conquistou duas medalhas de prata, no salto e na competição individual geral, além de um bronze por equipes, com Jade Barbosa, Flávia Saraiva, Julia Soares e Lorrane Oliveira.

Esses desempenhos reforçam a posição de Rebeca como uma das maiores ginastas do momento. Sua técnica aprimorada, precisão inigualável e carisma admirável cativaram tanto os jurados quanto o público, reafirmando seu papel eminente no cenário esportivo global.

Reconhecimento pela superação

O ano de Rebeca se tornou ainda mais memorável com a conquista do Prêmio Laureus, conhecido como o “Oscar do esporte”, na categoria de Retorno do Ano. A cerimônia, realizada em Madri na última segunda-feira (21), emocionou a plateia com o discurso de agradecimento da atleta.

“Hoje, quero expressar minha gratidão a alguém muito especial, alguém que teve um papel essencial para que o mundo conhecesse não apenas a Rebeca atleta, mas também a Rebeca como pessoa. Essa pessoa é a minha psicóloga, Aline. Seu apoio incomparável, companheirismo e dedicação em todas as etapas foram cruciais para o meu processo de recuperação”. Rebeca fala sobre sua psicóloga.

Rebeca ganhou o Prêmio Laureus na categoria “Retorno do Ano” (Foto:Reprodução/Instagram/@rebecarandrade)

O que vem pela frente

Atualmente, Rebeca Andrade está se preparando para sua próxima grande competição: o Campeonato Mundial de Ginástica, que acontecerá em outubro na Indonésia. Contudo, é provável que ela não participe da prova de solo, considerando a alta exigência física.

Enquanto isso, Rebeca pode competir em outros eventos significativos, como as etapas da Copa do Mundo, o Troféu Brasil de 9 a 11 de maio, o Campeonato Brasileiro em setembro e o Torneio Nacional de Ginástica Artística em novembro.

Alana Maldonado conquista o primeiro ouro do judô nos Jogos Paralímpicos de Paris 2024

A brasileira Alana Maldonado conquistou, nesta sexta-feira, a primeira medalha de ouro do Brasil na modalidade judô nos Jogos Paralímpicos de Paris 2024, após vencer a chinesa Yue Wang con um ippon. Competindo na classe J2 para atletas com deficiência visual, Alana garantiu o bicampeonato ao somar seu segundo ouro paralímpico, após ter sido campeã em Tóquio 2020.

Após a conquista da medalha, a judoca refletiu sobre sua longa jornada até o pódio. “Eu sonhei muito com esse momento, me imaginava no pódio ouvindo o hino nacional”, contou Alana. Para ela, o ciclo foi particularmente difícil, com lesões e uma cirurgia que a mantiveram afastada das competições em 2023, além de enfrentar problemas de depressão e dúvidas sobre sua continuidade no esporte. Em um post no Instagram, a atleta comemorou contente ao lado da equipe:


Post de comemoração de Alana (Post: reprodução/instagram/@alanamaldonadooficial)


Alana, que já havia sido a primeira mulher brasileira a ganhar a medalha de ouro no judô em Tóquio 2020, reafirmou sua posição de destaque no esporte paralímpico, competindo pela categoria de judô feminino até 70kg.

Modalidades do Judô

A terceira modalidade mais premiada do Brasil nas Paralimpíadas, com 25 pódios, é o Judô. Disputado por atletas com deficiência visual, o esporte é dividido em categorias: peso corporal e tipo de deficiência visual. As lutas tendem a durar quatro minutos e podem se estender com a regra do Golden Score, onde vence o primeiro a marcar um ponto após o tempo regulamentar. 


Alana Maldonado competindo (Foto: reprodução/Alexandre Schneider/CPB)

De maneira diferente do judô convencional, os atletas iniciam o combate em contato com o quimono do oponente, e a luta é interrompida se esse contato for perdido. As categorias são: feminino – até 48kg, até 57kg, até 70kg e acima de 70kg; masculino – até 60kg, até 73kg, até 90kg e acima de 90kg.

