O impacto das tarifas de Trump no seu bolso: veja o que pode ficar mais caro

O presidente norte-americano Donald Trump prometeu na última segunda-feira (25), aumentar significativamente as tarifas sobre produtos vindos do México, Canadá e China. É esperado que itens de necessidade diária, como eletrodomésticos e eletrônicos, fiquem mais caros. Para quem pensa em economizar, a recomendação é adiantar algumas compras, antes que os preços subam, com taxas que variam de 10% a 60%.

O que são tarifas e por que elas impactam os preços

Tarifas são, basicamente, taxas cobradas sobre produtos importados, criadas para proteger a economia local e gerar mais receita para o governo. Só que, no fim das contas, quem paga essa conta é o consumidor. As empresas repassam o custo, e o resultado aparece no preço final de quase tudo. De acordo com um estudo do Peterson Institute for International Economics, se Trump realmente colocar tarifas de 20% sobre todas as importações e de 60% para produtos da China, uma família americana de classe média pode acabar gastando mais de US$ 2.600 por ano.

Itens que devem ficar mais caros:

  • 1. Eletrodomésticos
    A combinação dessas tarifas deve aumentar o preço médio de eletrodomésticos em 19,4%. Uma geladeira básica, por exemplo, pode saltar de US$ 650 para US$ 776, e para quem já está pensando em renovar a lavadora ou secadora, este pode ser o momento ideal para a compra.
  • 2. Laptops e tablets
    Produtos eletrônicos de consumo estão no centro das tarifas. Um laptop pode custar 45% a mais, representando um aumento de US$ 357 por produto, enquanto os tablets podem ficar US$ 201 mais caros. As tarifas não pouparão sequer os eletrônicos fabricados no México, outro grande fornecedor do mercado americano.
  • 3. Consoles de videogame
    Jogadores também sentirão o impacto: o preço de consoles de videogame pode subir até 40%, ou cerca de US$ 246 por unidade, devido à dependência quase total da China, que fornece 87% desses equipamentos.
  • 4. Smartphones
    A China é responsável por 78% das importações de smartphones para os EUA, e essas tarifas podem fazer com que eles fiquem 26% mais caros. Isso pode representar um aumento de US$ 213 no preço de um novo aparelho.
  • 5. Bicicletas elétricas
    As bicicletas elétricas, que já estão sujeitas a algumas tarifas, podem sofrer aumentos extras, por conta da dependência do mercado chinês. Para os consumidores que investem em transporte sustentável para o meio ambiente, o momento de adquirir uma bike elétrica pode ser agora.

Trump pretende aumentar as tarifas sobre produtos vindos do México, China e Canadá (Foto: reprodução/Pool/Getty Images Embed)


Preocupações sobre as tarifas

No fim das contas, as tarifas de Trump podem até parecer uma jogada para proteger a economia americana, mas, na prática, quem realmente sentirá o impacto são os consumidores, principalmente de outros países. Produtos essenciais e tecnológicos, como laptops, smartphones e até bicicletas elétricas, podem ficar absurdamente mais caros, enquanto alternativas para driblar esses custos, como mudar a produção para outros países, são complicadas e caras. Isso sem contar que o estoque de produtos, antes das tarifas, pode criar caos no mercado, elevando ainda mais os preços.

Segundo Scott Lincicome, vice-presidente de economia geral e comércio do Cato Institute, as tarifas podem ser flexibilizadas ou implementadas de forma gradual, como ocorreu em algumas ações do primeiro mandato de Trump. Isso significa que os aumentos de preços não são uma garantia imediata.

Estudo mostra desafios previdenciários crescentes para mulheres negras

Houve uma piora nos dados no período entre 2016 e 2022, segundo a IPEA Continue lendo →

Um estudo do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) divulgado nesta quinta-feira (15) revelou que, em 2022, 21,2% das mulheres negras no Brasil não tinham condições de contribuir para a Previdência, o que as coloca como o grupo mais vulnerável em termos de proteção previdenciária.

Esse cenário se intensificou bastante nos últimos 8 anos, e enquanto 21,2% delas não conseguem contribuir para a Previdência, apenas 6,8% dos homens brancos enfrentam a mesma situação. Esse aumento significativo na vulnerabilidade ocorreu entre 2016 e 2022, período em que a proteção previdenciária da população ocupada entre 16 e 59 anos também apresentou um declínio geral.

