Brasil enfrenta Argentina no Monumental de Núñez em clima quente pelas Eliminatórias

Brasil e Argentina voltam a se enfrentar nesta terça-feira (25), às 21h (de Brasília), no Monumental de Núñez, em Buenos Aires, pela 14ª rodada das Eliminatórias da Copa do Mundo de 2026. O clássico carrega uma rivalidade centenária, mas chega, desta vez, envolto em provocações, desfalques importantes e um cenário que pode definir o futuro das seleções na competição.

A TV Globo transmitirá a partida, com Luis Roberto na narração e comentários de Júnior e Roger Flores. No sportv, Luiz Carlos Júnior comanda a transmissão ao lado de Lédio Carmona e Ricardinho. O duelo será o primeiro em duas décadas sem a presença de Lionel Messi ou Neymar, deixando a responsabilidade ofensiva nas mãos de novos protagonistas.

Com o estádio completamente lotado, os argentinos entram em campo embalados por uma vitória sobre o Uruguai e lideram as Eliminatórias com 28 pontos. Dependendo do resultado do confronto entre Bolívia e Uruguai, que ocorre às 17h, a Albiceleste pode garantir matematicamente a vaga no Mundial antes mesmo do apito inicial contra o Brasil. Um simples empate já confirma a classificação, independentemente dos outros jogos da rodada.

Já a Seleção Brasileira, sob o comando de Dorival Júnior, busca estabilidade e um desempenho mais convincente. Atualmente, ocupa a terceira posição, com 21 pontos, e vem de uma suada vitória por 2 a 1 sobre a Colômbia, conquistada nos acréscimos. Além disso, tenta quebrar um longo jejum de vitórias em solo argentino, que já dura 16 anos.

Provocações esquentam os ânimos antes do clássico

A rivalidade entre Brasil e Argentina ultrapassa as quatro linhas, e as declarações do atacante Raphinha adicionaram ainda mais combustível à tensão. Durante entrevista ao ex-jogador Romário, o camisa 11 da Seleção Brasileira afirmou que está pronto para um duelo físico e prometeu marcar um gol. “Porrada neles. No campo e fora, se tiver que ser!”, declarou o jogador do Barcelona, incendiando ainda mais o clássico.


Raphinha durante entrevista ao ex-jogador Romário (Vídeo: reprodução/Instagram/@romariotv_oficial)


A imprensa argentina repercutiu rapidamente a fala do brasileiro. O jornal “Olé” destacou a declaração como uma “áspera promessa”, enquanto veículos como “TyC Sports” e “El Gráfico” deram grande visibilidade ao tom desafiador de Raphinha.

A provocação chegou até a Federação Argentina de Futebol (AFA), que publicou um vídeo em tom de resposta ao brasileiro, utilizando a trilha sonora do filme “Jogos Vorazes” e exibindo momentos em que os argentinos superaram a Seleção Brasileira em campo. A legenda da publicação alfinetava: “Coisas estranhas aconteceram aqui”.


Federação Argentina em resposta a declaração de Raphinha (Vídeo: reprodução/Instagram/@afaseleccionen)


O clima quente entre os jogadores também remete a episódios anteriores. Em 2021, Raphinha foi atingido por uma cotovelada de Otamendi durante um clássico disputado em território argentino. O lance passou despercebido pela arbitragem, e o brasileiro precisou levar cinco pontos na boca. Agora, ele retorna ao país com ainda mais motivação para buscar a vitória.

Provável escalação do Brasil

Para a partida, o técnico Dorival Júnior promoverá mudanças significativas na escalação do Brasil. Sem Gabriel Magalhães e Bruno Guimarães, suspensos, além de Gerson, lesionado, a equipe contará com Murillo, André e Joelinton como substitutos.

Outra baixa importante é a do goleiro Alisson, que sofreu um choque na cabeça no último jogo e não poderá atuar devido ao protocolo de concussão. Bento assumirá a posição. Além dessas alterações forçadas, Dorival optou por escalar Wesley na lateral-direita e Matheus Cunha no ataque.

  • Provável escalação do Brasil: Bento; Wesley, Marquinhos, Murillo e Guilherme Arana; André, Joelinton e Raphinha; Vini Jr., Rodrygo e Matheus Cunha.
  • Desfalques: Ederson, Danilo, Neymar e Gerson (lesionados), Alisson (protocolo de concussão), Gabriel Magalhães e Bruno Guimarães (suspensos).
  • Pendurados: André, Joelinton, Matheus Cunha, Raphinha, Rodrygo e Vini Jr.