Trajetória de Alana

Alana sempre teve paixão e habilidades nos esportes. Quando pequena, seu primeiro objetivo foi se tornar jogadora de futebol.

Eu sempre gostei de todos os esportes, sempre pratiquei todos até a minha visão me permitir. Então antes do judô, eu gostava muito do futebol… Futsal foi minha primeira paixão. Meu primeiro sonho de ser atleta profissional era de futsal.

Contudo, apesar do seu grande talento esportivo, Alana começou a perceber as dificuldades na sala de aula, o que a levou ao oftalmologista.

“Descobri que tinha a doença de Stargardt, que afeta o fundo dos olhos e a retina. Em questão de três meses, perdi 80% da visão.”

Atualmente, ela tem cerca de 10% de visão em um olho e 12% no outro, descrevendo sua visão como “assistir a uma televisão com imagem borrada”.


Entrevista á Alana Maldonado (Reprodução/YouTube/Olimpíada Todo Dia)

Na escola, Alana enfrentou bullying devido à sua condição visual, o que a fez reconsiderar sua carreira. Inicialmente, pensou em ser professora de judô, pois ainda não conhecia o mundo do esporte paralímpico. No entanto, sua trajetória deu uma guinada quando foi convocada para a seleção brasileira de judô, no qual praticava desde os 4 anos de idade. Ao conquistar sua primeira medalha , Alana percebeu que esse esporte era seu verdadeiro caminho. Desde então, ela decidiu se dedicar intensamente ao esporte, transformando sua paixão em uma vitoriosa carreira.

Brasil depende do vôlei para segundo maior número de medalhas da história

O Brasil poderá alcançar 20 medalhas neste sábado (10) se a seleção de vôlei feminino de quadra vencer a partida contra a Turquia. As equipes disputam a medalha de bronze nas Olimpíadas de Paris.

A responsabilidade para esse marco é exclusivamente da equipe de vôlei feminino, já que, a equipe de futebol está na final, e de qualquer maneira, já receberá uma medalha, resta saber a cor do metal se será ouro ou prata.

Se a seleção brasileira de vôlei vencer as turcas, o Brasil terá a segunda maior marca da história olímpica, irá superar as 19 medalhas conquistadas no Brasil em 2016, ficando atrás somente das 21 medalhas que alcançou na edição de Tóquio em 2020.


Quadro de medalhas olímpicas do Brasil (reprodução/Guilherme Costa/GE)


As equipes femininas de Vôlei

Durante a edição das Olimpíadas de Paris, a equipe brasileira de vôlei realizou excelente campanha, durante as eliminatórias da competição.

O deslize aconteceu na semifinal, quando o Brasil perdeu a para os Estados Unidos 3 sets a 2. Apesar da derrota brasileira, a equipe está confiante para a conquista do bronze.

No vôlei de praia, o Brasil garantiu o ouro na última sexta-feira (9) com Ana Patrícia e Duda, na vitória por 2 sets a 1 sobre o Canadá. Durante a partida as jogadoras adversárias discutiam de maneira enfática, quando foram surpreendidas com a música “Imagine” de John Lennon, que fala sobre paz, as atletas sorriram e o clima amistoso voltou na competição.


Melhores momentos da conquista do Ouro no vôlei de praia (vídeo: reprodução/YouTube/Olympics)


Agenda do Brasil nas Olimpíadas

O Brasil disputa o ouro no futebol feminino contra os Estados Unidos neste sábado (10) às 12h (horário de Brasília) a partida será transmitida na TV Globo e no Sportv.

O torneio feminino de vôlei será realizado também neste sábado, às 12h15 e será transmitido no Sportv 2.

Brasil pode ser ouro pela seleção de futebol feminino

Neste sábado (10), as Olimpíadas de Paris chega ao seu penúltimo dia. Embora a competição esteja no final, o Brasil poderá trazer medalha de ouro para casa, isso porque a seleção brasileira de futebol feminino disputa a final contra os Estados Unidos.