Aumento da desigualdade previdenciária

Além das dificuldades em contribuir para a Previdência, as mulheres negras enfrentam desafios adicionais no mercado de trabalho. Alguns dados da plataforma Retrato das Desigualdades de Gênero e Raça mostram que, em 2022, as mulheres dedicavam em média 10 horas semanais a mais do que os homens em tarefas domésticas e de cuidado não remuneradas.


Apenas 21% das mulheres negras ocupadas não conseguem contribuir para a Previdência (Foto: Reprodução/Previdência Social)

IPEA quer motivar mais debates

Segundo a IPEA, revelar esses dados ajuda a ampliar o debate sobre as desigualdades de gênero e raça que assolam o país. No mercado de trabalho remunerado, 52% das mulheres negras estavam ativas, em contraste com 54% das mulheres brancas. Já entre os homens, 75% dos negros e 74% dos brancos estavam empregados.

Em termos gerais, apenas 63% da população em idade ativa participava da força de trabalho, com os negros e negras sendo mais suscetíveis à serem subutilizados. Comparados aos brancos, eles enfrentam menos oportunidades de emprego, menores horas de trabalho e menos chances de crescimento profissional.

O Ipea destaca que os negros representam a maior parte dos mais de 23 milhões de brasileiros subutilizados no mercado de trabalho.

Nasdaq consegue superar os 17 mil pontos pela primeira vez na história

Nesta terça-feira (28), o índice Nasdaq atingiu um marco histórico ao fechar o pregão acima dos 17 mil pontos pela primeira vez. O índice, que representa as principais empresas de tecnologia, encerrou o dia aos 17.109,88 pontos, impulsionado por um desempenho excepcional da fabricante de semicondutores Nvidia. As ações da Nvidia subiram mais de 7%, encerrando o dia cotadas acima de US$ 1,1 mil.

A valorização da Nvidia é um dos principais fatores por trás desse recorde. A empresa está próxima de alcançar um valor de mercado de US$ 3 trilhões, colocando-a ao lado de gigantes como Microsoft e Apple, e até mesmo com potencial de se tornar a companhia mais valiosa do mundo, superando a Apple, que atualmente é avaliada em US$ 2,91 trilhões.

Impulso das gigantes de tecnologia

Além da Nvidia, outras empresas de tecnologia também contribuíram para o desempenho positivo do Nasdaq. As ações da Gamestop, varejista de videogames, tiveram um salto de 25,16% após a empresa anunciar a conclusão de uma oferta de ações de cerca de US$ 933,4 milhões. O objetivo da companhia é usar esses recursos para fins corporativos gerais, incluindo possíveis aquisições ou investimentos.

O setor de tecnologia do S&P 500 também liderou os ganhos entre os setores, enquanto outros, como saúde e indústria, enfrentaram quedas. Essa movimentação positiva no setor de tecnologia reflete a confiança dos investidores nas perspectivas de crescimento e inovação contínua dessas empresas.


Prédio da Nvidia (Reprodução/euqueroinvestir)

Política monetária dos EUA e expectativas do mercado

O recente recorde do Nasdaq também está ligado às expectativas dos investidores em relação à política monetária dos Estados Unidos. Com os juros no maior nível em quase 23 anos, entre 5,25% e 5,50% ao ano desde julho de 2023, muitos investidores esperam que o Federal Reserve (Fed) inicie um afrouxamento monetário ainda neste ano. As chances de uma redução nos juros, de pelo menos 0,25 ponto porcentual, estão acima de 50% para os meses de novembro e dezembro, de acordo com a ferramenta de monitoramento FedWatch, do CME Group.

Enquanto isso, os discursos de dirigentes do Fed continuam a calibrar as expectativas. O presidente da unidade do Fed de Minneapolis, Neel Kashkari, afirmou que não descarta cortes nos juros, mas destacou que o colegiado do banco central precisa ter mais confiança na desaceleração da inflação para tomar tal decisão.

Impactos no Dow Jones e S&P 500

Enquanto o Nasdaq celebrava seu recorde, os outros índices tiveram desempenhos mistos. O Dow Jones caiu 0,55%, fechando aos 38.852,86 pontos, enquanto o S&P 500 teve uma leve alta de 0,02%, encerrando o dia aos 5.306,04 pontos. Os rendimentos dos Treasuries, que subiram para picos em várias semanas após fracos leilões de dívida, pressionaram os mercados.