Provável escalação do Brasil contra a Argentina (Foto: reprodução/X/@TNTSportsBR)

Provável escalação da Argentina

A Argentina também chega com baixas relevantes. Messi e Lautaro Martínez estão fora por lesão, e Nicolás González cumpre suspensão. No entanto, a equipe comandada por Lionel Scaloni contará com o retorno de Rodrigo De Paul, recuperado de um desconforto muscular. O meio-campista deve substituir Giuliano Simeone, enquanto o restante da equipe será mantido.

  • Provável escalação da Argentina: Dibu Martínez; Molina, Romero, Otamendi e Tagliafico; Rodrigo De Paul, Leandro Paredes, Enzo Fernández e Alexis Mac Allister; Thiago Almada e Julián Álvarez.
  • Desfalques: Messi, Lautaro Martínez (lesionados) e Nicolás González (suspenso).

Arbitragem

O desempenho da arbitragem será um fator determinante no clássico. Jogos entre Brasil e Argentina costumam ser marcados por intensidade e entradas duras, o que exigirá atenção especial do árbitro Andres Rojas.

A escolha de um trio colombiano para conduzir a partida gerou repercussões entre torcedores e especialistas, que esperam um critério equilibrado diante da forte rivalidade. O árbitro será auxiliado por Alexander Guzman e Richard Ortíz, enquanto Carlos Betancur atuará como quarto árbitro. No comando do VAR, John Perdomo terá a responsabilidade de intervir em lances polêmicos e garantir que o duelo seja decidido dentro das quatro linhas.

Entenda a hegemonia do futebol brasileiro na Libertadores da América

A supremacia brasileira no futebol sul-americano é inegável, especialmente nos últimos anos. Assim como ocorreu nas últimas cinco edições, o Brasil estará mais uma vez representado na final da Libertadores. No próximo sábado (30), às 17h (horário de Brasília), Atlético-MG e Botafogo disputarão o título no Monumental de Núñez, em Buenos Aires, na Argentina.

Hegemonia do futebol brasileiro

Esse domínio brasileiro tem relação direta com mudanças significativas no cenário futebolístico da América do Sul. Em 2016, a Conmebol ampliou o número de vagas para a Libertadores via Campeonato Brasileiro, transformando o G-4 em G-6, com a possibilidade de alcançar até o G-9 dependendo dos campeões da Libertadores, Sul-Americana e Copa do Brasil.


Casa do River Plate, Monumental de Núñez será palco da final da Libertadores (Foto: reprodução/River Plate)

Além disso, a saúde financeira dos clubes brasileiros teve um papel determinante. A reestruturação iniciada por equipes como Flamengo e Palmeiras no início da década passada elevou o nível de competitividade. Esses clubes passaram a atrair jogadores de alta qualidade, superando outros times do continente, e deixaram de vender atletas por valores baixos, priorizando o equilíbrio econômico e o planejamento estratégico.

Outro marco importante foi a aprovação da Lei das SAFs (Sociedades Anônimas do Futebol) em 2021. Essa mudança permitiu que muitos clubes brasileiros regularizassem suas dívidas e se tornassem mais estruturados e competitivos. Um exemplo claro é o Botafogo, que, sob o comando do empresário John Textor, não apenas conta com recursos financeiros robustos, mas também investe em um trabalho eficiente de scout e no fortalecimento da marca. Esse conjunto de fatores transformou o Alvinegro em uma potência do futebol sul-americano.

Brasil ampliando o recorde

O Brasil já detém o recorde de maior sequência de títulos da Libertadores conquistados por um único país, com cinco conquistas consecutivas. Esse número subirá para seis no sábado, independentemente de quem vença, Atlético-MG ou Botafogo. A perspectiva é que essa hegemonia se mantenha, já que a disparidade técnica entre os clubes brasileiros e os demais do continente tende a persistir por mais alguns anos.

A final da Libertadores deste ano é mais um reflexo da força do futebol brasileiro, sustentada por uma combinação de gestão eficiente, recursos financeiros e investimento em talento, consolidando o Brasil como líder incontestável no cenário sul-americano.

Estádio do River Plate, sede da final da Libertadores, é interditado pela polícia

A última terça-feira (29) foi marcada por uma série de incidentes para o River Plate, tanto em campo quanto fora dele. Além da eliminação diante do Atlético-MG, na semifinal da Copa Libertadores, o clube agora enfrenta penalidades financeiras devido ao show pirotécnico promovido por sua torcida no Monumental de Núñez, momentos antes do início da partida.

