Onda de calor atinge Moscou com 35°C

A capital Moscou registrou o dia mais quente de 2025 na quinta-feira (20). Os termômetros atingiram o recorde de 35ºC e Moscou passou por um pico de calor incomum. 

A região é geograficamente conhecida como uma das mais frias do planeta. Contudo, o calor forçou a população a buscar alívio imediato em fontes, lagos e áreas verdes da cidade.

Meteorologistas disseram surpresos com o contraste do clima com o mês anterior. O mês de junho para os russos foi marcado por temperaturas abaixo da média e altos índices de chuva. A mudança de clima expõe os sinais de desequilíbrio climático observados em todo o planeta.

Calor desafia e exige atenção

As previsões apontam que o calor extremo deve perdurar durante todo o fim de semana, mas que haverá queda nas temperaturas na semana seguinte. As autoridades russas estão monitorando a situação, mas a população tem enfrentado um desconforto térmico.

Especialistas afirmam que o fenômeno representa um desvio significativo dos padrões climáticos históricos da região continental. O calor fora do comum será monitorado, bem como as intensidades, evoluções climáticas e eventos extremos.


Rússia tem onda de calor e dia mais quente do ano (Vídeo: reprodução/YouTube/CNN Brasil)

Recorde europeu e verões intensos

O mundo todo vem enfrentando ondas de calor que têm ultrapassado limites e batido recordes. O observatório europeu Copernicus afirmou no ano passado que os 12 meses entre abril de 2023 e março de 2024 registraram os climas mais quentes do planeta.

Já nesse ano, o observatório mostrou dados apontando que junho de 2025 foi o terceiro mais quente da história global. Sensações térmicas de até 46°C afetaram países como Espanha e Portugal, enquanto a Europa Ocidental registrou temperaturas acima dos 38°C.

O continente europeu aquece duas vezes mais rápido que a média global. A projeção climática aponta que até o fim do século o número de dias de calor extremo pode multiplicar por dez, com picos que podem atingir 50°C.

Dois russos morrem após ataque aéreo ucraniano

Um lançamento de drones no território russo pela Ucrânia, na noite de quinta e na madrugada desta sexta-feira (11), deixou dois mortos, um em Lipetsk, no sudoeste da Rússia, e outro em Tula, a cerca de 200 km de Moscou.

O governador de Lipetsk, Igor Artamonov, afirmou, através do aplicativo Telegram, que um dos objetos aéreos caiu na região, provocando incêndio e matando uma pessoa, além de ferir outra. Já em Tula, o governador Dmitry Milyaev confirmou a morte de mais um indivíduo.

Drones tentam atingir Moscou

Dos 155 drones abatidos pelo Ministério da Defesa da Rússia, 11 dirigiam-se a Moscou – revelou a pasta pelo Telegram. Ainda segundo o órgão, a maior parte dos artefatos foi desmobilizada perto da fronteira com a Ucrânia.


O céu estrelado de Moscou foi alvo de ataques aéreos ucranianos (Foto: reprodução/Sefa Karacan/Anadolu/Getty Images Embed)


Na capital russa, três dos quatro aeroportos suspenderam temporariamente suas operações, mas retomaram ainda na noite de quinta-feira.

As investidas foram realizadas das 23h dessa quinta até 7h de sexta.

Ofensiva ocorre após Rússia realizar o maior ataque de drones desde início da guerra

A ação ucraniana foi uma resposta à intensificação da agressão russa ao país vizinho. Na noite dessa quarta feira (9), foram abatidos 728 drones russos no espaço aéreo ucraniano – um número recorde desde o início da guerra, em fevereiro de 2022.

A quantidade ultrapassou a marca máxima anterior de 539 dispositivos, lançados em 4 de julho. Naquela ocasião, os EUA, na figura do presidente Donald Trump, reavaliaram a diminuição de ajuda militar à Ucrânia, comprometendo-se a continuar ajudando o país invadido.

O alvo principal dos ataques russos de quarta-feira foi a cidade ucraniana de Lutsk, próxima à fronteira com a Polônia. A situação ameaçadora fez com que Varsóvia reforçasse sua própria defesa.

Segundo Kiev, a represália teve como objetivo destruir infraestrutura de guerra russa e não atingir civis.