Natação e superação: a jornada de Maike Allan, ex-BBB que transformou o esporte em lição de vida

Antes de se tornar uma figura conhecida pelo público do Big Brother Brasil, o paulistano Maike Allan já trilhava uma jornada de disciplina e superação. Sua história, no entanto, não começou nos holofotes da TV, mas nas piscinas. Durante anos, a natação foi muito mais do que um esporte para Maike: foi uma verdadeira escola de vida que moldou sua identidade e o preparou para os desafios futuros.

A rotina de treinos intensos e competições ensinou a Maike valores essenciais que ele carrega até hoje, como foco, resiliência e determinação. A prática constante o fez entender que os resultados são frutos de dedicação, um aprendizado que se tornou a base de sua trajetória.



“Foi na piscina que aprendi a lidar com vitórias e derrotas, a ter paciência com os meus processos e a acreditar no meu potencial”, conta Maike. “A natação me ensinou que resultados vêm com constância, e isso carrego em tudo que faço até hoje”.



O espírito do atleta além das piscinas

A disciplina e a mentalidade de atleta construídas na água se transformaram em ferramentas poderosas para Maike enfrentar a vida pessoal e profissional. O que começou como uma paixão pelo esporte se tornou uma filosofia de vida que o guia em novos caminhos, como a televisão e a comunicação digital.



Mesmo em áreas completamente diferentes, o espírito do atleta continua presente, reforçando sua identidade como alguém que valoriza a persistência, a superação e a busca constante por seus objetivos. A trajetória de Maike Allan é um exemplo de como as lições aprendidas no esporte podem ir muito além das raias, preparando-nos para navegar em qualquer oceano da vida.

Tecnologia e matemática elevam resultados na natação olímpica

A equipe de natação dos Estados Unidos está contando com uma aliada inesperada nos Jogos Olímpicos de 2024 em Paris: a ciência e a matemática. Os atletas norte-americanos estão melhorando drasticamente seus tempos de desempenho durante os treinos, tudo graças a Ken Ono, um matemático da Universidade da Virgínia em Charlottesville.

Ono e seu colaborador, Jerry Lu, desenvolveram uma tecnologia vestível que permite coletar os dados individuais de cada nadador, melhorando seus resultados para as competições.

De testes universitários às Olímpiadas


Ken Ono, o matemático e pesquisador que auxilia a seleção norte-americana (Foto: Reprodução/Divulgação/Ken Ono)

Ken, em entrevista à revista Nature, conta que não faz parte da equipe técnica, mas atua junto ao Lu como consultores externos. “Não estamos enriquecendo com isso — não quero ser pago. É uma oportunidade de explicar e destacar de forma muito clara o papel que a ciência desempenha em tudo o que é humano e tudo o que podemos observar (…) O que fazemos é uma parte muito pequena, mas é emocionante ver as medalhas se concretizarem”, explicou o matemático.

Ele conta que tudo começou como um simples teste com nadadores universitários, mas acabou evoluindo quando notaram que os atletas estudados se destacaram em diversas competições internacionais, chamando a atenção da própria seleção norte-americana. Desde então, Ken e Jerry começaram a participar do processo de treinamento desses nadadores até as olímpiadas.

Matemática e tecnologia em ação

Os dois pesquisadores contribuíram para que os competidores diminuíssem frações de segundo em seus tempos na piscina, o que é crucial em competições de alto nível. Para completar, Ken, falou um pouco sobre o que aprendeu com essa experiência até aqui: 

Não descobrimos nem inventamos nenhuma matemática nova. Não é uma coisa do outro mundo. O que eu acho que isso prova é a importância da atenção aos detalhes que vem do pensamento analítico. Quero descobrir o que ninguém mais descobriu e usar as leis de Newton – junto com a experimentação e um pouco de álgebra linear – para criar os melhores desempenhos para os atletas com quem trabalhamos.

disse Ken Ono à revista Nature.

Ono também espera que, com o tempo, as tecnologias e a aplicação da matemática no esporte continuem a evoluir, permitindo que mais atletas atinjam seu pleno potencial.

COB nega denúncia de assédio de nadadora expulsa das Olimpíadas de Paris 2024

Na manhã desta terça-feira (30) o Comitê Olímpico Brasileiro (COB) emitiu nota oficial, sobre o caso da nadadora Ana Carolina Vieira, expulsa das Olimpíadas de Paris 2024.

O Comitê nega as acusações feitas por ela, onde a mesma tenha sido proibida de entrar em contato com a mãe, pegar água ou arrumar as malas, como ela disse em um vídeo divulgado nas redes sociais.

Em nota oficial divulgada, um trecho diz “Ao longo de todo o processo, Ana Carolina Vieira esteve acompanhada da Oficial de Salvaguarda e líder do Esporte Seguro da Missão brasileira em Paris, que lhe prestou apoio. A atleta falou com a mãe, com o psicólogo da delegação, arrumou suas malas e teve acesso irrestrito a alimentação e hidratação antes de se dirigir ao aeroporto.”

