Tailândia entra na rota da Fórmula 1 com plano de sediar GP em 2028

Nesta terça-feira (18), Stefano Domenicali, o presidente da Fórmula 1, esteve na Tailândia para discutir a possibilidade de um evento pelas ruas de Bangkok, a capital tailandesa. Durante a visita, Domenicali se encontrou com a primeira-ministra, Paetongtarn Shinawatra, que demonstrou o interesse do país em fazer parte do calendário da F1 pela primeira vez.

Atualmente, a categoria conta com 24 etapas, mas a saída do GP da Holanda após 2026 e a inclusão do GP da Bélgica no sistema de rodízio, abrem a possibilidade de discutir a adição de novas provas.

“Fiquei muito feliz em me encontrar com Paetongtarn Shinawatra, a Primeira-Ministra da Tailândia, e sua equipe hoje para discutir seus planos impressionantes de sediar uma corrida em Bangkok”, afirmou Domenicali. “Estou ansioso para continuar nossas discussões nas próximas semanas e meses.”


Stefano Domenicali e primeira-ministra tailandêsa, Paetongtarn Shinawatra, em reunião sobre um possível GP em Bangkok (Foto: reprodução/Instagram/@ingshin.forever)

Como seria o circuito tailandês

Já existe no país uma pista em condições de receber um GP de Fórmula 1. O Circuito Internacional de Buriram possui nível 1 da FIA e está pronto para receber a competição. Atualmente, o local sedia uma etapa da MotoGP, campeonato que também tem a Liberty Media como proprietária.

Mesmo com esse circuito, a primeira-ministra revelou que a ideia principal é construir um novo circuito de rua na capital para receber a Fórmula 1. Shinawatra diz que todo o país será beneficiado com o evento e planeja a entrada no calendário da Fórmula 1, já em 2028.

Outros países procuram sediar a Fórmula 1

Não é surpresa para ninguém que a Fórmula 1 tem procurado aumentar as pistas no calendário ao longo dos próximos anos.

A Espanha, por exemplo, vai ter uma substituição da pista de Barcelona pelo circuito de rua em Madri: o Madring, como será chamado. Mas além dessa mudança no mesmo país, existem diversos novos países interessados em sediar a principal categoria do automobilismo.

Um deles é o pais africano, Ruanda, que oficializou a candidatura para receber uma corrida no fim do ano passado e já pretende construir um autódromo na capital do pais, Kigali. Também existe a chance de uma corrida na África do Sul, que já foi sede com o circuito de Kyalami e agora abriu uma licitação para atrair interessados no grande prêmio.

A chegada desses novos países só pode acontecer às custas de remoção ou redução da participação de circuitos tradicionais do calendário da Fórmula 1. O promotor da pista Spa-Francorchamps, GP da Bélgica, afirmou que a ideia da F1 é diminuir as corridas em países europeus, visto que o circuito belga teve contrato renovado até 2031, mas não está confirmado para 2028 e 2030.


O Circuito de Spa-Francorchamps, GP da Bélgica (Foto: reprodução/Fórmula 1)

Próxima etapa da Fórmula 1

Fórmula 1 retorna no próximo fim de semana, entre os dias 21 e 23 de março, direto de Xangai, com o GP da China.

Como o país vai sediar a primeira corrida sprint do ano, o único treino livre está programado para a madrugada de sexta-feira (21), à 00h30 no horário de Brasília. Poucas horas depois, às 04h30, os carros voltam à pista para a classificação da prova curta.

Na virada de sexta para sábado (22), exatamente à 00h, as luzes se apagam para a sprint. Momentos depois, às 4h, acontece a classificação do GP da China. Por fim, a largada da segunda etapa da temporada está marcada para as 4h de domingo (23).

Lewis Hamilton sugere fim de semana combinado entre MotoGP e F1: “Seria épico”

A empresa que cuida do gerenciamento da Fórmula 1 desde 2016, a Liberty Media, anunciou oficialmente algum tempo atrás, que adquiriu a MotoGP em uma transação bilionária de 4,2 bilhões de libras, que se convertem a 26 bilhões de reais. Na visão do futuro piloto da Escuderia Ferrari, foi um ótimo negócio, pois assim, abriria portas para uma difícil oportunidade, porém possível, um final de semana para as duas categorias, um prato cheio aos fãs de velocidade.

De acordo com Hamilton, a Liberty, faz um ótimo trabalho na Fórmula 1, assim consequentemente, aumentando o valor da categoria e acha que eles podem fazer um ótimo trabalho no gerenciamento da MotoGP. Lewis, complementa, dizendo que ama a competição de moto velocidade e seria algo épico ter ambas as categorias no mesmo final de semana.

Troca entre F1 e MotoGP

Não é uma sugestão nova do piloto britânico, pois o mesmo, já teve experiência com uma moto da categoria no ano de 2019. Naquele ano, trocou de equipamentos com a lenda da categoria e também heptacampeão, Valentino Rossi.

Valentino Rossi e Lewis Hamilton. Foto: (Reprodução/Guido de Bortoli/Getty Images)

Na ocasião, os dois se encontraram no Circuito Ricardo Tormo, localizado em Valência, na Espanha. Hamilton pilotou a Yamaha do italiano e Rossi, conduziu o W08, carro especial, no qual o britânico foi tetracampeão mundial da Fórmula 1 em 2017.

Segundo o diretor da Yamaha na MotoGP Massimo Meregalli, era apenas a nona vez de Hamilton com uma moto de corrida, e as condições de tempo não eram ideais para a pilotagem, porém o piloto da Mercedes só freou quando viu a bandeira quadriculada.

Por outro lado, Valentino Rossi já estava mais familiarizado com carros de F1. O italiano, aposentado desde 2021, guiou carros da categoria em 2004, 2005, 2006 e 2010, porém nestas vezes em Ferraris, chegou a surpreender Michael Schumacher, então piloto da época na Escuderia.