Dentro do Prédio da Dow Jones (Reprodução/Brendan Mcdermid/Reuters)

Os investidores continuam atentos aos dados de inflação dos Estados Unidos, que poderão influenciar ainda mais as expectativas de cortes nos juros do Fed. Segundo Quincy Krosby, estrategista-chefe global da LPL Financial, o mercado não quer ver os rendimentos subindo a um nível que ameace a economia e o consumidor, frustrando o cronograma de flexibilização do Fed.

O cenário atual, com altas expectativas de cortes nos juros e um desempenho robusto das empresas de tecnologia, coloca os mercados em um estado de vigilância contínua, esperando por novos desenvolvimentos econômicos que possam moldar o futuro próximo.

Nubank se torna o banco mais valioso da América Latina e desbanca o Itaú

Nesta terça-feira (28), o Nubank (ROXO34) fechou o pregão como o banco mais valioso da América Latina, com uma capitalização de mercado de US$ 58 bilhões, equivalente a R$ 299,2 bilhões pela cotação atual. A instituição desbancou o Itaú Unibanco (ITUB4), que encerrou o dia avaliado em US$ 56 bilhões, cerca de R$ 288,6 bilhões. Este marco representa a primeira vez em dois anos que o Nubank ultrapassa o Itaú no fechamento do mercado.

A valorização do Nubank reflete um aumento de 3,8% em suas ações, contrastando com a queda de 0,54% nas ações do Itaú. A fintech, que é negociada na Bolsa de Nova York (NYSE) e possui recibos de ações (BDRs) na B3, está em uma trajetória ascendente desde o início do ano passado.

Crescimento acelerado

A liderança do Nubank foi impulsionada por uma recuperação significativa desde o início do ano passado. Em março deste ano, já havia superado a Vale em valor de mercado na B3. A valorização das ações na Bolsa de Nova York, no entanto, foi o principal motor dessa ascensão. Em 2024, as ações da fintech acumularam uma alta de quase 47%, enquanto os BDRs registraram uma valorização de 51,45%.

O desempenho do Itaú, por outro lado, não acompanhou o mesmo ritmo. As ações do banco tradicional sofreram uma queda de pouco mais de 3% no acumulado do ano, apesar de lucros recordes. Essa diferença de desempenho destaca a volatilidade e o potencial de crescimento das fintechs em comparação com os bancos tradicionais.


Agência do Itaú (Representação/investnews)

Conquista histórica

Esta não é a primeira vez que o Nubank ultrapassa o Itaú em valor de mercado neste mês. Na última sexta-feira, já havia superado o Itaú durante o pregão, mas fechou o dia ligeiramente abaixo do rival. A última vez que o Nubank manteve a liderança ao final do pregão foi no início de 2022, pouco depois de seu IPO.

O mercado financeiro observa essa competição de perto, especialmente considerando que, no início de abril, as avaliações das instituições estavam quase empatadas. Analistas do BTG previam que o Nubank poderia se tornar o banco mais valioso da América Latina devido ao desempenho positivo de suas ações e as perspectivas de crescimento, especialmente no México.

Perspectivas futuras

A disputa entre Nubank e Itaú ilustra a crescente importância das fintechs no setor bancário. O Nubank, com sua abordagem digital e expansiva, atraiu uma base de clientes robusta e diversificada na América Latina. O banco adicionou 5,5 milhões de clientes no último trimestre, alcançando uma receita de US$ 2,7 bilhões. Com mais de 100 milhões de clientes no Brasil, México e Colômbia, o Nubank se tornou um nome proeminente nos mercados emergentes.


Prédio da Nubank (Representação/sejacriativo)

No entanto, os analistas alertam para a volatilidade das ações do Nubank. Embora o banco digital tenha mostrado um crescimento impressionante, suas ações tendem a ser mais voláteis em comparação com as dos bancos tradicionais. A XP Investimentos destaca que, apesar do crescimento acelerado e das novas verticais de negócio, as ações do Itaú ainda são consideradas um investimento mais seguro e previsível.

No longo prazo, o desempenho do Nubank dependerá de sua capacidade de manter a qualidade do crédito e expandir suas operações sem aumentar significativamente os riscos. A competição com os bancos tradicionais, que continuam a adaptar suas estratégias, será um fator crucial na definição do futuro do setor bancário na América Latina.

Hoje (29), as ações da Nubank (ROXO34) tiveram uma queda de 3,35%, e as ações do Itaú (ITUB4) tiveram uma queda de 0,70%.