Em vídeo divulgado nas redes sociais da nadadora Ana Carolina Vieira, ela expõe situações que passou após ser expulsa da seleção, e afirma que realizou uma denúncia de assédio a COB e nenhuma atitude foi tomada.

Sobre o vídeo em questão, a COB comenta em nota oficial que “eventuais fatos que tenham sido objeto de denúncia por parte da atleta por meio dos canais de atendimento e apoio do COB não têm nenhuma relação com o ocorrido nos Jogos Olímpicos de Paris. Portanto, não serão objeto de comentários por parte do Comitê Olímpico do Brasil, principalmente porque tais denúncias são sigilosas e dependem de averiguação da área de Compliance, que age com total autonomia em relação ao executivo do COB.”

Em nota a COB reitera que não existe nenhuma denúncia pendente referente a atletas ou membros do corpo técnico da natação.

Entenda o caso

A expulsão de Ana Carolina Vieira da delegação e dos Jogos de Paris, foi realizada no domingo, 28 de julho, após atos de indisciplina.

A nadadora e seu atual namorado foram punidos ao sair de noite para visitar a Torre Eiffel sem autorização da delegação.

Segundo o comunicado da expulsão, a atleta agiu de forma desrespeitosa e agressiva e contestou a decisão técnica tomada pela comissão da seleção brasileira de natação e por isso foi retirada, com efeito, imediato. Gabriel recebeu apenas uma punição de advertência.


O Casal Ana Carolina Vieira e Gabriel Silva Santos em foto divulgada nas redes sociais. (Foto: Reprodução/Instagram/@_anavieeiraa)

Sobre a decisão

Gustavo Otsuka chefe de equipe e coordenador técnico de natação, deu uma entrevista ao Globo Esporte e esclareceu alguns fatos sobre a expulsão da atleta.

“A transparência é a melhor coisa. A gente não está aqui brincando e nem tirando férias. Estamos aqui trabalhando pelo Brasil, por mais os 200 milhões de contribuintes que estão trabalhando pela gente. Essa é o melhor tema possível. Não podemos brincar aqui. Acabamos a missão é outra história. Mas dentro da missão temos que estar focados”.

“Envolvemos todos, comissão e atletas, e a forma de [Ana Vieira] ter questionado é o que a gente não acha de bom tom. As pessoas sempre têm de se portar com respeito, educação, e isso não ocorreu, por isso tomamos essa atitude.

Ela se posicionou de forma completamente inadequada para reivindicar o ponto dela, a consternação, em relação à formação do revezamento. Nesse período, resolvemos levar à comissão disciplinar essa situação, conversamos e tomamos as medidas adequadas.


Gustavo Otsuka, chefe de equipe e coordenador técnico de natação em Paris.

Segundo Otsuka, a comissão técnica da natação descobriu que o casal Ana e Gabriel teriam saído da Vila Olímpica para passear após encontrarem uma foto publicada no perfil do Instagram do casal.

A atleta de natação Ana Carolina participou da disputa do revezamento de 4x100m livres e poderia competir o medley misto. Já seu namorado, Gabriel Silva participou do 4x100m livre. A comissão técnica tem observado e avaliado qual será o atleta que poderá substituí-la.

Comentarista se desculpa por comentários machistas após vitória australiana na natação

No último sábado, (27), nos Jogos Olímpicos de Paris 2024, a equipe feminina de natação da Austrália conquistou o tetracampeonato olímpico no revezamento 4×100, onde chegaram com grande favoritismo e o fizeram valer. Junto ao tetra, infelizmente um comentário chamou atenção na transmissão da Eurosport, onde o jornalista Bob Ballard proferiu falas sexistas em relação às atletas que haviam sido campeãs olímpicas. Bob foi demitido da emissora e se desculpou após o ocorrido.

Comentário de Bob Ballard

Na transmissão do tetracampeonato da equipe australiana na natação, da emissora Eurosport, o comentarista Bob Ballard teve falas machistas, quando mesmo após o título histórico das mulheres australianas, ele disse que as mulheres estavam terminando, que apenas andam por aí e se preocupam com a maquiagem.

Uma companheira de transmissão, a também nadadora Lizzie Simmonds, definiu o comentário de Bob, como “ultrajante”. A fala teve repercussão negativa instantaneamente, principalmente nas redes sociais, com muitas críticas ao comentarista.


https://twitter.com/EmilyBenammar/status/1817358290378166360?ref_src=twsrc%5Etfw%7Ctwcamp%5Etweetembed%7Ctwterm%5E1817358290378166360%7Ctwgr%5E261761142c68351cf83a4001699576346915545a%7Ctwcon%5Es1_&ref_url=https%3A%2F%2Fd-3401176354040214315.ampproject.net%2F2406131415000%2Fframe.html
Post sobre a fala de Bob Ballard (Reprodução: X/Emily Benammar)

A emissora Eurosport se pronunciou rapidamente sobre o infeliz comentário de Bob, dizendo o seguinte, anunciando a demissão do mesmo:

“Durante um evento da cobertura do Eurosport na noite passada, o comentarista Bob Ballard fez um comentário inapropriado… Para esse fim, ele foi removido da nossa lista de comentaristas com efeito imediato.”

