Lorena Gallardo e a neurociência do bilinguismo: quando aprender uma língua transforma o cérebro e a forma de pensar

Ao longo de mais de uma década dedicada ao ensino de inglês, Lorena Gallardo aprendeu que dominar uma nova língua é muito mais do que somar palavras a um vocabulário. É um exercício que reorganiza o pensamento, aprimora a atenção e estimula a empatia. Essa percepção, construída pela prática diária com alunos de diferentes perfis e objetivos, hoje encontra respaldo sólido na neurociência, que vem demonstrando como o bilinguismo altera o funcionamento do cérebro e amplia suas capacidades cognitivas.

Entre as pesquisas mais influentes sobre o tema está o estudo Bilingualism: Consequences for Mind and Brain, conduzido por Ellen Bialystok, Fergus Craik e Gigi Luk, da Universidade de York, e publicado na revista Trends in Cognitive Sciences. A investigação, reconhecida internacionalmente, mostra que o uso constante de dois idiomas estimula as áreas cerebrais responsáveis pelo controle da atenção, pela memória de trabalho e pela flexibilidade cognitiva. 

Em outras palavras, o cérebro bilíngue aprende a selecionar informações com mais precisão, alternar entre contextos sem perder o foco e lidar com ambiguidades de forma mais eficiente, mecanismos que, segundo Lorena, estão intimamente ligados à aprendizagem de uma língua estrangeira. “O estudante que aprende inglês não está apenas memorizando estruturas, está treinando o cérebro para pensar de forma mais ampla e organizada”, afirma.



A pesquisa também aponta que o bilinguismo cria uma espécie de reserva cognitiva, uma adaptação neural que retarda o envelhecimento cerebral e fortalece a capacidade de resolução de problemas, inclusive em adultos e idosos. Para Lorena, essa constatação reforça o valor de uma prática pedagógica contínua, que estimula o uso ativo do idioma em contextos reais de comunicação. Em seus cursos, ela incentiva os alunos a associarem o aprendizado linguístico a situações cotidianas e profissionais, combinando elementos culturais, emocionais e cognitivos em cada atividade. “Quando o aluno consegue expressar uma ideia complexa em outra língua, ele sente uma liberdade mental que ultrapassa a gramática”, explica.

Na prática, esse processo tem efeitos que ultrapassam o campo do idioma. Ao alternar entre duas línguas, o estudante passa a compreender diferentes formas de organizar o pensamento, de perceber o tempo, de expressar emoções. Essa alternância linguística se reflete no comportamento, tornando a pessoa mais adaptável, empática e consciente das nuances culturais que moldam a comunicação. Essa é, segundo a educadora argentina, uma das maiores contribuições do bilinguismo: formar indivíduos preparados para conviver e colaborar em um mundo cada vez mais interconectado.

A neurociência, ao comprovar a plasticidade cerebral envolvida no aprendizado de línguas, reforça o que educadores como Lorena já praticam intuitivamente: ensinar idiomas é também promover o desenvolvimento integral do ser humano. A linguagem, mais do que uma ferramenta, torna-se o espelho do pensamento e o motor da transformação cognitiva. “Aprender outra língua é aprender a se ouvir de novo, a perceber que há várias formas de pensar e sentir, e que todas cabem em nós”, resume.



Hoje, instalada em Brasília e com atuação internacional, Lorena Gallardo leva para os seus alunos e para os seus projetos o compromisso de unir ciência e sensibilidade no processo de ensino, transformando a sala de aula, física ou virtual, em um espaço de experimentação intelectual e crescimento pessoal. Em cada nova turma, ela reafirma a crença de que o aprendizado bilíngue é uma das experiências mais completas que a educação pode oferecer, porque, ao expandir a mente, ensina também a compreender o outro.

Mariana Ximenes se apoia em neurociência, yoga e meditação para alcançar saúde mental e física

Interpretando Ísis, na nova novela das 21h, da Rede Globo, Mania de Você, a atriz Mariana Ximenes retorna às telinhas esbanjando beleza e saúde física. Em entrevista para o portal Gshow, Mariana comentou sobre o empenho que dedicou aos cuidados com seu corpo e mente, durante o ano de 2024.


2024 de Mariana Ximenes é dedicada ao seu corpo e a sua mente (Foto: reprodução/Instagram/@marianaximenes)

O resultado? Um tanquinho definido de dar inveja a qualquer um. O segredo da atriz é a construção de uma rotina saudável, focada no emagrecimento e ganho de massa magra, aliada a uma alimentação balanceada e muito exercício físico. No auge de seus 43 anos, Mariana afirmou: “Este ano eu me reconectei comigo mesma. Agora, priorizo fazer exercício, praticar meditação, praticar ioga, tomar muito cuidado com a alimentação. Sempre tive, mas agora meu foco está aí, antigamente meu foco não estava. Fiz um regime, foquei na saúde, sem loucura, sem remédios”. A atriz também revelou que manteve sua rotina, com muito esforço, mesmo durante o processo corrido de gravação da novela.