Ações da Yduqs sofrem aumento de 10% e impulsionam o mercado

As ações da Yduqs foram o destaque desta terça-feira (21) na bolsa de valores, com uma grande alta de 10,22% após o anúncio da divulgação de projeções nos próximos cinco anos. No entanto, o desempenho das ações em 2024 ainda estão no negativo, com uma queda de 37%.

A companhia de ensino na divulgação de seu guidance projetou um fluxo de caixa operacional com cerca de R$8 bilhões e R$10 bilhões, o que animou o mercado e seus investidores.

Estimativas de Lucro Líquido

A Yduqs tem a estimativa de obter um lucro líquido por ação neste ano entre R$ 1,6 e R$ 1,9. Ela projetou, também para 2025, um resultado de lucro líquido por ação entre R$ 2 e R$ 3. No ano consecutivo, foi um cálculo entre R$ 2,5 e R$ 3,5. Nos períodos entre os anos de 2027 a 2029, a projeção de lucro líquido foi parar entre R$ 3 e R$ 4.


Painel mostrando o desempenho do mercado de ações na B3
(Foto: reprodução/Daniel Texeira/Estadão Conteúdo)

Os analistas do banco Citi afirmam que as projeções para 2024 da Yduqs estão aliadas às expectativas deles, mas que as guidances para os anos seguintes chegam a superar as estimativas, embora acreditem que há uma dispersão elevada devido aos cenários de alta que aconteceu com as ações.

Em nota aos seus clientes, o banco Citi afirma que, “em qualquer caso, as ações poderiam estar sendo negociadas (a um múltiplo) P/L estimado para 2025 entre 4,4-6,6 vezes nos cenários ‘bull-bear’ do guidance, o que provavelmente explica a reação positiva das ações”.

Para o banco XP, os números apresentados para receita, Ebitda e lucro estão ligeiramente abaixo de suas expectativas, exceto para o lucro líquido de 2028 e 2029. Isso seria ruim, mas dá a garantia de que a Yduqs possa entregar os resultados esperados, além de conseguir ter uma previsibilidade maior.

Ações da Yduqs no presente

As ações da Yduqs (YDUQ3) apresentaram hoje, quarta-feira (22), um aumento de 1,09%, atingindo o valor de R$13,96 por ação, demonstrando que sua alta ainda se mantém ativa embora no começo do mercado tenha atingido R$14,49.

Petrobras registra alta de 1,3% após anúncio de possível retomada de dividendos

As ações da Petrobras sofreram uma alta recentemente de 1,3%, nesta última segunda-feira (22), impulsionadas principalmente pela expectativa de retomada de pagamentos de dividendos da estatal petrolífera.

O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, fez declarações dizendo que a distribuição de dividendos extraordinários foi tema discutido no conselho de administração, levando em conta questões econômicas e as necessidades da Fazenda. Uma decisão final sobre o assunto deve ocorrer ainda nesta semana, em uma assembleia marcada para a próxima quarta-feira, dia 25.

Dividendos não devem comprometer saúde da empresa

No entanto, a distribuição de dividendos extraordinários não deve comprometer a sustentabilidade da empresa, afirmou o conselho da estatal após ficar satisfeito com os esclarecimentos prestados pela diretoria financeira.

Após uma reunião realizada em 7 de março, o conselho decidiu que o valor de 43,9 bilhões de reais deveria ser retido para formação de uma reserva estatutária, em vez de fazer a distribuição do montante do lucro remanescente do exercício de 2023 como dividendo extraordinário.


Sede da Petrobras (Foto: reprodução/Anadolu/Anadolu/Getty Images Embed)


A diretoria da Petrobras chegou a propôr distribuir 50% dos dividendos extraordinários, mas o conselho não concordou, causando conflitos entre o ministro de Minas e Energia e o presidente executivo. No entanto, mesmo com esse conflito inicial, o presidente afirmou que a proposta poderia ser aprovada em uma assembleia de acionistas em abril.

Conselho opta por reter 100% dos dividendos

O conselho então decidiu optar por reter 100% dos dividendos extraordinários em uma reserva estatutária, considerando-o um contratempo. Em um comunicado recente, a Petrobras mencionou que o conselho avaliará a distribuição dos 50% restantes ao longo do ano. A expectativa de retomada dos dividendos impulsionou as ações da empresa, que subiram mais de 1%.

Agora os acionistas da empresa esperam que o bom momento continue, principalmente agora que a empresa parece que pode voltar a se tornar uma alternativa segura de investimento para o mercado.