Outras duas equipes brasileiras competem o pódio neste sábado. A equipe de canoagem feminina de velocidade chegou à final, porém não conseguiram alcançar a medalha. Outra modalidade que disputará o bronze é o vôlei feminino de quadra, e a partida está marcada para às 11h (horário de Brasília)

A seleção brasileira de futebol feminino enfrentará os Estados Unidos em uma final olímpica pela terceira vez. Nas disputas anteriores, a equipe conquistou medalha de prata (Atenas-2004 e Pequim-2008).


https://www.youtube.com/watch?v=c8U-xGd8acU
Melhores momentos do pódio brasileiro na última sexta-feira (09) (Vídeo: reprodução/YouTube/GE/TVGlobo)

Na última sexta-feira (09), o Brasil subiu no pódio três vezes. Duda e Ana Patrícia trouxeram o ouro no vôlei de praia feminino, Isaquias Queiroz conquistou a prata na canoagem de velocidade masculina e Alison dos Santos alcançou a medalha de bronze nos 400 m com Barreiras.

Conquista Inédita

Se vencer o jogo de hoje, a equipe feminina de futebol será campeã olímpica pela primeira vez.

Apesar da preparação das jogadoras e confiança no futebol apresentado na competição, vencer os Estados Unidos não será uma tarefa fácil, isso porque a equipe americana é Tetracampeã olímpica.

A decisão será transmitida às 12h (de Brasília) ao vivo pela TV Globo e Sportv.

O Bronze no vôlei de quadra feminino

A equipe de vôlei de quadra feminino poderá trazer o bronze para casa. As brasileiras enfrentarão as turcas e estão confiantes para conquista da medalha, considerando a boa campanha nesta edição.

Na semifinal, a equipe brasileira foi eliminada pelas americanas, por 3 sets a 2, e ficou de fora da final olímpica.

A busca pelo bronze terá início às 12h15 e será transmitido ao vivo pelo Sportv2.

Viola Davis festeja vitória de Rebeca Andrade após ouro nas Olimpíadas: ‘Você é luz’

Na manhã desta segunda-feira (5), Viola Davis foi mais uma das celebridades que vibraram com a vitória de Rebeca Andrade após a jovem se consagrar como a melhor competidora no solo das Olimpíadas e conquistar a medalha de ouro. Através de suas redes sociais, Davis publicou uma linda homenagem à brasileira em seu Instagram e e celebrou o espírito esportivo entre as competidoras no pódio.

“Eu celebro você, Brasil! Rebeca, você é uma luz!. Esta é a imagem mais bonita de espírito esportivo, respeito e amor”, escreveu a atriz EGOT festejando a vitória de Rebeca e rasgando elogios a Simones Biles (2º lugar) e Jordan Chiles (3º lugar).


Viola Davis em suas redes (Foto: reprodução/Instagram/@violadavis)

Interação de Davis 

Nos últimos dias, após conquistar sua segunda medalha nos Jogos Olímpicos de Paris, Rebeca havia feito uma postagem comemorando e agradecendo seu treinador Francisco Porath Neto por todo apoio e dedicação com ela durante este período.

Ao ver a postagem, Viola se mostrou feliz e escreveu na língua portuguesa. “Eu te amo, Rebeca!!”, declarou a atriz. Após tomar conhecimento do comentário, Rebeca disse que ficou muito feliz e que quase desmaiou com o carinho da atriz a qual é muito fã. A atleta ainda contou que quase ligou para Tais Araújo para encontrar com ela e conhecer Davis, quando a atriz esteve presente aqui no Brasil para divulgar o filme “A Mulher Rei”

Maior medalhista brasileira 

Com a vitória no solo conquistada essa manhã, Rebeca Andrade, de 25 anos, se tornou a competidora brasileira com mais medalhas na história das Olimpíadas. Rebeca ultrapassou os velejadores Torben Grael e Robert Scheidt.

Ao decorrer de sua participação nos Jogos Olímpicos, a jovem ganhou a prata no individual geral e ouro no salto nas competições de Tóquio, e, agora em Paris, prata no individual geral, prata no salto, ouro no solo e medalha de bronze na competição por equipes.