A participação mental durante o processo

Um fator de muita relevância no processo da Mariana foi o reforço mental que a atriz praticou durante todo o processo.


2024 de Mariana Ximenes é dedicada ao seu corpo e a sua mente (Foto: reprodução/Instagram/@marianaximenes)

A atriz compartilhou que para lhe auxiliar em sua jornada de bem-estar, dedicou-se com o mesmo empenho na saúde mental, assim como na física. Com essa motivação, Mariana declarou durante entrevista ter intensificado as consultas de terapia, aumentado o tempo de meditação, e ter se matriculado em um curso de neurociência, que a ajudou a mudar seu hábitos. Exercitando o ato de prestar mais atenção em seu sono e de manter uma vida mais calma, a atriz viu uma melhora significativa em sua rotina e bem-estar.

O resultado de sua busca foi um pensar mais claro e menos emotivo, conseguindo conciliar seus sentimentos com suas ambições estéticas. Mariana salientou os benefícios que trabalhar a estabilidade mental podem trazer para o físico de seu corpo.

Arrancando suspiros e elogios

Todas as mudanças de Mariana Ximenes resultaram positivamente em seu visual. Recentemente a atriz publicou um carrossel de fotos em seu Instagram, usando um biquíni azul e esbanjando seu corpo tonificado, arrancando milhares de comentários de seus fãs. 


Mariana Ximenes exibe corpo tonificado (Foto:reprodução/Instagram/@marianaximenes)

Na publicação, Mariana recebeu muitos elogios, como: “O corpo de bilhões!”, escreveu um fã; “Está muito sarada, dourada! arrasou”, também elogiou sua amiga, a atriz Natália Lage.


Descobertas no cérebro da mosca podem revolucionar o combate a distúrbios mentais

Um grupo internacional de cientistas, conhecido como FlyWire Consortium, conseguiu um feito inédito ao mapear o cérebro completo da Drosophila melanogaster, popularmente conhecida como mosca-das-frutas. O estudo, publicado na renomada revista Nature, identificou 139.255 neurônios interligados por cerca de 50 milhões de sinapses, oferecendo novas perspectivas sobre o funcionamento dos circuitos neurais. Este avanço marca um grande passo para o entendimento dos mecanismos cerebrais, desde sistemas simples como o da mosca até o cérebro humano.

O impacto da pesquisa na neurociência

O neurocientista Gregory Jefferis, da Universidade de Cambridge, destacou a importância desse estudo para a compreensão de circuitos neuronais. Segundo ele, a mosca-das-frutas, apesar de ser um organismo pequeno, tem um cérebro capaz de realizar atividades sofisticadas, como voar e se orientar. “Entender a fiação cerebral é crucial para sabermos como processamos informações e realizamos movimentos”, comentou Jefferis.

O mapeamento do cérebro da mosca revela como diferentes áreas neurais são responsáveis por funções específicas, como o controle motor e o processamento visual. A análise desses circuitos pode ajudar cientistas a traçar paralelos com o funcionamento cerebral humano e, quem sabe, encontrar soluções para distúrbios neurológicos.


O cérebro complexo da mosca-das-frutas com 130 mil fios e 50 milhões de conexões (Foto: Reprodução/Nature)

Cérebros menores, maiores aprendizados

O cérebro da mosca-das-frutas, embora pequeno, é uma máquina altamente eficiente que permite que o inseto execute uma variedade de tarefas. Os pesquisadores conseguiram identificar circuitos separados para funções específicas, como o movimento e o processamento visual, revelando o quão complexo são as conexões neuronais em um cérebro que, a princípio, pode parecer simples.

O mapeamento foi realizado através de uma técnica que envolveu o fatiamento do cérebro da mosca em 7.050 seções. Utilizando inteligência artificial, os cientistas montaram digitalmente essas seções para criar um modelo 3D do cérebro. Apesar do uso de tecnologia avançada, os pesquisadores tiveram que corrigir manualmente mais de três milhões de erros nas imagens.


O fatiador microscópico usado para separar o cérebro da mosca em 7 mil pedaços (Foto: Reprodução/Gwyndaf Hughes/BBC News)

Perspectivas pro futuro

As descobertas podem ter implicações de longo alcance para a neurociência. Com um catálogo de 8.453 tipos distintos de células neurais, este estudo representa o maior banco de dados de tipos celulares já realizado em um cérebro. Os cientistas esperam que essas informações contribuam para a compreensão de como o cérebro humano funciona e para o desenvolvimento de tratamentos para distúrbios mentais e outros problemas no cérebro.

O neurocientista Mala Murthy, da Universidade de Princeton, falou que o novo mapa oferece uma oportunidade única para compreender a saúde cerebral. “Esperamos poder comparar o que acontece quando as coisas dão errado em nosso cérebro“, disse ela.

Este avanço no mapeamento do cérebro da mosca-das-frutas representa não apenas uma conquista técnica, mas também uma oportunidade para que a ciência avance em áreas que podem afetar a vida humana, ajudando na cura ou tratamento de diversas doenças cerebrais.