A primeira-dama dos Estados Unidos, Melania Trump, enviou uma carta pessoal ao presidente da Rússia, Vladimir Putin, sobre crianças afetadas pela guerra entre russos e ucranianos. A princípio, o documento foi entregue por Donald Trump durante a reunião com o líder russo no Alasca, segundo fontes da Casa Branca.
Contudo, Melania não participou da viagem, mas pediu que o marido entregasse a mensagem. De acordo com a agência de notícias internacional Reuters, a carta mencionava os sequestros de crianças ucranianas levadas para território russo.
Ucrânia acusa crime de guerra
O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky agradeceu o gesto de Melania em ligação com Donald Trump. Para a capital Kiev, a deportação forçada de menores representa crime de guerra.
Em 2023, o Tribunal Penal Internacional emitiu mandados de prisão contra Vladimir Putin e a comissária russa Maria Lvova-Belova. Ambos foram acusados de deportar ilegalmente crianças ucranianas. A Rússia, por outro lado, chama a prática de campanha humanitária para proteger órfãos em áreas de conflito.
Cúpula no Alasca e tensões diplomáticas
A entrega da carta ocorreu durante a primeira cúpula entre Estados Unidos e Rússia desde o início da guerra, em 2022. O encontro, realizado em uma base militar no Alasca, buscou alternativas para encerrar o conflito. Donald Trump declarou que tentaria recuperar parte dos territórios ocupados, mas admitiu que qualquer acordo exigiria concessões de ambos os lados. Já Putin apresentou sua primeira proposta formal: encerrar a guerra em troca do controle permanente de Donetsk e Lugansk.
Pronunciamento após reunião no Alasca (Vídeo: reprodução/YouTube/Metrópoles)
Apesar das alternativas, a sugestão não resultou em cessar-fogo imediato. Paralelamente, Trump convidou líderes europeus para um encontro em Washington com Zelensky, reforçando a necessidade de negociações multilaterais. Por outro lado, líderes da União Europeia defenderam que Kiev participe diretamente das conversas. Em declaração conjunta, afirmaram que apenas diplomacia ativa, apoio militar e pressão econômica podem forçar Moscou a encerrar a guerra. Enquanto isso, ataques russos seguem atingindo cidades ucranianas, ampliando a pressão internacional por uma solução definitiva.