Após o empate sem gols entre River Plate e Atlético-MG, agentes da Polícia Municipal de Buenos Aires e da Agência Governamental de Controle inspecionaram o estádio e determinaram sua interdição até que uma multa fosse paga. Segundo o jornal “Diario Olé”, o motivo seria a presença de fogos de artifício localizados em um dos banheiros do estádio.


Sinalizador de acesso na torcida do Ríver Plate (Foto: reprodução/Marcelo Endelli/Getty Images Ebed)


Uma festa histórica no Monumental

Os torcedores do River Plate protagonizaram uma das celebrações mais intensas da competição, com uma recepção impressionante das equipes, marcada por sinalizadores e fogos. Contudo, a Conmebol proíbe o uso de artefatos pirotécnicos, por motivos de segurança. Mesmo com a grandiosidade da torcida, o Atlético-MG manteve o controle e, com a vantagem construída após a vitória por 3 a 0 no jogo de ida, não cedeu à pressão do Monumental, conquistando a classificação para a final.

Final da Libertadores

Apesar das sanções ao estádio, a Conmebol garantiu que a grande final da Libertadores será realizada no Monumental de Núñez. A expectativa de uma final entre times brasileiros gerou debates sobre a capacidade do estádio, que comporta mais de 80 mil pessoas. Alguns sugeriram o estádio do Independiente, com capacidade para 42 mil espectadores, como alternativa. No entanto, a entidade confirmou que a decisão será mantida no Monumental, local já anunciado no dia 4 de outubro.

Ao menos por enquanto, a alta cúpula da entidade garante o que foi anunciado no dia 4 de outubro: a finalíssima, marcada para o dia 30 de novembro, um sábado, será realizada no Monumental. O horário ainda não foi confirmado.

A finalíssima está marcada para o dia 30 de novembro, um sábado, ainda sem horário definido. Classificado, o Atlético-MG aguarda o desfecho entre Peñarol e Botafogo. Na partida de ida, no Estádio Nilton Santos, o Botafogo goleou os uruguaios por 5 a 0, e o confronto de volta ocorre nesta quarta-feira (30), às 21h30 (horário de Brasília), no Estádio Centenário, em Montevidéu.

Conmebol confirma Monumental de Núñez como sede da final da Libertadores

A final da Copa Libertadores é o objetivo de todo clube. As equipes que ainda restam na competição em 2024 já sabem onde podem jogar caso avance à final. A Conmebol anunciou na última sexta-feira (4), que o Monumental de Núñez, casa do River Plate em Buenos Aires, será a sede da decisão do mais importante torneio das Américas este ano.

Final em casa

Buenos Aires já havia sido escolhida para sediar a decisão em 2024. No entanto, a cancha ainda não havia sido definida pela entidade sul-americana de futebol. Com a confirmação, o River Plate, que jogará a semifinal contra o Atlético-MG, terá a chance de jogar em casa.

O Monumental de Núñez era mesmo o favorito para receber a decisão. No entanto, a Conmebol demorou para definir a sede por conta de uma precaução da entidade. Ela aguardava a definição das equipes postulantes ao título para escolher o local. Será a primeira vez que o estádio do River Plate recebe uma final única da Libertadores.


River Plate pode jogar em casa a final da Libertadores 2024 (Foto: reprodução/Instagram/@riverplate)

Segundo a Conmebol, a escolha pelo Monumental de Núñez se deve pela capacidade do estádio, assim como sua história através dos anos.

O Estádio Monumental, com capacidade para mais de 84 mil espectadores, foi escolhido por sua moderna infraestrutura, sua vasta história esportiva e sua capacidade de receber o grande número de torcedores que acompanham os atuais clubes semifinalistas, garantindo assim um cenário com capacidade compatível com a magnitude do evento

Brasil segue vivo

Apesar da decisão ser na Argentina, os brasileiros seguem vivos na Libertadores. Das quatro equipes restantes, duas são brasileiras: Atlético-MG e Botafogo. Se os dois ganharem suas partidas contra River Plate e Peñarol, respectivamente, a decisão será, mais uma vez, entre clubes do Brasil.


Botafogo enfrenta o Peñarol na semifinal da Libertdores (Foto: reprodução/Instagram/Thiago Ribeiro/@botafogo)

O Galo receberá o River Plate no dia 22 de outubro na Arena MRV. Por outro lado, o Botafogo jogará contra o Peñarol um dia depois: 23 de outubro. Na semana seguinte, as equipes farão o jogo decisivo fora de casa para definição dos dois finalistas.