Simone Biles comemora medalha de ouro soltando indireta à ex-companheira de equipe

Simone Biles celebrou mais uma conquista da medalha de ouro dos Estados Unidos junto a suas colegas de equipe na ginástica artística e aproveitou o festejo em uma publicação nas redes sociais com uma mensagem em tom irônico, como uma resposta a sua ex-companheira de equipe MyKayla Skinner, que aparece em um vídeo criticando o elenco feminino convocado para as Olimpíadas de Paris 2024.

Skinner criticou a postura das ginastas referindo-se a elas como “sem talento” e “sem ética de trabalho”, afirmando ainda que as atletas não trabalham duro como deveriam. A ex-companheira do time de Biles ficou fora nas eliminatórias das olimpíadas por ter se tornado mãe recentemente.

Após repercussão negativa, o vídeo foi removido da internet e Skinner se desculpou pelos comentários feitos, alegando que estava comparando as equipes de 2021 e 2024.

A foto publicada por Simone Biles tem a seguinte legenda: “Sem talento, preguiçosas e campeãs olímpicas” e conta com quase 3 milhões de curtidas e 37 mil comentários – alguns deles defendendo a equipe americana dos ataques de Skinner.


Publicação feita por Simone Biles como uma legenda indireta á MyKayla Skinner (Foto: reprodução/Instagram/@simonebiles)


Polêmicas que cercam MyKayla Skinner

Não é a primeira vez que o nome de MyKayla Skinner aparece em meio a polêmicas. Aos 27 anos, Skinner fez sua carreira na equipe de ginástica dos EUA durante um bom tempo e participou de diversos campeonatos mundiais e internacionais, sendo em alguns momentos, alvo de críticas por sua postura e comentários em redes sociais.

Em 2016, a ginasta foi destaque nas seletivas olímpicas, porém, não foi convocada para o elenco principal da equipe dos EUA para o Rio, ficando como reserva. 

Após o anúncio, Skinner retuitou postagens no até então twitter (agora X), com críticas e usando emojis racistas, além da fotomontagem onde Skinner colocava seu rosto na frente da foto original de Gabby Douglas, também ginasta. Posteriormente, pediu desculpas pelas ofensas, mas não se dirigiu diretamente a Douglas.


A foto que já foi removida continha emojis racistas e uma montagem onde Skinner colocou seu rosto junto ao corpo de Gabby Douglas, a real pessoa na foto (Foto: reprodução/x/@mskinner2016)

Durante uma competição com a Universidade da Califórnia em Los Angeles (UCLA) no ano de 2019, Skinner recebeu a nota de 9,925 por sua apresentação solo, mesma pontuação de Katelyn Ohashi que teve um desempenho menor. Skinner não conseguiu disfarçar sua indignação olhando para os juízes e precisou ser retirada do local por seu treinador.

Logo após a última polêmica envolvendo a ginasta, Skinner repostou um stories com a foto da equipe de ginástica de Paris 2024 com emojis de coração em forma de apoio ao time de Biles.


MyKayla Skinner repostou em seu Instagram uma foto da equipe de ginástica olímpica dos EUA após conquista da medalha de ouro (Foto: reprodução/Instagram/@mykaylaskinner2016)

Medalha de Ouro para os EUA

A equipe feminina de ginástica dos Estados Unidos nas Olimpíadas de Paris 2024, traz além de talento, a diversidade entre as mulheres.

Com Simone Biles, o time é composto por ginastas asiáticas, negras e hispânicas e reflete a importância das mudanças e oportunidades que o esporte vem trazendo ao longo dos anos. 

Uma das conquistas mais significativas para os Estados Unidos em termos de esporte olímpico é a medalha de ouro garantida por Gabby Douglas em Londres no ano de 2012, que foi também a primeira medalha para uma ginasta negra marcando a história.

A equipe americana deste ano tem as ginastas: Simone Biles, Jordan Chiles, Jade Carey, Sunisa Lee e Hezly Rivera, que juntas conquistaram o ouro com 171,296 pontos, deixando a medalha de prata para a Itália e a medalha de Bronze para o Brasil.