Pronunciamento da emissora Eurosport

Pedido de desculpas

Após a confirmação da demissão, Bob Ballard se pronunciou em um comunicado pedindo desculpas pela fala machista em relação às australianas. Ele disse que não foi sua intenção causar nenhum tipo de ofensa ou menosprezo, dizendo ser um defensor do esporte feminino. Completou falando sobre como irá sentir saudades dos companheiros da Eurosport.

Bob tem uma carreira de mais de 40 anos na locução esportiva, com foco em esportes aquáticos, como mergulho, polo aquático e claro, natação.

Nadadora expulsa da seleção nos Jogos Olímpicos se pronuncia e denuncia assédio

Expulsa da delegação brasileira em Paris, a nadadora Ana Carolina Vieira se pronunciou pela primeira vez sobre o caso. Nas redes sociais, no último domingo (28), a atleta falou sobre o caso pela primeira vez. Ana Carolina se defendeu e revelou uma denúncia que fez sobre um caso de assédio na seleção de natação.

O pronunciamento da nadadora

Ana Carolina Vieira se pronunciou usando os stories no Instagram. A nadadora disse estar desamparada em Portugal e que chegará no Brasil por Recife e depois irá a São Paulo. Ela ainda se defendeu ao falar que não houve má conduta de sua parte durante os Jogos Olímpicos de Paris 2024.

Conforme a nadadora, ela teve que deixar a Vila Olímpica sem poder arrumar suas malas e sem direito a contato com ninguém. Ana Carolina ainda afirmou que foi impedida, em um primeiro momento, de contatar seu psiquiatra.

“Não consegui contato com ninguém a partir do momento que saí da sala que anunciaram que eu estava fora pelas más condutas. Eu vou provar que não tive má conduta nenhuma. A partir do momento que saí da sala, minha cara estava em todos os lugares. Eu não consegui ter contato com ninguém. Em nenhum momento consegui ficar sozinha. Tinha uma moça me acompanhando o tempo todo. Pedi para ela deixar eu falar com psiquiatra, ela não deixou em um primeiro momento. Não podia pegar água. Graças a Deus, depois, pude falar com o psiquiatra.”

Assédio na seleção brasileira de natação

Além de falar sobre sua expulsão dos Jogos Olímpicos, Ana Carolina Vieira revelou que denunciou um caso de assédio na seleção de natação. Sobre o caso de assédio, a atleta não contou muitos detalhes. No entanto, a atleta afirmou que ocorreu um caso na seleção brasileira de natação e que irá comentar o caso com ajuda de advogados.


Ana Carolina Vieira em Paris 2024 (Foto: reprodução/Instagram/@_anavieeiraa)

Quando estava no processo de sair da Vila Olímpica, a atleta se sentiu desamparada e a pessoa que a acompanhava pediu para entrar em contato com os canais do Comitê Olímpico Brasileiro (COB). No entanto, a nadadora deixou a entender que não confia na entidade, uma vez que uma denúncia de assédio não foi considerada.

“Vou falar tudo (sobre o caso de assédio), falar com meus advogados, tudo certinho. Prometo falar tudo. Estou em, estou triste, nervosa. Mas estou com o coração em paz. Sei quem sou, do meu caráter e da minha índole. Isso que importa. Espero poder defender a natação brasileira e feminina. Só peço um tempo e um pouco de paciência”, disse a atleta.

Entenda o caso

Em nota oficial, o COB afirmou que Ana Carolina Vieira e Gabriel Santos, ambos da natação, deixaram a Vila Olímpica sem autorização na noite da última sexta-feira (26). Segundo a entidade, Ana Carolina Vieira foi desligada da delegação brasileira após reclamar sobre uma decisão técnica da comissão de “forma desrespeitosa e agressiva”.

A violação foi descoberta através das redes sociais dos atletas. Eles publicaram fotos fora da Vila Olímpica. Sobre a punição recebida, os nadadores não reclamaram e aceitaram. No entanto, o caso de Ana Carolina Vieira foi agravado por conta da questão técnica envolvendo a prova de revezamento 4x100m feminino.


Ana Carolina Vieira e Gabriel Santos em Paris (Foto: reprodução/Instagram/@_anavieeiraa)

Somente Ana Carolina Vieira foi desligada da seleção brasileira de natação, já que Gabriel Santos recebeu apenas uma advertência. Segundo Gustavo Otsuka, chefe da equipe de natação brasileira, a nadadora discutiu sobre uma mudança na equipe de revezamento e por isso não competirá mais em Paris.